Resumo do capítulo
anterior:
Sakura e Shaoran fazem amor pela primeira vez, ela estava um tanto quanto tímida
e receosa, pois há uma cicatriz estranha abaixo de seu umbigo. Ela diz
que é de uma cirurgia que fez, mas, Shaoran não acreditou, apenas
não tocou mais no assunto devido as circunstâncias que estavam,
precisavam aproveitar a noite, que era curta para ambos.
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Após algumas horas, Sakura acordou com Shaoran a chamando, mas, mal conseguia se mexer de tão cansada que estava. Ele exigiu não apenas o seu corpo naquela noite, mas também a sua alma, era um amante que qualquer mulher gostaria de ter.
- Bom dia. – disse
Shaoran ao ver que ela abria os olhos com dificuldade.
- Bom dia... – respondeu a moça com uma doce melancolia, a noite
acabara, teria que voltar a realidade.
- Trouxe um café da manhã para você. Creio que não
vai conseguir sair dessa cama por enquanto.
Ela tentou se levantar,
estava dolorida de verdade, não conseguia se mexer direito, assim como
ele havia premeditado. Ficou um pouco com vergonha quando se lembrou do corpo
dele se movendo sobre o seu, da respiração ofegante dele e de
escutar as palavras desconexas que ele murmurava.
Vendo que realmente ela não conseguiria andar, Shaoran sorriu com um
arzinho de vitória e se lembrou dela dizendo o seu nome várias
vezes.
- Você me deixa
louco... – disse aproximando-se dela, falando ao ouvido. – Nunca
fiquei assim na minha vida, nunca desejei tanto alguém...
Sakura se sentiu nas nuvens ao escutar isso, ela também nunca havia desejado
alguém assim, ou melhor, nunca desejou até conhecê-lo.
- O que será de
nós agora? – perguntou a moça, um pouco envergonhada.
- Como assim? – disse Shaoran olhando para a Sakura, sem entender direito
o que ela queria saber.
- Eu fui apenas uma aventura? Estou preparada para escutar qualquer coisa de
você. – respondeu a moça sorrindo, ela realmente não
iria se arrepender do que fizera, havia prometido a si mesma isso.
- Eu quero descobrir mais sobre você, quero que me permita conhecer melhor
você e sua família, suas alegrias e tristezas... Gostaria de descobrir
também a intensidade do que sinto por você. – foi o que respondeu,
segurando uma das mãos da moça, e olhando em seus olhos, mas quando
terminou, passou uma das mãos na cicatriz que havia abaixo do umbigo.
Ela olhou para cima, sabia que deveria contar a verdade sobre aquilo, mas, havia tanto sentimento de tristeza e ódio naquela cicatriz que ela preferia não olhar para ele, preferia esquecer que aquilo existia.
- Essa cicatriz é
para eu me lembrar do meu pior pecado e do pior momento que passei. –
respondeu a moça seriamente, olhando para a parede, não iria conseguir
encarar Shaoran, que apenas a escutava, encarando-a e segurando as suas mãos.
– Ela foi feita pelo meu ex-marido, ele usou um canivete sem corte praticamente,
além de ter me cortado com isso, me queimou ao mesmo tempo.
Shaoran escutou, sua expressão mudou, estava nítido que ele sentiu
ódio de escutar que o maldito havia feito esse ferimento.
- Antes dele me ferir disse porque estava fazendo aquilo: a queimadura seria
a marca de que eu pertenço a ele, era como se tivesse me marcado como
um gado, e... – não conseguiu continuar, precisou respirar fundo,
fechou os olhos, apertou as mãos de Shaoran quando os abriu, apenas olhou
para o teto – a marca da faca era para me lembrar que quase matei alguém,
que quase me tornei uma assassina...
Mal acabou de falar, começou a chorar, essa era a pior lembrança
que tinha, seu remorso.
- Todos cometem erros, não é mesmo? – disse Shaoran com
um olhar que tinha uma mistura de piedade e amor.
