Por momentos o ambiente foi de cortar à faca mas Touya, vagamente, sorri- lhe. Shaoran parecia sair do estado nervoso e cumprimenta-o.
- Já algum tempo que não te via. – disse Touya olhando Sakura de alto abaixo. Analisava bem a cara, o olhar e continuou. – Suponho que tens andado aí, pelos cantos. Sakura reagiu como se tivesse levado um estalo, esbugalhou os olhos ao irmão e tentou responder, mas parecia-lhe encalhada na garganta.
- Em breve isso mudará . . . isto é . . . O que insinuas? – interrogou Sakura furiosa. Por momentos toda a gente olhava para ela. Pensava no que ele tinha dito. Sabia que não o via todos os meses mas a relação entre Touya e Li não era má, as bocas continuavam mas aquele acto . . . – Não me julgues infeliz! Acredita que não o sou! – disse Sakura dando um passo à frente. Touya sorriu.
- Ninguém disse que o eras "monstra". – Sakura parecia feliz de novo. Para ela isto significava algo, uma história. Era bastante importante saber que o seu irmão gostava do seu esposo. Não queria, de modo algum, que a história se repetisse como acontecera entre Fujitaka, seu pai, e a família de Nadesiko, sua mãe. Encheu o seu peito de ar e suspirou. Olhou para a mesa onde Tomoyo continuava a preparar a câmara e depois para Shaoran. Pegou gentilmente na sua mão e puxou até à cozinha discretamente, como namorados.
- Continuas com o mesmo ar de à 16 anos atrás Touya. Sempre que te vejo a olhar para . . . – disse Yukito.
- Não. – continuou, firmemente. – Eu sabia-o. Não podia evitar que Sakura não ficasse com Li e permanece-se só. Não é isso que desejo mas. . .
- Custa-te. Admite. – disse Yukito com voz de brincalhão. Touya permaneceu calado e de olhos fixos por um momento. Olhou para a sala e ,consequentemente, para Yukito.
- Sim. Ganhas-te e agora? Queres o quê como prémio? O meu jantar?
- Quero que o admitas à Sakura.
- 20 taças de gelado?
- Não queres que a tua irmã pense que tu não desejas a sua felicidade?
- 30? Não olhes assim para mim. Ok. Um dia destes, talvez.
Dentro da cozinha, Sakura e Li continuavam a sua conversa "privada".
- É a hora das três notícias. – Shaoran anuiu. Preparava o jantar ao mesmo tempo, mas tinha todo o cuidado de ver o estado de Sakura.
- Sakura. Não te preocupes.
- Preciso do teu apoio. Depois das 2 notícias faz com que apenas a nossa filha desça. Não quero as crianças envolvidas.
- Bem . . . não sei como mas arranjo o que puder.
- Conto contigo. Vai andando. Dá-me tempo para . . . – Shaoran beija-lhe inesperadamente e segue rumo à sala, com o jantar. A campainha soou. A última convidada chegara. Meiling Li e sua filha de 11 anos chegaram. Apenas faltava Sakura que parecia imóvel na cozinha. "Estão cá todos. Hoe! Boa noite . . . Não posso começar logo a falar nas notícias. O que faço? Após a sobremesa?" Voltou a abrir a porta. Shaoran olhou para si e anuiu lentamente de cara determinada. Sakura suspirou, fechou a porta e corou. "Nunca mais vi aquela expressão. Lembrou-se de quando era nova e sua confissão de amor finalmente revelada e ele nem olhara para ela. Quando pronta para chorar ele olhara-a com aquela expressão. "Eu consigo!" Quantas vezes lhe passara pela cabeça como não sabia que o amava, como tinha sido indecisa. Achava que tinha sido parva, mas no fundo até era bom pois conhecera-se melhor e . . . após um momento recordado abriu a porta brutalmente e vendo a cara dos convidados fixos nela, sorriu atrapalhadamente.
- Aqui está a minha estrela! Anda Sakura tens aqui um lugar à minha frente reservado para ti e para a minha câmara. - indicava Tomoyo.
- Hoe! (gotinha na cabeça) Muito boa noite a todos. Desculpem o atraso.
- Estrela?! Desculpa lá Tomoyo mas se há aqui alguém que brilha sou eu. Não tenho a culpa de ser tão boa actriz. – Meiling gesticulava muitíssimo deixando parvos os convidados.
- É verdade! – disse Sakura sorrindo simpaticamente a Meiling e a Tomoyo. – Os vossos filmes são muito bons.
- Háháháháhá. Claro que são, eu entro neles! Háháhá. – Shaoran olhava firmemente para o chão. "Nem parece minha prima. Que vergonha. Parece o riso da peça da bela adormecida". Yukito, em excepção, ria amigavelmente.
- Sou da mesma opinião da Sakura. Sei que não são os mais famosos, mas conheço muitas pessoas que os vêm e são fãs. – Tomoyo irradiava a sala toda com os seus olhos.
- Ai Sakura. Gravar-te apenas 5 vezes por mês não chega. Desculpa-me miga.
- Hoe! Tomoyo. Eu . . . queria falar com vocês. Tenho algumas notícias que gostaria de partilhar com vocês. – Azuki largou os talheres e olhou para a mãe. Não imaginava quais eram as notícias. Ninguém lhe tinha dito nada. Ocorreu-lhe que fosse sobre as cartas de Clow. "Ela não era capaz de contar que . . . oh não."
- Eu estou grávida. – Tomoyo levantou-se bruscamente.
