A claridade penetrava no quarto de Hermione, quando esta acordou. Os lençóis não estavam puxados, mas ela sentia-se quente... Abriu os olhos, e viu que dois braços a abraçavam. Virou-se para olhar Draco e viu que ele também a olhava.

- Desta vez não vais fugir! – Disse-lhe deitando a língua de fora.

Hermione encostou a sua cabeça no peito musculado de Draco e disse, – Eu nunca mais vou fugir de ti. – E fechou os olhos. Passaram assim momentos, e Hermione voltou a falar... - Draco, e agora? Não podemos contar a ninguém que estamos juntos...

- Eu já pensei nisso! – Disse com um sorriso triunfante. – Fingimos que somos inimigos, mas todos os dias, eu venho ver-te!

- Para ti é tudo tão fácil e belo...

Draco sentou-se e encarou Hermione. Acariciou a sua face, abraçou-a e sussurrou ao seu ouvido. - Não... O meu mundo só é lindo, porque tu fazes parte dele!

Os dias deram lugar a semanas, e as semanas aos meses. Entre Draco e Hermione tudo corria bem. Fingiam que se odiavam durante o dia, o que era bastante engraçado para ambos, e durante a noite eram como dois amantes... Tentando fugir do inevitável.

Hermione e Draco beijavam-se apaixonadamente. Como se o amanhã não existisse, quando alguém bateu à porta do quarto. Ambos se assustaram, e ambos pensaram a mesma coisa, "e agora?". Hermione pediu a Draco que se escondesse debaixo da cama, e este assim o fez. Bateram outra vez à porta...

- Entre! – Gritou Hermione. - A maçaneta rodou... E Harry entrou no quarto. (Hermione respirou fundo....)

- Olá Hermione! Malfoy?!... Podes sair daí e explicar o que estás a fazer no quarto da Hermione se fazes o favor? – Disse Harry com toda a calma mas dentro do manto, agarrando bem a sua varinha.

Draco saiu do seu esconderijo, e Hermione contou tudo a Harry. Este, parecia petrificado...

- Mas... Vocês... Odiavam-se!

- Harry... Já a Pandora dizia que "a linha que está entre o ódio e o amor é muito fina..." Mas, por favor, não contes a ninguém! Harry sorriu...

– Não te preocupes Hermione, não vou contar! Já que estão "ocupados" eu volto depois! – Mal disse isto, levantou-se e quando estava prestes a abandonar o quarto, Hermione chamou-o.

- Harry... Obrigada! – E deu-lhe um abraço.

- Sempre que precisares. – E retribuiu o abraço que mostrava o quanto se adoravam. Harry deixou o quarto, deixando-os sozinhos...

- Tinhas de o abraçar?

- O quê?

- Sim Hermione... Já não basta todos se babarem por onde passas, agora também vais andar a dar abraços a todos...

Draco só sentiu a mão de Hermione bater com toda a força na sua face.

- Eu não dou abraços a todos! O Harry é o meu melhor amigo. E eu era incapaz de dar a mais alguém a não seres tu ou ele! – Hermione preparava-se para sair do quarto, quando Draco a agarrou e encostou o seu corpo ao dela. Apertou a cintura dela contra a sua e começou a dar-lhe beijos no pescoço. Quando chegou ao ouvido sussurrou "Desculpa", e juntou os lábios aos de Hermione, num beijo de desejo ao qual ela correspondeu.

- E se fizéssemos uma canção? – Disse Draco de repente.

- Uma canção? Para quê?

- Para quando não estivermos juntos, nos lembrarmos um do outro!

A ideia tinha agradado a Hermione. E assim, passaram toda a tarde daquele Domingo a fazer a sua canção.

- Nunca pensei que poderia sentir-me assim. Como se nunca tivesse visto o céu antes. Quero desaparecer dentro do teu beijo... Cada dia te amo mais e mais. Escuta o meu coração. Consegues ouvi-lo contar? Volta para mim e perdoa tudo... As estações podem mudar de Inverno para Primavera. Mas eu amo- te até ao fim dos tempos... Aconteça o que acontecer... Aconteça o que acontecer... Hei-de amar-te até ao dia da minha morte. De repente, o mundo parece o local perfeito. De repente, mexe-se com uma graciosidade de tal modo perfeita. De repente, a minha vida, não parece assim tão vã. Tudo gira à tua volta. E não há montanha demasiado alta. Nenhum rio demasiado largo. Canta esta canção, e estarei ao teu lado... As nuvens negras podem acumular... As estrelas podem colidir... Mas eu amo-te para toda a eternidade... Aconteça o que acontecer... Aconteça o que acontecer... Hei-de amar-te...

- Simplesmente perfeito! És um génio amor!

- Pois... Eu sei Draco! – Disse Hermione rindo.

