Título: Verdade ou Desafio! (1/2)
Autora: Berta Prugger
Casais: Kouichi/Kouji; Izumi/Junpei em segundo plano.
Classificação: 13 anos
Resumo: Como aquele era o 1º, seria um baile muito especial na vida de Kouji, se não fosse o estúpido desafio de Junpei... Seria...?
Retratação:
Digimon Frontier não é meu!!! Por favor não me processem!
Avisos: ESSE FIC É KOUICHIxKOUJI!!! ISSO SIGNIFICA, NÃO Só ELE É YAOI, MAS TAMBÉM INCESTO ENTRE GÊMEOS!!! SE VOCÊ TEM ALGO CONTRA POR FAVOR NÃO LEIA!!! Todos estão avisados! Fora isso, nenhum outro aviso. Essa fic continua PG-13, então não há cenas de sexo e nem palavras vulgares, não se preocupem! =)

Notas da Autora: Kouichi e Kouji têm dezesseis anos, Kouichi continua com o mesmo corte de cabelo enquanto o cabelo de Kouji está até a cintura.
Perdoem-me se os personagens estão um pouco fora de caracterização, eu tenho tendência a descaracterizá-los quando escrevo.... =X
Eu usarei os nomes japoneses: Izumi (Zoe), Junpei (J.P.) e Tomoki (Tommy).
A história começa com os seis digiescolhidos na residência dos Kimura, brincando de verdade ou desafio!! =D

Ah, e outra coisa! Acho que os autores e leitores daqui já devem ter percebido, o "O" maiúsculo com acento agudo aqui no ff.net não funciona. Então, sempre que tiver um, eu vou substituir pelo minúsculo mesmo, ok? =)

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- Izumi! Verdade ou desafio?

- Desafio!

Hmpf! Eu ainda não acredito que deixei Takuya me persuadir a jogar esse jogo estúpido! Só não me sentia humilhado a uma hora dessas porque a raiva era maior. Como eu podia ser tão estúpido e deixar me convencer? Acho que, na verdade, eu tinha esperanças de descobrir algum segredo sujo do Kouichi... Mas até agora, a única coisa que eu conseguira era ficar só de bermuda no dia mais frio do inverno (sem contar que eu estava febril), com meus cabelos amarrados em dois rabos de cavalo femininos demais, com prendedores cor-de-rosa e extremamente chamativos...

Eu voltei minha atenção aos meus amigos novamente para ver Izumi saindo da sala enquanto Junpei perfurava Tomoki com um olhar bravo. Descobri o porquê quando ela voltou vestida de biquini, tremendo. Escutei Kouichi rindo ao meu lado e dei um suspiro. Meus amigos eram doentes ou algo assim? Aqueles desafios estavam indo longe demais, mas eu confesso que gostei de ver Izumi sentada no chão sem nada a cobrí-la, tremendo tanto quanto eu. Ela que tinha me mandado tirar as roupas e aquela pequena vingança... Tão logo ela sentou, Junpei se ergueu e a puxou para o seu colo, abraçando-a. Bom demais para uma vingança... Mas tudo bem, fazer o quê? Izumi voltou a girar aquela garrafinha revoltante no chão, que estava no meio da rodinha formada por mim, Kouichi, Takuya, Tomoki, Junpei e Izumi. Minha atenção voltou plenamente para o jogo. Como Junpei não se manifestou... Izumi pergunta para Kouichi.

- Verdade ou desafio? - Izumi perguntou devagar, aparentemente analisando o que faria contra meu pobre irmão.

- Hmm... Verdade...? - Ele respondeu receoso, com um sorriso forçado. Era a primeira vez que ele pedia verdade, e apesar de ele ter sido obrigado a fazer coisas humilhantes por alguns segundos, pelo menos ele tinha cabelo curto demais para amarrar com algo revoltante... Eu confesso que fiquei meio surpreso por ele ter pedido verdade, mas imaginei que a tara de Izumi por me ver semi-nú provavelmente também se aplicava por ele, e como ele começara a corar provavelmente ele tinha chegado à mesma conclusão que eu... Que pena. Se eu pudesse ver Kouichi só de bermuda, talvez aquele jogo valesse a pena... Que raios eu estou pensando?!? Eu tremi mais do que antes quando esse pensamento cruzou minha cabeça.

