Havia passado quase um
mês que Sakura havia pedido demissão, começou a trabalhar
com Tooya, mas, sem motivo algum a dispensaram um dia depois.
Fujitaka pedia para Sakura ficar calma, afinal, ela e o Seiji não passariam
por necessidade alguma.
Shaoran havia usado toda a influência de sua família sobre as empresas que pudessem aceitar Sakura em seu quadro de funcionários, nenhum lugar a aceitaria para qualquer tipo de trabalho. Ele estava forçando para que ela voltasse para a editora, enquanto a observava a distância de vez em quando. Estava aguardando uma oportunidade para atacar.
Em um certo apartamento,
um homem falava ao telefone. Havia um tom sarcástico na voz, ao escutar
uma notícia interessante.
- Quer dizer que ela está desempregada faz algumas semanas? Isso é
muito interessante...
Esse homem levantou a cabeça e riu.
- Vamos nos encontrar em breve, querida Sakura...
Sakura estava andando
pelo centro de Tomoeda, fazia um sol forte, mas, ela precisava enviar currículos
para qualquer lugar que precisasse de um funcionário. Sentiu o coração
disparar ao ver o restaurante onde ela almoçou com Shaoran a primeira
vez.
- "Como fui idiota... Ele era comprometido... Era o meu chefe..."
Resolveu voltar para casa, já estava cansada de andar.
Quando se aproximou da
casa de Fujitaka, viu um carro suspeito parado na rua, um pouco antes da casa.
Seu coração gelou ao ver o vulto.
- Olá, querida Sakura.
- O que quer, Houjou?
- Quero brigar pela guarda do Seiji. Agora que ele está um pouco maior,
posso ficar com ele.
Sakura o fuzilou com o olhar.
- Eu sinto falta dele, sabe? E agora ele está na idade de se basear no
pai. Ele precisa de mim.
- Meu pai é uma ótima referência para ele.
- Sei que ele também é bom, mas, eu sou o pai. Estou tendo um bom
rendimento mensal, posso dar o conforto e educação que ele precisa.
Sakura engoliu seco. Esse era o trunfo que ele poderia usar contra ela.
- Vou entrar com um pedido na justiça, esteja preparada... – Houjou
sorriu ao ver o sofrimento dela.
- Que assim seja. – respondeu Sakura passando por Houjou e entrando na
casa.
- O que houve, filha?
– perguntou Fujitaka ao ver Sakura entrar na casa quase chorando.
- Preciso de um emprego urgente, mas, preciso estar ganhando muito bem...
- Por que isso agora?
- Houjou... quer a guarda do Seiji...
Fujitaka arregalou os olhos, fechou-os pesadamente em seguida.
- Vamos dar um jeito nas coisas, filha. Vai dar tudo certo...
Sakura foi ao quarto, Seiji estava tirando uma soneca, ela o abraçou
com força e carinho, beijou as bochechinhas macias. Precisava de um conforto.
No dia seguinte, Sakura
foi a editora. Todos olhavam assustados a volta da bela moça, era nítido
que tinha dormido muito mal.
- Eriol... preciso do emprego de novo... – pediu Sakura ao entrar na sala.
- Assim, repentinamente?
- Sim! É urgente!!
- Sinto... há uma norma interna que diz que não podemos aceitar
antigos empregados novamente...
O desespero tomou conta dela. Havia se humilhado para pegar o emprego novamente,
maldita hora que foi orgulhosa e pediu demissão!! Se amaldiçou
por ter feito a coisa errada e no momento errado.
- Eu tenho uma proposta para te fazer... – disse uma pessoa na porta do
escritório.
- Meilin? – disse assustada Sakura.
- Você quer o emprego de volta, eu posso dar um jeito nisso. Mas, preciso
que entre nos meus termos. Faria o que eu quisesse?
Sakura olhou a moça, não havia aquele olhar maldoso neles, não
soube bem o porque, mas, resolveu acreditar, estava precisando do emprego para
não perder o filho.
- Meu noivado com Shaoran era mentira mesmo. Ele te disse que eu falava aquilo
para que outras mulheres não se aproximassem dele.
Sakura a olhou indignada, não sabia qual era a verdade, mas, que Meilin
era mentirosa, isso não havia dúvidas. Queria esbofetear a face,
mas, agora não seria o momento.
