NOTA: Os personagens aqui mencionados não são meus. Eles pertencem a Rumiko Takahashi e a Shogakukan. Isso quer dizer que foram usados sem permissão e, sendo assim, sem fins lucrativos. Por favor, não altere e não redistribua o conteúdo deste arquivo. Qualquer sugestão ou crítica me mande por e-mail. Divirta-se!

Ranma ½ FanFiction

MINHA ADORÁVEL NOIVA

por Archie the Red [archietheredyahoo.com]

Parte 2 de 2 - Feitos um para o outro

Residência dos Hibiki, sete horas da noite. Ryoga, ansioso, andava em círculos pela sala até a campainha tocar. Ele, coração disparando, corre para a entrada da casa. Ele pára, respira fundo e em seguida abre a porta.

-Mãe... Pai?- diz, emocionado.

-Ryoga!- exclamam os dois, abraçando o filho.

Os três ficam por um bom tempo abraçados e chorando de emoção.

-Oh, meu bebê! Como você está grande!- diz a mãe, apertando suas bochechas.

-E também deve estar dando muito trabalho para as meninas, né, filhão?- o pai, gargalhando.

-Não precisa exagerar, pai...- Ryoga fica envergonhado.

-Meu filho, você está tão magrinho!

-Cuidou bem da casa enquanto estivemos fora?

-Você não está se alimentando direito...

-E a sua noiva? Ela é bem jeitosa?

-Sabe cozinhar?

-Quando vamos conhecê-la?

-Vocês dois já...

-CHEGA!- Ryoga grita, impaciente.

Os dois ficam em silêncio.

-Agora que já se acalmaram,- continua. -vamos até a sala de jantar. Ele, quer dizer, ela deve estar nos esperando por lá.

Uma hora depois, os três chegam na sala de jantar. E nenhum sinal da "noiva".

-Ué, você não disse que ela estaria aqui?- pergunta a sra. Hibiki.

-Disse, mas...- responde Ryoga, coçando a cabeça. -Acontece que... Ela é... Ela é muito tímida! Isso! Ela deve estar na cozinha terminando o jantar. Eu vou buscá-la.

Ryoga deixa os pais sozinhos na sala de jantar e corre até um pequeno quarto próximo à cozinha. Ele abre a porta do quarto onde estavam Ranma, pendurada no teto e toda amarrada por uma corda, e centenas de gatinhos espalhados pelo chão, dormindo. Ele silenciosamente pula até o meio da sala, põe Ranma nos ombros e sai do quarto, fechando a porta. Depois de desamarrada, Ranma dá um tapa no rosto dele.

-Você vai me pagar por isso, seu...!- Ranma grita, furiosa.

-Escuta aqui, Ranma,- Ryoga sussurra, tapando a boca de Ranma. -Se você não cooperar, eu acordo aqueles gatos agora mesmo! Estamos entendidos?

Ranma balança a cabeça. Com isso, os dois vão juntos para a sala de jantar.

-Pai, mãe,- diz Ryoga, encabulado. -Essa é a minha noiva.

-Oh, mais que menina mais linda!- exclama a mãe, apertando as bochechas de Ranma.

-É,- diz o pai, com um sorriso enorme. -dá pra notar que tem bastante saúde.

A sra. Hibiki dá uma risadinha, e logo em seguida da um soco no ombro do marido.

-E qual é o seu nome, querida?- ela pergunta.

-É Ran...- Ranma começa.

-...ko.- Ryoga dá uma cotovelada nele.

-É um nome muito diferente o seu.- a mãe, sorrindo.

-Muito prazer, "Ko". Somos os pais do Ryoga.- diz o pai.

-É "RANKO"!- Ranma se irrita. -R-A-N-K-O!

-Oh, mas é claro! Desculpe-nos, meu bem.- diz a sra. Hibiki.

-Agora, mudando de assunto, quando sai a janta?- pergunta o sr. Hibiki.

Minutos depois, "Ranko" e Ryoga servem o jantar. O sr. Hibiki, alvoroçado, começa a devorar tudo sem esperar pelos outros.

-A comida está uma delícia, Ranko!- fala o sr. Hibiki, com a boca cheia de macarrão.

-Obrigada, sr. Hibiki.- Ranma responde, com um sorriso. -Agora eu sei com quem o Ryoga aprendeu a ser assim tão... educado.

-Ah, e por favor- ele continua, olhando para os peitos de Ranma. -me chame de "papai".

A sra. Hibiki se vira, sorridente, para o marido e lhe dá um chute no joelho.

-Mas, me diga, meu filho,- diz, olhando carinhosamente para Ryoga. -onde foi que você encontrou essa flor de menina?

-Foi... Foi lá na... Foi...- balbuciava Ryoga, enquanto pensava no que dizer.

-Nos conhecemos na China.- responde Ranma.

-Ai, que romântico!- exclamou a mulher. -Há quanto tempo?

