Capitulo 5

Ciúmes


Acordou cedo com o choro do loirinho. Tirou-o do berço e caminhou até à cozinha. Pela claridade que entrava pela janela podia dizer que havia acabado de amanhecer. Deu o biberon para Daniell e voltou-se para sair da cozinha, de volta ao quarto

Um grito ecoou por toda a casa acordando Draco, parecia um grito de mulher.

-Carol! – Exclamou, levantando-se da cama e saindo do quarto sem vestir a camisa. Correu até à cozinha, de onde parecia ter vindo o som.

-Carol? – Chamou. -Não foi nada... - respondeu. Estava um pouco despenteada e apenas com um fino tecido a cobrir-lhe o corpo.

Só então Draco reparou na presença de Zabini.

-Blaise?

-Eu vou andando, parece que vim em má altura...

-Pára! Esta é a ama do Daniell, a Carol, Carol este é o Blaise.

Ela acenou com a cabeça para o rapaz, continuando a alimentar Daniell.

-Bem de qualquer maneira eu vou embora, só cá vim ver se ainda estavas.... – Disse aparatando-se

-Draco desculpa ter-te acordado – Disse Carolina, olhando para o loiro.

-Não tem importância, de qualquer maneira tenho de ir para a empresa.

Carol parecia nem o ouvir apenas fixava o corpo do loiro, olhando-o de cima a baixo, fixando principalmente o tronco bem delineado do rapaz.

-Carol?

-Ahn? O que foi? – Perguntou, despertando.

-O Daniell já acabou – Respondeu apontando para o biberon vazio.

-Oh.... Ok .... Vou tratar dele... - Disse saindo da cozinha.

Draco sorriu internamente ao constatar o interesse da rapariga.

Os dias corriam normalmente, Draco continuava a acordar durante a noite para verificar o sono de Daniell e sempre aproveitava para contemplar a morena.

Tinham acabado de jantar, Draco e Carol, estavam ambos sentados no sofá da sala a conversar. Carol brincava com o loirinho que estava no seu colo enquanto falava com Draco, ele debruçou-se sobre a rapariga para fazer cócegas no loirinho. Um pequeno "pop" fez-se ouvir na sala e logo depois Lavander apareceu na frente deles,

-Draco?

-Eu – Disse sério.

-Então é assim! – Gritou – Mal eu te largo atiras-te a outra!

-Carol – Pediu – Leva o Daniell para dentro, por favor.

A morena ergueu-se e levou o loirinho até ao quarto.

-Primeiro, eu não me estou a atirar a ninguém! – Começou num tom azedo – Segundo ela é a ama do Daniell e terceiro mas não em último boa utilização do verbo largar, tu largaste-me, portanto se fazes favor sais da minha casa e não voltas aqui até que eu te dê autorização – Concluiu em tom letal.

-Mas... mas

-Nem mais um mas Lavander, e já agora, não me fales no escritório.

A rapariga voltou a aparatar-se deixando o loiro sozinho. Caminhou até ao quarto de Daniell para falar com a morena.

-Carol... -Chamou.

Ela estava sentada na poltrona ao lado do berço, com Daniell nos braços, embalando-o suavemente. Carol ergueu os olhos e encarou Draco.

-Eu queria pedir-te desculpas. Tu não eras obrigada a assistir aquela cena... Prometo que não torna a acontecer.

-Não te preocupes Draco... eu não fiquei incomodada, afinal ela devia estar com ciúmes, e eu tenho de aprender a ficar no meu lugar, no quarto com Daniell.

-Não, nada disso, tu não estas aqui como empregada e sim como... como amiga – Disse sorrindo, um sorriso capaz de mover montanhas.

-Mas eu não quero dar problemas...

-Vamos ter problemas se não parares com essa história. Importas-te que eu o adormeça?

-Quem sou eu... ele é teu filho... não meu.... – Disse num tom um pouco triste que Draco não notou.

