Em uma bonita casa amarela, numa cidade pequena chamada Tomoeda se escutou um grito que era comum em tempos de aula..."Ai, ai, ai eu estou atrasada!" – a menina pulou da cama e tentava por o uniforme e pentear seus longos cabelos ao mesmo tempo.
Essa menina se chamava Sakura Kinomoto, era uma garota muito bonita de olhos esmeraldinos com seus 15 anos de idade, ia começar o 1o ano hoje na Seijyo High School e estava meio nervosa.
"Bom dia monstrenga!" - disse um homem bem alto, moreno e muito bonito.
"Não começa Touya! Ué, mas o que você está fazendo aqui?" - ela perguntou comendo rapidamente.
"É que eu odeio comer sozinho! E a Nakuru está fora por causa da morte da mãe." - ele falou suspirando pesadamente.
"Tadinha...Isso é horrível! Ainda bem que o papai está muito bem, só estou com um pouco de saudades dele." - o pai de Sakura era arqueólogo e estava em uma escavação no Egito há uma semana.
"Está nervosa?" - ele perguntou tentando dissipar a saudade que sentia de sua mulher.
"Muito e atrasada também... Tchauzinho Touya!" - foi até o irmão, deu-lhe um beijo no rosto e saiu correndo.
Chegou na escola vermelha recuperando o fôlego, deu uma arrumada nos cabelos com as mãos e logo viu seus amigos.
"Bom dia!" - disse a todos com o seu famoso sorriso.
"Bom dia!" - responderam felizes também.
"Ficamos na mesma sala... Isso não é maravilhoso?" - disse uma menina de cabelos pretos e lisos, com lindos olhos violetas e uma pele alva. Era uma beleza diferente. Seu nome era Tomoyo Daidouji, melhor amiga e prima de Sakura.
"É sim Tomoyo. Nessa sala em que nós ficamos tem alunos que não estudaram conosco?" - perguntou curiosa.
"Tem sim. Tem umas pessoas aqui... Olha!" - disse Yamazaki, um grande amigo das meninas e namorado de Chiharu.
Sakura olhou os nomes um por um, cada vez mais curiosa para saber quem eram os donos, mas teve um nome que lhe chamou atenção, não sabia ao certo porque mas aquele nome era forte e bonito: Li Syaoran.
"Vem Sakura, vamos para a nossa sala." - Tomoyo disse puxando a amiga.
Entraram na sala, tudo era tão diferente da sala que ela havia estudado no 1o grau, a sala era maior, o quadro era maior, tudo era maior o que lhe deu uma certa sensação de pânico, teria que estudar muito, não que não gostasse, mas preferia fazer outras coisas.
"Sakura vamos nos sentar aqui." - Tomoyo chamou a amiga fazendo um gesto com a mão.
"Ah claro." - prestou atenção no lugar escolhido pela amiga e só então se deu conta de que era parecido com o que sentava na outra escola, enquanto pensava isso olhava para todos os lados, cheia de curiosidade, até que seus olhos chegaram à porta e ela viu um garoto que devia ter sua idade, ele era lindo, tinha cabelos bagunçados e olhos em um tom chocolate, era alto, nariz fino. Concluiu enfim que ele era perfeito. Faltava apenas descobrir se era legal.
Ele veio em sua direção e antes de se sentar atrás dela lhe lançou um profundo olhar que a fez ficar sem chão por alguns segundos, sua respiração ficou difícil, seu coração foi a mil e ela logo ficou com a face ruborizada.
"Bom dia turma. Eu serei o professor titular de vocês! Chamo-me Tenchi e ensino Biologia, como hoje é o primeiro dia e eu não os conheço, gostaria que se apresentassem enquanto faço a chamada." - O professor foi fazendo a chamada e escutando a todos com muita atenção, Sakura já estava agoniada, queria saber o nome daquele garoto logo.
"Li Syaoran." – disse o professor procurando o aluno.
