Capitulo 6

Noticias, discussões e propostas

Carol brincava com Daniell no tapete da sala quando Draco chegou do escritório, bastante sorridente.

-Aconteceu algo de especial? Com esse sorriso só pode ser coisa boa!
-Coisa boa não, coisa óptima!
-Sério?
-Sim.
-E o que foi?
-Eu e a Lavander reatamos, o casamento está marcado para daqui a dois meses.
-Dois meses?
-Sim, dois meses. Não é óptimo?
-Oh claro.... – Respondeu de forma desanimada.
-Os dois meses são tempo de tratar dos papeis, por causa dos bens materiais.
-E o Daniell.
-O que tem o Daniell?
-Como é que ele vai ficar depois do casamento?
-Tu vais continuar a tratar dele.
-Não creio que a tua noiva aceite isso....
-Ela não tem que aceitar ou deixar de aceitar, tu és a ama do Daniell e vais continuar a sê-lo.
-Sabes o que eu acho, acho que essa ideia é muito bonita na teoria mas vai ser difícil pô-la em prática.
-Não me parece, tu estás connosco à dois meses e o Daniell já gosta mais de ti do que de mim.
-Não é bem assim...
-Ai não? – Esticou os braços na direcção do loirinho que estava no colo da morena e este retraiu-se, aninhando-se nos braços da Carol – Não disse?... è um facto, ele prefere o teu colo ao meu...
-Mudando de assunto, vais sair esta noite? OU melhor, importas-te que eu saia esta noite?
-Não Carol, podes sair á vontade, eu tomo conta do Daniell.
-Ok, então – Levantou-se e beijou a face de Draco – Vou avisar o Blaise....
-Tu vais sair com o Blaise? – Perguntou irritado.
-Algum problema Draco?
-Não... nenhum problema – Respondeu pegando no loirinho, ainda com o ar irritado.

. . . . .

Tinha acabado de adormecer o loirinho quando ouviu vozes vindas da sala. Caminhou pelo corredor e parou um pouco antes da porta da sal, obtendo uma vista boa do espaço.

-Foi uma noite maravilhosa Blaise.
-Contigo, qualquer noite é maravilhosa.

A rapariga corou e sentou-se no sofá, sendo acompanhada por Zabini.

-Sabes, temos de repetir esta noite – Disse o rapaz em tom baixo.
-Sempre que possível – Respondeu no mesmo tom.

Blaise encontrava-se muito próximo da morena mas esta não pôs qualquer objecção. Passou a sua mão na face da rapariga e puxou-a delicadamente para um beijo calmo.
Draco, envolto nas sombras, estava no auge do seu ciúme.

-Blaise...eu não... nós não... - Balbuciou quando afastou os seus lábios dos do rapaz.
-Desculpa, eu não devia....
-Tudo bem... não importa... já é tarde e eu preciso de me deitar...

Ergueu-se do sofá e beijou Blaise de leve.

-Até amanhã.
-Ate amanhã Carol.

Draco caminhou até ao seu quarto, não queria ter de se cruzar com Carol. Ele estava indignado, como é que Blaise, o seu melhor amigo tinha tido a coragem de fazer aquilo com ele?

"Mas porquê a Carol, de tantas mulheres que podia escolher tinha de ser logo ele, a minha Carol... a minha Carolina..."

Abanou a cabeça para afastar tais pensamentos.

"Ela é só a ama do Daniell, só isso... nada mais..."

Passou toda a noite a revirar-se na cama, a pensar na cena que tinha visto, sem perceber que o que sentia era a forma mais pura do ciúme.

Levantou-se de manhã, sem ter dormido e caminhou até à cozinha, enterrando a cara nas mãos.

-Draco? – Chamou suave.

Ele nem levantou a cabeça, apenas grunhiu algo incompreensível.

-Draco? – Tornou a chamar.

Ele ergueu a cabeça deixando à vista a sua face bastante pálida e com um ar cansado.

-Draco, estás bem? – Perguntou aproximando-se – Estás doente? Dói-te algo? Tens febre? – Perguntou poisando a mão na testa do loiro.
-Vou ficar doente com tantas perguntas – Respondeu irritado.
-O que foi?
-Nada....
-Foi por ter chegado tarde ontem? Prometo que não volta a aconte....
-Não foi por isso! Aliás eu não estou chateado!
-Mas parece! Ontem estas tão feliz.
-Olha quem fala!
-O que é que queres dizer com isso?
-Não sei! Vai perguntar ao teu querido Blaise! – Exclamou irritado, saindo da cozinha em direcção ao seu escritório.

Desta vez Carol decidiu não ir atrás, seguiu para o quarto de Daniell e tornou a deitar-se. Cerca de uma hora depois ouviu batidas na porta.

-Carol, posso entrar? Preciso falar contigo.
-Entra – O Rapaz entrou no quarto, fechando a porta atrás de si.
-Carol, temos de falar.
-Draco, eu não me quero chatear contigo – A voz da morena soou abafada.

Ela estava deitada na posição fetal, com os braços em volta dos joelhos, totalmente coberta pela roupa da cama. Draco verificou que Daniell continuava a dormir e sentou-se na cama ao lado da rapariga, retirando as cobertas até ao nível da cara.

