Kero. Psst.
- Finalmente! Como sabias que . . . presinto uma carta de Clow. Uma carta não muito difícil. Talvez . . .
- Boa! Vamos às charadas? Despacha-te Kero.
- Estou um pouco velho mas ainda tenho os músculos em dia e . . . – Kero fazia uma pequena demonstração de quanto forte ele era, de como ainda estava conservado, embora a sua barrigita não fosse muito minúscula. – Então. Que esperas? Vai menina.
- Hoe! – Azuki sentiu qualquer coisa a tocar-lhe nas costas. Era Shing que parecia um pouco trémulo.
- BEM estamos a perder tempo. Que tal demonstrares agora aquelas artes chinesas e isso. Nunca as vi.
- Ãã. Sim. Quero dizer. . . preciso de pensar.
- AGE! – disseram Kero e Shing em coro. Azuki, determinada, percorre o resto do caminho até parar uns metros mais à frente.
- Por onde é que será. . .
- Por aqui. – disse Shing. Embora não corresse muito indicou-lhe o caminho ás escadas correspondente ao telhado. Esforçou-se um pouco mais até Azuki aperceber-se. Tocou-lhe gentilmente no ombro, ele percebeu e começou por abrandar.
- Ali está. É uma coisa saltitante.
- É a carta . . .
- Salto. – Completou Shing chegando ao telhado.
- Também tu? Lembras-me o Li. . .
- Outra vez não Kero. Preciso de pensar. – Kero e Shing olharam entre si (gotinha da cabeça). Nenhum protestou e passados 3 segundos Azuki entrava em acção. Começou por se equilibrar, como sempre fazia, e esforçou-se o mais que pode mas via que ainda não alcançava a carta. Observou-a e no momento exacto pulou o mais que pode e sem ainda descer sacou rapidamente a sua chave. Abriu as pernas para abrandar e determinadamente e como por hábito disse: " Chave que guardas o poder da obscuridade, mostra o teu verdadeiro poder sobre nós e oferece-os à Azuki que aceitou esta missão. LIBERTA-TE! - Como por magia a pequena saltitona parou diante do bastão tendo Azuki a oportunidade de apanhá-la. Esta transformou-se numa carta, que se dirigiu à sua mão.
- Boa Azuki! A tua primeira carta de Clow. Tenho de admitir que . . .
- Que foi uma brilhante demonstração. – admitiu Shing dando um passo à frente.
- A sério? – perguntou Azuki inocentemente. Irradiava enquanto olhava para a carta.
- Ouve lá Azuki. Desde quando sabias a frase para libertar a chave. Eu nem me lembrei de te dizer.
- Bem eu já tinha ouvido essa frase quando sonhei com o julgamento. AQUELE QUE EU NÃO DEVIA TER ÍDO. – disse entre dentes, deixando Shing à nora. – Mas de facto saiu-me da boca. Senti-me muito bem a faze-lo. HAHAHAHA! CARTAS DE CLOW ONDE QUER QUE ESTEJAM APAREÇAM!!!!
- Hoe! (gotinha na cabeça)
- Ei rapazes vamos lá antes que demos na vista.
- Pelo menos não tenho que convencê-la a capturar as cartas como fiz com a Sakura. – disse Kero baixinho a Shing.
- Azuki possui muita energia. Ainda agora está para ai aos saltos.
- Sim mas ela precisa de nós. E, cá entre nós, tu ajudas-lhe muito hein?
- Ãã. – Shing olhou para Azuki que já ia muito à frente. – Todos nós precisamos de amigos. – disse sorrindo.
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Sakura esbofeteou novamente as almofadas. Gostava de aproveitar aquele momento de repouso mas graças a Shaoran passaria ali a tarde toda. Ele queria que após o trabalho ela repousasse em absoluto. Fechou os olhos e imaginou como seria dali a 10 meses, um novo tempo, um novo dia, uma nova forma de vida. Sentiu uma brisa pairar sobre a sua cara e imaginou-se a passear o bebé junto da Azuki que patinava, enquanto beijava docemente os lábios escaldantes de Li. Beijos que se sentem, beijos que revivam, beijos que apaixonam e acariciam.
- Li! Preciso de um beijo!
- Não quero que te falte nada. – Beijou-a até onde a respiração o deixasse. – Deixa- me olhar-te. Deves ser uma ilusão.
- Não! Tu és.
- Tu.
-Tu. – A porta abre-se e Azuki chega a casa. Muito satisfeita e ansiosa entra a correr.
- Boas tardes.
- Tu.
- Tu.