- Por quem você está apaixonado? - perguntou Izumi depois de pensar um pouco. Aquilo me chamou a atenção, e eu imediatamente me voltei para ele. Daria qualquer coisa para saber quem era o dono de seu coração... Kouichi empalideceu consideravelmente, então me lançou um olhar nervoso, rapidamente voltando seu olhar para Izumi novamente. Ele parecia acuado, senti-me realmente mal por ele e me peguei desejando que Izumi não tivesse perguntado logo isso.

- Ah... Eu posso... trocar...? Para desafio... Por favor? - sua voz estava fraca e trêmula, e ele parecia a ponto de ter um ataque. Os outros se entreolharam e, com pena de Kouichi, ou talvez com o mesmo medo que eu que ele realmente tivesse um ataque de nervos, eles concordaram. Kouichi respirou uma respiração tão funda que todos nós escutamos, e a cor gradualmente começou a voltar ao seu rosto. Eu fiquei mais aliviado também, se ele tivesse passado mal, com certeza eu também passaria, principalmente com o frio que estava sentindo. Izumi, afinal, parecia satisfeita em me ver apenas, porque ela ficou uns bons cinco minutos pensando em algo para desafiar meu irmão. Então ela sorriu um sorriso que me fez tremer violentamente e se aconchegou mais nos braços de Junpei.

- Ora... Kouji está tremendo, coitado... Coloque-o no seu colo e abrace-o como Junpei está fazendo comigo, Kouichi, para esquentá-lo. Seu desafio é ficar o resto do jogo assim. A menos que queira voltar atrás e aceitar a verdade...? - Eu olhei para a Izumi com minha boca aberta e olhos arregalados. Todos os meus pelos estavam arrepiados, eu estava tremendo, e sabia que não era só o frio fenomenal que estava fazendo. Voltei meu olhar para Kouichi. Ele também a estava olhando chocado, provavelmente com a mesma expressão que eu, mas de repente voltou seu olhar para mim e fechou a boca, ficando vermelho. Ele ficou alguns segundos considerando a propósta de Izumi, então se levantou do chão e veio até mim. Senti meu rosto corar e tremi novamente, meu olhos colados em meu irmão. Ele então se sentou ao meu lado e me puxou para o colo dele, me abraçando para junto de si. Kouichi estava tão quente, e eu estava com tanto frio, que senti como se tivesse pegando fogo e tremi violentamente de novo. Ele pareceu então menos envergonhado, e ao invés disso me olhou preocupado.

- Kouji? Você está com tanto frio assim? - ele perguntou com sua voz de sempre, com um tom preocupado, e me limitei a concordar com a cabeça. Então ele me puxou mais ainda para perto de si e me abraçou mais forte. Sentindo seu calor e seu cheiro doce me envolvendo, eu fechei os olhos e me encostei nele, soltando um suspiro contente. Logo voltei a abrir os olhos, para deparar com o sorriso de Kouichi voltado para mim. Então, ele voltou para Izumi novamente. - Você pode girar a garrafa para mim então, Izumi? - Ela parecia extremamente alegre e satisfeita com sua escolha, e balançou a cabeça com empolgação. esticando seu braço e girando a garrafa. Escutei Kouichi gemendo baixinho quando a garrafa apontou para ele e Izumi novamente e sorri. Izumi olhou para nós e franziu o cenho.

- Ei, pessoal... Vocês perceberam que agora que nós estamos tão juntos a garrafa sozinha não vai dar certo? - Todos nós olhamos para ela e concordamos. Takuya, então, deu um sorriso e soltou uma exclamação.

- Ei, a gente não precisa realmente mudar de tática! Já que Izumi já desafiou Kouichi, então deixe Junpei perguntar algo para Kouji! - todos olharam felizes para ele, eu sendo a única exceção, se olhares matassem ele já teria virado pó.

- ótima idéia, Takuya! - Izumi exclamou alegre, voltando a se aconchegar em Junpei e deixando que ele fizesse a pergunta maldita.

