Capitulo 3
Quem é ela?
-Sim, sim, bom dia para ti também! – Resmungou ao acordar com o choro insistente do loirinho.
Assim que Draco voltou todas as suas atenções para o bebé, ele parou de chorar, esboçando um sorriso.
-Isso é chantagem! – Já era o terceiro dia consecutivo que acordava daquela forma "brutal".
Havia três dias que tinha descoberto que o bebé era seu filho e à três dias que trabalhava em part-time, ou melhor, ia dar uma volta à empresa com o filho antes de voltar para casa novamente.
-Vamos tomar banho! – Exclamou erguendo o loirinho no ar.
Caminhou até à casa de banho sempre balançando o bebé no ar. Abriu a torneira da água quente da banheira de imersão e voltou ao quarto. Tirou a fralda do loirinho e de seguida a sua própria roupa. Tornou a caminhar para a casa de banho, desligou a torneira e testou a temperatura da água com a ponta do pé. Confirmada a temperatura ideal entrou na banheira com o loirinho que chapinhava alegremente na água morna.
Sentou o bebé nos seus joelhos e começou a dar-lhe banho cuidadosamente. Depois do banho tomado os loiros saíram da banheira e Draco enrolou o pequeno numa toalha felpuda. Deitou-o na cama e arranjou-se rapidamente antes de tomar o bebé nos braços. Depois de ter colocado uma fralda limpa no pequeno caminhou até á sala. Sentou-se no sofá e sentou o loirinho no seu colo.
- Bem, temos várias coisas a resolver, não é mesmo? – Perguntou a sorrir, ao bebé á sua frente que lhe sorria de volta – Mas acho que temos de esperar pelo Blaise, e por falar nele....
Ouviu-se um "pop" e Zabini apareceu no centro da sala.
-Ainda bem que chegaste!
-Da ultima vez que ouvi essa frase sobrou para o meu lado.
-Não, desta vez não é um trabalho sujo.
-Então?
-Compras, preciso fazer compras.
-Compras?
-Sim, para ele – Disse, referindo-se ao loirinho.
-E o que tencionas comprar?
-Sei lá... roupas, brinquedos, mobília para o quarto... o essencial...
-Ok, então quando vamos?
-Primeiro temos de decidir uma coisa?
-O quê?
-Um nome, não posso chama-lo de coisinha ou pirralho... tenho de arranjar um nome....
-Eu sei, mas despacha-te que eu não tenho o dia todo....
-Cala-te Zabini, tu és um desocupado....
-Não precisas ofender... escolhe lá o nome....
Draco erguer o bebé ao nível dos seus olhos e encarou-o. Os cabelos loirinhos, ainda molhados, formando alguns caracóis, os olhos castanhos e por falar em olhos castanhos, eram olhos bastante familiares, de alguém que ele conhecera à algum tempo atrás.
-Virgínia ...-Murmurou.
-Disseste alguma coisa?
-Nada não...
Tão depressa como aquela ideia chegou à sua cabeça, desapareceu.
-Daniell!!! – Exclamou.
-O quê?!?
-Daniell, fica Daniell. Agora vamos às compras!
Blaise deu ombros e seguiu os dois loiros. Percorreram todas as lojas da parte bruxa da cidade em busca dos itens necessários ao pequeno. Escusado será dizer que fizeram o maior sucesso entre a população feminina que povoava cada uma das lojas, elas dividiam as suas atenções entre pai e filho.
Chegaram ao apartamento completamente carregados de sacos de todos os tamanhos. Draco ordenou aos elfos que arrumassem tudo no quatro de hóspedes, onde iria montar o novo quarto do bebé.
Daniell chorava sem parar, um choro que Draco já identificara.
-Já sei, comida.
Caminhou até à cozinha e preparou, com um movimento de varinha, um biberon que deu para o bebé. Depois de comer, o loirinho adormecer nos braços do pai. Draco caminhou até ao seu quarto e deitou Daniell no centro da cama. Retornou á sala vazia e atirou-se para o sofá. Bufou, não que ele não gostasse de estar com o loirinho, o seu filho, mas ele era um homem de negócios, talhado para trabalhar num escritório não para passar o dia a tratar duma criança. Precisava de uma baby-sitter, alguém de confiança que cuidasse de Daniell a tempo inteiro. Tinha de resolver essa questão o mais depressa possível mas enquanto isso ele mesmo trataria do pequeno.
