Harry Potter e a Ligação Silenciosa

Capítulo III - O Ataque

Harry cumprimentou Hagrid (que, obedecendo à tradição, atravessava o lago em barcos com os alunos do primeiro ano) e já embarcava na carruagem com Rony, Hermione e Catherina, quando a última parou de chofre, olhando para os lados. _Quem é?_perguntou. _Quem é o quê?_disse Rony. _Um chamado._murmurou Catherina._ Em Hogwarts já ensinaram Telepatia? _Telepatia?_repetiu Hermione._ Que é isso, você enlouqueceu! Só veremos Telepatia lá pelo sétimo ano! Isso é magia muito avançada... _Que você já andou praticando._completou Rony. Hermione deu um sorriso culpado. _O fato é que eu ouvi um pedido de socorro!_disse Catherina._ De onde terá vindo? _Só sei que se não entrarmos agora na carruagem vamos nos atrasar._disse Harry. Catherina consentiu e, entrando, a carruagem rumou para o castelo, logo atrás das outras. Harry percebeu que ela ficara cismada com o tal chamado. Ele nunca ouvira falar em Telepatia nesses anos todos. Talvez fosse feita apenas com bruxos muuuito poderosos _como Dumbledore, por exemplo. Esse pensamento trouxe-lhe uma suspeita. Voldemort também era um bruxo poderoso. E estava à solta naquele momento. Estaria ele por trás disso tudo? A carruagem parou diante do castelo, e eles entraram. Catherina olhou a mesa dos professores, confusa. _Qual deles é a profª McGonagall?_perguntou. _Ela foi receber os alunos do primeiro ano._disse Rony. Um homem de voz gélida falou atrás deles. _Você então é a srta. McFisher? Harry virou-se com ela, Rony e Mione. Quem falara fora o prof. Snape. _Sou._respondeu Catherina._Eu preciso ser selecionada, não é? _Isso mesmo._disse Snape, frio._ Venha comigo. Catherina seguiu Snape até a câmara do lado da mesa dos professores, onde Harry fora no ano passado, ao ser escolhido o quarto campeão do Torneio Tribruxo.

Snape levou Catherina até a câmara, onde o Chapéu Seletor se encontrava, além de outra menina morena e branquinha sentada num canto do cômodo. _Catherina Helena McFisher, não é?_inquiriu ele. _Sim, senhor. O senhor é professor de Hogwarts, não é? _Sou._disse Snape, num tom de quem não quer conversa._ ponha logo o Chapéu. O primeiro ano vai precisar dele. Catherina sentou-se no banquinho de três pernas e tirou o broche, colocando- o numa mesa a seu lado. Snape pegou o Chapéu Seletor e, antes que ele o colocasse completamente, o Chapéu exclamou: _Grifinória! "Ufa", pensou Catherina. "Mais uma para eles", pensou Snape. Ela saiu da câmara com um último olhar à outra menina que se levantava, e discretamente foi até Harry e os outros, prendendo novamente o broche nas vestes da escola. _Grifinória?_perguntou Harry, olhando para ela. _Sem o Supraforce._sorriu Catherina, sentando-se do lado dele. Rony e Hermione a cumprimentaram. _Uma pergunta._disse Fred, que estava próximo a eles._Quem vai ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas? Os alunos do primeiro ano começaram a ser selecionados, enquanto a profª McGonagall chamava-os, um por um. _Weatherby, Thomas! Harry se lembrou de como o falecido sr. Crouch chamava um dos irmãos de Rony, Percy Weasley. Mesmo a minutos de morrer, Crouch o chamava de Weatherby. _Sonserina! _Willis, Caroline! _Grifinória! _Zuclenore, Jake! _Lufa-Lufa! A Cerimônia da Seleção de encerrou, e Dumbledore, o diretor de Hogwarts, levantou-se de sua cadeira. O salão inteiro ficou em silêncio. _Bem-vindos a Hogwarts._começou ele._ Mais um ano letivo se inicia hoje, apesar de todos os acontecimentos negativos. Harry soube que o diretor se referia à volta de Voldemort. _Mas lembrem-se de que enquanto estiverem no castelo, estão seguros. É bom lembrar também que a Floresta Proibida, como diz o nome, e o vilarejo de Hogsmeade são proibidos; a Floresta a todos e Hogsmeade a alunos que ainda não estejam no terceiro ano. "A Copa de Quadribol será realizada normalmente, por isso convém que os times das quatro Casas já comecem a treinar e preencher espaços vazios em seus times." O olhar de Dumbledore pousou sobre a mesa da Lufa-Lufa, que perdera o já mencionado Cedrico Diggory, apanhador e capitão do time de quadribol de sua casa. _As roupas a rigor foram pedidas novamente porque Hogwarts quer iniciar a tradição de um baile anual, no inverno. Será como um Baile de Natal, espelhando-se no ocorrido no ano passado. "Suponho que todos os alunos devem estar curiosos para conhecer a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas." _Professora?_disse Rony, curioso. Dumbledore olhou para uma mulher elegante, de cabelos loiros presos num firme coque, olhos escuros e pele morena, e usava vestes púrpura. Era magra e deu um educado sorriso quando Dumbledore a apresentou. _Esta é a professora Melissa Figg. "Figg?", pensou Harry, enquanto soavam os aplausos para a nova professora. Ele havia se lembrado de uma mulher com esse mesmo sobrenome que cuidava dele quando os Dursley saíam de férias. _Apesar do azar que a maioria dos professores desta matéria tiveram torço para que a profª Figg permaneça mais de um ano aqui. Harry acabou até esquecendo a expressão intrigada no rosto, e acabou deixando que Catherina o visse, embora não tenha dito nada. O jantar foi servido e depois os alunos dirigiram-se aos dormitórios. _Qual é a senha?_perguntou a Mulher Gorda, figura que guardava a Grifinória. _Pelúcio colorido._disse Hermione. _Como você sabe?_disse Rony, enquanto entravam na sala comunal da Grifinória. _Bom, é... Eu sou monitora. _Monitora?_disse Harry._ Por que não nos contou antes? _Vocês podem não acreditar, mas eu acabei esquecendo. _É, não podemos acreditar mesmo._disse Rony.

