Capítulo 19 – A Primeira Cena
"Light are low, the curtains down
(As luzes estão apagadas, as cortinas fechadas)
There's no one here (There's no one here, there's no one in the crowd)
(Não tem ninguém aqui (Não tem ninguém aqui, não tem ninguém na multidão))
Say your lines, but do you feel them
(Diga seu texto, mas você o sente)
Do you mean what you say when there's no one around (No one around)
(Você quer dizer o que você diz quando não tem ninguém em volta (ninguém em volta))
Watchin' you, watchin' me
(Observando você, me observando)
One lonely star (One lonely star, you don't know who you are)
(Uma estrela solitária (Uma estrela solitária, você não sabe quem você é))"
- Diga-me o que é verdadeiro... O que mais você e Caillean sabem sobre essa profecia?
Eilan ficou em silêncio, por um longo tempo, observando a ruiva... Por um instante pode sentir que aquele momento já havia se repetido inúmeras vezes antes, como uma dúvida, uma questão, podia quase ver os olhos de Gina em outro rosto, em outro tempo, e se perguntou se algum dia teriam compartilhado mais do que um conhecimento. Talvez estivessem com destinos interligados por incontáveis existências anteriores.
- Não há muita coisa que eu saiba e você não, Virginia. Eu recebi o diário de Draco enquanto estudava tradições familiares e o li, pois então poderia entender as atitudes dele... Eu deveria tê-las previsto...
- E Caillean? Ela há de saber algo!
Eilan desviou o olhar do rosto de Gina, as lágrimas tornando a brotar em si, mas rapidamente se esvaiu e seu desespero foi abrandado por uma presença maior, maternal, gentil.
- Me diga uma coisa... – Falou Gina, pondo a mão sobre o ombro da garota. – Porque Caillean não fez nada se ela sabia de tudo que ia acontecer?
- Ela não sabia de tudo – Eilan respirou fundo, secando os olhos com as costas das mãos. Caillean é uma mestra nas tradições, não uma sacerdotisa do oráculo. Ela conhece a cura e os métodos de previsão apenas no nível mais básico, e eu inclusive suponho que mesmo as noviças sejam melhores nisso do que eu mesma. Ela escolheu estudar a história de nossas mulheres e homens, e a história de nossa família... Mas ela não poderia saber dessa predição de Isabelle, pois foi só você quem permitiu o acesso a esta. Eu e Caillean sozinhas jamais poderíamos saber. Só sabíamos que antes de morrer ela pediu a uma sacerdotisa que tinha vindo com a intenção de buscar a criança para que as mulheres da Deusa encontrassem os escolhidos.
- E qual a garantia que vocês tem que de somos realmente eu e Draco esses escolhidos?
- Qual a garantia? Vocês não precisaram de nós para se encontrarem e se envolverem. Simplesmente te ver com os olhos brilhando e ele... Ele ama você! Se isso pode acontecer, se você e eu conseguimos ver aquela profecia, é porque realmente você e Draco são os escolhidos. Estava destinado a acontecer. E isso deve ser considerado um pensamento encorajador.
As duas ficaram em silêncio, a loira ainda olhando para o horizonte e chorando desesperada. Gina se aproximou da garota e falou baixinho.
- Eu sinto muito, Eilan.
As duas se encararam por um instante, até que a sonserina a abraçou, chorando descontroladamente.
- Me perdoe por isso... – sussurrou entre soluços. – Me perdoe por tudo. Você foi minha única amiga.
Mais uma vez, ao prestar atenção nas conversas ao seu redor, Gina se sentiu egoísta. Novamente tinha passado a se preocupar mais com seus próprios problemas do que com o que acontecia na comunidade bruxa. As expressões preocupadas vinham se multiplicando a cada dia, os murmúrios e especulações sobre qual seria a próxima ação de Voldemort, aumentando. A guerra não era declarada, ao menos até então, e os ataques eram quase sempre inesperados e bem arquitetados de forma que muitas vezes os aurores e os integrantes da Ordem da Fênix sabiam deles apenas horas ou minutos antes deles acontecerem.
