Capitulo 1
Olá Pai!
Mais um dia começou na vida de Draco. Movimentou-se na cama estendendo os braços, tacteando ao seu redor. Espreguiçou-se demoradamente como se arranjasse coragem para se levantar. Não era preguiçoso por natureza mas a noite anterior tinha sido animada. Levantou-se e caminhou até à casa de banho onde se arranjou demoradamente, como fazia todas as manhãs. Deu uma vista de olhos pela arrumação do apartamento e em seguida dirigiu-se para a cozinha onde encontrou Blaise Zabini. Era costume ele passar pelo apartamento de Draco para tomar o pequeno-almoço, depois das noitadas.
-Por aqui Zabini? Eu sinceramente não te entendo, o teu apartamento é aqui ao lado....
-Se eu disser que estou aqui para desfrutar a tua companhia calas-te?
-Com dor de cabeça outra vez?
Blaise apenas apoiou os cotovelos na mesa e a cabeça entre as mãos.
-A noite foi agitada? – Perguntou com um sorriso maroto.
-Nem te conto... Não estás atrasado?
-Tens razão, vou andando para a empresa.
Draco trabalhava numa empresa de publicidade, na realidade ele era o sócio maioritário duma das empresas mais bem sucedidas do mundo bruxo.
Chegou à empresa e dirigiu-se ao escritório, digamos que não era um escritório comum, era uma espécie de sala no centro do andar, que era totalmente feita de vidro reflector, ou seja, era possível ver de dentro para fora mas não o contrário, tendo assim uma vista privilegiada de toda a secção que funcionava naquele andar. Era um escritório enorme, uma grande secretária no centro, com uma cadeira bem confortável onde gostava de se sentar. Existia uma espécie de lareira, ou pelo menos tinha a função de uma, permitindo assim a comunicação através do pó de Flu.
Sentou-se à secretária e começou a analisar papeis e mais papeis até que foi interrompido.
-Sim? – Perguntou azedo, voltando-se para a "lareira", odiava ser interrompido quando estava a trabalhar. -É assim que se trata a noiva? – Perguntou numa voz um tanto ou quanto esganiçada.
O oiro respirou fundo e olhou para a rapariga.
-Diz Lavander.
Estava noivo de Lavander Brown, não que aquilo fosse caso de amor, seria apenas um casamento por conveniência. Draco possuía 60 % das acções da empresa e Lavander 15 %, então, tanto um como outro, decidiu casar para usufruir da condição do outro, Draco pelos 15 % das acções da rapariga e Lavander pela situação monetária do loiro.
-Era só para avisar que não vou passar a noite contigo, tenho de fazer uma viagem de negócios e só volto amanhã à noite.
-Tudo bem, agora s então te importas tenho de voltar ao trabalho.
-Ok, até amanhã à noite.
-Até amanhã. Ah! Antes que me esqueça, quantas vezes é que eu já disse que não gosto que deixes o apartamento desarrumado? Principalmente quando se trata de roupa interior.
-Não te ouvi queixar ontem á noite, agora se não vais reclamar de mais nada vou embora – Soprou um beijinho e desapareceu na "lareira"
O rapaz bufou e voltou logo de seguida ao trabalho mas mais uma vez foi interrompido.
-Entre – Ordenou sem tirar os olhos do trabalho. -Malfoy! – Chamou o rapaz que havia entrada na sala. -Diz Potter – Continuou a analisar os papeis à sua frente. -Nova proposta de campanha.
Harry era outro dos sócios e embora a sua convivência com o loiro não fosse das melhores, evoluíra bastante desde os tempos da escola.
-Como eu estava a dizer, há uma nova proposta, uma campanha duma nova marca de produtos para bebés.
O loiro torceu o nariz e olhou para Harry com cara de descrença.
-Nem penses numa coisa dessas Potter. -Mas Malfoy, é uma boa proposta, boa não, óptima. -Nem pensar Potter e esta é a minha última palavra.
O moreno saiu visivelmente chateado do escritório de Draco, que continuou a trabalhar como se nada tivesse acontecido. Mas não foi dessa vez que conseguiu a concentração necessária para trabalhar, pois tornou a ser interrompido.
-O que é que foi desta vez? Perguntou mal-humorado.
