Cap. III
Para Hermione, aquela sexta feira estivera submersa numa irealidade estranha, uma continuação dos eventos inacreditáveis do dia anterior. Fora uma noite de muito nervosismo. Hermione e Helena jantaram juntas, terminaram a champanha e foram presenteadas com uma segunda garrafa. Saborearam o café até que o Galdérius, com uma fila de cliêntes esperando por mesas, relutantemente as deixara partir. Helena pagou a despesa. O jantar custou muito mais do que Hermione teria acreditado possível, mas Helena menospresou a conta. Disse a Hermione que não se incomodasse porque Rudolph Clunsk pagaria a conta. Ele sempre pagava.
Finalmente foram até Caldeirão onde Helena teceu alguns comentários depreciativos sobre a decoração, o pessoal e clientela, enquanto Hermione, embaraçada e tentando não rir, explicava a situação inexplicável para Tom atrás do balcão. Logo depois foram para a casa de Helena.
Hermione não imaginara tanto luxo. Negligentemente Helena designou a ela um quarto e disse para desfazer as malas. Ao terminar, retirou sua camisola enquanto Helena sentava-se na cama.
De repente ocorreu uma idéia a Hermione.
- Quer saber como se parecem seus pais? Quer dizer, seus pais biológicos?
- Fotografias! - Helena reagia como se tivesse apenas ouvido falar de coisa semelhante.
Tirou do malão uma pasta larga de couro e sentaram-se juntas na cama enorme, cabelos castanhos a encontro de cabelos castanhos.
Diante delas estava a casa de Hermione e seus pais sentados em um muro de pedra. Ambos sorriam alegremente.
- Oh, eles são demais! - Helena olhava a foto entusisasmada mas de uma hora para outra cansou-se dela. Atirou-a sobre a colcha e olhou demoradamente para a irmã. Sem qualquer alteração na voz, perguntou: - Gostaria de tomar um banho?
Assim ambas tomaram banho e sairam embrulhadas em seu robes. Hermione usava seu velho robe escolar, que ainda tinha o simbolo da grifinória estampado, e o de Helena era de uma seda magnífica estampada de flores. Sentaram-se num sofá de veludo e conversaram.
Havia muito a contar. Helena falou sobre a casa em Paris, Beauxbatons, a escola onde estudou, e sus magníficas viagens pelo mundo. E Hermione contou sua história, as aventuras em Hogwarts com Rony e Harry e sobre seus amigos. Depois de um tempo perguntou.
- Helena, você disse que estava indo para a Grécia?
- Acho que sim. Mas depois deste verão viajando por todo os Estados Unidos, sinto-me como se nunca mais fosse sair de casa. Nunca.
- Quer dizer que você passou todo o verão lá?
- A maior parte. Meu pai estava planejando essa viagem há anos e fizemos de tudo, desde descer as corredeiras do rio Slamon até trilhar o Grand Canyon em lombo de mulas com máquinas fotográficas a tiracolo. Turistas típicos. - Ficou séia. - E quanto a você? Está apaixonada, noiva, pensando em se casar?
Era difícil acompanhar o raciocínio de Helena. Hermione maneou os ombros em sinal de indiferença.
- Você sabe como as coisas são. Eu já até pensei ter encontrado o homem certo... - A lembrança de Rony lhe veio a mente, mas as coisas não tinham dado certo entre eles, tinham descoberto que no fim era só amizade mesmo. - A princípio, a gente acha que cada novo homem que encontra está indo nos levar a um altar. E depois isso deixa de ter importância. - Olhou para Helena com curiosidade. - E quanto a você?
- Acontece o mesmo. De qualquer modo, quem quer se casar e se aborrecer com velhos trabalhos domésticos e garotos aos berros?
- Talvez não seja tão ruim assim. - A Sra Wesley parecia muito feliz em fazer todas essas coisas que Helena parecia desdenhar, e sua mãe também, apesar de ser dentista era uma ótima dona de casa.
Helena andou até a janela, abriu as cortinas e ficou parada em pé, olhando para a praça iluninada. Depois de um instante falou: - Sobre a Grécia... se eu for amanhã e deixar você sozinha, se importaria muito?
Hermione foi tomada de surpresa.
- Amanhã?
- Falo de Sexta-feira. Bom, suponho que já é hoje.
- Hoje? - a contragosto, a voz de Hermione saiu aguda como uma guincho.
Helena voltou-se.
- Você se importaria - falou a Hermione. - Ficaria magoada.
