Capitulo 10

A Verdade

N/A: Este capitulo é dedicado tanto á Rute Riddle como á Carol Malfoy Potter, porque ambas comentam a minha fic regularmente, fazendo de mim uma autora super feliz .... Bigadu por td ....
-Encontraste Draco?

Draco ergueu-se e caminhou até ao quarto.

-Então? – Perguntou sem se voltar para ele.

"Virgínia, por mais errado que isto possa parecer, um dia ainda se vai revelar positivo..."

A voz de Draco soou suave pelo quarto, fazendo com que a morena parasse de embalar o loirinho.

"E quem sou eu para falar em acontecimentos positivos? Afinal desde que me aproximei de ti que a parte positiva da rua vida desapareceu... e é por isso que eu te vou fazer um pedido.... ou melhor, quero que tomes isto como uma ordem... não me procures... nunca mais... quero que vás ter com a tua família... que digas que eu te enganei, qualquer coisa que os faça voltar atrás... ou pelo menos sê feliz... da forma que conseguires... mas longe de mim..."

-O que vem a ser isto Carol? – Perguntou cheio de raiva – Ou será que te devo chamar de Virgínia?

A rapariga voltou-se, pálida como cera e encarou o loiro.

-Draco... eu posso explicar....
-Eu não quero explicações tuas, eu não quero nada vindo de ti.
-Mas...

Draco voltou costas à rapariga e entrou na casa de banho fechando a porta violentamente atrás de si. Deixou-se escorregar pela porta, ficando sentado no chão, com a cabeça enterrada entre os joelhos. Ficou ali sentado por vários minutos, sem qualquer reacção. Quando se ergueu caminhou até à pequena caixa de madeira que havia derrubado. Ajoelhou-se no chão e começou a verificar o conteúdo desta. Tratava-se de pequenos objectos e fotos antigas pertencentes a Carol, ou melhor a Virgínia. Foto da família Weasley, onde várias cabeças ruivas acenavam alegremente para a foto, outras dela a segurar um bebé ao lado da mulher do Potter, Luna grávida. Fotos dela grávida ao lado de Harry e novamente ao lado de Luna. Depois de ver as fotos continuou a mexer no conteúdo da caixa, onde encontrou o pequeno lenço rosa claro que ele tinha usado para estancar o sangue da sua mão. Olhou para a sua mão direita onde continuava a cicatriz, lembrou-se do que tinha dito à cerca dela, que lhe fazia lembrar Virgínia.

"-Como é que isto aconteceu? – Perguntou passando o dedo pela cicatriz.

-Aula de poções – respondeu simplesmente.

-E porque não a tiraste? Existem feitiços para isso. -

Lembra-me ela... -Respondeu pondo termo ao assunto."

Como é que ela poderia ter sido tão falsa, fingir daquela forma, como se não soubesse nada da vida dele. Qual a razão dela estar ali, de ter voltado tanto tempo depois? Então a ficha caiu, juntou tudo, as fotos, Carol, Virgínia e Daniell. -Daniell! – Exclamou, erguendo-se, caminhando em direcção ao quarto.

Nem sinal da ruiva ou morena e muito menos de Daniell.

-Daniell! – Voltou a chamar e nada.

Procurou por toda a casa sem resultados, voltou ao quarto e caminhou até ao roupeiro, abriu-o e deu por falta de algumas roupas dela e outras de Daniell.

-Merda!

Estava desesperado, tinha acabado de descobrir que Carol era nem mais nem menos Virgínia, que Daniell era seu filho com ela e agora eles simplesmente tinham desaparecido. Toda a raiva que sentia antes tinha-se transformado em preocupação pelo estado de Daniell e Virgínia. Tinha de os encontrar, mas por onde começaria? Ele não tinha a mínima ideia. Dirigiu-se para o seu escritório, não soube quanto tempo esteve lá, talvez horas, talvez dias, em busca dum feitiço localizador. Era um feitiço básico mas ele não tinha o que era necessário par o executar, algo que pertencesse à pessoa e que tivesse sido utilizado recentemente. As roupas de Virgínia e Daniell tinham sido lavadas pelos elfos assim como as roupas das camas, que haviam sido trocadas. Fazia três dias que Draco estava trancado naquele escritório, sem dormir, sem comer, sem fazer nada excepto buscar pelo feitiço que o fizesse encontrar Virgínia e Daniell. Ouviu batidas na porta e pensando ser um dos elfos domésticos, gritou para ir embora, mas não foi isso que aconteceu, as batidas continuaram e segundos depois Blaise entrou no escritório. -Zabini, definitivamente não é um bom momento.

-Tem calma Draco, eu já sei o que se passou.

-Como assim?

-Virgínia, é tenho de admitir que ela é melhor actriz do que podia imaginar mas isso não vem ao caso, eu vim aqui por outro motivo.

-Qual?

-Que tal tomares um banho e vestires uma roupa decente, encontro-te na sala – E saiu sem mais uma palavra.

Draco decidiu seguir o conselho de Blaise, tomou um banho vestiu-se indo encontrar-se com o amigo na cozinha.

-E então? -Come, temos tempo.