- Amiga! Que bom! TENHO MAIS UMA PESSOA PARA FILMAR! PARABÉNS SAKURA, LI! – Abraçou a Sakura fortemente e despachou-se vendo que Meiling estava mesmo atrás dela à espera.
- O-o-obrigada. – Sakura olhou para Yukito, Touya e Shaoran.
- Muitos parabéns Sakura, Shaoran. Estou surpreendentemente feliz. - disse Yukito. Sakura dirigiu-se a Li e sentou-se ao seu colo.
- Não esperava. Estou feliz por ambos.
- Maninho! Obrigada a todos por este momento, a sério.
- Não me podias ter contado em particular? – disse Azuki com o cabelo nos olhos.
- A-azuki.
- Fiz-te uma pergunta. A novidade conta-se sempre primeiro à família. – Azuki levantou a sua cabeça.
- Desculpa mas não havia muito tempo e . . . Azuki. – Azuki levantara-se. Toda a gente pensava que ela ia fugir, ela própia pensara que sim mas não podia esconder que estava muito feliz por um irmãozinho. Abraçou os pais . . .
CARD RECAPTOR
- Pequeno-almoço?
- Não Shaoran. – riu-se Sakura. Achava-o tão giro despenteado. Um certo ar de desnorteado dava-lhe a volta à cabeça. – Perfume.
- Se isso é perfume então . . .
- Shhh. Dorme ainda é muito cedo amor. – Shaoran sentou-se.
- Desejo-te muita sorte pelo teu novo trabalho. Todos gostaram da notícia e não sabes o quanto eu também o estou. – Sakura e Shaoran sorriram entre si. Ai que dor de cabeça.
- Também tenho um pouquinho.
- Não admira. Não conheço pior voz que a da Meiling. Quem é que lhe ensinou todas as cantigas japonesas?
- Hoe! Fazes o pequeno-almoço a Azuki e depois vais trabalhar, sim?
- Por mim. Desconfio que ela já esteja acordada. Desconfio que ela não dormiu.
- Dá-lhe tempo, foi um choque ver o Yue. – Sakura ainda murmurava na sua cabeça a cena da noite anterior.
"- Sakura! Não se deita água para cima dos convidados!
- Convidado mãe? ELE ROUBOU-ME AS CARTAS. Oh, faça favor é bem recebido!!!
- Querida ele é o Yukito. – Azuki permaneceu de olhos fechados. Pensou, pensou. Olhou para o pai que lhe anuía. O pai nunca estava errado. Graças a ele, ela sabia permanecer calma e raciocinar mas a ideia de Yukito ser o Yue, a PESSOA amorosa que ela conhecia, não lhe entrava na cabeça."
- Ela é tão parecida contigo Shaoran.
- Eu acho que sai muito a ambos. – Sakura sorriu até os olhos se comoverem.
- Aquela da água é que era desnecessária mas . . . quero rever. – disse Li rindo-se a bandeiras despregadas.
- Ah, ah, ah. Adorei. Eu logo peço à Tomoyo. Temos que admitir que é um pouco teimosa. Só parou de chateá-lo quando se convenceu que capturar as cartas era função dela. Mas o que ela não sabe . . .
- Nem deve saber. È um segredo nosso. Ela fará o seu papel sozinha.
CARD RECAPTOR
- E foi isso.
- Por isso é que nos manteram no quarto enquanto tu descobrias quem é Yukito na realidade. Cartas Clow. . . Cartas Clow. A minha mãe já me falou nessa história quando eu era pequeno. Eu adorava. Ela disse-me que quando fosse maior mostrava-me umas cassetes que tem para lá.
- Típico da Tomoyo.
- Eu sei que sabes artes chinesas mas vês-te a altura de capturar as cartas de . . .
- LOGO VEMOS! O que estás a insinuar. – disse Azuki entre dentes quando reparou que tinha dado um berro. Sorriu-lhe. Shing era um rapaz muito amoroso como a mãe. Era um rapaz muito . . . – Diz?
- Não ouviste nada? Estás bem?
- Isto tudo. . . – Como se percebesse algo, Azuki virou a cara e olhou para o telhado da escola de Tomoeda. Pressentia algo, um poder. "Uma carta de Clow" veio de imediato à cabeça. Começou a correr velozmente, como a sua mãe, sem reparar que deixava Shing para trás. Não sabia o que fazer nem como chegar lá, não sabia que caminho seguir, se telefonar ao Kero ou à mãe ou ao pai. Pensou no Kero e lembrou-se que hoje era dia de pudim na escola. "O Kero está no cacifo!" Mudou rapidamente de direcção deixando uma pobre rapariga quase cair. Pediu desculpa bem alto e esperava que não se arrependesse do que estava a fazer. Tinha as mãos a tremer e não conseguia abrir o cadeado mas Shing veio de imediato a seu auxílio e por fim abriram o cacifo.
Notas de autora: Olá!!! Tudo bem? Eu nem vos conto. Peço perdão pela demora e por deixar-vos à espera. Aconteceu um problema muito grave que a pouco e pouco vai melhorando por isso agora até tenho tempo. Para não falar nos testes. mas ACABARAM! YUPI!!! Espero que tenham gostado deste pois surgiram muitos capítulos brevemente aproveitem e vejam logo. Agradeço muito pelas reviews. Deixam-me corar interiormente. Estou muito feliz pelas vossa reviews. Agradeço a todas vocês. À Elisa, à minha amiga Tânia, À outra Tânia que conheço MAS QUE AINDA NÃO MANDOU REVIEW, lol e à Pepercat. Bjs. MANDEM MAIS REVIEWS!!!