- Não seja ridícula. É que você me surpreendeu. Isto é, não pensei que estivesse falando sério sobre ir para a Grécia. Pensei que estivesse apenas pensando em ir.
- Oh, sim. Não tinha certeza se queria ir, mas agora acho que vou. Você consideraria isso egoísmo de minha parte?
- É claro que não - respondeu Hermione, enfaticamente.
Helena começou a sorrir.
- Sabe, não somos tão parecidas como pensei que fôssemos. Você é tão mais honesta, mais transparente. Eu sei o que você está pensando.
- E o que eu estou pensando?
- Você acha que sou uma cretina em deixar você. Está se perguntando por que de repente eu tenho de ir a Grécia.
- E você vai me contar?
- Desconfio que já adivinhou. É um homem. Já sabia, não é?
- Talvez.
- Eu o conheci numa festa do ministério em Nova York, pouco antes de viajar para Londres. Ele mora em Atenas, mas recebi uma coruja dele ontem de manhã e ele está em Spetsai, numa casa emprestada por amigos, em um vilarejo bruxo próximo ao mar. E quer que eu vá encontrá-lo.
- Então você deve ir.
- Está sendo sincera, não está?
- É claro. Não existe motivo algum para você ficar em Londres. Além do mais, preciso ir em busca de um lugar para ficar.
- Bem vai ficar nessa casa até conseguir?
- Bem...
- Eu combino tudo com os elfos. Por favor. - Helena falava com aflição, quase implorando. - Diga que vai ficar. Só por um dia ou dois. Para o final de semana, de qualquer modo. Significaria tanto para mim se você ficasse.
Hermione estava intrigada, mas não havia nehum obstáculo óbvio, nenhum motivo para argumentar contra tão agradável convite.
- Então está bem. Até segunda-feira. Mas só se você me der certeza de que não haverá problemas.
- Mas é claro que está tudo bem. - O sorriso de Helena, cópia do próprio sorriso de Hermione, abriu-se em seu rosto. Atravessou o quarto para abraçar Hermione numa grande demonstração de afeto, apenas para retornar quase no mesmo instante às suas desconcertantes maneiras habituais. - E agora venha me ajudar a fazer as malas.
- Mas são três horas da madrugada!
- Isso não tem importância, podemos pedir um pouco de café aos elfos.
Para Hermione, aquela sexta feira estivera submersa numa irealidade estranha, uma continuação dos eventos inacreditáveis do dia anterior. Fora uma noite de muito nervosismo. Hermione e Helena jantaram juntas, terminaram a champanha e foram presenteadas com uma segunda garrafa. Saborearam o café até que o Galdérius, com uma fila de cliêntes esperando por mesas, relutantemente as deixara partir. Helena pagou a despesa. O jantar custou muito mais do que Hermione teria acreditado possível, mas Helena menospresou a conta. Disse a Hermione que não se incomodasse porque Rudolph Clunsk pagaria a conta. Ele sempre pagava.
Finalmente foram até Caldeirão onde Helena teceu alguns comentários depreciativos sobre a decoração, o pessoal e clientela, enquanto Hermione, embaraçada e tentando não rir, explicava a situação inexplicável para Tom atrás do balcão. Logo depois foram para a casa de Helena.
Hermione não imaginara tanto luxo. Negligentemente Helena designou a ela um quarto e disse para desfazer as malas. Ao terminar, retirou sua camisola enquanto Helena sentava-se na cama.
De repente ocorreu uma idéia a Hermione.
- Quer saber como se parecem seus pais? Quer dizer, seus pais biológicos?
- Fotografias! - Helena reagia como se tivesse apenas ouvido falar de coisa semelhante.
Tirou do malão uma pasta larga de couro e sentaram-se juntas na cama enorme, cabelos castanhos a encontro de cabelos castanhos.
Diante delas estava a casa de Hermione e seus pais sentados em um muro de pedra. Ambos sorriam alegremente.
- Oh, eles são demais! - Helena olhava a foto entusisasmada mas de uma hora para outra cansou-se dela. Atirou-a sobre a colcha e olhou demoradamente para a irmã. Sem qualquer alteração na voz, perguntou: - Gostaria de tomar um banho?
Assim ambas tomaram banho e sairam embrulhadas em seu robes. Hermione usava seu velho robe escolar, que ainda tinha o simbolo da grifinória estampado, e o de Helena era de uma seda magnífica estampada de flores. Sentaram-se num sofá de veludo e conversaram.