Draco comeu algo á pressa e olhou questionadoramente para o amigo.

-Preciso que venhas comigo á empresa.

-Tu vieste aqui para isso? Para ir contigo at à empresa.

-Não te vais arrepender.

-Para o teu bem, espero que não.

Aparatou-se no seu escritório da empresa e Blaise apareceu a seu lado segundos depois.

-Então?

Zabini saiu pela porta de vidro seguido de perto pelo loiro. Caminhou por entre as secretárias até ao pequeno escritório do Potter.

-O que é que o Potter tem a ver para a história? – Perguntou, sem perceber a situação.

Blaise deu ombros e desaparatou-se deixando o loiro parado à porta do escritório de Harry. Bateu e a voz do moreno fez-se ouvir, mandando-o entra.

-Daniell! – Exclamou ao ver o loirinho no colo do rapaz.

Caminhou até Harry e tomou Daniell nos braços, abraçando-o como nunca.

-Estás aqui baixinho... -Sussurrou – Tive saudades tuas....

Ficou uns momentos concentrado no loirinho, abanando-o no ar, a observar o seu sorriso e a ouvir o som das suas gargalhadas.

-A Virgínia? – Perguntou minutos depois, voltando-se para Harry.

-Bem a Gin... Ela não quer falar contigo...

-Como assim ela não quer falar comigo?

-Ela não te quer ver...

-Mas nós temos de falar, eu tenho de a ver, ela...ela é a mãe do meu filho....

-A sério Malfoy, não insistas, ela não te quer ver, ela pediu-me para trazer o Daniell, para estares com ele....

-Harry... - Começou o loiro – Eu tenho de falar com ela – Parecia que ele ia começar a implorar a qualquer momento – Diz-me onde é que ela está...

-Malfoy... eu não sei se devo...

-Por favor – Pediu a custo.

-Tudo bem... ela vai-me matar .... Ela está em minha casa....

Draco saiu disparado do escritório mas voltou segundos depois.

-Potter, onde é a tua casa?

. . . . .

-Harry, a Gin não vai gostar de o ver aqui – Murmurou Luna ao ouvido do marido.

-Confia em mim, é só conversa, aposto que ela não se vai importar – Respondeu igualmente num sussurro.

Draco encontrava-se à porta do quarto da ruiva, prestes a entrar. Bateu levemente à espera da resposta da rapariga.

-Entra – A voz dela soou abafada.

Draco entrou no quarto e caminhou até à cama, onde a ruiva se encontrava, dobrada na posição fetal, por debaixo das cobertas.

-Luna?

O loiro não respondeu, apenas puxou as cobertas até ao nível do pescoço da rapariga.

-Draco? Tu aqui? – Ela parecia ansiosa e ao mesmo tempo amedrontada pela possível reacção do loiro.

-Porquê Virgínia? Explica-me.

-Draco, não há nada a explicar – Disse cobrindo-se novamente.

-Virgínia não evites, eu quero saber tudo.... Porque é que não me contaste do Daniell?

A ruiva emergiu das cobertas e sentou-se na cama, de frente para Draco.

-Eu descobri que estava grávida dois meses depois daquela noite, dois meses depois daquela carta e o que eu mais queria era contar-te, juro que era, mas tu estavas comprometido com outra. Eu não tinha o direito de estragar aquilo que tu tinhas conseguido enquanto estivemos separados.

Draco ia falar mas a ruiva fez sinal para que ele não a interrompesse.

-Eu estava longe da minha família desde que eles descobriram o que se passou entre nós, eles julgaram-te mal, mas que poderia culpa-los, afinal tu és Draco Malfoy, é natural que agissem assim. O Harry e a Luna foram os únicos que ficaram ao meu lado, desde sempre. Eles ajudaram-me até eu ter o Brian, ou como tu lhe chamas, Daniell, bem eles ajudaram-me até ele nascer, mas eles tinham outras prioridades, a Luna também estava grávida e eles tinham a vida deles para tratar. Eu cuidei dele durante 6 meses, totalmente sozinha, até decidir que ele não poderia continuar a viver assim, não, tendo um pai que lhe poderia dar tudo o que era necessário. Com a ajuda do Harry descobri onde moravas e deixei-o á tua guarda. Não imaginas o quão feliz fiquei quando vos vi naquele parque. Quando o Harry me contou da vossa conversa, dias depois, eu não poderia imaginar situação mais perfeita, eu a tomar conta do Brian 24 horas por dia, senti-lo nos meus braços como antes, era simplesmente perfeito.

-Brian? – Perguntou confuso.

-Brian, Daniell, não é relevante....

-De qualquer maneira, como é que arranjaste essa nova identidade?

-Eu sou metamormaga.

-Meta... quê?

-Metamormaga, ou seja, posso mudar de aparência quando quiser – Disse e segundos depois o seu cabelo estava liso, muito comprido e castanho claro, como o de "Carol" – Só descobri isso quando fiquei grávida do Daniell, todos os dias acordava duma forma diferente – Concluiu voltando ao estado normal – O resto foi fácil, na realidade foi tudo obra do Harry, ele contou- me a tua curiosidade por mim....