- Fui desmascarada em um jantar 3 dias atrás, arranjei um namorado e
quero poder estar ao lado dele, mas, Shaoran está envolvido agora nesse
escândalo e estará desprotegido de boatos entre outras coisas,
e mais, saberiam que poderia ser uma mentira se arranjasse uma outra noiva.
- Qual o ponto, Meilin?
- Precisa se casar com Shaoran para que acabe com o sensacionalismo que gira
ao redor dele.
Sakura sentiu o coração acelerar e o estômago ficou gelado
ao ver que Shaoran entrava pela porta do escritório.
- Seria um acordo. – disse ao se aproximar mais, nesse momento ele agradeceu
o destino pela sorte da situação não estar boa para ela
e para ele, e poderia tirar proveito disso. – Vamos discutir isso em outro
local.
Sakura não sabia o que pensar, por um lado, estaria mais do que salva.
Se usar Shaoran como renda para não perder a guarda do filho, não
precisaria nem mesmo dos seus rendimentos para mostrar que poderia oferecer
mais do que Houjou poderia oferecer ao Seiji, não teria como perder em
um tribunal daquela maneira.
- Como tem passado, Sakura?
– disse Shaoran ao entrarem em uma sala, aparentemente dele. Notou que
ela não estava bem.
- Estou bem. Creio que esteja bem, também...
- Não tanto, ouça...
- Quero saber desse acordo, Shaoran. Preciso do emprego para não perder
o Seiji.
- Como assim?
- Meu ex-marido quer a guarda do Seiji, e quer usar o fato de que estou desempregada
para conseguir.
Shaoran viu que ela estava realmente preocupada com a situação,
ela estava se sujeitando a um casamento falso, era uma humilhação
muito grande para uma mulher.
- Preciso me casar para afastar problemas, o falso noivado trouxe muitos problemas,
agora estou enrascado na mídia, e esses escândalos também
não são produtivos para negócios, não sou mais uma
pessoa confiável aos olhos dos outros investidores e empresários.
Precisa apenas fingir que é minha esposa apaixonada, e que se casou comigo
porque me ama de verdade e não o meu dinheiro. Precisa ser fiel.
- Isso para enganar as pessoas, não é?
- Sim.
Sakura sentiu aquele mal-estar, escutou aquele "sim" frio, ele era
uma pessoa sem coração em manipular tudo através de mentiras
e farsas. Como pode acreditar nele, e dar confiança? E o pior, como pode
gostar de uma pessoa assim? Precisou de todas as forças para engolir
o orgulho e aceitar aquela farsa para não perder a guarda do filho.
- Então, ficamos acertados que nos casaremos, mostraremos ao mundo que
estamos felizes com o casamento, mas nossas vidas particulares não serão
afetadas, certo?
Shaoran sentiu uma dor no peito ao ver que ela não demonstrava nenhum
sentimento quanto a ele, seria realmente um trabalho para Sakura. Apenas concordou
com a cabeça, e apertaram as mãos mostrando que concordavam com
o pacto.
- Esse será, digamos, meu trabalho extra. – disse Sakura, seu rosto
não demonstrava sentimentos, ela havia se vendido, não tinha mais
nada que poderia se orgulhar nela mesma. Estava se casando por interesse, e
o pior, por uma pessoa que precisava desse casamento falso também por
interesse, estava inundada pela mentira.
- Não espere que eu te pague hora extra... – brincou Shaoran, com
o coração despedaçado, afinal, ele agora era apenas a hora
extra.
- Não espero isso, isso é um negócio para ambos.
Sakura notou que o olhar dele estava diferente. Ele sempre sorria em sua compania,
principalmente quando estavam a sós, mas agora ele assumia um aspecto
mais profissional. Realmente era um negócio que estava sendo feito.
- Vou me casar de novo...
– disse Sakura ao chegar em casa naquela manhã, não muito
feliz em dar essa notícia.
Fujitaka ficou surpreso com a novidade, não condenou a filha pela notícia
repentina.
- Tem certeza disso? – perguntou, mas a frase soou mais como um alerta
do que uma pergunta.
- Sim, tenho.
- Ele será um bom pai para o Seiji? – perguntou Fujitaka.
- Sim, eles se adoram. – mentiu Sakura, tentando demonstrar convicção
em suas palavras, já que Shaoran não precisava amá-los,
ela continuaria sendo a mãe e o pai daquele lindo filho.
- Quem é ele?
- Shaoran Li.
- Chinês?
- Sim, e também é o dono da editora.