Harry se isolava mais e mais a cada dia, enfrentando sozinho toda a pressão uma vez que, no último minuto, seriam apenas ele e Voldemort que decidiriam esta batalha. Parecia conformado com seu destino, mas ainda sim muito triste, como se lhe faltasse algo essencial. Não era raro vê-lo ou com o olhar perdido enquanto observava o teto enfeitiçado do salão principal, ou enquanto olhava fixamente para o lado oposto do salão, diretamente para a mesa da Sonserina.
Hermione permanecia o tempo inteiro séria, sempre às voltas com Harry em uma atitude que demonstrava um zelo quase maternal. Parecia nervosa, como se fosse culpada pela falta de escolha do amigo e umas duas vezes Gina a tinha visto chorando desesperadamente no banheiro feminino "por nada."
Rony era o mais amedrontado dos três – provavelmente por compreender o que estava por vir de uma ótica totalmente diferente. Fazia menos piadas que antes, cochichava com Hermione o tempo todo que não estava fazendo companhia a Harry. Parecia ter deixado de lado a briga com a irmã – até porque a causa da briga já era página virada – e voltara a ser o mesmo irmão de sempre: preocupado, companheiro e meio superprotetor.
Entre seus próprios amigos, Luna, é claro, parecia absolutamente indiferente. Estava disposta a lutar – como sempre estivera – mas não parecia compreender a gravidade da situação, sempre sonhadora e distraída. Colin vivia aterrorizado, com medo que pudesse ser pego pelos comensais... "Sangue ruim e gay? Eu estaria sendo muito positivo se esperasse uma morte rápida nas mãos deles..." ele dizia. Passavam muito mais tempo juntos do que tinham passado em muitos meses anteriores, e se Colin não estava de volta ao seu jeito animado habitual, ao menos não perambulava pela escola com cara de quem acabou de sair de um enterro.
Marin, por sua vez, estava ausente a maior parte do tempo. Ficava fora por longos períodos tanto do dia quanto da noite, sem nunca explicar a ninguém onde estivera e rangia os dentes sempre que alguém ousava pronunciar "Voldemort" ao invés de "Você-sabe-quem". Seus comentários eram quase sempre sarcásticos e quando Gina lhe perguntou porque vinha sendo tão ácida dela disse:
- Porque você não vai se preocupar com sua grande amiga Eilan?
E na verdade era realmente Eilan quem parecia mais alterada pelos últimos acontecimentos. Quase não comia e Gina ouvira boatos que ela vinha tendo constantes crises de enjôo pela manhã. Muito se especulava sobre qual seria o mal da menina e por mais que a gravidez fosse cogitada, todos apostavam em Harry como pai, pois a verdade era fantástica demais para que eles pudessem imaginar por si só. A menina vinha evitando o convívio social, grandes olheiras se formavam sob seus olhos inchados que ela já não maquiava, os cabelos, antes entre o mel e o dourado parecia agora opaco e sem vida.
Era justamente Eilan que Gina estava procurando aquele dia. Estavam a apenas dois dias da volta pra casa e ela não tinha a menor idéia de como poderia fazer algo por Draco. Ainda estava magoada com a atitude dele e de Eilan – muito magoada, na verdade – mas reconhecia que o preço que pagariam seria mais que o suficiente, definitivamente inesquecível. Uma vida. Uma criança. Uma responsabilidade pelo resto da vida.
Alcançou a Sonserina após o jantar. Tinha chegado quando a maior parte dos estudantes já tinha se retirado, vestida com a túnica de linho azul que a tinha visto usar no dia em que tinham ido juntas a floresta. Usava adereços prateados no pescoço e nos braços dando passos lentos e ritmados como se tentasse por meio daquilo tranqüilizar seu espírito que gritava perturbado pelos seus olhos acinzentados.
- Eilan! – Falou, fazendo com que alguns alunos mais jovens a olhassem enquanto corria de encontro a Sonserina que saía do salão, parecendo tão alheia ao mundo quanto Luna costumava parecer. – Eu venho tentando falar com você!
- Eu sei – respondeu se virando para a ruiva. – Percebi.
- Como você está se sentindo? – Perguntou embora já imaginasse a resposta.
- Enjoada, como quase sempre ultimamente. Eu definitivamente não fui feita para essas coisas.
