N/A: Okay! Respirando fundo aqui. Este é o último capítulo. Finalmente e, ao mesmo tempo, infelizmente chegou ao fim. Como vocês poderão observar esse capítulo é um epílogo bastante explicativo. Espero sinceramente que gostem dele e que tenham gostado da fic e da trilogia toda.
Esta fic significou muito para mim. Não só por que foi a primeira que eu escrevi, como também porque me trouxe muita coisa boa. Através dela, e também por causa dela, conheci duas de minhas melhores amigas: Mariana (Pichi) e depois a Camila (Mile Black), que são como irmãs para mim; e o amor da minha vida: Álan.
Se eu não tivesse escrito "A Passagem para Érevan" hoje não poderia dizer que me sinto completa por ter alguém do meu lado que é totalmente responsável por essa sensação de plenitude que eu tenho todos os dias. Alguém que faz com que o amor "H/G" que eu descrevi ao longo das fics - parte antes de conhecê-lo (quando eu ainda sonhava encontrar algo como o que eu descrevia na fic na minha vida) e parte depois (quando eu descobri que era possível encontrar algo ainda melhor do que um amor de ficção) - pareça insosso e sem graça, já que o meu amor é de verdade. É real e eu vivo e sinto isso todos os dias, cada vez mais forte e sou retribuída da mesma forma.
Embora muitos de vocês gostem de ler a fic e, acreditem, isso significa muito para mim. MUITO MESMO! VOCÊS NÃO TÊM IDÉIA DO QUANTO! Meu carinho por ela, aquela cosquinha na barriga que me faz agradecer todos os dias por tê-la escrito, não é pelo valor literário que pode ter para alguns ou mesmo para mim mas sim pelo que eu considero seu valor real. Que foi me fazer crescer como pessoa ao longo do que eu escrevia e conhecer outras tantas pessoas; não só os três que eu mencionei acima. Pessoas essas que são vocês e que ficarão para sempre guardadas em um lugar muito especial no meu coração.
Desculpem a enorme N/A e o desabafo pessoal! E obrigada por terem acompanhado a fic! Ah! Leiam o capítulo e comentem viu? Bjims da Lú.
Capítulo 27 - O Que Não Poderia Deixar de Ser"Às vezes a beleza da vida parece estar em tudo aquilo que não foi mas poderia ter sido...", foram as primeiras palavras da carta.
Gina estava num jardim muito florido e havia um gramado verde com árvores em volta. Estendida na grama uma toalha vermelha, coberta de pratos e vasilhas cheios de comida e garrafas com líquidos coloridos, contendo sucos de diversos sabores. Era uma manhã ensolarada e estava sentada entre as pernas de Harry, recostada em seu peito. Ele se apoiava numa árvore e tinha os dois braços em volta dela, que olhava para cima, sorrindo enquanto conversavam. Harry podia ver a felicidade brilhando nos olhos castanhos enquanto ela falava animadamente. Subitamente cessou o assunto, parando no meio de uma frase.
- Harry, o bebê está mexendo. Sente só, bem aqui...
Ele agora olhava para baixo e ela tinha uma das mãos sobre o ventre, que já estava começando a despontar. Rindo, ele colocou as duas mãos e pôde sentir o bebê chutando com força. Ela colocou as dela por cima, entrelaçando seus dedos nos dele.
"Às vezes o tempo nos dá o que nunca sequer procuramos...",a carta prosseguiu.
- E eu que esperava que esse aqui tivesse um gênio mais tranqüilo, puxasse um pouco pelo lado dos Potter... Pelo jeito vem mais um Weasley por aí... - Gina franziu a testa em protesto. Ele se inclinou, apanhando os lábios dela com os seus, antes que dissesse alguma coisa. Enquanto estavam distraídos duas crianças chegaram correndo.
- Papai, a Hannah não quer me emprestar "bincincleta" mágica dela – disse um garoto de aproximadamente cinco anos, os cabelos pretos desarrumados e olhos castanhos muito expressivos. A menina respondeu antes que o pai pudesse dizer alguma coisa.
