Disclaimer: Harry Potter, personagens e lugares, são propriedade de J.K. Rowling, Warner Bros. Esta história não tem fins lucrativos.
Ps: Sr Methew Aykin, a Sra Pâmela Aykin e a Amanda são personagens meus... Se usar, dê credito.
Published: 17/10/03
1° Edição: 23/06/04
2° Edição: 04/09/2010
3° Edição: 04/01/13
Legenda: - Fala \ "Pensamento"
Por favor, deixem Review! Preciso saber se estão gostando das mudanças.
Era em torno da terceira ou quarta semana desde que saíra do mundo magico. Nicole estava agora constantemente enjoada, irritada, comia mais que o normal, desmaiava, ou passava mal.
Por conta da sua pressão, o medico que havia lhe atendido, lhe fez um exame e descobriu que Nicole era alérgica a basicamente tudo. Poeira, comida, leite, mas a mais forte era frutos do mar. Vendo o tanto de alergias que Nicky tinha, Pâmela se preocupou muito. Ela tinha ido pegar o exame no medico, sem Nicole saber.
- É impressionante a quantidade de alergia que esta menina tem! Era pra ela morar dentro de uma bola de plastico, dentro de um quarto completamente esterilizado!
- Doutor, é possível que uma pessoa grávida possa desenvolver alergias que não tinha antes?
- Não é provável, mas é possível sim. Mas não em larga escala como a Srta Nicole mostra. Mas ela está gravida?
- Eu estou suspeitando que sim, Doutor. Ela esta com o abdome duro, no baixo ventre, além de um apetite insaciavel. Algumas vezes por doce, outras vezes por comidas pesadas. Até misturar chocolate com feijão ela já misturou! E adorou!
- É um sintoma de gravidez sim. - Diz arqueando a sobrancelha, a imagem de chocolate com feijão não lhe fez bem.
- Os seios dela parecem estar aumentando também,e o bico ficando marrom e o humor dela varia de mais. As vezes parece um anjo, outras vezes, só a Amanda consegue doma-la! Outras só eu consigo doma-la. Vive agora desmaiando e passando mal, só não a vi vomitar nenhuma vez.
- O desmaiar ou passar mal pode ser ser por conta das alergias. Já falou com ela?
- Não. Evito de falar sobre família com ela, pois soube que a família, pai, mãe e irmãos e esposo faleceram. Estou com uma pergunta entalada!
- Mas seria um alivio a ela, não? Saber que está esperando um filho do marido falecido, caso seja, não acha?
- Não sei, Doutor. Às vezes parece que sim, outras vezes, acho uma péssima ideia.
- Acredito que a Sra precisa perguntar, mesmo que isso cause dor. Precisamos saber se sim ou não. De qualquer forma, traga ela aqui novamente. Preciso receitar um anti-alérgico a ela. Se ela estiver gravida, teremos que ter três vezes mais cuidado, para não afetar a criança.
- Ok, eu a trarei. - diz apertando a mão do medico e saindo com os exames. O dia se passou e Pâmela apenas observou mais um pouco. Estava com receio de perguntar.
Logo o dia passou, sem tantos problemas, e a noite chegou.
- Vou vê-lo. - Diz Nicole a seu diário, se olhando no espelho penteando o cabelo.
- Você tem que parar de ir atras dele...
- Eu preciso saber se ele está melhor!
- Suas idas lá estão fazendo mal a você. Seu apetite aumentou, sua menstruação não desceu e esta poção está acabando contigo!
- A poção que acabou comigo é a das trevas que eu me meti a fazer!
- Você deveria ir só mês que vem! Se recupere! Toda vez que você vai, volta mais acabada!
- Eu? Você precisava ver-lo, aí veria que eu estou muito bem em relação a ele!
- Desenhe e eu verei...
- Como se eu soubesse desenhar...
- Você não sabe, mas Amanda sabe...
- Vou fazer ela desenhar em você e você abrir o bico pra ela e por tudo a baixo?
- Não preciso ir... Mas uma folha de mim.