-Já faz uns meses, não é, meu porquinho?- diz Ranma, olhando apaixonadamente para Ryoga.

-"Porquinho"?!- Ryoga se enfurece. -AGORA, VOCÊ...!!

Instintivamente, Ranma dá um chute no rosto dele.

-Ryoga, seu bobinho!- Ela diz, rindo com as mãos na boca. -Não na frente dos seu pais!

-Ora, não seja tímida.- a sra. Hibiki, rindo. -Não se preocupe conosco.

-Fico imaginando o que esses dois não fazem enquanto não estamos por perto...- comenta o sr. Hibiki, gargalhando. -Você sabe o que dizem das mulheres tímidas em quatro paredes, não é, querida?

Desta vez, a mãe de Ryoga olha séria para o marido, que no mesmo instante volta a dar atenção para a comida.

-Querido, não gosto que você comente sobre a nossa... vida na frente dos outros!- ela exclama, nervosa.

-Mas, eu não falei da gente!- ele responde, indignado. -Ou será que falei...?

-A... Vocês querem chá?- Ryoga pergunta, tentando descontrair.

-Oh, claro, querido.

-Vê uma xícara pra mim e duas pra tua mãe, filhão.

Momentos depois, enquanto Ryoga ainda servia chá para todos, Shirokuro, a cadela de estimação da família, e seus filhotinhos aparecem atrás dele pedindo comida.

-Só um instante, Shirokuro.- sussurrou Ryoga.

E eles continuaram.

-Estou ocupado agora.

E continuaram.

-Querem esperar um instante?!

E continuaram. Ryoga acaba perdendo a paciência.

-JÁ CHEGA!!- gritou. -Vão pro quarto, agora!!

Cabisbaixos e chorando, os cachorros vão para o quarto.

-Oh, pobrezinhos!- a mãe, com pena dos bichos.

-Essa cachorra velha não morre tão cedo...- comentou o pai. -E ainda por cima continua aprontando! Viu o tamanho da cria, querida? Vocês pretendem ter quantos "filhotes" ?

-Bem,- Ryoga responde. -Isso vai depender da Shirokuro. Por mim, ela pode ter quantos quiser, desde que...

-Ryoga,- Ranma interrompe, assustada. -Pra... Pra onde você mandou eles irem mesmo?

-Pro quarto. Por quê?

De repente, todos os gatos que estavam presos no quarto aparecem correndo de Shirokuro e seus filhotes no meio da sala. Ranma dá um grito e pula em cima de Ryoga, assustada.

-Isso também é coisa da Shirokuro?- perguntou o pai, espantado com a quantidade de gatos.

-Ryoga, querido,- diz a mãe. -você já pensou em levar a Shirokuro em um terapeuta de animais?

Ryoga se levanta e começa a correr em volta da sala, tentando tirar Ranma de cima de sua cabeça. E enquanto isso, os cachorros continuavam a correr atrás dos gatos na sala de jantar, que virou uma bagunça. Com a confusão, voou comida pra todo lado, o sr. e a sra. Hibiki ficaram sujos de lamen e Ranma não desgrudava da cabeça de Ryoga. Desesperado e sem poder respirar, Ryoga pega um gato no chão e esfrega nas costas de Ranma, que finalmente corre para longe dele. Furioso, ele pega a chaleira em cima da mesa e começa a rosnar para Ranma.

-Você... quase... me... matou...- diz, arfando. -SEU IMBECIL!!

Sem pensar duas vezes, ele joga a chaleira ainda cheia em cima de Ranma, que volta ao seu estado normal, encharcado de chá. Os pais de Ryoga ficam chocados ao constatar que a "noiva" do filho era um "noivo".

-Isso...- o sr. Hibiki, desesperado. -Isso quer dizer que... que o meu filho é...!!

De repente, Shampoo aparece na sala com um papel na mão para Ryoga.

-Nihao, menino-porco!- diz, acenando para ele. -Shampoo viu porta aberta lá na frente e vir aqui entregar a conta de jantar que menino-porco pedir por telefone, e...

Nesse instante, Shampoo vê Ranma caído no chão. Sem pensar duas vezes, ela se joga nos braços do amado.

-Ranma!- ela grita, alegre. -Shampoo procurar Ranma o dia inteiro e Ranma estar aqui! Shampoo ficar feliz! Ranma com saudades de Shampoo?

A sra. Hibiki desmaia.

-RANMA!!- grita Ryoga, furioso.

-Hein? Alguém me chamou?- Ranma, ainda atordoado.

No dia seguinte, no Dojo Tendo...

-Oi, chegamos!- Akane diz para Genma, Ranma e Soun.

-Ranma, onde você arrumou esse olho roxo?- Nabiki pergunta.

-Nem queira saber.- Ranma responde. -Por que demoraram tanto? Podiam ter vindo ontem...

FIM