- É bicicleta, Tiago. E você não pode andar porque ela é muito grande para você. E você pode cair e se machucar. Mamãe, explica pra ele - a menina tinha uns sete anos, os cabelos ruivos estavam soltos e balançavam ao sabor do vento, os olhos verdes e inteligentes pedindo a cumplicidade da mãe.
"...ou nos tira aquilo que pensávamos ser o melhor para nós..."
- Crianças - a mãe agora se sentava, apoiada por Harry. - Depois que lancharmos o papai leva vocês para uma volta na vassoura dele. E depois vamos pedir para o vovô Arthur uma bicicleta mágica menor para você poder andar, Tiago - ela sorria para Harry. - Concorda, meu amor? - ele sorriu de volta. Era impressionante como a felicidade estava nas coisas mais simples da vida. Tinha uma família completa agora.
"O livre-arbítrio pode ser o melhor amigo ou o pior dos ladrões, assim como o medo..."
Hermione estava esperando o primeiro filho. Rony não cabia em si de tanta felicidade, zelava pela esposa e apostava com Harry qual dos bebês nasceria primeiro. Os gêmeos, que tinham agora uma cadeia internacional de lojas, não cansavam de implicar com o irmão caçula e ensinavam as piores travessuras para os sobrinhos.
- Mãe, pede pros tios pararem de fazer barulho. Eu estou tentando ler aqui - Hannah gritou para Gina, fingindo impaciência. Jorge riu.
- Hannah, você está de férias, menina. Não faça uma coisa dessas ou você vai atrofiar o cérebro - Fred tomou o livro da mão da menina mas dentro havia uma revista em quadrinhos, que se moviam sozinhos. O tio sorriu.
- Hey, Gininha. Essa aqui vai ser das nossas, viu? Está lendo a revista que eu e Jorge inventamos... - Harry e Rony riram. Hermione rolou os olhos.
- É, mas Tiago ali não está me parecendo nem um pouco contente com toda essa zoeira - Hermione apontou para o menino, que estava com uma cara feia, deitado no sofá.
- Eu só quero dormir, tia... - Fred e Jorge riram.
- É, aquele ali puxou ao Harry. Devagar, quase parando... - Harry parou de rir imediatamente.
- Quem é devagar aqui, hein? - todos riram dele.
"O tempo nos traz novas respostas para velhas perguntas..."
Remo abriu a porta do escritório. Uma mulher de cabelos brancos estava de costas, tentando abrir uma gaveta do arquivo. Ela forçou demais e caiu para trás, derrubando todos os papéis e os vidros de nanquim colorido que estavam sobre a mesa. Ele a segurou por baixo dos braços, impedindo-a de encontrar o chão.
- Obrigada - ela disse, sem graça. Ele sorriu, surpreso pela mulher ser uma jovem, apesar dos cabelos brancos e dos óculos escuros que usava.
- De nada. É aqui o departamento de objetos mágicos? - ela acenou positivamente. Ele sorriu, vendo que havia uma mancha de tinta rosa nos cabelos da mulher.
- "timo - disse, sorrindo, e apontou para a pequena mancha. Ela não entendeu e olhou para trás. Ele disfarçou e finalmente segurou a ponta dos cabelos, mostrando a ela o que ele havia apontado antes. Ela riu.
- Isso sempre acontece comigo. É a maldição dos estabanados - ela fechou os olhos e o cabelo inteiro ficou cor de rosa e curto. Então tirou o par de óculos escuros que usava. Remo arregalou os olhos.
- Tonks? - perguntou, curioso, ainda sem ter muita certeza. Ela sorriu.
- Eu mesma.
- Nossa. Eu não vejo você há anos... Não sabia que estava trabalhando para o Ministério - ela deu de ombros.
- Moody achou que era melhor. Que é mais seguro. Só não sei se para mim ou para os outros mas... - ela deu de ombros e sorriu. - E você? Veio fazer o que aqui? - ele esticou a mão para ela e mostrou o medalhão Hellium Solaris.
- Eu preciso renovar minha autorização para utilizar esse artefato. Já faz algum tempo que eu o tenho comigo e... - ela rolou os olhos para cima.