- Como ela vai desenhar?
- Você mesmo não disse que ela era boa de desenho? Então? Explica pra ela, pergunta, diz o que você quer e pede pra ela desenhar.
- Você sabe que ela vai precisar de bem mais de uma folha, né esboço, apagar, refazer, apagar de novo...
- Sejamos práticos, dê uma folha normal a ela, ou varias, e assim que ela tiver o perfeito, peça pra desenhar em uma folha minha. Pelo menos verei se ela é boa em desenhar ou não.
- Verei. - Diz se levantando, com um sorriso único e um quê de preocupação. Queria saber como ter-lo em seus braços via sonho... Sentia falta dele, do corpo dele, e uma baita vontade de fazer novamente amor com ele. A mesma, antes de descer pra mochila, fecha a porta.
Gina voltava a sua geladeira, pegando o finalzinho da poção. A mesma que antes era amarelo-perolada, estava um amarelo-prateada mais forte do que na segunda vez, tendendo quase a cor prata do que amarela. Era sinal que era sua ultima vez para tomar aquela poção, daquele frasco.
A mesma coloca na caneca o resto da poção tomando-a, e indo a sua cama deitar. Demoraria o efeito agora por conta da cor.
- Boa noite...
- Boa.
Toc, Toc, Toc.
- Oi - pergunta Nicky.
- Posso conversar contigo?
- Estou quase apagando de sono... - Diz aflita.
- Por favor.
Nicole se força, guardando o diário e o caneco na gaveta, se levantando e abrindo a porta, mas voltando para cama. estava já ficando um pouco zonza.
- Está bem?
- Estou. Só com muito sono.
- Ouvi falando com alguém.
- Não falei com ninguém. Nem tenho telefone aqui no quarto.
- Era uma das coisas que precisava falar. Mas estou vendo seus olhinhos quase se fechando.
- É muito longa a conversa?
- Seria, mas deixo para amanhã. Boa noite filha. - Pâmela da um beijo na testa de Nicole, e a mesma sorrindo, apaga. Sra Pâmela suspira, vendo a mesma já dormindo. Ela sai do quarto fechando a porta.
Gina, talvez por influencia da Sra Pâmela, foi parar na'Toca, ao invés da mansão Malfoy...
"Pra que eu to aqui? Enfim, vamos ver como mamãe esta... Estou com saudades..."
Seu baixo ventre parecia estar "feliz" ou algo assim, pois inundava seu coração de felicidades. Ela entra na casa, tudo parecia bem vivo. Sua mãe estava dormindo na cadeira segurando um começo de ao que parecia uma roupinha de criança. Podia ser feita com magia, mas queria passar o tempo, talvez. Gina feliz sorriu, ia sair, mas algo a impediu.
- Filha?
No susto Gina se vira e vê Molly ainda dormindo...
- Está aqui, não?
"Desde quando mamãe fala dormindo?"
Sorrindo podia fazer isso, se não demorasse. Ela toca na testa da mãe e aparece no sono dela. Molly estava sonhando em sua casa, em sua cadeira, e via Gina, onde Gina estava.
- Filha!
- Desde quando a Sra fala dormindo mamãe?
- Falo?
- Percebeu que eu estava aqui, em seu sonho.
- Pensei que não vinha...
- Não iria vir, mas acabei parando... Ia ver Draco.
- Malfoy?
- Sim...
- Por que?
- Ah, mamãe, a Sra me faria um favor? Sei que é absurdo, mas cuida dele?
- Do Malfoy? - Sua mãe arqueou a sobrancelha.
- Sim, se a Sra visse como ele está, não faria essa cara de assustada! Este é o motivo que ainda to brincando de transitar os dois mundos! Se não eu tinha parado! Além de difícil é super perigoso para mim, em minha atual situação!
Molly sorri pra filha abraçando-a.
- Não vou lhe prender no meu sonho. Vá... Verei o que posso fazer... Assim você vai ficar mais tranquila e parar de correr risco.
- Obrigada mamãe...