- Que jogo divertido é esse. – disse Azuki revirando os olhos.
- Adoro o teu sorriso. – disse Li segredando-lhe. De seguida levantou-se, dirigiu-se à cozinha mas não sem antes dar um beijo na testa de Azuki. Pediu-lhe que fizesse de seguida os t.p.c.'s pois precisava de sua ajuda na cozinha. Anuiu e de seguida pulou para cima da pequena mesa, centrada na sala, sobre uma forma chinesa e fingiu que agarrava um bastão.
- Ah . . . ããhh . . . filha. A me-mesa é muiiito frágil. – Li espreitou enquanto limpava os pratos.
- Haverias de ver pai. O nosso salto perfeito!
- Quer dizer que não tens nenhuma dança nem nenhuma coreografia?
- Não.
- Apenas o meu estilo. – Gabou-se Li enquanto limpava o último prato. Juntou-se às duas abraçando Sakura. – Estamos muito orgulhosos de ti.
- Na altura em que eu capturava apenas podia falar com Kero, Li e Meiling. E claro a Tomoyo! Para o que quiseres e precisares fala connosco. Logo quero os pormenores.
- Garantido. Agora deixa telefonar ao Shing. Prometi-lhe. – Azuki subiu as escadas rapidamente evitando provocações. Eles olharam entre si e levantaram a sobrancelha.
CARD RECAPTOR
- Telefone para ti.
- Obrigado Li. – Sakura baixou o som da televisão e aceitou o telefone. – Fala Sakura Kinomoto.
- Que bom que é ouvir a tua voz após 12 horas de escavações.
- Pai! – Sakura despertou e saltou do sofá. Começou a andar de um lado para o outro assegurando-se que agarrava bem o telefone.
- Tenho uma óptima notícia para a minha sempre pequena. Daqui a dois dias parto num avião daqui do Egipto para o Japão e chego aí às 19:00.
- Sim! Shaoran irá buscar-te. Trazes prenda para a Azuki?
- Como sempre ou ela não me deixava entrar em casa. Ah ah ah. Adeus querida. Comprimentos à família.
- Adeus papá. – Sakura permaneceu com o telefone junto ao coração. – Aiii. Que bom! Tomoyo! Oh não. Combinei com ela ir ao festival que decorre em Tomoeda. Ela não se vai importar . . . muito. – "Como ela queria filmar a Azuki. Paciência. A não ser que . . . É isso."- Amor?
- Na cozinha. – Sakura correu à sua chamada para não perder nem uma vírgula da sua ideia mas não podia de forma alguma evitar de se rir do estado de Li. Era muito engraçado vê-lo de lenço e com uma pontinha de farinha no nariz.
- Cheira muito bem. Ahh. . . à pois. Era Fujitaka. Ele chega quinta e . . .
- Eu sei quem era. Fui eu que atendi mas mesmo que não essa tua alegria pouco discreta revelar-me-ia quem era. – Sakura sorriu e prosseguiu.
- Agradecia-te se pudesses ir buscá-lo quinta-feira e depois leva-lo ao festival de Tomoeda onde eu a Tomoyo o Shing e a Sakura esperamos-te.
- Não sais de casa sem eu ver o teu Kimono.
- Shaoran?! Para que . . . ah! – riu-se sarcasticamente após perceber a sua intenção.
- Não queria que fosses à rua muito bonita quando eu não estou perto para vigiar. Tu sabes o que sinto por ti e deixa-me louco só de pensar que alguém olhasse para ti daquela forma.
- Oh Shaoran! Seu ciumento. Eu só tenho olhos para ti. – Sakura senta-se em cima da bancada e puxa-o para ao pé dela. Acaricia graciosamente os seus cabelos castanhos suaves e rebeldes. Massaja-lhe os ombros e segreda ao seu ouvido.
- Tem calma. O Kimono é ao teu gosto. Se quiseres vou de farrapos. – Shaoran parecia ter acordado. "Tem calma." dizia-lhe Eriol. Seria que ele voltava a ficar nervoso. Sakura era muito bonita para não falar na sua estrutura mas confiava nela por completo. Beijou-lhe e sorriu-lhe. Não a queria vê-la preocupada. Atarefadamente voltou aos seus deveres de cozinha.
