Hermione acordou sobressaltada. Tinha a testa a ferver e estava transpirada.

- Calma. Foi só um sonho.

Hermione abraçou Harry que a olhava com ternura.

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Já tinha passado um ano desde aquele baile de final de ano, e estávamos no mês de Novembro. Muitas coisas tinham mudado, a partir da noite em que ela usara aquele vestido lindo, mas que há muito tempo permanecia intocável dentro do roupeiro. A Weasley, Ginny, naquela noite, havia encontrado o seu amor... A mais pequena da família casara há um mês, aproximadamente, com um rapaz chamado William. Ron namorava uma muggle. E Harry, já estava casado há muito tempo. Logo no mês a seguir a acabarem as aulas, casou com Cho, e até já estava à espera do seu herdeiro. A única que não mudou muito fora Hermione... Esta continuava abatida, quase não saía de casa e, ultimamente, sonhava com a morte de Draco e até com a sua. Isto preocupava Harry. E por isso obrigou-a a mudar-se para uma casa perto da sua onde estaria em segurança.

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Da cadeira que tinha na varanda, Hermione observava os montes cheios de neve, que se erguiam na sua frente. O sol, com uma luz que parecia divina, espreitava por de entre as nuvens. Há muito tempo que ela não via o belo mundo que estava para lá das quatro paredes em que se refugiara. Do céu, flocos de neve começaram a cair, cada vez com mais intensidade. Hermione deixou-se ficar ali sentada durante alguns minutos. De repente, um pensamento veio-lhe à cabeça. "Eu podia ir até lá fora... Só mesmo para ver a neve!" E como que automaticamente, correu para dentro de casa, pegou no seu manto preto e saiu para o bosque que se estendia até à estrada que levava a Hogsmead.

Hermione sentia-se a respirar outra vez. Depois de ter andado um longo bocado, decidiu sentar-se debaixo de uma grande árvore, onde a neve não a atingia. Encostou a cabeça ao tronco da grande árvore e fechou os olhos. Não soube ao certo quanto tempo ficou ali sentada, mas apenas deu conta da sua boca começar a mexer-se e, que das suas cordas vocais, sair uma canção que em tempos, lhe parecera magnífica mas que agora, apenas servia para acentuar ainda mais o desespero...

- Aconteça o que acontecer. – A sua voz quase não se ouvia tal como uma lágrima que escorria pela sua face. – Aconteça o que acontecer! Hei-de amar- te até ao dia da minha morte... – A voz de Hermione cada vez ficava mais audível. – Não há montanha demasiado alta. Nenhum rio é demasiado largo. As estrelas podem colidir, mas eu vou sempre amar-te!

- Eu só quero desaparecer dentro do teu beijo...

Uma voz saia de dentro de um vulto preto, que passava por de entre as árvores em direcção a Hermione. Esta levantou-se muito rapidamente e quando meteu a mão no bolso do manto para tirar a sua varinha, reparou que não a trazia consigo! E agora? Que poderia ela fazer?

- Pára, onde estás! – A sua voz tremia. – Tira o capuz para eu ver quem és!

Muito lentamente, duas mãos puxaram o capuz para trás, e de dentro dele, saíram uns magníficos olhos azuis.

- D... Draco? – Hermione nem sabia o que pensar... Um lado, dizia-lhe que aquele podia não ser o Draco. Mas o outro, dizia-lhe que aqueles olhos só podiam pertencer a uma pessoa... Draco Malfoy! – És mesmo tu?

O rapaz de cabelos loiros pelos ombros, e com um pouco de barba sorriu, e quando o fez, Hermione não teve a mínima dúvida de que era mesmo aquele por quem ela tinha chorado tanto tempo! Correu até ele e deu-lhe um abraço bem apertado ao qual ele respondeu. E mais uma vez, aqueles olhares maravilhosos encontraram-se, para desta vez nunca mais se separarem.

- Amo-te tanto Hermione!

E com estas palavras, caíram ambos num beijo apaixonado que só acabou porque repararam que não estavam sós. Alguém que os odiava, sabia que eles estavam ali...

- Que romântico! Aqui no meio da neve, o casalinho reencontra-se... – A vez de Lucius Malfoy era mais arrepiante do que nunca. – Espero que tenham saboreado bem esse beijo, porque foi o último! – No mesmo tempo que ergueu a varinha, Draco pôs Hermione atrás das suas costas para a salvar.

– Avada Ke...

- Avada Kedavra!!