Gina sorri e se despede com um abraço e um beijo, logo saindo do sonho de sua mãe e em poucos instantes estava ao lado da mansão Malfoy. Não entendia por que nunca conseguiu entrar direto na mansão. Demorou um pouco, mas logo chegou ao quarto de Malfoy.
A situação dele só piorava. De repente ele acordava de algum pesadelo, talvez. Não sabia, mas assim que o mesmo acordava, por estar fraco e doente, caía entre a cama e o chão, apagando.
Gina correu até ele, pondo a mão na testa do mesmo, o vendo febril e entrando no sonho dele.
- DRACO! - Draco deu um sorriso fraco.
- Não achei... Que te veria novamente.
- Não veria mesmo! Mas via seu estado piorar cada dia mais, me preocupei! Draco! Você está doente!
- Não diga, Weasley. - Disse em sua fraca ironia.
"Ele não poderia parar com isso pelo menos nos sonhos não?" - Pensou Gina. - Você me prometeu que iria se alimentar! Que ia continuar!
- A culpa é sua. Arque com as consequências de não estar do meu lado fisicamente!
- Isso de novo não, Malfoy! Para com isso! Você precisa se alimentar! Voltar a viver!
- Não quero! - Dizia Draco emburrado, agarrando Gina pelos braços, fazendo ela se desequilibrar. Gina acabou caindo deitada, sentindo o corpo de Malfoy que ali, no sonho era exatamente o corpo de Malfoy quando ele estava muito bem, obrigado.- Você está fria. Macia, mais fria.
- E você com febre! Draco, realiza! Eu não estou mais no seu plano.
- Sem mim você está ficando fria? - Disse em uma fraca ironia novamente. Gina sentia o perfume dele, ali, no sonho, era algo que ela sentia muita falta. Mesmo fora do sonho, mesmo doente como ele estava, ela preferia estar ao lado dele.
- Draco... - Diz em tom de alerta, mas ela não queria sair dali. Gina o abraça sentindo-o. Parecia tão físico! Tão real! Ela sabia, na teoria, que a poção era bem realística e poderia facilmente se confundir com a realidade, mas a pratica era mil vezes melhor. - Será que terei que trazer minha mãe até você!? - Ela solta, sem nem mesmo pensar. Era ela que falou aquilo mesmo? Sua mente ainda conseguia raciocinar? Ficar perto de Draco Malfoy e não conseguir raciocinar era mais tipico dela do que conseguir raciocínio logicamente.
- Duvido que ela viria,Weasley. - Dizia, falando perto do pescoço dela.
Deu graças a Deus por conseguir não se arrepiar com a respiração dele em seu pescoço. Era impressão dela ou o baixo ventre dela tinha respondido a caricia?
- Não duvide das mulheres Weasley's, Malfoy. - Gina sorri e pela primeira vez em dias, Malfoy também.
Draco levanta um pouco a cabeça e sorri a ela.
- Tenho permissão para lhe beijar?
- É seu sonho. - Dizia sorrindo, mas no fundo queria mais do que beija-lo. Ela tocava-lhe o rosto. Seu peito doía, com o buraco da saudade maior. Está ali parecia, às vezes, piorar a dor.
Pega desprevenida, Draco a beijava. Ele não havia hesitado. Ela senti os lábios dele, frios e quentes ao mesmo tempo. A pele fria dele, em contato com a sua, era estranho. Era como se ambos tivessem mortos.
- Estou ficando louco, Weasley. - Disse roçando os lábios nos dela. - Não consigo aguentar mais! Não quero que você vá. Me deixe ficar contigo. Pra sempre!
- Eu também, Malfoy. Estou ficando louca sem você comigo. Mas também não consigo te deixar assim, não queria que você ficasse assim!
- É tão difícil ter que me levar?
- Estou começando a ponderar a proposta... - Malfoy parecia ficar feliz, mas era difícil ver isso em seus olhos semi-mortos. - Mas muito provavelmente se eu fizer isso, ficarei em péssimos lençóis! Você não imagina o quão ruim as coisas podem ficar para mim se eu fizer alguma coisa, para lhe trazer até mim! Estaria arriscando muita coisa!