-Sr. Malfoy, chegou uma coruja para si, do Sr. Zabini. – Anunciou Nicolle, a secretária pessoal de Draco.
-Coruja do Zabini? A está hora? – Pensou alto – Onde está a carta?
-Está aqui Sr. Malfoy.
-Draco, já lhe pedi para me tratar por Draco – Disse sorrindo, quando o assunto usava saias o humor do loiro mudava drasticamente.
-Draco ... aqui está a carta – Disse a rapariga um tanto ou quanto embaraçada. Draco mostrou mais um dos seus sorrisos capazes de derreter um iceberg e seguiu com os olhos a secretária que saia do seu escritório.
-Não acredito que ele se meteu em confusão outra vez – Disse quando terminou de ler o pergaminho enviado por Blaise.
Vestiu o casaco e saiu apressado do escritório.
- - - - -
-Onde está o Draco? – Perguntou a rapariga.
-Ele saiu à pouco – Respondeu Nick, outro dos sócios da empresa – Mas eu se fosse a ti tinha cuidado Lavander,
Nick era uma espécie de "jornal de notícias" quer sabia de tudo o que se passava na empresa, adorava fazer mexericos, principalmente de Draco o qual invejava pelo sucesso e situação financeira.
-Não comeces com isso Nick – Repreendeu Nicolle – O Sr. Malfoy recebeu uma coruja do Sr. Zabini – Disse voltando-se para Lavander – Não sei se ainda volta hoje.
-Nicolle?
-Sim.
-Posso falar contigo em particular?
-Claro Srta. Brown.
Afastaram-se um pouco de Nick para poderem falar à vontade.
-Posso lhe pedir um favor?
-Claro Srta.
-Será que posso contar consigo para me informar das actividades de Draco?
-Mas Srta, Acho que isso não seria justo para com o Sr. Malfoy.
-Eu não lhe peço nada demais, apenas que me informe das saídas e das entradas dele e das visitas de estranhos.
-Eu não sei.... – A rapariga estava indecisa.
-É só um pequeno favor.
-Então tudo bem....
-Estamos combinadas?
-Sim.
-Então fica um segredo entre nós duas – Piscou para a rapariga e desaparatou-se sem mais uma palavra.
- - - - -
-Tens de parar de armar confusão Zabini!
-Não foi por mal!
-Não foi por mal! Pareces uma criança!
-Ok.... Passando à frente, como foi o dia na empresa? Algo de novo?
-O Potter tentou impingir-me uma campanha duma marca de produtos para bebés.
-Só mesmo o Potter, mas ao menos era lucrativa?
-Segundo ele, era.... Mas não estive para pensar nisso. Agora se não te importas vou para casa, já não volto ao escritório, se lá fores avisa a Nicolle.
-A Nicolle?
-Não comeces Zabini, não comeces!
-Eu não disse nada! – Sorriu duma forma marota.
-Mas pesas-te! Eu vou casar com a Lavander.
-Tudo bem, mas isso não te deixa cego, deixa? E digamos que ela tem muito que se veja.
-Tens razão ..... Bem, vou indo.
-Vai vai Malfoy... não te percas.
. . . . .
Acordou por causa dum sonho estúpido. Tinha sonhado com uma criança, ou melhor uma bebé, provavelmente devido á insistência do Potter em relação à tal campanha. Ainda conseguia ouvir o choro irritante do bebé, que parecia muito real. Movimentou-se levemente na cama, sem a mínima vontade de se levantar. A sua cabeça latejava e ele levou as mãos às têmporas numa tentativa de aliviar a dor.
Abriu os olhos lentamente e levantou-se, caminhando até à janela. Afastou as cortinas grossas para dar alguma claridade ao quarto. Foi até à casa de banho onde se arranjou demoradamente, como de costume. Quando saiu da casa de banho teve um choque tão grande que o levou a esfregar os olhos para confirmar se estava acordado. Caminhou até à cama para ver se aquilo não era uma miragem, um fruto da sua imaginação, provocado pelo sono. Mas não era uma miragem, estava mesmo ali em cima da sua própria cama.
-Eu mato o Potter! Mas mato mesmo!