- Kouji, verdade ou desafio? - ele me perguntou com uma expressão nêutra e eu analisei a situação. Verdade não era uma possibilidade, se ele resolvesse seguir a idéia da Izumi e me perguntasse de quem eu gostava, eu tinha certeza que iria ter um treco, principalmente porque Kouichi estava me abraçando e me intoxicando com o seu perfume no momento... Realmente, minha única escolha era desafio.

- Desafio... - respondi com receio. Imediatamente me arrependi, com o sorriso sádico que Junpei me direcionou. Se aquela era exatamente a resposta que ele estava esperando, então provavelmente ele já tinha algo em mente. Acertei, porque Junpei não hesitou um segundo antes de declarar meu suplício.

- Eu desafio você a ir ao baile de inverno da escola amanhã... - eu franzi o cenho. Era verdade que eu era o único entre nós seis não queria ir ao baile, mas até aí ele pedir para eu ir como um desafio? Tinha algo errado nessa história, principalmente na maneira como ele deixou sua última palavra ficar suspensa no ar... - ...Vestido de mulher. - Junpei finalizou alguns segundos depois com um sorriso. Eu senti meu corpo enrijecer e olhei assombrado para ele, assombração que logo se tornou raiva.

- O quê?! Você está brincando comigo??? - exclamei, tentando me levantar do colo de meu irmão para colocar a cabeça de Junpei de volta no lugar com um sopapo. Kouichi deve ter percebido minhas intenções, porque ele me abraçou ainda mais forte e me forçou para baixo. Minha raiva se dissipou completamente quando eu sentei em algo entre suas pernas, e eu fiquei tão quente e vermelho que achei que fosse explodir. Ele também corou e se moveu rapidamente, de maneira que eu me sentasse em cima de suas pernas como antes.

- Não. Mas se você quiser, você pode escolher a verdade... - as palavras de Junpei quase não se processaram em minha mente, que estava ocupada com outra coisa. Será que Kouichi gostava da Izumi? Era uma possibilidade. Por isso ele quase passou mal, com medo de admitir na frente dela e do namorado. E por isso que a imagem dela com aquele mini biquini o fazia ficar tão... huh... - Kouji? Então?

- Tudo bem... - as palavras saíram da minha boca antes de eu pensar, na verdade eu nem estava pensando no momento. Meu sangue todo deixara meu cérebro para ir para outro lugar... E um pouco ficara no meu rosto também, que estava quente e provavelmente estava extremamente vermelho.

- Tudo bem o quê? O desafio? - perguntou Junpei com uma sobrancelha levantada. Limitei-me a concordar com a cabeça. Meu cérebro ainda estava com dificuldades em voltar a funcionar, principalmente com a respiração de Kouichi no meu ouvido, que, apesar de estar do mesmo ritmo que antes, só agora eu percebi que estava ofegante... Perdi completamente a noção de tempo e espaço, e o mundo a minha volta deixou de existir. Eu senti meu corpo inteiro esquentar vertiginosamente e meus olhos se desfocaram, e, por algum motivo estranho, eu não tinha forças para focá-los novamente. E o cheiro doce de Kouichi estava tão forte e intoxicante que estava me impedindo de respirar.

- Kouji? Você está bem? - escutei meu irmão perguntar com sua voz doce, mesmo que distante. Aquilo foi demais para mim. Senti um aperto no coração e meu corpo inteiro formigar. Meus olhos desfocaram de vez, e a última coisa que vi foi escuridão...

Assim que voltei à consciência, a primeira coisa que senti foi frio. Depois senti meu corpo inteiro doendo e meu rosto ardendo como brasa. Então senti algo gelado e molhado sendo passado no meu rosto, melhorando muito o meu estado. Poderia dar um beijo naquela alma bondosa que estava passando delicadamente aquele pano em meu rosto.