- Estava com medo, não sabia o que fazer, queria fugir e quase aconteceu
uma tragédia... – disse em meio aos soluços.
Sakura apenas chorou o tanto quanto pode, não chorava assim há muito tempo, mas tinha algo diferente nele, era uma mistura de alívio por ter confessado o seu pior pecado e alegria de poder escutar que o homem da sua vida ficaria ao seu lado, que a ajudaria superar todos esses traumas.
Dormiu nos braços de Shaoran. Havia chorado muito. Ele a abraçava com carinho, ainda não entendia muita coisa do que a moça havia passado, mas queria confortá-la e mostrar que estava segura com ele.
Sakura estava dormindo,
não um sono tranquilo. Seu ex-marido aparecia em seu sonho, era como
se tivesse voltado no tempo.
Ela se viu quando tinha apenas seus 18 anos, estava linda, e tinha um namorado
que aparentemente era perfeito, estavam conversando na casa dela.
- Preciso de você, mais do que preciso de ar... Preciso que fique comigo
pelo resto de meus dias... – dizia Houjou a Sakura. – Estamos juntos
há quase 1 ano, até hoje, nós nunca...
- Entendo Houjou. – dizia Sakura segurando a mão do seu antigo
namorado.
- Entende o quanto a desejo? Sempre que me aproximo mais...
- É que não é certo isso, ainda não estou preparada.
Por favor, entenda... – pedia Sakura.
- Mas, eu te amo, quero fazer amor com você. – ele a fitou com carinho.
– Vamos nos casar, então.
- Preciso pensar. Estamos namorando para nos conhecer melhor, não é
mesmo?
- Mas, Sakura, todos os nossos amigos já experimentaram isso, por que
nós não podemos? Precisamos nos conhecer assim também...
eu te amo, quero fazer amor com você, quero que seja minha primeira...
O tempo pula nos sonhos de Sakura, e ela se vê com seus 19 anos, namorando o mesmo rapaz, ele a prensando em uma parede, a beijando com muito desejo, ela pedindo para não fazer isso ainda, mas o pedido sendo correspondido com mais carícias. Ele não a escutava. Não queria aquilo, mas ele dizia tanto que a amava, e ela estava incerta sobre o que iria acontecer. Ninguém estava por perto e não conseguiria pará-lo, ele era bem mais forte fisicamente do que ela.
Novamente o pulo no tempo, ela viu o sonho que tivera pouco antes de saber que estava grávida, estava deitada em uma cama e viu um quadro que tinha uma imagem com a mesma forma que o seu corpo, um pequeno ponto brilhava em seu ventre, uma sensação de calma e alegria percorreu o seu corpo naquele momento.
O tempo pula novamente,
havia feito os testes de gravidez, e o resultado era positivo, o desespero tomou
conta da pobre moça, com 19 anos e que tinha pedido um tempo para o namorado
depois do ocorrido. Era óbvio que ele havia forçado a barra, violou
o seu corpo, tinha nojo de si mesma. O desespero a fez procurar pelo ex-namorado.
- Estou grávida... – disse baixinho com os olhos marejados.
- O que quer fazer? – perguntou Houjou sem demonstrar nada em seus olhos.
- Não sei... estou com medo... – ela disse procurando consolo nele.
- Faça o que quiser, estarei do seu lado. – foi o que respondeu,
olhando com pena aquela moça a sua frente.
Não era isso que ela queria escutar, percebeu isso ao ver o seu passado
acontecendo novamente nos seus sonhos. Ela queria o seu apoio não naquele
sentido, queria que ele fizesse algo por eles, ela estava desorientada com muito
medo, não queria que ele jogasse a responsabilidade apenas para ela,
era um ato covarde demais.
- Vou tirar então. – disse a moça sem fitar o ex-namorado
a sua frente.
Assim que tomou a decisão, rezou pedindo perdão ao filho que não
nasceria, e disse para que ele esperasse um pouco antes de nascer de verdade,
que ela precisaria estar estabilizada na vida e que ele fosse fruto de um amor
de verdade e não o que foi que aconteceu com ela.