- Bobagem, toda mulher é feita pra ser mãe – Gina respondeu. – Ao menos é o que a minha mãe diz. Escute... Eu queria falar com você... Sobre Draco.
- Eu estive pensando sim, Virginia. Mas não cabe a mim ver o caminho, cabe a você. Se você não encontrar um jeito, ninguém vai encontrá-lo por você.
- Mas você deveria me ajudar!
- E eu vou ajudar no que puder! Mas não posso desenhar uma estradinha milagrosa que você vá seguir e vá tudo dar certo! O que você quer que eu faça? Do que você precisa?
- Luz – Falou Gina e suspirou alto. – Eu preciso de Luz. Me leve até Caillean. É o melhor que você pode fazer por mim agora.
- Por nós, Virginia. Por nós.
Draco nunca soube o que esperar de reuniões de comensais da morte, mas definitivamente eram mais tediosas do que ele poderia imaginar. Nem mesmo relatos e planos eram traçados, meramente eram chamados um a um e lhes davam sua tarefa dentro da missão a ser traçada. Era, na verdade, sua primeira reunião e pelo que podia perceber dentro das poucas palavras para todos que o Lord tinha dito que estariam dentro de um ataque de extrema importância.
- Draco... – Falou o Lord, sua cara pálida como giz o encarando do outro lado de sua máscara. – a verdade é algo precioso, não pensa? Mas de que vale a verdade se ela pode ser escondida por algumas mentiras bem feitas? Precisarei de você nesse empreendimento de forma essencial. Cansei de esperar pelo aparecimento de Harry Potter, cansei de tentar tirá-lo debaixo do nariz torto daquele amante de trouxas. Vamos até lá, Draco. Estaremos entrando em Hogwarts... E sua tarefa é capturar e assassinar aquela amiga sangue ruim de cabelos lanzudos dele. Você sabe de quem eu estou falando, não sabe?
- Granger – Respondeu entredentes. – Claro, como quiser, milorde.
- Por enquanto será tudo, Draco. Depois de terminar com a sangue ruim, você deve procurar seu pai para ajudar no que for preciso. Agora pode ir, está dispensado.
Enquanto ele se afastava, o próximo comensal se aproximava para receber suas instruções. Novamente era a mulher que ele desconhecia a identidade e parecia mais tranqüila e acostumada do que ele com aquela organização.
- Porque não tira sua máscara, Madley? A visão de um rosto jovem e feminino me agradaria – sugeriu o Lord com sua voz fria.
E conforme Draco se virava para trás, ele achava impossível acreditar no que tinha acabado de ouvir. Só poderia ser a mãe. Não a filha. Mas como se em um filme em câmera lenta a viu tirar o capuz, deixando primeiro amostra o rosto adolescente e logo depois os cabelos loiros escuros, sempre com o ar de superioridade que lhe era característico.
O choque foi tão grande que não conseguiu prestar atenção nas instruções que eram passadas a garota, tudo que via era o rosto improvável da menina recebendo ordens do Lord das Trevas como se estivesse confrontando uma de suas colegas. Era absolutamente incoerente que Marin, grifinória, amiga de Weasleys e de um sangue ruim como Colin pudesse se prestar a comensal da morte. Ainda estava virado para trás e pasmo quando ela se afastou e sorrindo como um tigre prestes a dar o bote se aproximou dele.
- O que há de errado com você, Malfoy?
- O que você está fazendo aqui, Madley?
- O que te parece que eu estou fazendo aqui? O convívio com a namoradinha tornou seu raciocínio mais lento?
- Qual seu problema, Madley? Não sabe que eu larguei a outra menina há muito tempo?
- E você tem certeza de que a abandonou? – perguntou divertida.
- Eu não preciso te provar isso.
- Você tem é medo de falhar – sentenciou, o nariz mais arrebitado que o normal.
- Está duvidando da minha palavra? – ele questionou ameaçador, a raiva subindo a cabeça.
- E se estiver?
- Você vai se arrepender disso.
Marin levantou a máscara de Draco, olhando para o rosto dele.
- Olhe nos meus olhos e diga que a esqueceu.
- Eu nunca a amei – ele falou maquinalmente.