O loiro pegou em Daniell e aconchegou-o nos seus braços, sentou-se na cama da morena , embalando-o suavemente. Murmurava coisas incompreensíveis ao loirinho, ainda assim num tom carinhoso, e pouco depois ele dormia nos braços do pai. Draco debruçou-se sobre o berço e deitou o pequeno, quando ergueu o seu rosto ficou bem próximo ao da morena, tão próximo como nunca havia estado.

-Boa noite – Murmurou o loiro.

-Boa noite – Respondeu num sussurro.

Os lábios deles estavam cada vez mais próximos, a milímetros de se tocarem, quando um choro ecoou pelo quarto.

-Eu trato dele Draco, até amanhã – Disse levantando-se e pegando no loirinho.

-Até.... – Saiu do quarto e deixou a morena a cuidar de Daniell.

Carol já estava a morar com os loiros à cerca de um mês. Ela e Draco entendiam-se lindamente e aquela cena no quarto de Daniell não se tinha voltado a repetir, eles apenas se tratavam como bons amigos. Outra relação que havia evoluído durante aquele mês foi a de Carol e Blaise. Zabini tratava-a duma forma diferente, não só como amiga mas como algo mais e ela correspondia à mesma altura o que irritava profundamente o loiro. Embora não admitisse ele morria de ciúmes de Carol e da sua relação com Blaise.

-Carol? – Chamou assim que chegou do escritório – Carolina? Onde estás?

Não obteve qualquer resposta, procurou na cozinha e nada, na sala também nada e no quarto a mesma coisa. Caminhou até ao seu escritório e encontrou um bilhete em cima da sua secretária.

"Fomos passear, eu, Daniell e o Blaise.

Voltamos por volta das 18.00

Beijos, Carol"


Por pouco ele não pegou fogo ao bilhete, de tanta raiva e ciúmes que sentia. Mas Draco ainda não se tinha apercebido da existência desses sentimentos por Carol, na realidade esses sentimentos só se manifestavam quando se tratava de Blaise. Ouviu gargalhadas vindas da sala e olhou para o relógio que marcava 18.30. Caminhou até lá e deparou-se com Carol, que segurava Daniell, e Blaise. Carolina caminhou até ao loiro e beijou-lhe o rosto, sorrindo. Draco ainda mantinha a sua expressão séria e carregada de ciúmes.

-Que bicho te mordeu, Draco? – Perguntou Blaise ainda a rir.

-Nada que te interesse Zabini – Respondeu azedo, nem pareciam amigos

-O que foi Draco? – Perguntou Carol confusa.

-Nada... nada, não foi nada – Disse saindo em direcção ao seu escritório.

Entrou no cómodo e sentou-se na sua poltrona, colocando os pés sobre a secretária e as mãos atrás da cabeça. Fechou os olhos para poder pensar melhor, mas foi interrompido por leves batidas na porta.

-Draco, posso entrar? – Perguntou Carol , do lado de fora.

-Sim – Respondeu sem abrir os olhos, sem mexer um músculo.

-Draco o que aconteceu? Porque é que falas-te assim como Blaise?

-Blaise, Blaise, sempre Blaise ... Blaise isto... Blaise aquilo – Disse irritado, erguendo-se.

-Tu ... tu estás com ciúmes – Disse num grande sorriso.

-Ciúmes? Eu?

-É obvio! Vê-se na tua cara! Tu estás com ciúmes do Blaise.

-Que parvoíce.... Estou agora com ciúmes...

-Tu estás com ciúmes mas digo-te, são infundados, eu e o Blaise somos apenas amigos...

-Eu não estou... Só?

-Sim... eu gosto tanto dele como de ti... de forma igual...

-Sério? - Ainda não tinha percebido o porquê de estar a agir como um adolescente inseguro.

-Sim, pensava que não tinhas dúvidas disso.