Passado mais o tempo,
Sakura se viu em suas roupas de grávida. Não havia conseguido
tirar o filho, o bebê era mais forte do que os remédios que havia
tomado, tinha o rosto melancólico, olhou para o dedo, havia o anel que
fora comprado as pressas para o casamento civil, não havia se casado
diante de Deus, pois não sabia se era isso mesmo que queria. Viu o seu
rosto, estava cheio de bolinhas roxas, tinha febre interna praticamente todos
os dias, sua aparência havia mudado bastante, não por causa da
barriga, mas pela vida infeliz que estava tendo.
Viu-se caminhando, indo para a faculdade, vendo as pessoas cochirarem por onde
ela passava, olhou mais adiante e viu o marido sendo agarrado por uma outra
moça, rodeado de outros colegas. Uma amiga passou para cumprimentá-la
e perguntar como andava a vida, quando foi responder, viu o marido se aproximar
com cara de poucos amigos, fazendo a amiga sumir.
Quando o bebê nasceu, se viu no hospital, Seiji havia nascido de noite, e na manhã seguinte, com muitas dores no corpo foi tomar um banho, estava suja de sangue. Viu o marido a observar quando ia ao banheiro toda torta, e olhando assustado o corpo da esposa. Era nítido que o olhar dele era de nojo, Sakura acabara de ter um filho, o que ele esperava?
Viu-se novamente na faculdade, sem amigos, o marido com os colegas em volta, a moça agarrada em seu pescoço, e ela sentada solitária em um banco de cimento, estava com frio. Estava tão cansada, somando o total, conseguia dormir 4 horas por noite, Seiji chorava quase toda hora, cuidava do filho com todo o carinho, enquanto seu marido nem se movia para pegá-lo no colo.
Foi quando saltou novamente
no tempo, Seiji estava com 8 meses, era uma manhã fria, ventava bastante,
ele havia despertado 7 vezes naquela noite, ela estava sem leite para amamentá-lo,
e ele precisava de algo para comer, olhou a dispensa, não havia nada
que pudesse ser dado ao menino, pediu ao marido que fosse comprar algo para
que pudesse dar ao filho, ele simplesmente se virou e continuou a dormir. Tristemente
foi pegar a carteira para pegar dinheiro e ir a quitanda, seu dinheiro havia
sumido, o desgraçado do marido havia pego tudo. Colocou um agasalho no
filho e saiu à pé, pediu para a dona da mercearia deixar pagar
mais tarde, iria no banco mais tarde, foi quando Tooya entrou no recinto, e
se assustou ao ver Sakura com Seiji no colo naquele vento e sem dinheiro para
pagar as frutas.
- O que está fazendo aqui nesse vento, sem dinheiro e sem carro? –
perguntou o aborrecido Tooya.
- Vim comprar frutas para o Seiji.
- Não dormiu essa noite novamente, não é mesmo?
- É... o Seii acordou 7 vezes dessa vez.
- Deixa que eu pago a sua conta aqui, depois você me paga.
Sakura agradeceu o irmão, que também lhe deu carona até
o apartamento onde ela morava, há 3 quadras.
- Tá tudo bem lá? – perguntou Tooya meio sem graça.
- Está. – disse Sakura sem olhar o irmão, apenas acariciando
o rostinho do filho pequeno que dormia em seus braços.
- Se precisar de algo... você sabe...
- Obrigada Tooya. – foi o que ela conseguiu responder, sem encarar o irmão.
Chegando ao apartamento, viu Houjou assistindo televisão.
- Onde foi? – perguntou o marido severamente.
- Comprar frutas e pão.
- Com quem esteve?
Sakura foi levar Seiji para o bercinho, não queria que ele presenciasse
brigas.
- Não estive com ninguém que não poderia. Por acaso não
posso nem sequer conversar com o meu irmão?
- Chega! Não quero que ele fique interferindo na nossa vida.
- Chega você!! Não cuida do seu próprio filho!!!
- Acontece que trabalho e estudo e...