- Está na hora do jantar... Vou descer para comer qualquer coisa e depois já não volto porque tenho tpc's atrasados! Amanhã à mesma hora, eu venho ver- te Julieta!

- Vou morrer de saudades, Romeu.

Deram um beijo mais demorados do que todos os outros, não sabiam bem porquê, e quando sentiram necessidade de respirar pararam, e Draco saiu...

- Boa noite meninos!

- Olá Hermione! – Responderam Harry e Ron.

Hermione e Harry passaram todo o jantar com risinhos e olhares suspeitos...

- Bem... Vocês são mesmo estranhos! – Disse Ron que tentava apanhar do ar, mas sem sucesso.

- Nós? Só estamos a rir Ron! – Respondeu Hermione com a cara mais inocente que sabia fazer.

- Enfim... Vou aturar uns Slytherin na sala comum! Até logo. – Dito isto, Ron levantou-se e dirigiu-se para fora do salão.

Harry apontou para o fundo da sua mesa, onde Pansy tentava a sua sorte com Malfoy. Hermione não se conseguiu controlar, e dirigiu-se a eles sem saber muito bem o que fazia. Quando lá chegou, disse a única coisa que lhe veio à cabeça.

- Malfoy, temos que falar sobre o baile de final de ano... Importaste de vir comigo?

- Ele agora está ocupado comigo! Volta mais logo. – Disse Pansy tentando abraçar Draco.

- Tira daqui o braço Pansy! Eu vou contigo Hermione.

- Hermione? Drakie, chamaste-a Hermione?

- Pansy querida... Vê se limpas os ouvidos! Eu disse Granger.

Draco levantou-se, e abandonou o salão acompanhado de Hermione. Quando eles já não se viam, Pansy saiu também a correr.

O casalinho dirigiu-se para uma sala de aula vazia. Percorreram todo o caminho em silêncio. Quando lá chegaram, Hermione explodiu!

- Ela estava a tentar beijar-te!

- Mione, eu resisti! E foi para casos destes que fizemos a canção! Podias ter deitado tudo a perder. Hermione abraçou Draco.

– Oh amor, eu quero-te! Estou farta destas mentiras...

- Eu também. Mas tem que ser assim. Pelo menos até ao final do ano... Tem paciência! Passado algum tempo, saíram da sala. Hermione saiu primeiro e de seguida saiu Draco... Ambos se dirigiram para a sala comum, esperando que o dia seguinte fosse melhor.

Pansy saiu do salão a correr e foi para a torre das corujas. Ela, embora o aparentasse, não era burra e percebeu que Draco tinha chamado a Granger de Hermione. Já na torre, escreveu uma mensagem para Lucius Malfoy. "O seu filho anda metido com uma Sangue-de-lama. Achei que devia avisa-lo. Atenciosamente, Pansy." Depois de arranjar uma coruja e mandar a carta, riu maleficamente e grunhiu algo que se pareceu com "A Granger vai-se arrepender de se ter metido com o meu Drakie!"

Já no meio da manhã seguinte, Harry, Ron e Hermione dirigiam-se para a cabana de Hagrid onde iam ter Cuidados Com As Criaturas Mágicas, quando uma coruja deixa cair uma carta aos pés de Hermione. Ao princípio, esta pareceu um pouco confusa, mas quando acabou de ler, sorriu e continuou a andar em direcção à cabana.

- O que dizia a carta? – Quis saber Ron curioso.

- Err... Nada do teu interesse! – Hermione respondeu, começando a andar mais depressa.

- A Hermione está mesmo estranha! Não achas Harry?

- Hum... Nem por isso. Ela está normalíssima. – Disse Harry, começando a correr para apanhar Hermione e deixando o amigo com cara de troll para trás.

- A carta era dele não era? O que dizia?

Hermione sorriu... – Sim, era do Draco. E dizia, "aconteça o que acontecer, eu hei-de sempre amar-te!". – Disse Hermione com um sorriso de orelha a orelha.

- Bom, 'oje trouxe os 'xplogentos 'pa se divertirem c'eles! Mas tenham cuidado com... – Uma coruja entrou pela cabana. – Uma coruja a estas horas? Esquisito... – Hagrid leu a carta e em seguida falou com cara de poucos amigos. – Salvo p'la coruja! Malfoy, o teu pai t'á à tua 'xpera no gabinete do Dumbledore.

Draco arrumou os livros, piscou disfarçadamente o olho à sua Mione, e saiu da aula feliz! Pensando que não tinha que aturar mais baboseiras do Hagrid. Mal chegou ao pé da Fénix que guarda o escritório de Dumbledore, esta moveu-se mostrando as escadas. Draco subiu-as e bateu à porta. Ouviu-se um "entra" do lado de dentro, e este, rodou a maçaneta.

Maix um capítulo! Até agora não tem sido nada de especial mas é a minha 1ª... Reviews sff =D