Na manhã seguinte, à hora do café, eles consultavam seus horários. _Dia tranqüilo hoje._disse Harry._ Feitiços e Transformações agora e depois do almoço tem Herbologia. _Temos Defesa Contra as Artes das Trevas amanhã cedo._disse Rony. _Poções à tarde amanhã._disse Hermione. _Trato das Criaturas Mágicas é a primeira de amanhã, depois é Defesa._disse Harry. Catherina examinava seus horários e silêncio. Harry ia fazer um comentário a respeito, mas neste momento o correio-coruja chegou. Duas delas pousaram ao lado de Hermione: uma delas trazia o Profeta Diário, e a outra trazia uma carta que ela não quis mostrar por nada. _Segredos com a gente, Mione?_brincou Rony. _Não é nada._disse ela, guardando a carta._Vocês não precisam saber. _Daqui a pouco vai tocar a sineta._disse Catherina, se levantando. _Como você vai sozinha?_disse Harry, olhando-a. _Você sabe onde é a sala do Flitwick? _Não tenho a mínima idéia._disse ela, num sorriso tímido._ O jeito é esperar vocês, não é? _Xi..._disse Rony, olhando o horário das aulas mais atentamente._ As aulas de hoje são tranqüilas mas a companhia é péssima. Este ano vamos ter Feitiços e Transformação com a Sonserina. _E Herbologia agora é com a Corvinal._disse Hermione._Pobre Lufa-Lufa, agora vai ter que aturar a Sonserina. _O pessoal da Sonserina é tão chato assim?_disse Catherina. _Você nem imagina._disse Harry._ Quase todos os alunos de lá são Comensais da Morte. _Espere só começar a aula, Catherina._disse Rony._Você vai ver com seus próprios olhos.