- Também trabalho e estudo tanto ou mais do que você!!!!!
Houjou com um ódio mortal de ter escutado aquilo, levantou a mão
para dar um tapa no rosto dela, mas desistiu ao notar o olhar que ela tinha.
- Bate. – disse Sakura olhando em seus olhos, labaredas de fogo saiam
por eles. – Continua. Bate se for homem o suficiente para isso. –
dizia ela com um tom ameaçador, esperando que ele a agredisse, ela queria
isso, queria poder ostentar um olho roxo para todos e assim desmascarar o crápula
do marido que ninguém acreditaria que ele era.
- Sua gorda horrorosa! Não me provoque. Não sei porque fui me
casar com você, não somos compatíveis, olhe-se no espelho!!!
Sakura se sentiu esmagada, agora entendia que ele havia se casado com a aparência
de Sakura e não por o que ela representava.
- Antes eu poderia me atrever a tocar em você... agora não faço
isso nem morto! Não quero me perder no meio de tanta banha que tem aí!!!!
Aquilo foi cruel demais para ela.
- Pois fiquei assim de tanto desgosto que tive por você!!!
- Quero o divórcio agora mesmo já que está infeliz comigo.
Vou embora agora!!!
- Sem problemas para mim.
Houjou olhou duvidando que ela consentiria isso, já que ela havia pedido
para se casarem para que pelo menos ficasse menos desonrada. Ela foi para o
quarto arrancou os pertences dele do armário e jogou tudo dentro de uma
mala e sacolas.
- Peça para alguém vir te buscar lá em baixo porque aqui
você não vai ficar esperando!! Não vou te emprestar o carro
que comprei sozinha enquanto gastava o dinheiro que ganhava com não-sei-o-quê!!!
Houjou tentou entrar no quarto do Seiji que dormia e não escutava a gritaria
no apartamento, mas, foi impedido por Sakura.
- SAIA AGORA!!!!
- Quero ver meu filho.
- Não vai vê-lo agora, quando poderia ter cuidado dele, não
o fez, e agora não vai vê-lo.
Ela o empurrou para fora do aparamento, trancou a porta e passou a corrente
para que não pudesse ser aberta, fechou todas as portas até chegar
no quarto do filho, o pegou no colo e chorou compulsivamente, era uma mistura
de alívio, dor, liberdade e angústia.
Meses depois recebeu
uma intimação, estava sendo processada, Houjou queria uma separação
litigiosa, lendo a intimação ficou chocada com o relato dele naquele
papel alegando que ela não queria se separar dele. Não entendia
o porque ele ter feito isso já que ela queria a separação
talvez mais do que ele.
- Cretino!! – gruniu Sakura, ele deveria ter contado a todos que estava
se separando, mas mentido sobre o que havia acontecido, e para manter a farsa
precisava processá-la.
Sakura se via agora com
os seus 23 anos, estava se recuperando da infelicidade que foi a vida conjugal,
queria melhorar pelo Seiji, estava fazendo tratamento para o rosto, sua pele
tinha várias bolinhas devido à febre interna que teve durante
o período que esteve casada, e estava perdendo a barriga. Havia se estabilizado
no emprego, e precisava colocar o filho em uma escola que pudesse confiar.
Indo à escola, viu como os outros pais a olhavam e cochichavam.
Todos que estavam lá aparentavam ter bem mais idade do que ela, e o que
chamou mais a atenção: os pais estavam lá, e os que não
estavam acompanhados tinham alianças em seus dedos. Ela notou que isso
faria diferença lá, e que o filho poderia ser excluído
de atividades ou mesmo menosprezado por não ter um pai. Virou-se e foi
embora do recinto.
Passado um pouco mais
de tempo, Sakura planejava uma viagem com o filho nas férias dela. Seiji
ficava na casa de Fujitaka enquanto ela trabalhava. Havia terminado a faculdade
e tinha mais tempo para o filho. Foi quando ela viu uma figura conhecida próximo
de onde estava estacionado o seu carro.