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Acordou com um humor radiante, melhor dizendo, não gritava por tudo e por nada. Aquela convivência com a criança estava a fazer-lhe bem, estava mais paciente, menos mal-humorado e muito mais carinhoso.
Claro que Lavander, quando soube, uma semana depois, que Daniell era filho de Draco, cortou relações com o loiro, desmanchando de imediato o noivado. Draco não deu a mínima, estava ocupado com o loirinho e trataria desse assunto assim que arranjasse uma "ama2 para o bebé.
Então, devido ao seu maravilhoso estado de espírito decidiu dar uma volta com o pequeno Daniell, nada de passeios de carro ou pela empresa, apenas uma caminhada pelo jardim mais próximo.
Pelos vistos não tinha sido o único com essa ideia, várias pessoas andavam por ali, a aproveitar a manhã ensolarada daquele sábado. No meio de tanta gente, casais apaixonados, crianças choronas, houve uma pessoa que se destacou.
Tão semelhante a algo que já tinha visto, a forma de andar, de sorrir, mas no entanto tão diferente. Sabia que já a tinha visto em algum local, num tempo distante, mas depois reconsiderou, algo tão belo não poderia ser esquecido com o simples passar do tempo.
Depois de alguns segundos de observação chegou à conclusão que não a conhecia, não podia conhecer. Aqueles cabelos castanhos claros, divididos em tantos tons dourados, provocados pelo reflexo do sol, os olhos tom de chocolate, profundos, cheios de sentimento, e o corpo, o corpo era de cortar a respiração, como se nada tão perfeito tivesse alguma vez pisado a Terra. Teria ficado todo o dia a divagar sobre aquela "divindade" se não fosse Daniell. Voltou as suas atenções para o filho perdendo de vista a "deusa". "Deusa" foi o único nome que Draco arranjou para classificar aquela criatura que acabava de cruzar o jardim à sua frente. Quando voltou a erguer os olhos ela já não se encontrava lá. Olhou para todos os lados e nem sinal dela. Mas não seria assim tão difícil encontra-la, seria? Afinal ele pelo menos tinha a certeza que ela era bruxa. Voltou a casa, sempre com a "divindade" na cabeça.
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Já fazia um mês que ele tratava do pequeno Daniell, um mês de inteira dedicação a uma criança. Apesar de todas as buscas ainda não tinha conseguido encontrar uma ama conveniente para tratar do loirinho.
Dirigiu-se ao escritório para buscar uns papéis que havia deixado na sua sala. Viajava de carro uma vez que levava o loirinho consigo. Enquanto estacionava o carro algo chamou a sua atenção, à saída da "sua" empresa estava a "deusa". Todos os seus sentidos ficaram alerta, estacionou o carro no lugar mais próximo e quando tornou a olhar para o local onde ela estava não encontrou qualquer sinal da sua presença. Já era a segunda vez que aquilo acontecia, ele desviava os olhos por uns segundos e quando tornava a olhar ela tinha desaparecido, dum momento para o outro.
Entrou na empresa, carregando Daniell, talvez ela tivesse entrado também mas nem sinal dela. No espaço de duas semanas tinha a visto duas vezes, e das duas vezes a tinha perdido de vista num segundo. Voltou a casa irritado pela sua falta de sorte.
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-Daniell, vais parar com isso agora! – Já era a quinta candidata a ama que Draco mandava embora naquela tarde.
Draco estava a ter imensas dificuldades em encontrar uma ama para o loirinho. Quando eram raparigas jovens e bonitas o bebé chorava imenso só de as ver passar pela porta do apartamento e quando eram bruxas mais velhas e mal encaradas quem as rejeitava era o pai.
Depois de uma semana de entrevistas ainda não tinham chegado a um consenso, Draco ainda chegou a fazer um teste com uma das raparigas mas não resultou, Daniell Simplesmente não sossegava.
-Eu desisto Daniell, eu desisto... - Disse o loiro dando-se por vencido. Daniell, como se tivesse entendido sorria e gargalhava enquanto despenteava o pai – Vamos dar uma volta baixinho....