- Seria tão ruim?
- Não imagina o quanto, Draco. Mas já decidi. - O sorriso dele apareceu fraco. - Vou chamar minha mãe! - O sorriso dele desaparece.
- Não brinca Weasley!
- Não estou brincando! - Sorriu divertida. - Queria estar perto pra ver o safanão que você vai levar dela, Draco! - Riu, segurando-o em seus braços.
- Traria você de volta?
- Um pouco.
- Como assim?
- Você vai entender depois. - Sorriu divertida. - Agora eu realmente preciso parar de vir aqui.
- Não! Não Gina! Por que? Como me Soltou?
Gina suspirou, rolando os olhos. Essa pergunta era a pior parte de estar com Draco, pois era a que ele mais fazia nos poucos segundos que eles passavam juntos.
- Isso não interessa mais, Draco...
Fazendo Draco deitar na cama, ela fica ao lado dele, pondo a mão no rosto dele, dando pequenos beijos na face dele.
- Interessa! - Dizia irritado, mas choroso.
- Pare de ser mimado, Draco! Você tem que viver.
- Sem você não é vida.
Ela suspirou novamente, se deitando no pescoço dele. Sentir o cheiro dele, carregar o cheiro dele com ela pro corpo dela, talvez pudesse segurar seu humor mais facilmente..
- Pare de me chamar, Draco. É serio. Não posso ficar... Pra falar a verdade, não poderei mais voltar, sem ter problemas...
- Por que? - Dizia ele olhando para ela, ainda abraçado a ela.
- Por...Por que não estou mais com vocês, não é obvio? - Mordia o lábio inferior.
- Mentira nunca foi seu forte, Weasley... - Disse sorrindo triunfal e ela bufa.
- É serio, Draco. Se eu voltar, espere coisas ruins acontecer. Pois é isso que vou trazer.
- Você nunca trará.
- Infelizmente, Draco, trarei, se eu aparecer de novo.
Gina acordava em seu quarto, ofegando. Parecia que tinha corrido uma maratona, seu corpo estava quente de desejo, mas não havia conseguido trazer o cheiro dele consigo, apesar de bem vivido... Quando olhou pro lado viu Sra Pâmela, ao lado da cama.
- Oh! Nicky! Finalmente!
- O que foi? - Disse olhando Pâmela.
- Já passa das nove da noite e você não tinha acordado! Eu fiquei tão preocupada! Chamei a ambulância para te levar ao hospital!
- Nove da noite? - Diz se assustando. - Estou bem, apenas estava muito cansada. - Desconversou.
"Não posso voltar por um bom tempo. Droga, não vou mais tomar a poção quando estiver prata! Mas... Foi a melhor parte da poção! Aproveitei tanto!"
- Estava com febre! Até aumentei a potência do ar, estava preocupada!
- A ambulancia chegou! - Diz Amanda do andar de baixo.
- Vamos pro hospital!
- Não precisa...
- Precisa! Está com febre altíssima!
Sem discutir, Nicky acaba indo pro hospital, sem perceber, pois havia desmaiado por conta da febre. Sua fome triplicou, as dores aumentaram, estava com câimbra. O medico faz o exame definitivo, mas só ficaria pronto em duas horas. Sra Pâmela só teria disposição de pega-lo no dia seguinte. Nicole voltava pra casa depois dos exames e ficou de repouso absoluto por mais um dia. E mais um dia de folga.
- Nicky, se você não parar, eu te juro que vou falar pra Sra Pâmela vender doce cinco vezes mais caro pra você! É a terceira vez que você quer comer 5 barras de chocolate amargo! Você saiu do hospital ontem e não para de comer e dormir!
- Amanda, para de exagerar, sim? Estou comendo a quinta barra... Não comprei 5 barras...
- Já é muito! Você está ficando gorda de mais!
- Chocolate tá sendo a única coisa que está me mantendo acordada.
- Quando você não desmaia de uma vez só! Já perdi as vezes de que te salvei!