- Kouji? Está acordado? - escutei uma voz gentil e preocupada sussurrar. Eu sabia de quem era, mas não conseguia me lembrar. Eu tentei falar algo, mas minha garganta estava tão seca... Esforcei-me para tentar abrir os olhos e consegui, e quando eles finalmente focalizaram, vi meu irmão olhando para mim com preocupação. Tentei falar de novo, e tudo o que consegui exteriorizar foi uma tosse seca. Kouichi deu um pulo e correu para outro lugar, voltando em um segundo com um copo de água. Ele então me ajudou a me levantar, colocando um braço nas minhas costas e me apoiando. Seu braço estava quente, mas o ar frio que entrou embaixo das cobertas me fez tremer e eu fechei os olhos. Senti algo gelado sendo colocado em meus lábios e, assim que percebi ser a água que eu tanto desejava, eu a sorvi devagar, mas com vontade. Quando o copo estava vazio, Kouichi deitou de volta na cama o meu peso morto, e apesar de me faltar ânimo, eu voltei a abrir meus olhos com dificuldade. Ele parecia ainda mais preocupado que antes, então achei melhor falar algo para garantí-lo de que estava bem.

- O que aconteceu...? - minha voz saiu fraca e rouca, e eu tossi novamente. Mas que ótimo trabalho, isso deve ter mostrado para Kouichi que eu estava pior, e não melhor do que me sentia.

- Você desmaiou no meu colo durante o jogo de Verdade ou Desafio. Estava queimando em febre... Por que não nos disse nada? Nós faríamos desafios mais leves para você. - Kouichi me disse com uma voz triste, novamente passando o pano em meu rosto. Eu não respondi, não tinha mais forças para isso e minha garganta queimava a cada palavra que eu dizia.Fechei os olhos e então, senti-me tremer novamente, e o pano em meu rosto parou. - Você está com frio? - limitei-me a concordar com a cabeça.

Kouichi tirou o pano do meu rosto de novo por alguns segundos, para logo depois colocá-lo parado em minha testa. Ele se afastou algum tempo e então voltou e colocou mais duas cobertas em cima de mim. Ainda estava frio, mas pelo menos estava bem mais suportável. Ele tirou o pano de minha testa e então senti um peso extra na cama, e ele tirou as cobertas de cima de mim. Tremi com o vento frio que invadiu e me obriguei a abrir os olhos. Estava muito escuro, provavelmente Kouichi tinha apagado a luz, mas assim que focalizei meus olhos vi meu irmão entrando debaixo das cobertas ao meu lado.

- O pessoal está dormindo aqui, porque nós estavamos preocupados com você, então não tem mais cobertas. Então eu vou colocar minhas cobertas sobre você e a gente dorme junto. - ele disse com sua voz gentil, e eu não estava nem com força e nem com vontade de comentar nada. Mas tinha que fazer uma pergunta.

- Onde estamos? - perguntei com a voz ainda rouca. Kouichi nos cobriu e se deitou.

- No meu quarto. Não se preocupe, mamãe já avisou seus pais, e ela mesmo pediu para que eu dormisse com você caso você sentisse frio. Agora durma, você precisa de descanço. - isso dito, ele passou um braço por debaixo de meu pescoço e o outro ele colocou sobre minha barriga. Ele estava tão quentinho... Meio que por instinto, eu me aproximei dele o máximo que podia, tentando sugar um pouco do seu calor para mim. Ele me abraçou ainda mais forte e me deu um beijo na testa. - Eu o amo, meu irmãozinho... - Essas foram as últimas palavras que ouvi antes de me entregar para o sono, então a possibilidade de que fossem apenas parte de um sonho era grande. Mesmo assim, elas me deixaram muito feliz. Eu me sentia maravilhoso por dentro sabendo que Kouichi me amava, mesmo que somente como a um irmão.

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Acordei novamente com um raio de sol insistente em meu rosto. Demorei para organizar meus pensamentos, mas logo que o fiz percebi que estava muito melhor agora que na noite anterior. Meu corpo já não doía mais, e agora eu não estava mais com frio. Na verdade, eu estava encharcado em suor embaixo do monte de cobertas que Kouichi havia colocado em cima de mim. Em outro momento, eu teria saído de dentro daquele forno tão logo abrisse os olhos, mas não agora que ele estava me abraçando. Não, os momentos em que eu podia ficar entre os braços de meu amor secreto eram escassos e precisavam ser aproveitados...