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Acabado de ter arrumado o quarto Asuki deitou-se na cama. Suspirou, sorriu, pensou. Não lhe saia da cabeça como iria ser o futuro e como se tinha safado de levar um raspanete do Kero. Despistadamente olhou para o quarto. Ainda não tinha dado que Kero não estava presente. Aproveitou e deixou algumas páginas do seu diário escritas. Quando escreveu sobre Shing lembrou-se imediatamente de Tomoyo e num ápice vestiu o casaco e desceu as escadas. Espreitou e viu que Kero estava na sala onde se encontrava os videojogos. "Safado." Sorriu interiormente e deu por si a perder tempo. Disse aos pais que não ia comer a casa e infelizmente não podia ajudar o pai. Disse também que era possível não dormir em casa. Havia só a condição de telefonar. Espreitou as ruas suspirou e fechou o casaco. Usou a carta salto a seu auxílio e chegou num instante à casa de Tomoyo. Atirou uma pedrinha, delicadamente, para a janela de Shing e graciosamente tirou o capucho.
- Azuki. – Shing abriu a janela enquanto fitava-a surpreendido. – Sabes, a campainha não está estragada ao contrário da minha janela que . . .
- Escuta. A tua mãe está? – O rapazinho de cabelo caramelo e olhos azul cinza, como a mãe, levou a mão à cabeça.
- Volta daqui a uma hora.
- Ohh. – Azuki voltou a levantar a cabeça. – Achas que ela se importaria se nós déssemos uma espreitadela nos vídeos sobre a minha mãe. – Shing arregalou os olhos. Olhou para o seu estado, para o quarto, que felizmente estava arrumado e prosseguiu.
- Enquanto ela não vem. Dá-me dois minutos para . . . aaahh . . . vestir algo.
- SHING! Está muito frio.
- Sobe.
- Não precisavas de vestir nada. VER-TE de pijama ou não ver não me faz diferença.
- Que fazes a estas horas não podias ter esperado por amanhã.
- Eu . . . posso ir-me embora. – disse Azuki cruzando os braços.
- Não. Já vieste.
- Vou ter que dormir aqui já é tarde. – Olhou um tanto para os quadros.
- Sim. Dormes no quarto de hóspedes. – disse sem tom. Azuki sentia-se a ferver. Não parecia o "solidário" Shing que ela conhecia desde nascença. - Ouve! Eu vim pela carta e vou pela carta. A tua mãe não está mesmo. Adeus.
- Estúpida! Estúpida! Estúpida! E . . . ááh! Rude! Que frustração. Eu só queria ver como a minha mãe era a capturar cartas. Grande dia. Para não falar que menti as meus pais. Não telefonei ao estúpido do Shing mas sim ao Ataru. Porque menti? Se eles começassem a fazer perguntas. . .
"- Estou atrasada! Para variar um pouco. A primeira consequência de apanhar uma carta a . . . – Azuki ia quase a correr sem reparar que chocara contra um rapaz. – OS MEUS LIVROS! Oh não. Este ficou cheio de lama. Não acredito!
- Estás bem? – Azuki parou de olhar aflitíssima para os livros. NEM reparou no rapaz. Olhou para ele com a ideia de lhe pedir desculpas mas o que tinha agora em mente era conhece-lo. Um rapaz de cabelo azul e olhos negros pairava mesmo à sua frente aborrecido por ter tido parte da culpa.
- Eu ia tão distraída. . .
- Não a culpa é minha. Estou atrasado.
- Também eu! – Azuki riu-se e o rapaz também.
- Ataru.
- Azuki.
- Que nome tão bonito. – Azuki olhou para os livros.
- Andas no 4º ano?
- Sim.
- Eu ando no quinto e tenho esse livro. Não preciso dele posso oferecer-te. Esse já não se aproveita. – "Ele é tão giro e simpático. Mas mesmo assim aceito ou não aceito?"
- Espera. – O rapaz tira um papel e uma caneta da pasta. – Tens aqui o meu número. Se precisares do livro telefona-me. – Azuki anuiu. Prossegui a vida normalmente voltando a pensar na aula. . . e no rapaz. "
Azuki sorriu um pouco. Gostava de ser amiga dele.
- Outra vez aquela sensação de carta de Clow nítida. Não posso pensar nem nada. Preciso seguir o meu instinto .- Certificou-se que levava consigo a chave. Parou tão depressa como partiu. "Kero! Shing?" De repente saiu uma força dentro de si. Sozinha iria conseguir. "Estou por minha conta mas depois preciso de ter uma conversa com a minha mãe."
- Onde vais? Eu também a senti. Não te esqueças que possuo poderes e maiores que os teus.
- Sermão para logo Kero. Logo.
Notas de Autora: Olá! Demora receber vossos reviews! Eu que gosto deles. Quero continuar a agradeçer a todas na mesma. A verdade é que não irei colocar mais capítulos porque assim o decidi mas agradeco a todos na mesma. Bjs.