Nicole suspira, estava incomodada por estar engordado, mas o desejo pelo chocolate trouxa era insaciável. E pra piorar a situação sua menstruação estava atrasada de mais. Havia lido no livro que depois que tomasse a poção que tomou, provavelmente teria muitos problemas, inclusive de hormônios, desejos, fome, sono, desmaios, atraso no ciclo, por isso não estava tão assustada com isso. Desistiu até de tomar seu remédio de cólica, por medo, já que era tão forte quanto a poção que tinha tomado.
- Meu metabolismo é rápido. Quando tiver tudo normal, eu perco tudo o que ganhei. É apenas a adaptação, Amanda! Não está sendo fácil, você sabe disso!
- Eu sei, Ni! Mesmo assim. Não vou passar. Além do seu dinheiro ir pro espaço, você está estragando seu corpo!
Nicole bufa de raiva, mas sabia que a amiga queria seu bem.
- Se ficar pior mais tarde, não reclama!
- Já disse, se concentre em outra coisa! Em qualquer coisa, menos comer!
"Se pelo menos o Malfoy estivesse aqui, eu teria no que me concentrar..."
- O que está acontecendo? - Dizia Pâmela.
- Nicole! Ela já devorou 5 barras de chocolate e ta vindo comprar mais 5!
- Mais uma. Não exagera!
- Ora, mais uma, depois outra, depois outra, quando menos perceber você já comeu chocolate por 20 pessoas! Realiza Nicky! - Amanda estava bem irritada. Parecia que era o corpo dela e não o de Nicky.
- Ela tem razão, filha. - Começa Pâmela. - Precisamos conversar. - Nicole olha para Pâmela. Havia percebido o tom de preocupação dela.
- Algum problema?
- Sim e não. Me acompanha?
Nicole acompanhou Pâmela e ambas entraram no escritório da padaria.
- Está melhor?
- Estou. Desculpa por ontem lhe deixar preocupada.
- Mãe é pra isso.
- Mãe?
- Nicky, desde que você chegou aqui, venho imaginando isso. Sei que já tem idade suficiente para ser quem quiser, mas gostaria de adota-la.
- Adotar? "Ela está falando serio? Ela me quer como filha?"
- Sim. Apesar de pouco tempo, tenho um carinho por ti que não entendo bem. Quero seu bem. E talvez... - Pâmela para um pouco suspirando. - Mesmo que não seja de papel passado, poderia lhe chamar de filha? Sei do trauma que passou há pouco tempo, mas gostaria de lhe ajudar.
- A Sra já me ajuda tanto! Nem sei o que seria de mim se eu estivesse só.
- Posso?
- Claro, mãe. - Diz Nicky sorrindo. Mesmo pesada, pois seu estomago parecia estar pensado uma tonelada de alegria, ela se levanta abraçando Pâmela.
- Bom como mãe, preciso conversar contigo um assunto mais delicado.
- Qual?
Pâmela suspira, se levantando e ficando de costas, olhando pela janela.
- Não devia ter esta conversa contigo aqui, Nicky, mas, estou ficando preocupada. O medico que te examinou me deu seus exames de alergia. - Ela entrega os exames. - Ele pediu que você fosse lá conversar com ele. Pelo tanto de alergia que vem mostrando no teste, era pra você estar morando em um quarto esterilizado.
- Onde?
- Ora, deixa pra lá. - Diz Pâmela, percebendo que a mesma não tinha entendido. - Às vezes parece que você é de outro mundo, Nicky.
"É bem por ai..." - Pensa.
- Estou preocupada com outra coisa...
- O que?
- Você era casada, ne? - Acabou tocando na ferida e Nicole abaixou a cabeça. - Não precisa responder, se não quiser.
- Era...- Diz com a cabeça baixa. Sabia que se olhasse nos olhos de Pâmela, ela veria que estava mentindo. Não que fosse casada, mas havia trocado caricias com aquele que amava, bom, isso seria suficiente para Gina chamar de 'casamento' - Mas ele também... Na mesma época que meus pais...