Em minha posição, usando como travesseiro o braço de meu irmão, olhei para cima. Ele parecia um anjo dormindo, sua expressão tão pacífica, e aquele sorriso em seu rosto... Ficava feliz em saber que ele estava tendo um sonho bom. Porém, a testa dele também estava pingando suor, com certeza por causa daquelas cobertas. Soltando um suspiro quieto, eu voltei a fechar meus olhos e me aconcheguei mais entre os braços de Kouichi. Apesar do calor, ele ainda dormira comigo para me esquentar. Ele se preocupara mais com meu bem-estar que o dele. Por quê? Será que ele me amava tanto como seu irmãozinho? Ou será que ele me amava por outro motivo diferente...? Ai, não, eu não estava pensando essas besteiras de novo! O que havia de errado comigo, afinal? Era claro que ele não gostava de mim dessa forma, eu era seu irmão!

Nessa hora devo ter me mexido sem perceber, porque senti os braços de Kouichi me apertarem por um momento e no outro ele estava abrindo os olhos. Seus olhos ainda cheios de sono me olharam como se ainda estivessem em um mundo distante por um tempo, mas logo Kouichi piscou e eles focalizaram. Ele então sorriu um de seus lindos sorrisos para mim e ergueu sua mão, colocando-a em minha testa encharcada. Ele pareceu mais feliz ainda.

- Bom dia, irmãozinho! Veja que bom, você não está mais com febre! - ele exclamou ainda com a sua voz sonolenta, e o final foi distorcido por um bocejo.

Eu sorri a ele um de meus melhores e mais raros sorrisos, eu sabia que ele merecia, provavelmente ficara acordado a noite inteira cuidando daquela febre que havia piorado por minha única culpa. O brilho em seus olhos me respondeu que aquela era a melhor recompensa que ele poderia ter recebido, mas eu resolvi deixar as minhas fantasias de lado, por mais que gostasse de mim, ele nunca ficaria tão feliz assim por ver meu sorriso. Já eu... Eu derreteria por um sorriso de Kouichi, mas eu iria preferir me atirar de uma ponte antes de adimitir isso em voz alta. Ele me descontrolava tanto que me sentia abobado apenas com meus pensamentos quando estava ao seu lado. Acho que estou ficando louco...

Naquele momento, então, escutamos alguém bater na porta. Kouichi convidou a pessoa a entrar e no instante seguinte a cabeça de Izumi se espichou por de trás da porta que se entreabriu.

- Bom dia. - disse ela em voz baixa, voltando a falar antes mesmo que pudéssemos responder. - Kouji, você está melhor? - a pergunta dela, apesar de justificada, foi tão repentina que me deixou meio que em choque, e foi Kouichi quem respondeu por mim.

- Sim, ele está bem agora. Não está mais com febre. - meu irmão disse com um de seus sorrisos gentis, e Izumi sorriu como resposta.

- ótimo! Então desçam vocês dois, a Sra. Kimura já está quase terminando de preparar o café da manhã. E Kouji, eu quero começar a arrumá-lo logo para o baile de hoje, então você vai para casa comigo agora. Eu tenho um vestido em casa que vai servir e com certeza ficar lindo em você! - ela disse dando uma piscadela e saindo do quarto imediatamente. Eu gemi e me encolhi na cama quente, instigando uma risada de Kouichi que ele tentou sem resultados abafar com a mão. Peguei o travesseiro dele e joguei em sua cabeça.

- Não ria de minha desgraça, Kouichi! - eu disse com um tom de falsa reprovação, o que o fez rir mais alto. Eu fiz um som de indignação em minha garganta e levantei da cama. Ele seguiu meu exemplo e, após nos trocarmos, logo estávamos a caminho da cozinha, onde meus amigos se demonstraram preocupados e culpados pela minha repentina febre. Fora isso, aquela foi uma manhã boa, mas não tão boa seria aquela noite... Provavelmente seria horrível e, se eu não queria ir àquela porcaria de baile antes, agora era certeza de que eu repugnava apenas pensar sobre ele.