Rodou a cama e parou do lado contrário ao que estava anteriormente. Esticou o braço e tocou no "ser" deitado na sua cama, abanou-o levemente e um choro estridente ecoou pelo quarto. O loiro levou as mãos aos ouvidos para abafar o som do choro. Vários objectos no quarto estilhaçaram-se, um dos candeeiros da mesinha de cabeceira, um pisa papeis que estava sobre a secretária e até um frasco de perfume caríssimo que estava numa prateleira da casa de banho.
Assim que o choro parou, Draco olhou para "aquilo" com atenção. "Aquilo" era um bebé, um bebé mágico sem nenhuma dúvida, pois só com o choro tinha destruído parte do seu quarto.
-O que é que estás aqui a fazer, coisa? – O bebé olhou para ele com os imensos olhos castanhos ainda rasos de água. Era um bebé rechonchudo, com uns enormes olhos castanhos e uns cabelos imensamente loiros.
Aquilo só poderia ser uma piada do Potter por ele não ter aceite a campanha.
-Mas se foi o Potter eu mato-o!
Afastou-se da cama tentando pensar numa maneira de resolver aquele problema. Assim que o fez o bebé tornou a chorar. Draco voltou para perto dele, para o tentar calar mas no caminho tropeçou e bateu com o pé direito na base da cama. Gritou todos os palavrões que conhecia e mais alguns, agarrado ao pé e isso fez com que a criança se acalmasse.
-O que é que foi pirralho, gostas de me ver sofrer? – O bebé começou a fazer beicinho, prestes a chorar novamente – Não, não, não chores outra vez – Pediu aproximando-se da criança debruçando-se sobre ela. Só então reparou num pequeno cartão ao lado do loirinho, tinha apenas duas palavras:
"Olá Pai!"
O loiro quase teve um colapso.
-Pai? Mas que merda de brincadeira é esta?!?! – Gritou. Antes que o pequeno começasse a chorar, Draco ergueu-o, segurando-o por debaixo dos braços, a uma distância considerável – Nós vamos resolver isto e é agora – Disse com uma cara meio esquisita.
A criança parecia relativamente calma, abanando freneticamente as perninhas descobertas no ar. Draco caminhou até à cozinha como bebé "nos braços" e deu de caras com Zabini.
-O que é "isso" Malfoy? – Perguntou olhando para o bebé.
-O que é isso pergunto eu! Mas que brincadeira vem a ser esta?
-E eu é que sei? Nem me olhes com essa cara assassina porque eu não tenho nada a ver com essa embrulhada. Mas já agora, como é que "isso" apareceu aqui?
-Segura – Disse passando o bebé para o colo do outro que o segurou com tanta repugnância como o loiro.
Draco saiu da cozinha e voltou pouco depois com o pedaço de pergaminho deixado junto do bebé.
-Pai? – Perguntou depois de ler.
-Deve ser uma porcaria de brincadeira do pessoal do escritório.
-Achas mesmo? E como é que eles entravam aqui?
-Só pode ser! Que outra hipótese devia considerar?
-"Disso" Ser teu filho, até é parecido....
-Não te ponhas com coisas! È agora parecido....
-Não é? É loiro como tu.
-E daí? Sabes lá a quantidade de pirralhos loiros que há por aí, ainda por cima tem os olhos castanhos e ia ser muita coincidência aparecer logo agora. Não pode ser meu filho, é apenas uma brincadeira, tenho a certeza – Afirmou convicto – Acho eu .... – Acrescentou baixinho.
-Qual é o nome dele? – Perguntou agitando a criança no ar.
-Eu não sei se é um ele, quanto mais o nome!
-Isso vê-se já. Toma vê tu! – Depositou o loirinho nos braços de Draco.
-Eu não! Vê tu! – Passou-o de novo para Blaise.
-Tu é que és o pai, ou o suposto pai, sei lá....
-Eu não vou espreitar na fralda desse aí. Eu sou um Malfoy.
-Vai logo, não tenho o dia todo.
Draco deitou o loirinho na mesa da cozinha e retirou a fralda que cobria o corpo da criança.
-É um rapaz. Agora toma conta dele enquanto eu me vou arranjar.
-Eu?!?
-Custa-te muito? Cinco minutos apenas! – Pediu colocando novamente a fralda na criança.
-Ok, só cinco minutos Malfoy.