- Mentiroso.
- Pretensiosa.
Draco era um poço cheio de raiva contida por aquela garota, e mais do que isso, se enchia de nojo ao vê-la ali, misturada aos servos do Lord.
- Não tenha nojo de mim, Draco, somos iguais.
- Não temos nada de igual, Marin.
- Fomos traídos e somos traidores. Isso é o suficiente.
Ela o encarou, ainda sorrindo de forma debochada, pôs a mão sobre a nuca de Draco e o puxou para si, da maneira que sempre quis fazer.
- Tome isto. Vai fazer com o que o sangue desça.
- Eu não posso... – choramingou a menina sonserina – Eu não posso matar meu filho...
- Tome isso, Eilan... Tome logo... Não vai te fazer mal nenhum e vai te livrar de um fardo...
- Eu nunca confiei em você, você sabe...
- Por muitos anos nós rivalizamos... Mas eu não tenho motivos para querer seu mal, não mais... Beba isso... Beba, Eilan... Vai ficar tudo bem...
Houve o ruído seco do copo batendo na mesa e então o sonho se apagou completamente para Gina. Acordou assustada, no meio da noite, querendo ir atrás de Eilan para impedi-la, mas quando se sentou na cama viu a porta abrir e Marin entrar.
- O que houve? – perguntou, mais delicada do que vinha sendo há semanas. – Pesadelos? Premonições? O que você viu?
- Nada... – suspirou a ruiva tornando a se deitar. – Apenas sede.
Ele ainda podia ouvir as últimas palavras de Dumbledore ecoando em sua cabeça, no último discurso, do seu último ano na escola. Era absolutamente surreal pensar que estaria deixando Hogwarts. No começo era realmente estranho viver no castelo mas agora, agora era muito mais sua casa do que a Mansão de Wiltshire. E na noite seguinte, quando todos estivessem em Londres, haveria a formatura oficial no ministério e tudo mais.
Claro que se tudo corresse como planejado, muitas pessoas seriam ausências óbvias na formatura, a começar pela garota de cabelos cheios que vinha em sua direção naquele momento. Já era bem tarde da noite, e a festa de fim de ano já terminara enquanto ele estava sentado sob uma das árvores, vendo o lago.
- Draco? – ela chamou e ele se virou para ela, com o rosto inexpressivo. – Eu apenas queria que você soubesse que apesar de tudo eu te respeito muito, e que não foi tão ruim assim trabalhar com você esse ano.
- Eu sei que sou absolutamente encantador, Granger, mas acho que você já pode voltar a me chamar como o habitual.
- Como você preferir, Malfoy – ela pareceu irritada – Eu apenas queria que tudo ficasse tranqüilo entre nós, quero dizer, sem mais aquelas brigas infantis... Se um dia nos cruzarmos.
- Acontece, Granger, que eu duvido que a gente se cruze... Ou que você cruze com alguém depois de hoje – Ele falou, conjurando cordas que a amarraram firmemente enquanto ele a enfeitiçava para flutuar atrás dele. – E antes que eu me esqueça, Hermione, expelliarmus.
Andaram um pedaço para dentro das árvores, cada vez mais afastados do castelo.
- Você não vale nada mesmo, Malfoy! E eu que quis acreditar que você ainda tinha salvação, que realmente gostava da Gina, que...
- Silencio – Ele lançou o feitiço nela – Você fala demais, Granger.
Eles andaram ainda mais pra dentro da floresta sem encontrar nenhum sinal de nenhum animal ou criatura mágica, até chegarem a uma clareira aonde, há muito tempo atrás, Hermione conhecera Grawp. Desfazendo o feitiço, Draco deixou com que a garota caísse no chão e pode ver sua expressão de dor.
- O que houve? – ele se abaixou, fazendo desaparecer as cordas que estavam em volta de seus pés e liberando a garota para falar.
- Fique longe de mim, Malfoy – foi a resposta dela, enquanto fazia uma careta de dor.