Havia muito a contar. Helena falou sobre a casa em Paris, Beauxbatons, a escola onde estudou, e sus magníficas viagens pelo mundo. E Hermione contou sua história, as aventuras em Hogwarts com Rony e Harry e sobre seus amigos. Depois de um tempo perguntou.
- Helena, você disse que estava indo para a Grécia?
- Acho que sim. Mas depois deste verão viajando por todo os Estados Unidos, sinto-me como se nunca mais fosse sair de casa. Nunca.
- Quer dizer que você passou todo o verão lá?
- A maior parte. Meu pai estava planejando essa viagem há anos e fizemos de tudo, desde descer as corredeiras do rio Slamon até trilhar o Grand Canyon em lombo de mulas com máquinas fotográficas a tiracolo. Turistas típicos. - Ficou séia. - E quanto a você? Está apaixonada, noiva, pensando em se casar?
Era difícil acompanhar o raciocínio de Helena. Hermione maneou os ombros em sinal de indiferença.
- Você sabe como as coisas são. Eu já até pensei ter encontrado o homem certo... - A lembrança de Rony lhe veio a mente, mas as coisas não tinham dado certo entre eles, tinham descoberto que no fim era só amizade mesmo. - A princípio, a gente acha que cada novo homem que encontra está indo nos levar a um altar. E depois isso deixa de ter importância. - Olhou para Helena com curiosidade. - E quanto a você?
- Acontece o mesmo. De qualquer modo, quem quer se casar e se aborrecer com velhos trabalhos domésticos e garotos aos berros?
- Talvez não seja tão ruim assim. - A Sra Wesley parecia muito feliz em fazer todas essas coisas que Helena parecia desdenhar, e sua mãe também, apesar de ser dentista era uma ótima dona de casa.
Helena andou até a janela, abriu as cortinas e ficou parada em pé, olhando para a praça iluninada. Depois de um instante falou: - Sobre a Grécia... se eu for amanhã e deixar você sozinha, se importaria muito?
Hermione foi tomada de surpresa.
- Amanhã?
- Falo de Sexta-feira. Bom, suponho que já é hoje.
- Hoje? - a contragosto, a voz de Hermione saiu aguda como uma guincho.
Helena voltou-se.
- Você se importaria - falou a Hermione. - Ficaria magoada.
- Não seja ridícula. É que você me surpreendeu. Isto é, não pensei que estivesse falando sério sobre ir para a Grécia. Pensei que estivesse apenas pensando em ir.
- Oh, sim. Não tinha certeza se queria ir, mas agora acho que vou. Você consideraria isso egoísmo de minha parte?
- É claro que não - respondeu Hermione, enfaticamente.
Helena começou a sorrir.
- Sabe, não somos tão parecidas como pensei que fôssemos. Você é tão mais honesta, mais transparente. Eu sei o que você está pensando.
- E o que eu estou pensando?
- Você acha que sou uma cretina em deixar você. Está se perguntando por que de repente eu tenho de ir a Grécia.
- E você vai me contar?
- Desconfio que já adivinhou. É um homem. Já sabia, não é?
- Talvez.
- Eu o conheci numa festa do ministério em Nova York, pouco antes de viajar para Londres. Ele mora em Atenas, mas recebi uma coruja dele ontem de manhã e ele está em Spetsai, numa casa emprestada por amigos, em um vilarejo bruxo próximo ao mar. E quer que eu vá encontrá-lo.
- Então você deve ir.
- Está sendo sincera, não está?
- É claro. Não existe motivo algum para você ficar em Londres. Além do mais, preciso ir em busca de um lugar para ficar.
- Bem vai ficar nessa casa até conseguir?
- Bem...
- Eu combino tudo com os elfos. Por favor. - Helena falava com aflição, quase implorando. - Diga que vai ficar. Só por um dia ou dois. Para o final de semana, de qualquer modo. Significaria tanto para mim se você ficasse.
Hermione estava intrigada, mas não havia nehum obstáculo óbvio, nenhum motivo para argumentar contra tão agradável convite.
- Então está bem. Até segunda-feira. Mas só se você me der certeza de que não haverá problemas.
- Mas é claro que está tudo bem. - O sorriso de Helena, cópia do próprio sorriso de Hermione, abriu-se em seu rosto. Atravessou o quarto para abraçar Hermione numa grande demonstração de afeto, apenas para retornar quase no mesmo instante às suas desconcertantes maneiras habituais. - E agora venha me ajudar a fazer as malas.
- Mas são três horas da madrugada!
- Isso não tem importância, podemos pedir um pouco de café aos elfos.