O loiro saiu da cozinha e Zabini ficou ali a segurar a criança, mantendo ainda uma distância considerável.
-O que é que foi monstrinho? – Perguntou ao bebé sorridente na sua frente, que tentava a todo o custo alcançar a cara do rapaz com as mãos completamente cobertas de baba – Não estás com frio coisinha?
Apesar de estarem no final da Primavera o corpinho do bebé estava apenas coberto pela fralda. Blaise agitou o pequeno no ar, que aproveitou a oportunidade de lambuzar a cara do rapaz.
-Malfoy! – Gritou.
-O que foi? – Perguntou o loiro, acabado de entrar na cozinha.
-Pega o pirralho, fiquei todo lambuzado – Entregou o bebé ao loiro e preparou-se para sair – Vê se resolves este problema.
-Vou tratar disso agora – Pegou no bebé e preparou-se para sair também. Não se podia aparatar nem viajar via Flu por causa do loirinho e então decidiu ir de carro. Ele não gostava muito de andar de carro, achava pouco prático embora em algumas vezes desse jeito, e essa era uma dessas vezes.
Entrou no carro e sentou o bebé no lugar ao lado do seu. Fez um feitiço para que ele ficasse seguro e ligou o carro, dirigindo-se para a empresa. Quando entrou na secção toda a gente olhou para ele duma forma estranha, não era normal ver Draco com uma criança nos braços muito menos se a criança em questão estivesse apenas de fralda.
-Nicolle – Chamou a secretária – manda o Potter ao meu escritório.
-Sim Sr. Malfoy – Disse prontamente saindo à procura do moreno.
Entrou no escritório visivelmente irritado e sentou-se na cadeira habitual, sentando o pequeno no seu colo.
Harry entrou na sala e encarou o loiro.
-O que foi? – Perguntou a Draco.
-O que foi pergunto eu Potter! O que é i"isto"?!? – Perguntou erguendo o loirinho.
-Até onde consigo perceber é um bebé, mas porque me perguntas a mim?!?
-Não te faças de santo Potter, eu sei que foste tu!!
-Eu?!?
-Claro! Quem é que insistiu com a campanha? Tu!
-E depois? -Talvez isso seja uma forma de me pressionar! Mas eu já te digo que não vais conseguir!
-Eu não queria isso, até porque é impossível, mas uma coisa eu te digo, eu não fui!
-Ok, ok, vou fingir que acredito, agora se não foste tu quem foi?
-Malfoy, pensa quem faria uma coisa destas?
-Eu lá sei! Eu quero ver-me livre deste pirralho.
-Se não queres saber eu também não! Vou embora! – Gritou ao loiro, fazendo o bebé chorar.
-Vês o que fizeste Potter?!? – Chegou a criança ao seu peito e começou a embala-lo delicadamente fazendo com que ele se acalmasse imediatamente. -Pronto coisinha, já passou.... – O moreno estranhou o entendimento dos dois loiros mas nada disse, apenas saiu da sala – Agora temos de resolver este problema, temos de te devolver aos teus pais.
Ouviu batidas na porta e mandou entrar.
-Diz Nick – O rapaz acabara de entrar no escritório do loiro com uma cara verdadeiramente irritada. -Parabéns Malfoy, pela ideia brilhante para a campanha – Disse raivoso, olhando para o bebé loiro – Parece que afinal sempre vais fazer a campanha – Completou.
Draco ainda pensou em desmentir a frase mas para quê? Afinal todos pensavam que a criança era um "material" de pesquisa, não valia a pena tentar convence-los do contrário.
-Obrigado Nick – Agradeceu num sorriso. De desdém – Agora se não te importas tenho de trabalhar – Completou erguendo ligeiramente o loirinho.
-Claro Malfoy – Respondeu ácido antes de sair. -Então baixinho como é que vamos resolver isto? – O pequeno estava muito entretido a brincar com um dos botões da camisa de Draco, estava tão feliz que parecia que conhecia Draco desde sempre.
Draco ficou a olhar o bebé durante vários minutos sem pensar em mais nada. Depois de se cansar dos botões da camisa o loirinho decidiu avançar para a cara e para os cabelos do rapaz. Draco não fez qualquer tipo de objecção até sentir as mãos completamente babadas do bebé, na sua face.