Fujitaka sentiu o peso da responsabilidade daquele seu novo genro, já
havia ouvido aquele nome, era uma pessoa importante.
Nesse instante, a campainha é tocada. Seiji, que estava brincando do
lado de fora da casa veio correndo gritando que ele que ia abrir a porta, porque
era o seu amigo que tinha vindo visitá-lo.
- Bom dia, como está garoto?
- Oi! – sorriu o menino ao ver o rosto sorridente de Shaoran, que agora
o olhava com mais carinho que antes. - Mamãe!! Vovô!! É
o meu amigo!! Ele veio me visitar!!!
- Sim, vim visitar e conversar com o seu avô sobre algumas coisas de gente
grande.
- Por favor, entre. – disse gentilmente Fujitaka.
Shaoran passou a mão na cabeça do Seiji, abaixou um pouco e cochichou:
- Depois da conversa, podemos brincar um pouco e depois do almoço, tomar
um sorvete. O quê acha?
Seiji ficou feliz por poder brincar com o seu amigo, e sorriu demonstrando toda
a alegria que sentiu. Fujitaka notou cada feição que o pequenino
fazia diante daquele homem estranho que entrava em sua casa.
Shaoran passou as mãos
no cabelo e sentou-se no sofá. Sakura levou Seiji para brincar do lado
de fora da casa, Fujitaka sentou-se para conversar.
- Conversamos por telefone apenas uma vez. – disse Shaoran um pouco nervoso.
- Sim, me lembro.
- É a segunda vez que conversamos, não nos conhecemos ainda. É
um tanto quanto repentino, mas, quero que saiba que minhas intenções
com a sua filha e seu neto são as melhores possíveis. Quero fazê-los
felizes sempre que for possível, suprir todas as necessidades que ela
ou Seiji tenham, tanto material quanto emocional. Quero me casar com ela, mais
do que qualquer coisa que desejei, e gostaria que pudesse aceitar o nosso enlace.
Fujitaka analisou os olhos daquele homem que estava a sua frente, viu que havia
muito brilho neles, havia vida quando era mencionado Sakura ou Seiji.
- Fico feliz que minha filha tenha a sorte de ter um marido tão bom assim,
e mais ainda pelo meu neto que poderá crescer com uma figura paterna
que será também seu amigo verdadeiro no futuro.
Shaoran respirou aliviado por ter sido aceito.
- Tem mais alguma coisa que queira me contar, sem que Sakura saiba?
Nesse momento, Shaoran havia sido pego de surpresa. Viu que poderia confiar
em Fujitaka, e se não correspondesse as suas expectativas, lhe contando
a verdade, ele saberia na hora.
- Pois bem... Vejo que é observador. – disse Shaoran sentando-se
novamente.
- Pelo que vejo, realmente há alguma coisa. Quando se trata da felicidade
do meu neto e filha, não posso fechar meus olhos. Por favor, prossiga.
Shaoran relatou que mentiu sobre quem era para Sakura, queria que fosse aceito
não pelas suas posses, mas pelo que ele era de verdade. Se apaixonara
por Sakura, pela sua delicadeza, seu jeito meigo, decidido, inteligente entre
outras coisas. Que ela tinha medo dessa aproximação mais séria
entre ambos e sobre os incidentes que Meilin relatou tanto para ele quanto para
ela. Que se o destino não tivesse lhe agraciado com essa oportunidade
de fazer o trato com ela, ele teria pago o que fosse preciso para poder ficar
com ela, queria mostrar o seu amor por ela e por aquele menino que o conquistava
a cada dia.
- Entendo também que ela tem alguns fantasmas que a assombram. –
disse mais seriamente.
Fujitaka baixou a cabeça em sinal de preocupação com essa
última frase.
- Não posso fazê-la esquecer disso, talvez, mas, posso fazê-la
não temer mais. – disse convicto.
- Eu fico feliz demais em ouvir essas palavras, Senhor Li.
- Por favor, apenas Shaoran. Serei seu genro em pouco tempo.
- Confiarei eles a você. Espero que possa corresponder as minhas expectativas.
- Quero muito correspondê-las, meu futuro sogro.
Apertaram as mãos, em sinal de acordo, Fujitaka estaria entregando a
filha e o neto amado. Sabia que não estava falando mentiras ou omitindo
detalhes, Fujitaka era sábio em julgar as pessoas.
- Gostaria de almoçar conosco? – perguntou Fujitaka sorrindo legitimamente.