- Por quanto tempo vocês eram casados?
- Não fiquei casada nem uma semana, depois ele teve que viajar e...
- Não precisa continuar. - Diz Pâmela, se levantando vendo a voz de Nicky ficar mais baixa, vendo-a soluçar. - Precisava saber, pois estou achando que está gravida.
- Gravida? Não estou.
- Todos seus sintomas são de alguém que está gravida, minha pequena.
"Felizmente eu estou mostrando sintomas de poção, mas claro, vocês não sabem nem entenderiam...Eu estava bem protegida no dia para estar gr..."
Nicole para o pensamento no meio, travada, ficando branca.
- Nicky! Nicole! OH meu Deus! Nicky! AMANADA!
- S-s-será? - Disse num fino de voz, olhando para sua mãe, com o rosto manchado de lágrimas.
- Ow, pequena. É bem provável. O Medico fez os exames ontem, eu ainda não fui buscar, queria ir contigo. Seu baixo ventre está duro e bem avantajado. Mas se você não dissesse o tempo, eu teria pensado que estaria no terceiro mês de gestação.
- Está tão grande assim?
- Na sua família havia gêmeos? Ou na de seu esposo?
- Na minha.
- Então pode ser gêmeos.
Nicole viu a face da sra Pâmela rodar, logo o quarto todo rodava, logo ela apenas sentia o chão gelado sobre seu rosto, ficando tudo completamente escuro.
Nicole acordava horas mais tarde, no quarto do hospital novamente. Estava ficando acostumada com a situação. Mas agora era completamente diferente. Estava sozinha no quarto. O soro na veia mostrava que ela tinha desmaiado de verdade e feio. Sua cabeça latejava. Sentia que tinha caído e batido com a cabeça no chão, apesar de não se lembrar.
"Gravida? Oh! Malfoy! Que problema você foi me arrumar?! Eu estou sozinha! Não sei se conseguirei... Não... Não tenho certeza! É provável que seja da poção! É... pensamento positivo..."
Aquele pensamento deixou o coração dela cinco vezes mais pesado. Ela olhou para sua barriga e pôs a mão nela, acariciando.
"Mas... Se for verdade? Como conseguirei passar por tudo sozinha? Se for verdade, o que pode acontecer? Tenho que pensar nessa possibilidade! Eu não me preveni, e sendo fértil como um coelho, como diria Malfoy, é capaz sim... Gravida?! De um Malfoy?! Sangue Malfoy e Weasley junto?! Santo Deus, vou precisar tomar a poção que vai selar minha magia antes do que imaginei... Se for gêmeos e puxarem o Jorge e o Fred, terei problemas com corujas antes que eu possa dizer 'paralelepípedo' ou qualquer palavra trouxa maior!"
Gina em devaneios não percebe a porta sendo aberta.
- Nicky! Graças a Deus! - Dizia Amanda entrando porta a dentro. - Dona Pâmela me pediu pra vir pro hospital, pois sua situação estava horrível! E você esta pior que horrível!
- Obrigada pela parte que me toca, Amanda... - Diz bufando Nicky.
- Já sabe?
- Do que?
- Da sua situação?
- Qual?
- Ixi, Não sabe. Falei de mais então.
- Desembucha.
- A embuchada aqui é você, não eu! - Disse soltando a piada pior possível Nicky fica branca.- Ow! Ow! Ow! Desmaia de novo não!
Tonta Nicole põe a mão na cabeça. Vendo sua amiga ficar pálida, Amanda chama a enfermeira, mas tarde de mais. Assim que ela entra, Nicole desmaia.
- Malfoy? - Perguntava Gina em seu sonho solto.
- Veio me ver? - Dizia Malfoy que parecia estar bem melhor. O mesmo se levanta da cadeira, abraçando-a pela cintura.
- C-c... Acho que você que veio me ver. está... Oh! Draco! Você...
- Não morri, se é o que está pensando. Sou teimoso de mais para morrer facilmente.
- Não me mata do coração.
- Matar? Mas você já está morta, não?