-Que nojo! – Exclamou afastando a criança, que começou a chorar – Pronto, pronto – Disse embalando o loirinho – Eu já não te grito mais – Ele tentava de tudo para calar o loirinho mas ele parecia não ceder, muito pelo contrário, chorava cada vez mais – O que foi? Estás com fome?
Olhou para o relógio que marcava o meio-dia.
-Parece que sim .... Mas sinceramente eu não entendo nada de crianças ...
Então uma ideia brilhante ocorreu-lhe como flash. Ergueu-se e caminhou até à lareira, prestes a estabelecer a comunicação com a única pessoa que o poderia ajudar, a sua mãe.
-Mãe?
-Draco?
-Sim, estou com um pequeno problema – Explicou sucintamente a história à sua mãe.
-Bem Draco, o problema é todo teu. Eu não te posso ajudar.
-Porquê?
-Vou de viajem.
-Com quem?
-Para sua informação eu é que sou a mãe, portanto eu é que faço as perguntas – Disse com uma pontinha de irritação – De qualquer maneira eu vou com o Sirius – Completou com um enorme sorriso.
-Com o Black? – Draco tremeu de nojo ao mencionar o nome – A esta altura Lucius deve estar a contorcer-se na tumba fria – Acrescentou sarcástico.
-Chega de conversas Draco, a Lavander já sabe da criança.
-Não, nem vai saber, afinal isto é só uma brincadeira sem graça.
-Que ingenuidade, é óbvio que não é, mas o problema é teu. Vou andando, diverte-te! – Despediu-se desaparecendo da lareira.
-Merda! – Exclamou o loiro – Isto não me está a acontecer!
Tinha uma criança esfomeada nos braços e não fazia a mínima ideia do que fazer, ele pura e simplesmente ignorava os cuidados para com as crianças, acha que isso era coisa para mulheres. Estava a pensar na solução para o seu problema quando Harry entrou no seu escritório.
-Ainda bem que chegas-te Potter!
-Eu não tenho nada a ver com este assunto, já disse!
-Sim, sim – Disse impaciente – Preciso de ajuda.
-Malfoy, esta é uma cena que eu não esperava viver para presenciar, tu a pedires ajuda.
-Sem piadinhas Potter, Tu tens um filho não tens?
-Filha.
-O que for, como é que eu dou comida a esta coisa? – Perguntou abanando o loirinho no ar.
-Não faço a mínima ideia, quem trata da Milla é a Luna.
-Bem, se essa destrambelhada... A Luna, é capaz de tratar duma criança eu também sou, afinal é só por enquanto, tenho a certeza que isto é só uma brincadeira.
-Se queres continuar a acreditar nisso tudo bem, já que vais dar comida à criança porque é que não experimentas um dos produtos da empresa da qual recusaste a campanha.
-À falta de melhor – Com um movimento de varinha, Harry fez aparecer uma série de boiões com os mais estranhos conteúdos.
-Aqui está Malfoy, é só escolher – Disse a sorrir, saindo da sala em seguida.
Digamos que aquela não foi a tarefa mais fácil da vida de Draco. Sempre que ele tentava fazer com que o loirinho engolisse o conteúdo de um dos frascos acabava com a comida espalhada na sua camisa caríssima. Estava prestes a desistir quando finalmente um dos boiões agradou ao bebé.
-Finalmente pirralho – Teria ganho mais se estivesse calado, pois assim que terminou a frase o loirinho cuspiu tudo em cima dele. -Ah! Vais parar com isso e é agora! – Ordenou num tom ameaçador – Vais comer e é já! – Tornou a dar comida ao loirinho que desta vez não recusou, como se tivesse entendido a ordem de Draco.
Depois de terminada a "refeição", Draco não soube dizer qual dos dois estava mais sujo, a sua camisa estava repleta de papa e o bebé estava completamente lambuzado.
-Temos de resolver isto – Com um movimento de varinha impou a sua roupa e o corpinho do bebé que segurava – Já está baixinho, agora temos de encontrar a tua mãe.
Chamou Nicolle e minutos depois a rapariga entrou na sala.
-Sim, Sr. Malfoy?