Como sempre foram até à empresa e lá Draco encontrou uma pessoa que não estava à espera.
-Tu, por aqui?
-A empresa também é minha, 15% se bem me lembro, e tu, andas a passear a cria?
-A "cria" como tu lhe chamaste tem nome, Daniell, para tua informação Lavander.
-Que seja....
-Bem a ta conversa continua agradável como sempre e se não te importas, vou trabalhar.
Dirigiu-se ao escritório fechando a porta atrás de si. Remexia em alguns papéis enquanto Daniell destruía todas as penas que repousavam sobre a secretária.
-Tem calma baixinho.... Tens tempo para as destruir depois....
Sentou-se na sua poltrona e sentou o loirinho no seu colo deixando-o alcançar as penas em cima da secretária. Dividia a sua atenção em vigiar o loirinho e observar as pessoas que andavam dum lado para o outro naquele andar. Nick pavoneava-se como de costume, com a mania da superioridade, Nicolle carregava um monte de pastas e Potter, o Potter estava na conversa com alguém ou melhor com uma mulher, com ela.
Ele quase saltou da poltrona ao identifica-la.
"O que será que o Potter fala com ela? De onde é que ele a conhece? Assim que ela sair vou tirar esta história a limpo."
Mas enquanto ela não saía ele aproveitou para a observar ao pormenor. Os longos cabelos castanhos desta vez amarrados numa longa trança, ficavam- lhe ainda melhor, se possível, daquela forma tão casual, vestida com umas calças de ganga justas e uma camisa azul clarinha colada ao corpo.
A forma como gesticulava ao falar, a forma como sorria para o Potter fazia-o lembrar de alguém, só não sabia quem.
Assim que ela saiu do escritório Draco precipitou-se na direcção do moreno.
-Quem era ela? – Perguntou assim que o alancou.
-Ela quem?
-Aquela rapariga com que falavas....
-A Gi.... a Carol, bem ela é uma amiga da Luna....
-E onde é que ela mora?
-Para é que queres saber Malfoy?
-Esquece Potter, esquece... Mas afinal o que fazia ela aqui? – Perguntou sem conseguir esconder a sua curiosidade.
-Bem, acho que não tem mal dizer-te... eu tinha-lhe falado dum emprego, aqui no escritório, mas parece que a vaga já foi preenchida....
-Ela está à procura de emprego?
-Sim....
-Pois diz-lhe que venha falar comigo – Disse sem esconder um sorriso – Tenho um emprego para ela.
-Qual?
-Bem se ela não se importar.... O Daniell precisa de uma ama, alguém que possa ficar com ele o tempo todo, para que eu possa voltar a trabalhar normalmente.
-Eu falo com ela então. Obrigada Malfoy.
-De nada... de nada....
- - - - - Fim do 3º Capitulo - - - - -
N/A:
Então o que acharam deste capitulo? Eu sei foi minúsculo, mas a minha inspiração na altura não estava para mais.
O nome do loirinho ficou bom? Bem, eu para nomes não sou lá grande coisa, mas já deve ter dado para reparar que eu meto dois "L" em qualquer sítio.
O que acharam da mulher misteriosa?
Bem espero os vossos comentários que me deixam sempre muito feliz. Os Agradecimentos:
Rutinha: Bem não há mto a dizer. n é mm..... bem ... é positivo .... Comenta!
Carol Malfoy Potter: Ainda achas que ele não pensa mais nela? Bem ela ainda continua lá, bem no fundo.... O que achaste deste capitulo?
Bru: Que bom que gostaste!!! È sempre bom saber isso...
Bella: Não demorei... aqui está o 3º capitulo, o que achaste?
Annie: Essa é uma informação que vem com o desenvolvimento da história..... O que achaste deste ultimo capitulo?
VChrisV: Bem... isso só com o desenvolvimento da fic ... Prometo não demorar a actualizar....
Agora o trechinho:
« "Carolina, Carolina Thomas" – A voz doce da morena ecoava na sua mente. Agora a "sua deusa" tinha nome, Carolina, ou Carol como tinha dito Harry»
Bjxs e até ao próximo Capitulo ... FUI!!!!