- Então é mesmo verdade? - ele se retraiu e ficou pálido.
- Que eu sou um lobisomem? É... - respondeu tristemente. Sempre havia sido esse seu maior problema. E a reação de todas as mulheres que sabiam era exatamente a mesma sempre. Já havia perdido as esperanças de encontrar alguém.
- Não, Remo, isso eu já sei. Estou cansada de saber - ela torceu os lábios como se fosse algo muito óbvio. - Não sabia era que o medalhão funcionava, achava que era a maior enganação do mundo mágico - respondeu com a maior naturalidade do mundo. Ele se surpreendeu. - Funciona mesmo? - perguntou subitamente enquanto pegava os papéis de autorização em meio à bagunça de folhas soltas.
- Funciona sim.
- Hoje é lua cheia - disse calmamente. Remo assentiu.
- Então? - falou naturalmente enquanto assinava a autorização.
- Então o quê? – perguntou, curioso.
- Quando é que você vai parar de bobagem e me convidar para jantar? Quero comprovar se o medalhão funciona de verdade - ele se assustou mas abriu um enorme sorriso, que foi correspondido por ela.
"...e novas perguntas para velhas respostas..."
Sirius estava de mãos dadas com Allana, em frente a eles uma lápide de mármore branco. Os nomes de Lílian e Tiago Potter escrito em letras douradas. Os dois se entreolharam. Sirius se ajoelhou na grama bem cuidada e trocou o maço de flores secas por um novo.
- Acabou Pontas. Finalmente acharam o Rabicho. Ele está preso. Vai passar o resto da vida na prisão. Não haverá nada melhor que os Dementadores para ele naquela cadeia - respirou fundo. Allana passou a mão no ombro do marido e ele a segurou com força.
- Lilian, nós vamos continuar olhando pelo Harry - Allana acrescentou, ficando ao lado do marido. - E das crianças - pegou a mão de Sirius na dela. - Das mais velhas e das mais novas - acrescentou, colocando a mão do marido sobre o próprio ventre. Sirius abriu um sorriso.
- É sério isso? - Allana confirmou.
- Quem sabe finalmente não teremos um menino? - os dois se abraçaram ali enquanto a filha, que estava brincando ao longe, corria até a colina em que os Potter haviam sido sepultados.
- É aqui que a tia Lili está, mamãe? - Allana olhou para a lápide e sacudiu a cabeça negativamente.
- Não filhinha. A sua tia está no céu... Finalmente no céu... E em paz...
"A paz vem de onde menos se espera e é um desafio a nossa fé..."
Hagrid chorava feito um bebê. Madame Maxime lhe entregou o diploma de bruxo e professor nas mãos. Além disso uma menção honrosa por serviços prestados à Escola de Beauxbatons. Na platéia estavam todos os amigos de Hogwarts e da Ordem da Fênix. Dumbledore aplaudia de pé, ao lado de Harry, Sirius e Remo. Na fileira de trás Allana protegia a barriga já proeminente de cotoveladas de Tonks, que aplaudia animada e desajeitada, com lágrimas nos olhos.
- Quero agradecer muito aos meus amigos e a minha querida esposa, que me ajudaram a chegar até aqui - foi o máximo que o meio gigante conseguiu falar.
Vasta, Miúdo e Colossus batiam palmas e faziam um barulho extremamente alto, devido ao tamanho de suas mãos. Os três gigantes assumiriam o cargo de Trato das Criaturas Mágicas definitivamente em Hogwarts, uma vez que Hagrid agora estava casado com Madame Maxime e morando na França.
Dumbledore e Harry foram os primeiros a serem devidamente esmagados por abraços de Hagrid, depois todos se puseram à volta dele, dando-lhe tapinhas nos ombros e apertos de mão em congratulações.
Gui e Carlinhos também estavam presentes, com as respectivas esposas, Lisa e Amanda. Gui agora era um dos gerentes de Gringotes e Carlinhos criava mini-dragões híbridos no norte da Inglaterra.