- Não seja idiota, Granger. Escute bem. Eu recebi ordens para te fazer refém de forma a atrair Potter e logo depois te matar. Voldemort está atacando a escola. Não vai sobrar nada dos seus amiguinhos – Ele abriu um sorriso, sob o olhar aflito da garota. – Mas eu não vou te matar, Hermione, não. Eu já te fiz refém, e a essa altura, Potter já foi alertado de que você está em poder dos comensais. Agora, eu vou te soltar e dizer apenas uma coisa: leve Gina pra longe daqui, está entendendo? Considere isso como uma troca: você a leva embora daqui e eu faço de conta que você escapou sozinha.
Ele desfez o feitiço que prendia as mãos dela com cordas, vendo que tinham duas marcas vermelhas marcadas em seus pulsos. Então apontou para o tornozelo da garota que começava a inchar pela torção e disse:
- Férula. Isso será o suficiente até você chegar no castelo.
- O quê você acha que está fazendo, Draco Malfoy? – perguntou uma voz aguda saindo de sob o abrigo das árvores. – O que você está fazendo com ela aqui?
Quando a dona da voz finalmente chegou até a parte iluminada da clareira ele pode reconhecer os traços tão conhecidos da amiga sonserina.
- O que você está fazendo aqui fora, Eilan? – ele retrucou. – Você deveria estar em Hogsmeade com Caillean! Tinha sido garantido que você estaria lá!
- Eu estava na Ala Hospitalar desde ontem! – ela respondeu, parecendo ainda mais irritada. – O que você está fazendo com ela aqui? O que você está pensando...?
- Fique fora disto, Eilan, você não sabe...
- Eu sei o suficiente! – Ela gritou correndo na direção dos dois – Estuupore!
Um traço atingiu Draco o fazendo cair para trás, mas após alguns instantes ele recuperou a consciência. Eilan tinha passado o braço de Hermione por trás de seu pescoço e a estava apoiando enquanto saíam da clareira andando o mais rápido possível.
- Eilan! – ele gritou – Você não está entendendo...
- O que eu já entendi, Draco, é que agora eu e você estamos lutando em lados diferentes da batalha.
Depois disso houve um clarão momentâneo, e as duas tinham desaparecido em face de alguma coisa que Eilan carregava. Ele continuou no chão, ofegante, até ouvir passos se aproximando adiante. Um rosto mascarado se aproximava dele.
- Malfoy? – a voz era inconfundível. – Aonde está Granger?
- Fui atacado – ele informou enquanto começava a se levantar – Eilan me atacou e levou Granger embora consigo.
- Pobre menino Malfoy... – Ela debochou, tirando a máscara de si. – Pobre menino Malfoy... Criou uma prima para se tornar uma comensal, e a vê se misturando com pretensos aurores...
- Nem tudo sai da maneira que nós gostaríamos, Madley.
- Mas nem tudo está perdido, não é? – ela riu com gosto. – Afinal, você ainda tem sua companheira comensal... Ao menos uma, não é?
Ele a olhou, vendo seus olhos tornando a brilhar maliciosos e sentiu nojo daquela garota como não sentia há meses. Ela era uma traidora em todos os sentidos. Era tão baixa e tão suja quanto aquele Rabicho deprimente. Nem mesmo servir à Voldemort ela deveria.
- Vamos embora. Essa luta está apenas começando.
E dando as costas para a garota, Draco conjurou sua máscara do nada e transfigurou suas vestes. Ninguém deveria saber que era ele o mascarado. Ainda não era hora.
N/A: Agora a batalha é inevitável. Eu sei que esse capítulo é bem curtinho, mas como é o último sopro antes da tempestade, eu achei que deveria entregá-lo logo a vocês. Esperem fortes emoções daqui pra frente: o fim nunca esteve tão anunciado. A música, "Take a bow" é da Madonna, portanto, eu abro mão de qualquer tipo de poder sobre ela. Quanto a lista de dedicatórias, well, eu agradeço a cada review ao longo do percurso, mas esse capítulo é especialmente dedicado aos meus companheiros animoderadores, sempre presentes e essenciais em minha vida, além da galera da Ordem da Fênix que me tira de dentro de casa o tempo todo e a todo mundo que me ajudou, ao menos um pouquinho, a escrever esse capítulo. AHHH... O Estuuupore da Eilan é assim mesmo... pra mostrar que está errado *risos*