- Expressão, Malfoy... Expressão apenas.
- Sei. - Draco abraçava e a trazia para um beijo único, apaixonado. - Eu ainda estou esperando. Vai vir me buscar?
- Não...
- Tem certeza?
- Absoluta.
- Mesmo se eu disser que ... - Ele chega no ouvido dela e sussurra - Sei que você está viva e provavelmente sei onde você está?
Era hora de Gina ficar branca de medo.
- Ora Draco! Eu estou viva no meu plano...
- Plano trouxa, não? - Gina treme na base e Draco sorri. - Eu só não faço ideia de onde, mas se você não vier me buscar, eu vou dizer a todos que está viva.
- Isso é um sonho?
- Sim, o seu, que eu invadi. Assim como você invadia os meus. É um jogo onde dois podem brincar.
- Draco, me...- O mesmo põe dois dedos nos lábios dela.
- Xii. Não precisa ter medo. Eu sei que você queria desaparecer. Se eu estivesse na sua pele faria o mesmo, com muito mais estilo, claro... Mas vou lhe fazer um favor. Vou apagar essa conversa da minha memoria, e vou lhe esperar por alguns meses. Se você não aparecer,eu vou atras de você.
- Se você se esquecer, nem vai saber que estou viva.
- Sim, mas deixo um bilhete com um dos elfos dizendo pra ele me dar depois de 3 meses. Tá bom pra você?
- Draco, eu acho que não eh uma boa hora pra isso!
Draco sorri pondo a mão na barriga dela.
- Acho que nosso filho vai precisar de mim, não? - Novamente ela se assusta e ele sorri. - Conheço uma gravidez quando a vejo, Gina. Três meses até me chamar?
- Não sei! vai ser difícil reunir tudo!
- Então comece...
E com isso Gina acorda no hospital novamente, ofegante, e muito assustada. Algo no seu coração dizia para esquecer, que era apenas um sonho, e não a verdade, outra parte dela dizia que ele sabia e que viria atras dela. E ainda havia uma terceira parte dizendo que 'brincar com fogo, queima' que era exatamente isso que iria acontecer.
- DRACO! - Dizia quase pulando da cama do hospital. Estava sendo medicada, e a enfermeira tomou um baita de um susto, assim como Pâmela e Amanda.
- Nicole! - Pâmela colocava a mão no coração, por conta do susto. Ela era bem idosa. - Se quiser me matar, por favor, avisa!
- Desculpa, mãe...
- Já era hora de acordar, Sra. - Diz o medico da porta. - Preciso conversar com a Sra, mas preciso que esteja lucida.
- Estou tentando... Se ninguém me der nenhuma noticia súbita .. - Ela diz olhando pra Amanda.
- Eu já pedi perdão! Estava brincando! Você levou a serio! Eu nem sabia que era isso mesmo!
- Não sabia?
- Não! Falei só brincando! Sra Pâmela que me disse a verdade! Eu depois entendi por que você desmaiou! Se eu soubesse nunca que brincaria com isso!
- Passado os ânimos precisamos conversar. A srta passará alguns dias em observação. Sim, está gravida e sua pressão está descendo de mais, e é ruim pro bebê. Suas alergias pioraram seu caso. Preciso de sua compreensão, será que terei?
- S-sim...
- Peguei uma muda de roupa apenas. Ficará com a roupa do hospital, apenas. Queriam lhe por na UTI.
- A situação está tão ruim assim?
- Sim. Preciso de novos exames e que a Srta tenha repouso absoluto. Provavelmente lhe deixarei mais dormindo que acordada. Acordará para as refeições reguladas da nutricionista apenas.
- Sem chocolate?
- Por enquanto...
Nicole suspira cansada. A nutricionista entrava, para conversar com Nicole e ajuda-la. Nicole pediu apenas uma caneta e seu diário que logo Sra Pâmela trouxe sem problemas, já que o mesmo conhecia o toque de Gina, saberia que era um 'livro estático', principalmente ouvido a voz da Sra Pâmela alguns momentos depois.