"Aqui." – Sakura ouviu uma voz atrás de si e virou-se para ter certeza, então era ele o Li Syaoran.
"Conte-nos um pouco de você." - disse o professor sorridente.
"Bom, eu tenho 15 anos, sou de Hong Kong, vim para Tomoeda por que minha mãe foi transferida e acho que é isso".- disse simplesmente.
"Muito obrigado!" - disse o professor gentilmente e continuou a chamada conhecendo os outros alunos. Sakura cada vez se sentia mais nervosa em relação ao garoto, não sabia o que estava acontecendo, nunca havia sentido nada igual, já Tomoyo observava a tudo com muito interesse.
Depois da aula de Biologia, que tinha sido muito legal, tiveram aula de Matemática com uma professora chamada Soi, ela parecia um anjo de tão linda que era, mas na verdade era uma chata. Finalmente chegou a hora do recreio e Sakura com seu costumeiro sorriso chamou Syaoran para passar o recreio com ela e seus amigos.
"Então você é de Hong Kong, Li?" - disse Yamazaki interessado.
"Sou sim." - respondeu educadamente.
"Você sabia que antigamente aqui em Tomoeda não se tinham reis e sim só rainhas?" - ele fez uma pausa para levantar o famoso dedo indicador – "As mulheres eram muito mais poderosas que os homens, mandavam em tudo e os homens que se deitavam com elas eram mortos e...".
"Não comece com as suas mentiras Yamazaki." - Chiharu disse puxando a orelha do garoto.
"Era mentira?" - Sakura e Syaoran perguntaram ingênuos ao mesmo tempo.
"Era sim." - Chiharu disse rindo da atitude de Syaoran, nunca pensou que ele iria acreditar em Yamazaki.
"Você acreditou Li?" - Sakura perguntou envergonhada.
"O pior é que acreditei. E pelo que percebi você também, né?" - ele perguntou risonho.
"Eu sempre acredito." - ela falou devolvendo o sorriso.
As aulas passaram bem devagar, tiveram aula de física e logo depois de japonês. Os professores eram divertidos, mas o melhor de todos até agora era o de biologia, ele era muito legal, pensava Sakura.
"Tchau Kinomoto." – disse Syaoran educadamente.
"Tchau Li." - Sakura disse sorrindo e acenando.
"Você gostou dele?" - Sakura ouviu uma voz atrás de si e tomou um susto – "Ai, ai, ai Tomoyo que susto você me deu."
"Eu te fiz uma pergunta e espero sua resposta." - ela disse docemente.
"Eu o achei uma boa pessoa."
"Boa pessoa? Sakura você já se apaixonou alguma vez?" - Tomoyo perguntou interessada.
"Você sabe que não." - Sakura disse normalmente.
"Pois eu já e você sabe que ainda estou, apesar de tudo! Eu conheço bem os 'sintomas' e você tem todos eles quando está perto do Li." - Tomoyo disse meigamente para a amiga.
"Ai Tomoyo, até parece! Eu sei muito bem que não estou apaixonada e..." - não conseguia mais falar nada. – "Eu já vou para casa, tchau!" - deu um beijo no rosto da amiga e foi embora rapidamente.
"Ela está gostando dele!" - Tomoyo concluiu feliz e se dirigiu para o carro.
Sakura chegou em casa, comeu alguma coisa, tomou um banho, fez os deveres e foi ver um pouco de televisão para descansar. Deitou no sofá e ligou a tv. Não estava passando nada que ela gostasse, então resolveu fechar os olhos para tirar um cochilo. Foi então que tomou um susto com a visão de Syaoran lhe sorrindo - ' Não, isso é impossível! Eu nem o conheço direito, a Tomoyo que pôs isso na minha cabeça.' Logo a campainha tocou e Sakura foi abrir a porta. Sabia que Touya viria jantar com ela.
"Olá monstrenga!" - ele falou entrando e indo para a cozinha.
"Oi!" - ela disse simplesmente.