- Houjou... – murmurou, enquanto tentava se acalmar. Não sabia
se voaria no seu pescoço de tanta raiva.
- Sakura. Quero conversar com você.
- Não temos nada a conversar.
- Quero falar sobre o Seiji.
Ela o olhou desconfiado.
- Ele é meu filho também, quero esta a par do que acontece com
ele e como posso ajudá-la a educá-lo.
Ela não esperava aquelas palavras. Seu coração se deixava
levar, enquanto a cabeça a alertava dizendo para não cair na conversa
dele.
Eles entraram no carro dele para conversarem. Ele ligou o acendedor de cigarros
do carro equanto buscava um cigarro em seus bolsos.
- Voltou a ser praticamente como era antes. – disse Houjou.
- É... – disse Sakura olhando para baixo, e pode então notar
que o ex-marido havia adquirido uma barriguinha riu baixinho, com ar de vitória,
já que ele demostrou claramente que preferia exterior a interior.
- Vou viajar, trabalharei fora do país por um tempo e não poderei
voltar por alguns anos...
Sakura relaxou mais ainda ao ouvir aquelas palavras, por ela, esse canalha poderia
sumir.
- Mas, eu havia vindo apenas com essa intenção... agora estou
pensando em uma outra coisa...
Houjou colocou a mão na perna de Sakura, que o olhou muito feio.
- Pois já deu o recado, que dê tudo certo para você.
Foi saindo quando ele a segurou e tapou a boca.
- Escuta... eu quero tê-la mais uma vez...
Ela balançou a cabeça negativamente desesperada.
- Se me tocar, vou à polícia!
Ele se divertiu com a coragem da mulher, quando o acendedor indicou que estava
quente. Olhou com um ar de maldade o acendedor e meteu a mão no bolso.
Tirou um canivete suiço.
- O que vai fazer???? – perguntou Sakura assustada.
- Vai ter uma lembrança minha... só que se for na polícia,
vou dizer exatamente isso que vou te dizer agora, posso ir preso por isso, mas,
você terá as suas consequências também...
Colocou o canivete em contato com o acendedor de cigarros, enquanto tentava
segurá-la dentro do carro de qualquer maneira. Quando o canivete ficou
quente o bastante riu e disse:
- Vi que deu uma risadinha da minha barriguinha... Lembre-se disso: terá
uma marca de brasas, como a que usam para marcar o gado, isso te lembrará
que é minha... – dizendo isso queimou o seu nome na barriga dela,
enquanto a segurava no banco com o seu corpo e tapava a sua boca. Lágrimas
corriam dos olhos dela de dor e ódio daquele maldito. – E agora...
para não se esquecer o que fez há anos atrás... tentou
tirar o próprio filho... você é uma assassina, e estas marcas
de faca são para te lembrar desse pecado... – dizendo isso, começou
a fazer cortes na barriga com aquele canivete que não tinha corte algum,
a dor era tanta que não resistiu e desmaiou.
Sakura acorda em seu apartamento com curativos feitos sobre a área machucada,
sentia uma dor terrível dentro de si, pela lembrança de ser uma
assassina.
Viu Seiji como ele está
agora, e ela com uma faca na mão. Saiu correndo naquela direção,
pronta para golpear quando...
- Sakura! Sakura! Acorde pelo amor de Deus!!! – gritava Shaoran sacudindo-a
para que ela despertasse de seu pesadelo.
Ela transpirava, mal conseguia respirar, seus olhos estava inchados de tanto
chorar, mas podia ser notado o desespero que havia neles.
Shaoran a abraçou e sussurou em seu ouvido:
- Já passou... foi apenas um pesadelo, não foi real...
- Não... foi o meu passado que me persegue...
Shaoran a abraçou
bem apertado.
- Estou aqui com você. Estamos vivendo o futuro, não precisa temer
nada do passado...
Ela sentiu um gosto amargo vir a boca, saiu correndo para o banheiro. Shaoran
observava o que aqueles 15 minutos de soneca provocaram naquela moça.