Fred e Jorge tinham finalmente decidido pedir Katie Bell e Alicia Spinnet em casamento. Mas estavam aguardando o momento oportuno, que não seria na formatura de Hagrid, com aquela confusão toda.
Neville e Lilá assistiam a cerimônia de mãos dadas. O pai dela, um medi-bruxo renomado, havia finalmente descoberto um feitiço e uma poção capazes de tirarem os pais do rapaz do transe em que se encontraram por anos e estavam na ala de recuperação de St. Mungus graças a isso.
Simas e Dino estavam namorando respectivamente Parvati e Padma Patil, com quem haviam aberto uma loja de doces bruxos caseiros em Hogsmeade, devido ao talento culinários dos dois rapazes. Por mais incrível que pudesse parecer eram as meninas que administravam o negócio e eles faziam toda a produção.
Angelina Johnson havia formado, junto com o noivo, Olívio Wood, uma academia de aulas de quadribol. O rapaz era um dos goleiros reservas do Chudley Cannons e, portanto, normalmente tinha tempo livre para dar aulas.
Lino Jordan, por sua vez, era agora um dos locutores oficiais da liga de esportes aéreos do mundo bruxo. O garoto era famoso por receber advertências por torcer deliberadamente para os times ingleses nas copas mundiais.
Dumbledore continuava sendo o diretor de Hogwarts, porém recebia uma enorme ajuda de Minerva McGonagall. Severo Snape havia finalmente recebido o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e nunca mais havia sido visto com a expressão carrancuda ou mesmo perseguido algum aluno. Inclusive havia um boato de que o professor havia sido visto beijando Sibila Trewlaney num armário de vassouras. Segundo Rony, deveriam ter pensado nisso antes, pois muitos pontos perdidos seriam evitados.
O cargo de professor de Poções era preenchido praticamente todo ano com enorme rotatividade. Os alunos diziam que era amaldiçoado, da mesma forma que havia sido com o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Cho Chang havia sido vista pela última vez desaparatando para a Sibéria. Não se sabia ao certo a razão mas havia um boato sobre estar sendo perseguida sistematicamente por elfos domésticos. Dobby jurou que não sabia do que se tratava, porém apareceu alguns dias depois com as orelhas passadas a ferro.
Dobby morava agora com Harry e Gina e adorava as crianças Weasley Potter, de quem tomava conta como se fossem seus próprios filhos. Aliás, também tinha seus filhos e os ensinava todos os dias a não obedecerem aos humanos, o que criava alguns problemas para a família Potter.
Sirius havia mantido Bicuço, mesmo quando se tornara velho demais para voar. O hipogrifo continuou abrigado no seu estábulo, na casa de campo que Arabella morava agora, durante toda a vida, comendo o feno da melhor qualidade possível e Lili e o irmão caçula costumavam cavalgar nele nas férias de verão.
Moody continuou com seu cargo vitalício de Ministro da Magia, sendo auxiliado por Arthur Weasley, que recebia um excelente salário e viajava pelo menos uma vez ao ano de avião, navio ou qualquer meio de transporte trouxa em viagens românticas com Molly, quando fingiam ser trouxas, e continuavam nada convincentes nisso, a não ser quando eram acompanhados pelos Granger ou por Sirius e Allana.
Mundungo voltou a trabalhar como inspetor de polícia mas era um cargo muito mais simbólico do que efetivo, já que esquecia sistematicamente diversas leis trouxas, confundindo-as com as do mundo bruxo. Foi dado como senil mas ainda era muito querido em sua jurisdição.
"E às vezes o que é certo está tão na nossa frente que não podemos enxergá-lo totalmente. Simplesmente porque temos medo..."
Percy caminhava de mãos dadas com Fleur às margens do rio Sena. Os dois já estavam há bastante tempo morando na França e estavam curtindo a primavera desabrochar. Haviam sido importantes para a prisão de Pedro Petigrew, depois da morte de Lúcio Malfoy e todo o incidente com a filha de Harry e Gina - que havia realmente salvo a vida dos pais, como os pais haviam previsto em seus sonhos - e agora estavam trabalhando na Inteligência do Ministério, buscando por Ex-Comensais ainda foragidos.