"O que aconteceu com você?" - ele perguntou preocupado. A irmã nunca tinha ficado calada quando ele a chamava de monstrenga.
"Touya, como você se apaixonou pela Nakuru?" - ela perguntou seriamente ajudando-o a pôr a mesa.
"Como assim?" - ele não entendia aonde sua irmã queria chegar com aquela pergunta.
"Como você se apaixonou pela Nakuru, sua mulher, minha cunhada, quer que eu a descreva?" - falou brincalhona.
"Bom, foi no colégio. Eu a vi conversando com umas amigas e não consegui tira-la da minha cabeça." - ele disse com saudades da mulher.
"Você só a viu e pronto?" - ela perguntou incrédula.
"Mais ou menos. Depois nós viramos amigos e eu fui me apaixonado cada vez mais e mais." - disse com um sorriso.
"Então, pode ser que sim." - pensou alto sentando à mesa.
"Pode ser que sim o quê?" - ele perguntou interessado.
"Nada, é que... Esquece e vamos comer." - ela disse envergonhada.
"Tudo bem!" - ele disse numa boa. Se a irmã não queria lhe contar nada, não iria obriga-la, mas não queria que ninguém a magoasse.
Passaram-se duas semanas, e Sakura se pegava pensando em Syaoran, mais e mais vezes, sentia-se confusa, pois já estavam virando bons amigos e ele lhe enchia de perguntas sobre Tomoyo o que a deixava um pouco desconfiada. Um dia Touya chegou em casa todo sorridente, falando que Nakuru voltaria naquele fim de semana e lhe perguntou se ela não queria ir junto com ele ao aeroporto, pois teria uma boa surpresa e ela aceitou.
"Nossa como está demorando!" - Touya falava olhando para o relógio de cinco em cinco minutos.
"Calma Touya! Olha o avião já está no pátio." - falou mostrando o visor informante do aeroporto.
"Querido!" - Todos ouviram um grito e viram uma mulher pular em cima de Touya, logo atrás dela vinha um menino meio envergonhado com a cena da irmã, ele era bem bonito, tinha cabelo num tom preto azulado, olhos azuis escuros e usava um óculos de aro fino, Sakura não acreditava no que estava vendo, seu melhor amigo e único amor de Tomoyo estava de volta.
"Olá Eriol!" - ela cumprimentou o amigo feliz.
"Querida Sakura, que bom revê-la!" - disse lhe dando um beijo na mão. Típico de cavalheiro inglês.
"Tomoyo ficará muito feliz quando souber que voltou!" - a menina disse alegre.
"Eu também estou com saudades dela." - disse lembrando de como a beleza de Tomoyo o encantava.
Continua...
Oi gente!Tudo bem com vocês?
Eu voltei com mais uma fic e espero que vocês gostem! Em primeiro lugar eu quero esclarecer algumas coisas, vocês acham que está acontecendo tudo muito rápido? Eu digo que não, ainda tem muita história para rolar, muitas confusões e romance também, né?! Agora o porque do titulo, é que expressa o quanto nós somos burros às vezes de não contar nossos sentimentos e sentir que o amor está longe e também porque não vimos que a pessoa que nos fará feliz pode estar bem ao nosso lado, mas no momento longe. Agora que eu já falei essas coisas todas eu vou agradecer! Em primeiro lugar eu vou agradecer a Erika-chan por ter me dado a maior força para escrever essa fic e por ter agüentado minhas idéias até o dia amanhecer (escrevi a fic nas férias), a Nathasha por ter dito o tempo todo que estava boa e que era para eu continuar, a Ana Maria por ter me ajudado com essa primeira parte, Yoruki por ter me dado o titulo e por ter sido tão boazinha nesse tempo todo e também para a R por corrigir todos os meus erros (que são muitos '^_^) e por estar sempre me ajudando quando preciso. Gente, por favor deixem reviews, criticando ou elogiando... É muito importante, viu?
Beijos, Nina.