-E não tenho – Respondeu bastante convencido.

-Sei....

. . . . .

Era tarde, tinha acabado de chegar dum jantar de negócios. As luzes do apartamento estavam apagadas portanto Carol e Daniell já deviam estar a dormir. Caminhou até ao quarto do loirinho, onde entrou cuidadosamente. Carol dormia tranquilamente, com os longos cabelos castanhos a emoldurarem- lhe o rosto adormecido. Ficou ali a observa-la por um tempo até que se deu conta de que o loirinho se agitava no berço. Antes que ele começasse a chorar Draco pegou-o no colo, sentou-se na poltrona ao lado do berço e começou a embala-lo.

. . . . .

Acordou à hora do costume, à hora que costumava acordar com o choro do loirinho, que estranhamente não ouvira essa manhã. Sentou-se na cama e logo percebeu a ausência do choro de Daniell, pai e filho dormiam calmamente na poltrona. Carol tirou Daniell dos braços do pai e seguiu para a cozinha, deixando o loiro a dormir na poltrona.

Espreguiçou-se preguiçosamente na poltrona, sentindo todo o seu corpo estalar. Aquela não tinha sido uma das suas melhores noites, digamos que aquela poltrona não era o melhor local para se dormir. Deu por falta do loirinho, que certamente estaria com Caro. Levantou-se e saiu do quarto à procura deles. Procurou por toda a casa e nem sinal deles, voltando ao quarto.

-Carol? – Chamou batendo à porta da casa de banho – Estás ai?

-Sim, estou a dar banho ao Daniell – respondeu

-Posso entrar? – Perguntou sem obter qualquer resposta – Posso entrar? – Tornou a perguntar, novamente sem resposta.

Draco, tomando o silêncio como um sim adentrou na casa de banho, dando de caras com Carol dentro da banheira a brincar com o loirinho.

-Draco!?! – Exclamou cobrindo o seu corpo com o do loirinho.

Foi naquele momento que Draco descobriu com quem Carolina se parecia, com a mais pequena dos Weasleys.

-Virgínia – Murmurou.

-Draco, estás a ouvir-me?

-Ahn? O que foi? – Perguntou saindo do transe.

-Podias levar o Daniell, por favor?

-... Claro....

Caminhou até à banheira e pegou no loirinho, assim que o fez a morena afundou-se na água, ficando totalmente coberta, excepto a cabeça.

Draco saiu da casa de banho com o loirinho envolto numa toalha. Minutos depois a porta da casa de banho abriu-se e de lá saiu Carol envolta numa toalha rosa.

-Podes deixar que eu agora trato dele.

-Tudo bem, até já.

-Até já Draco.

- - - - - Fim do 5º Capitulo - - - - -

N/A: Então, o que acharam??? Pois para além de pequeno.... Ah!!! Mandem comentários e salvem uma escritora carente, é a nova campanha .... Contribuam com uma humilde review ....

Agora os agradecimentos:

Carol Malfoy Potter: Bem romance .... Vai aparecendo gradualmente ... no próximo capitulo tem um pouquinho mas prometo que no sétimo vai ter uma dose considerável ... Bijxs ... Mto obrigado por comentar.

Rutinha: Ai ai .... Sabes hj não estou mto inspirada .... Foi do teste de TlB ... deu-me cabo da cabeça ... mas já passou não é mesmo .... Gaja!!! Obrigado por me aturares e por fazeres longos comentários ás minhas fics ... já sabes que se não fosse por ti eu ainda estava num bloqueio mental ... e não a teria terminado ....

LindjinhA: É de reviwes como a tua que uma autora precisa ..... Bem a qui está o capitulo ....vou tentar o mais depressa possível ... até lá Bjxs ....

Pois é .... Então se estão a ler esta porcaria de N/A, comentem .... Se não estão ou se já estiverem, comentem na mm .....

Bjxs

FUI!!!!