- Vamos para casa? - ele perguntou para ela seriamente, após um longo silêncio. Fleur sorriu.
- Mas nos acabamos de chegarrr, meu amorr - ela torceu os lábios.
- Não, minha flor. Para casa. Para a Inglaterra... - ela passou a mão pelo rosto dele.
- Eu achei que você nunca fosse pedirrr isso... - respondeu alegremente.
- Obrigado Fleur. Obrigado por me fazer esquecer e, acima de tudo, por me fazer lembrar - ele disse, abraçando-a com força pela cintura e rodando-a.
"E quando a gente finalmente acredita é que a mágica acontece e vemos um novo horizonte se descortinar diante de nossos olhos..."
- Quantas vezes eu te chamei de idiota hoje?
- No último minuto ou durante o dia todo?
- Durante o último minuto. Durante o dia todo vai ficar difícil de você calcular né?
- Não. Para uma mente privilegiada como a minha nada é difícil. Mas talvez seja difícil para uma pessoa louca avaliar isso não?
- Você está dizendo que eu não sou normal?
- Você é quem está dizendo.
- Se você me detesta tanto assim por que é que ainda perde horas falando comigo?
- Bem, agora está aí uma boa pergunta. Eu devo ter tendências masoquistas...
- Ou você simplesmente me ama...
- Eu te amo? De onde você tirou uma coisa dessas?
- Você não negou. Isso só pra começar. E tem o fato de que você não pára de falar comigo...
- É porque você é a única pessoa que eu conheço aqui...
- Se for no que você quer acreditar...
- Hey! Não me dê às costas. Não saia assim, achando que ganhou a discussão...
- Eu não acho isso.
- "timo.
- Eu sei disso.
- Não. Você não ganhou nada...
- Ah! Ganhei sim.
- Por quê?
- Você não me respondeu quantas vezes eu te chamei de idiota hoje...
- Quatrocentas e vinte e sete. Setenta e quatro na última hora... Doze no último minuto...
- Mentira. Não dá tempo de falar tantas vezes assim...
- Você duvida de mim?
- Bem, você duvidou de mim. É um direito meu não?
- Sinceramente?
- Cale a boca. É um direito meu. Ponto final.
- E você acha que tem esse direito por quê?
- Isso me dá o direito... - esticou a mão e apontou para a aliança.
- É. A prova de que eu sou idiota...
- Não. Isso é a prova de que eu sou anormal... - os dois finalmente não agüentaram mais e riram. - Você me mata de rir, Draco Malfoy - ele deu um sorriso maroto.
- Não. Eu prefiro matar você de modos mais interessantes, se o bebê não se importar - e saiu puxando-a pela mão.
"É quando a gente vê o que realmente importa... O que realmente vale à pena na vida...",Gina sorriu. "E a melhor parte é saber que tudo dá frutos se você souber onde plantar e como fazer funcionar...",ela entendeu exatamente o que aquilo queria dizer. "Quem diria que eu teria que vir para tão longe para encontrar meu caminho? Que eu teria que estar longe de casa para encontrar um lar?", ela acabou de ler o resto da carta.
- Harry! - ela chamou o marido, que agora corria atrás dos dois filhos pelo gramado. Ele olhou para ela atentamente. Gina acenou com a carta nas mãos, sustentando a barriga.
- Fala meu amor - Harry e as crianças se aproximaram dela. Gina sorriu.
- Draco está bem - Harry franziu a testa. Fazia bastante tempo que Malfoy não mandava notícias. - Ele e Luna finalmente pararam de fingir que não se gostavam e se casaram, lá mesmo, no Japão. Depois de concluírem o curso de aurores que foram fazer lá. E vão ter um bebê...
"É. Às vezes a beleza da vida parece estar em tudo aquilo que não foi mas poderia ter sido", foram às primeiras palavras da carta de Draco Malfoy.
"Mas na verdade a gente acaba descobrindo que a beleza da vida está na verdade no que não podia deixar de ser."
E foi assim que tudo terminou para todos: sem culpas, sem dores, sem arrependimentos e, o melhor de tudo, sem nenhuma cicatriz.