- Seria um prazer. – sorriu em troca, confiante que havia agradado o sogro.
– Sabe, estou feliz por ter sido aceito pelo senhor. Representa muito
para mim.
- Quer ser aceito pelos seus valores internos, não?
- Sim, é quanto a isso mesmo que me refiro.
- Pois saiba que isso é o que considero mais importante, assim como a
minha falecida mulher, Nadeshiko, também considera.
- Sinto muito pela sua esposa.
- Sakura tinha apenas 3 anos, quando aconteceu a fatalidade. Mas, o nosso foco
é o nosso primeiro almoço familiar, peço desculpas por
não ter nada de muito especial para a ocasião.
- Eu que peço desculpas por pegá-los desprevenidos.
Shaoran insistiu para que o deixasse ajudar na cozinha, Fujitaka vendo a persistência
do moço, permitiu que ele o ajudasse.
Sakura e Seiji montavam
uma estrada para os carros.
- Seiji... – chamou Sakura docemente o filho.
Ele a fitou, olhos ingênuos mas com o brilho de um amor incondicional.
- Sabe... eu queria saber se gostaria de morar em outro lugar...
Seiji ainda a olhava sem entender direito.
- Prometo que vai gostar desse novo lugar...
- Mamãe, vamos apostar corrida?
Sakura estava nervosa, queria ter certeza que o filho aceitaria a nova situação.
Ela calculava que seria algo bom para ele, mas, não sabia se ele aceitaria.
Brincavam, mas Sakura estava no mundo da lua, seus pensamentos foram interrompidos
com uma mão quente tocando o ombro.
- Vamos almoçar querida?
Ela olhou para cima, viu que Shaoran a olhava com muito carinho. Se olharam
por um tempo, quando ele desviou o olhar para o pequeno que ainda brincava.
- E você, vem aqui que quero te contar uma novidade!!! – disse Shaoran
levantando Seiji do chão tão rapidamente que o menino riu pelo
frio que teve na barriguinha. – Gostaria de morar em uma casa com um parquinho
seu, com um cachorro e que poderá chamar os amiguinhos que quiser, ou
prefere um apartamento com um parquinho gigante, um gato e com um monte de amiguinhos?
- Você que sabe... – respondeu o menino no colo aconchegante, rindo
pelas cócegas que Shaoran fazia em sua barriguinha.
- Você tem que escolher um, tá bom? Depois a gente vai te mostrar...
– disse Shaoran satisfeito por ter feito Seiji rir.
Sakura entra na casa,
Shaoran tomou a liberdade de lavar as mãozinhas do Seiji. Todos a esperavam
na mesa.
- Nossa! Que prato lindo!! – admirou Sakura, olhando o prato de salada
de macarrão de arroz e algumas coisas diferentes e depois para o pai
com admiração. – Parece estar uma delícia!!
- Foi o seu noivo quem o preparou. É um ótimo cozinheiro.
- Obrigado. – disse sorrindo, e olhou para Sakura.
- Ele preparou também o gyoza, e o peixe. Tem uma habilidade grande para
preparar isso em tão pouco tempo. – disse Fujitaka, se divertindo
pelas caretas estranhas que Sakura fazia.
Seiji comeu com gosto. Sakura mal tocou na comida, mas, experimentou, realmente
estava uma delícia, mas a sua tristeza era grande e não conseguia
comer.
Shaoran percebeu isso, mas, não tinha como confortá-la naquele
momento. Ele estava bolando um plano para poder mostrar seus verdadeiros sentimentos
por ela, mas, queria fazê-la se apaixonar por ele de verdade. Sabia que
ela estava se apaixonando por ele antes dos incidentes, mas, depois da decepção,
precisaria de mais cautela.
Conforme a promessa,
foram tomar um sorvete. Shaoran pegou Seiji no colo.
- Vamos andando? – perguntou para Sakura.
- Para onde?
- Ver onde vamos morar.
Shaoran mostrou algumas
das propriedades dele em Tomoeda. As adquiriu naquele mês.
- Esse é o apartamento que estou morando no momento. – abriu a
porta do lugar para mostrar aos dois.
Era um lugar grande, oferecia muito conforto. Sakura foi ver quantos quartos
havia. Shaoran notou o seu interesse.
- Este será o nosso quarto. – apontou para a porta. – É
o meu quarto atual, há espaço para nós dois.
Sakura achou confortável, bem mobiliado. Mas, sua preocupação
era outra.