-E porque é que não me contaste antes?

-Tinha medo que reagisses como reagiste, tinha medo que ficasses com raiva e eu voltaria a estar sozinha e desta vez sem o Daniell. Tu parecias gostar de mim como Carol e eu não pretendia mudar.

-Eu gostava de ti como Carolina mas amava-te como Virgínia. Não foi fácil para mim deixar-te assim, daquela maneira, tu já estavas sozinha e eu ainda te abandonei mais, mas eu era jovem, não medi as consequências, não pensei que poderia estar a fazer pior ao deixar-te do que ao ficar perto de ti – Passou a mão na face da suave e beijou-a docemente.

Sentiu o gosto salgado das lágrimas durante o beijo e afastou-se o suficiente para a encara.

-Porque choras? – Perguntou limpando as lágrimas com as pontas dos dedos.

-De felicidade – Respondeu antes de tornar a beija-lo.

Draco passou a mão para a nuca dela e inclinou-a sobre a cama, deitando-a, enquanto a beijava. Ficou deitado sobre ela, apoiado nos cotovelos, olhando- a fixamente.

-O que foi?

-Nada, estou só a ver.....

-A ver o quê?

-A ti, tinha saudades do cabelo ruivo... - Disse enrolando algumas mexas ruivas nos dedos.

Agarrou na mão direita do loiro e fixou a cicatriz na palma da mão.

-É verdade aquilo que disseste?

-Que esta cicatriz faz com que eu me lembre de ti?

-Sim.

-Claro Weasley! – Exclamou em tom de brincadeira – Foi a pior poção curativa que alguma vez tomei.

Virgínia fez cara de amuada o que fez o loiro rir. Tornou a beija-la, desta vez duma forma mais envolvente, acariciando todo o seu corpo, tentando tirar a fina camisa de seda que ela vestia. Virgínia por sua vez acariciava o pescoço do loiro com uma das mãos enquanto que com a outra tentava desajeitadamente abrir os botões da camisa. Alguém bateu á porta mas eles simplesmente não ouviram. Harry entrou no quarto e ao constatar que Draco estava por cima de Virgínia aos beijos, saiu sorrateiramente, deixando os dois novamente a sós, que pareciam nem ter reparado na sua presença.

A ruiva conseguiu finalmente desapertar os botões da camisa do loiro, deixando o peito dele totalmente descoberto. Draco retirou a fina camisa de seda que cobria o corpo da ruiva.

-Draco, tem gente lá fora, o Harry, a Luna....

O loiro buscou no bolso das calças a varinha e apontando-a para a porta proferiu um feitiço que a trancou.

Beijavam-se ardentemente, trocando carícias, tentando ao máximo sentir o corpo do outro. Entregaram-se um ao outro como tantas vezes tinham feito, embora aquela vez fosse especial, depois de tanto tempo separados, juntos novamente.

- - - - - Fim do 10º Capitulo - - - - -

N/A: E então, que tal o grande reencontro? Foi bom? Romântico suficiente? Ou romântico de mais?

Bem ... em primeiro lugar eu queria avisar que não sei quando colocarei na net o ultimo capitulo ... sim só há mais um ... bem eu ainda não o passei para o computador e não sei quando o farei ... ele já está escrito ... mas km eu o estava a escrever num caderno e o caderno acabou o fim ficou um pouco frouxo ... tipo .... Viveram felizes para sempre ... então estou a tentar melhora- lo e para isso levo algum tempo ... fora o tempo de o passar... Bem, mas chega de tretas ... vamos aos agradecimentos .....

Bem, bem ... aqui vão eles ....

Rute Riddle: Pois é gaja.... Bigadu por comentares ... isto tudo pk tu és uma sócia da paleta... este capitulo é dedicado a ti ... e o próximo também .... Bjxs...

Carol Malfoy Potter: Tudo está bem, quando acaba bem .... Aqui está um capítulo dedicado a ti... Este é dedicado a ti porque tu sempre soubeste que era a Ginny e em quase todos os capítulos que comentaste o disseste ... Portanto aqui está o penúltimo capítulo ... É obvio que eles ficariam juntos ... eu não tinha a coragem para os separar .... Bjxs ....

LinDjinhA: Ah ... que bom que eu sirvo de inspiração para alguma coisa, e é ainda melhor saber que se serve de inspiração a uma escritora tão boa ... Espero mm que essa sua fic tenha um final feliz .....ou não sei se aguento....

Lullaby: Obrigado por comentar ... aqui está o penúltimo capitulo ... o último, como já disse, não sei quando vou colocar ... mas prometo que o farei assim que me for possível ....

Mais uma vez obrigado por lerem .... E já agora não custa nada comentar .... Afinal este é o penúltimo capítulo .... Gostava de saber o que acharam .... Portanto... antes de carregarem na X do canto superior direito carreguem no botãozinho roxo do canto inferior esquerdo ..... Escrevam qualquer coisa nem que seja só "Eu li" ... porque isso é importante para mim .... Bem vou indo .... E até ao ultimo e derradeiro capitulo .... Bjxs ... FUI!!!!