-Nicolle, eu quero saber agora, quem teve a ideia absurda desta brincadeira – Disse num tom letal, mostrando à rapariga o bebé no seu colo – Agora! – Completou.-Sr. Malfoy, ninguém do escritório teve essa ideia – Disse temerosamente – Não que seja do meu conhecimento.... Na realidade toda a gente pensa que era um estudo para o seu próximo trabalho.
-Muito bem, pode sair.
A rapariga saiu nervosa do escritório deixando para trás os dois loiros.
-E agora baixinho, o que é que vamos fazer? – O bebé respondeu com uma pequena gargalhada.
-Também acho, vamos para casa.
Saiu do escritório e atravessou a secção, voltando a ser observado por todos os que ali "trabalhavam". Conduziu até casa e subiu até ao seu apartamento com o loirinho nos braços.
-O que é que eu faço contigo? – Perguntou ao bebé e só então percebeu que ele dormia tranquilamente. Foi até ao seu quarto e deitou o loirinho no centro da sua cama. Aplicou um feitiço nesta, apesar das dimensões poderia representar um risco para o bebé.
Voltou á sala, deitou-se no sofá e fechou os olhos para pensar melhor, num a solução para resolver aquele grande problema.
-Draco! – Chamou uma voz meio esganiçada.
Ele suspirou e abriu os olhos encarando a rapariga.
-Que história é essa de filho?!? – Gritou
-Cala a boca Lavander, ainda o acordas!
-Agora é assim? "Cala a boca Lavander" !?!
-Fala baixo, não precisas de gritar, ainda não estou surdo.
-Tudo bem, mas agora explica-me essa história de filho.
-Eu não sei o que te dizer, eu acordei com a criança ao lado, a principio pensei que fosse uma brincadeira, mas a esta altura já não tenho assim tanta certeza.
-Duma maneira ou de outra vais livrar-te da criança.
-É obvio, mas não achas que o vou abandonar assim ,achas?
-Não?
-É claro que não!
-Ficas desde já avisado que com criança não há casamento.
-Não te preocupes, resolvo isto até ao final da semana.
-Espero bem que sim – Desaparatou-se deixando o loiro entregue aos seus pensamentos.
Não ficou em silêncio por muito tempo, pois o choro do loirinho fez- se ouvir. Mal Draco entrou no quarto o choro cessou, daquela vez não havia partido nada, apenas chamou a sua atenção.
-Já acordado baixinho? – O bebé sorriu assim que o loiro o ergueu no ar. Havia uma química estranha entre eles, como se na realidade fossem pai e filho.
Ouviu um barulho do outro lado da casa.
-O Zabini chegou – Disse ao bebé sorridente.
Caminhou até à sala onde se encontrou com Blaise.
-Ainda? – Perguntou apontando para o bebé.
-Não consegui resolver o problema, acho que vou entrega-lo ao ministério, vou até a secção das pessoas desaparecidas.
-Mas e se ele for mesmo teu filho? Existe essa possibilidade, na realidade é o mais provável, com a quantidade de mulheres com quem saíste.
O loiro apenas deu ombros.
-Eu não sei o que fazer, a Lavander ameaçou acabar com o casamento e sabes que isso não seria rentável.
-Deve haver uma maneira de saber se ele é teu filho ou não.
-Tem de haver... tem de haver...
Ficou ali, deitado no sofá, toda a tarde a tomar conta do loirinho. Acabaram por adormecer os dois, o bebé deitado calmamente no peito de Draco e este com os braços À volta do pequeno, como num acto de protecção.
- - - - - Fim do 1º Capitulo - - - - -
N/A: Gostaram do nome? Não, pois eu sabia ... mas foi o melhro que se arranjou e mm assim devo-o À Rute, né Rute? Então o que é que acharam? Quero os vossos comentários nem que sejam a dizer que este capitulo não vale absolutamente nada .... Bem miga, se estás a ler isto (é claro que estás!!!) bem fica desde já a saber que agradeço imenso por todas as ideias que me deste .... Rutinha, miga, sem ti partes desta fic não teriam sido escritas e tu sabes disso principalmente aquela parte .... Bem tu sabes qual, aquela que ... tu sabes ....
Até ao próximo capitulo que prometo actualizar o mais rápido possível... Comente ... Bjxs .... FUI!!!