- Não vou prestar serviços extras. – disse Sakura ao ver
que havia apenas uma cama grande de casal.
- Não creio que faria isso. Mas, precisa entender que, é necessário
manter as aparências em caso de visitas aparecerem... – olhou para
o Seiji que brincava com o arranjo na mesa de centro da sala e cochichou –
Sabe que o Seiji pode falar o que acontece aqui dentro para uma pessoa estranha,
não é?
Sakura acenou que sim. Como era idiota por cair naquele conto, mas o problema
é que esse risco existe. Mas, não havia muita solução,
precisava manter as aparências.
Enquanto pensava, Shaoran se divertia em ver as feições que Sakura
fazia. Olhou para a sala, e viu o menino indo em direção à
sacada.
- SEIJI!!!! – gritou assustado.
Seiji parou de se mexer na hora, ficou estático ao escutar Shaoran levantar
a voz.
- Não vá para perto de lugares assim, sem um adulto! Pode cair
e se machucar feio...
O menino estava quase chorando de medo do grito. Sakura o pegou no colo, ele
tentava esconder o rosto, queria chorar de verdade.
- Meu amorzinho... é verdade que isso é perigoso. Não vá
para a sacada e nem tente espiar pelas janelas...
- O meu amigo... não gosta mais de mim... – choramingou Seiji tampando
os olhos com as manguinhas da blusa, ele estava chorando em silêncio,
mas sentido.
Shaoran ficou com o coração apertado de ver o menino chorar daquela
maneira, o pegou no colo, meio a contra-gosto do pequeno.
- Desculpe se gritei, mas fiquei com tanto medo que se machucasse que não
consegui controlar a minha voz... – disse tentando levantar o rostinho.
– Eu gosto muito de você, não quero que se machuque, gosto
tanto que quero ser seu papai.
Sakura sentiu a garganta apertar naquela hora, era uma mistura de alívio
pela situação e pelo sentimento de Shaoran pelo seu filho, assim
como uma emoção grande, pois eles estavam sendo aceitos com um
amor de verdade e não como "um brinde" que precisaria aceitar
já que vinha com o produto.
- Posso ser seu papai?
Seiji olhou desconfiado.
- Teremos um grande segredo daí... o seu novo papai é o power
ranger vermelho... – disse Shaoran meio envergonhado por ter se lembrado
da situação que o deixou vermelho.
Quando disse isso, Seiji tirou os bracinhos que escondiam o rosto, o nariz estava
vermelhinho, assim como os olhos, mas o seu sorriso sapeca prevaleceu. Acenou
um sim insistente, ficou feliz que agora teria um super-herói como papai,
apesar de não saber o que um pai é na verdade. Sakura tinha os
olhos brilhantes, estava quase chorando mas, não daria o braço
a torcer. Shaoran sorria.
Depois passaram em uma
casa, era tão grande que parecia uma mansão. Havia câmeras
de segurança espalhadas por todos os cantos, um parquinho nos fundos
e um jardim lindo. Os cômodos eram bem maiores do que o apartamento.
- Qual prefere Seiji? – perguntou Shaoran.
- Hmm... Você que sabe!
Olhou para Sakura, viu que ela admirava o jardim.
- Então, vai ser essa casa onde vamos morar.
Sakura olhou para trás, Shaoran a observava. Ela notou que a escolha
da casa era porque ela parecia ter gostado mais.
- Não precisa escolher aqui só por...
- Quero agradá-la. – disse Shaoran colocando um dedo nos lábios
dela, mas querendo poder colocar os seus lábios. – Sei que estamos
em um acordo, mas, quero conviver bem com vocês.
- Obrigada. – disse Sakura amavelmente e sorriu. – Já fez
mais do que imagina hoje.
Hi! Como estão?
Espero que estejam gostando da estória, estou reescrevendo alguns capítulos para ficar mais coerente, sabem como é... tenho a estória na cabeça, sei o fim que quero dar, tenho os argumentos, mas, de repente acontece alguma coisa, e quero colocar na fic :)
Depois que comecei a ler fic, retomei o hábito de leitura... fazia tanto tempo que não lia livros (não livros de vestibular e técnicos)...
Queria agradecer muito os reviews, sou uma amadora e estou surpreendida que pessoas estão lendo essa fic :) Mas, se quiserem me xingar (porque a estória tá muito ruim, ou porque tá mais enrolada do que DBZ), também estejam à vontade... Obrigada de coração.
[ ]'s
Miki