Um corpo frio e firme caiu no chão já coberto de neve. A principio, ninguém percebera muito bem o que se passara... Mas quando Hermione viu Harry atrás de si, percebeu o que tinha acontecido. Harry tinha ido até ali para os salvar! Salvá-los de Lucius que estava agora caído no chão. Salvá-los de uma morte certa. Salvá-los de morrerem antes de poderem dizer um ao outro o quanto sentiram a sua falta, e quantas lágrimas derramaram esperando pela chegada um do outro. Como poderia Hermione, algum dia, agradecer-lhe?!

Após duas semanas, em que se mataram as saudades, Hermione ainda não conseguia perdoar completamente Draco! Não percebia o porquê de ele ter fugido daquela maneira! Mas, e apesar disso, as suas vidas continuaram a ser perfeitas! Agora que eles estavam juntos, nada lhes podia fazer mal. E quase sem parem por isso, passaram-se 5 anos de amor e alegria. Draco e Hermione pensavam que a paz se havia instalado na sua casa. Hermione sabia que a vida não residia apenas em coisas felizes, mas nunca pensou que o destino lhe pregasse uma partida. E foi numa terrível manhã que...

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Hermione ouviu o choro de uma criança e pousou a caneta. Correu até uma porta onde se encontravam as letras "K. M." em letras douradas, e entrou no quarto. Já lá dentro, viu que o pequeno Kurtis acabado de acordar, chorava. Hermione pegou no bebé e acariciou-lhe os cabelos loiros. Olhou-o e sorriu. O pequeno sorriu também e esfregou os olhos azuis, como os do pai. Pô-lo de novo na sua camita e ficou a vê-lo dormir. Hermione era uma mãe babada! Ali de cabelitos loiros e uns grandes olhos azuis estava Kurtis Malfoy. O seu orgulho... Quando ele adormeceu, Hermione voltou para o seu escritório, pegou na caneta e continuou a sua história.

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E foi numa terrível manhã que o inesperado aconteceu. Durante o seu passeio matinal, Draco foi cercado por um monte de Devoradores da Morte que ali mesmo, sem dó nem piedade, o assassinaram.

-fLaShBaSk-

- Mas olhem só quem é ele... O nosso traidor! – Um homem encapuzado falou.

- Eu não trai ninguém! Só lutei por aquilo que acredito.

- Sabes rapaz, não devias desafiar o Senhor das Trevas! – O homem que se encontrava à sua frente falou de novo, e muito lentamente tirou o capuz. Por baixo de um manto preto, Lord Voldemort ergueu a sua varinha e pronunciou as últimas palavras que Draco iria ouvir. – Avada Kadavra!

Cerca de cinco segundos depois, os membros da Ordem de Fénix apareceram e quando Hermione viu o corpo do seu amado do chão, percebeu que tinham chegado tarde demais. Olhou para os olhos do Malfoy, que agora não mostravam nada mais do que o frio que se apoderara da alma de Draco, e deixou que uma lágrima, uma última, caísse dos seus olhos. E ali mesmo, diante de um corpo gelado, Hermione jurou lutar contra as Trevas, até as suas forças se esgotarem.

Infelizmente, depois da morte de Draco Malfoy não pôde lutar muito mais pois descobriu que estava grávida. Mas Harry e Ron não a deixaram ficar mal, e vingaram a morte do loiro que jamais será esquecido. Conseguiram derrotar Voldemort e agora o mundo vive, finalmente, em paz! Quanto a Hermione, apenas lhe resta cuidar de um dos últimos dos Malfoy para que Kurtis se torne num feiticeiro são grandioso como o seu pai.

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Hermione tremia tanto, que quase não conseguia escrever. Lágrimas corriam pelo seu rosto, mas o desejo de Draco estava cumprido! As suas vidas iam ser conhecida por todos... Como ela escrevera na história, agora só lhe restava o pequeno Kurtis... E ela, não o ia perder!

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E pronto... A minha primeira fic chegou ao fim. Sei que não era propriamente deste final que estavam á espera, mas tive que dar alguma acção à história!

Até um dia destes porque, eu volto! E com muitas mais fics (ihih)

bSSituuhx dA anGeL! [O.o]

PS.- Já me eskecia dos agradecimentos... =X Kero agradecer a todos os k tiveram pachorra pa ler a fic (lol), às ninas k deixaram reviews porque foram umas fofuxas (=D) e à Filipa e ao Felipe k m ajudaram na fic! eheh... bRiGaDuuuuu! kiSs