-Carol... eu...eu queria pedir-te desculpas.... Eu não agi da melhor forma... eu, eu estava com ciúmes, pronto é isso...

A morena, que até então olhava para os próprios joelhos, encarou o loiro.

-Então, estou desculpado?
-Ciúmes?
-Ahm... pois, ciúmes....
-Mas porquê?
-Tu e o Blaise... eu não gosto de partilhar .... Eu só queria que tu me desculpasses... eu sei que tens todo o direito de sair com o Blaise ou com outro qualquer... mas eu não consigo evitar...
-Tudo bem... mas prometes que não torna a acontecer?
-Eu prometo tentar....

A morena ergue-se e abraçou o loiro, passando os seus braços à volta do pescoço dele, apoiando o seu queixo no ombro dele, enquanto Draco a abraçava pela cintura.

-Sabes, acho que devias ir trabalhar – Murmurou ainda abraçada a ele, mexendo levemente nos cabelos loiros.
-Eu também acho.... – Respondeu, sem fazer menção de se mover.

Ficaram ali, na cama, abraçados, sentindo apenas a respiração do outro, o cheiro, o calor. Draco afastou a cara o suficiente para fixar os profundos olhos castanhos, cheios de sentimento.

-O Blaise é um homem de sorte – Beijou-lhe a testa de leve e saiu do quarto.

. . . . .

Tinha acabado de dar banho ao loirinho quando ouviu um barulho proveniente da sala.

-Será que o teu pai se esqueceu de alguma coisa? – Perguntou ao loirinho sorridente.

Acabou de o vestir e dirigiu-se à sala, onde esperava encontrar Draco.

-Thomas? – Perguntou a mulher que estava sentada no sofá da sala.
-Exactamente, e você? – Reconheceu-a como sendo a noiva de Draco, Lavander.
-Brown, Lavander Brown – O tom daquela mulher era absolutamente irritante, falava como se fosse dona de todo o mundo.
-A noiva de Draco – Completou Carol, embalando o loirinho que estava bastante inquieto nos seus braços.
-Exacto, mas eu vim cá por uma razão e por isso vamos directos ao ponto. Quanto é que queres?
-Quanto é que eu quero?!? – Perguntou confusa.
-Sim, quanto é que queres para levar esse pirralho e nunca mais voltar?
-Mas... ele é o filho do Draco e ele nunca aceitaria isso!
-O Draco não sabe de nada e vai continuar sem saber, agora diz um valor, qualquer um, para o levares para bem longe...
-Eu não posso fazer isso, eu não vou fazer isso, separar Daniell do pai, ele é só uma criança....
-Tu é que sabes.... Não me culpes por tentar resolver isto a bem....
-A bem?!? – Carol começava a ficar assustada, se aquilo era a noção de bem para Lavander ela não queria saber qual seria a noção de mal.
-Claro. Bem, se mudares de ideia manda uma coruja.

Antes que Carolina pudesse responder Lavander desaparatou-se.

-Baixinho, estamos com problemas - Murmurou ao loirinho, encaminhando- se para o seu quarto.

. . . . .

Era tarde quando chegou a casa, à muito que havia passado a hora de jantar e tudo por causa de Lavander que o "prendeu".
Uma fraca luz iluminava a sala, Draco passou cuidadosamente e parou ao reparar em Carol, que dormia calmamente no sofá.
Aproximou-se dela e ajoelhou-se a seu lado desviando algumas mexas de cabelo quase dourado pelo efeito da luz. Tocou de leve nas bochechas rosadas da rapariga, no queixo delicado e nas pálpebras cerradas. Ficou a observa-la durante um longo tempo passando as madeixas de cabelo para trás da orelha dela.
Num desses momentos ela abriu preguiçosamente os olhos, piscando várias vezes seguidas.

-Draco... Chegaste....
-è tarde, não devias estar aqui – Sussurrou em resposta – Vamos para o quarto.

Ajudou-a a erguer-se e levou-a pela mão, até ao quarto de Daniell, como se duma criança se tratasse. Deitou-a cuidadosamente na cama e aconchegou-a com as cobertas. Carolina ia murmurar algo mas Draco pousou o indicador nos lábios dela, para que ficasse em silêncio.

Observou-a a adormecer, sempre afagando os longos cabelos da rapariga. Beijou a face rosada dela e ergueu-se caminhando até ao berço de Daniell. Beijou a testa do loirinho e saiu do quarto, não sem antes tornar a olhar para a morena adormecida.

- - - - - Fim do 6º Capitulo - - - - -

N/A: Pois é.... Aqui está o sexto capitulo ..... E então gostaram??? Tenho andado muito deprimida pela falta de reviews... Ok, não tenho andado assim tão deprimida, mas o facto é que fico triste por quase ninguém comentar .... De qualquer maneira queria agradecer a todas as que comentaram:

Rutinha: Bem a ti não há mto que dizer ... Já sabes ... é o de costume ... Comenta...

VChrisV: Agradeço .... È bom saber que alguém lê as nossas fics e que gosta ....

AnaLe: Obrigado pelo coment .... Bom, prometo actualizar o rápido
possível ....

Comentem .... Façam de mim uma autora, super mega, hiper feliz ... e

comentem ....

Bjxs e até ao próximo capitulo que sairá o depressa

possível .... FUI!!!