Eles pegaram lugares no fundo da classe de Feitiços. Harry se sentou à frente de Catherina e à direita deles, Hermione á frente de Rony. O lugar à esquerda de Catherina estava vago, e Harry perdeu seu ânimo de estudar ao ver Draco Malfoy ocupá-lo. Se bem que não seria tão ruim se Draco não tivesse acenado para Catherina e ela tivesse respondido com um outro aceno e um sorriso. O queixo de Rony caiu ao ver a cena, e Hermione nada viu, pois prestava muita atenção no prof. Flitwick. Catherina assistia à aula quando um pequeno papel dobrado caiu na sua carteira. Ela o abriu, e dizia: " Grifinória, hein?", e olhou para Malfoy, o autor do bilhete. Ela devolveu o papel murmurando um "pois é". Ele escreveu mais algo e o devolveu discretamente para ela. "Estava esperando por você na minha mesa ontem", dizia. Em seguida escreveu sua resposta: "Sem ofensa, mas não simpatizo com a Sonserina". "É uma pena. Agora vai virar mais uma fã patética de Potter". A resposta dela era irritada: "Não sou fã do Harry. Somos amigos". "Assim como ele, você não sabe escolher suas companhias". Tudo o que ela fez em seguida foi olhar para ele com uma expressão de pense-como-quiser e rasgou o papel em pedacinhos. Rony presenciara a troca de bilhetes _Eu não acredito que você virou amiguinha do Malfoy._disse ele, enquanto iam para a aula de Transformações. _Por que diz isso, Rony?_perguntou ela, inocentemente. _O pai do Malfoy é um Comensal da Morte._ponderou Harry._Satisfeita? _Ele tem infernizado nossa vida desde o primeiro ano._completou Hermione._Você só ainda fala com ele porque ele ainda não descobriu que você é mestiça. _O hobby do Malfoy é chamar a Mione de sangue-ruim._disse Rony._ Deixa ele saber da sua mãe... _Se é assim_ disse Catherina, surpresa com a disposição dos três em criticar Malfoy._, não se preocupem. Pôxa, gente, eu cheguei a Hogwarts agora! _Na verdade _disse Rony._ Você chegou a Hogwarts ontem.

A maioria dos alunos esperava ansiosa pela primeira aula com a profª Figg. Na segunda à noite, Harry falou sobre a sra. Figg que ele conhecia. _Podem ser parentes._opinou Rony._ Talvez a professora seja filha da mulher de que você fala, Harry... _A sugestão não é má._disse Harry._Mas eu nunca soube que a sra. Figg tivesse algum filho, a não ser que ela os trancasse no porão a pão e água. _Ou os trancasse em Hogwarts._opinou Hermione. _Ei, Catherina._disse Rony._O que você acha? _Desculpem, mas eu não pensei bem sobre isso._disse ela._ Andei realmente preocupada com o chamado que ouvi. _Fique calma _disse Harry._ Lembra do que Dumbledore disse? Que estamos seguros no castelo. _Se quer saber a minha opinião, apenas parcialmente._sugeriu Catherina._ Quero dizer, com os poderes que ele tem, poderia entrar aqui sem ser visto por ninguém, atacar quem ele queira e ir embora - tudo isso sem dar com os costados em Dumbledore. _Você está se referindo a Voldemort?_disse Harry. _Mas é claro. É por causa dele que eu estou em Hogwarts, lembram? É por causa dele que perdi meus pais... _Faço minha sua última frase._disse Harry. _Ei, Harry _lembrou Hermione._ Você mandou uma carta a... _Sirius _completou Catherina._ Podem falar, eu sonhei com isso no ano retrasado também. _Na última carta, ele disse que o Lupin, ele, Dumbledore e mais algumas pessoas estão se movendo a respeito da volta de Voldemort._respondeu Harry. _Você mandou uma carta a ele perguntando o que ele quis dizer?_disse Rony. _É claro, mas até hoje ele não me respondeu. _Bom _disse Rony, se espreguiçando _, já está meio tarde, amanhã temos Defesa Contra as Artes das Trevas. Vamos deitar, Harry? _Vá indo, que daqui a pouco eu também vou. _Vou dormir também._disse Hermione._ Amanhã na hora do almoço eu vou até a biblioteca ver o que encontro sobre Telepatia. Os dois subiram. Por ser mais ou menos onze e meia da noite, agora apenas Harry e Catherina estavam na sala comunal. Ela afastou-se dele, sentando-se num sofá próximo à lareira. Harry pensou em fazer naquele momento o que ele queria há algum tempo (não é isso que vocês estão pensando, maliciosos): falar à Catherina sobre o sonho que tivera antes de conhecê-la, mas antes que falasse alguma coisa, ela disse: _É, Harry, a menina do seu sonho era eu sim._disse. _Ei!_exclamou Harry._ Como sabe que eu sonhei com você e estava pensando justamente nisso? _Eu era uma das melhores alunas da turma de Previsões._disse ela, sorrindo._ A profª Martinez costumava me dizer que eu sou um "fenômeno". Às vezes tenho uns lapsos em que leio a mente das pessoas. _Você me dá calafrios._brincou Harry. _Bem, não é a imagem da garota mística que eu queria te passar. Eu não faço a mínima idéia de como presenciei a morte dos seus pais e a queda de Voldemort, e também não sei por que tenho sonhado com o que acontece aqui. _Quem poderia saber?_disse ele. _Sei lá, de repente Dumbledore, ou alguém que fosse íntimo dos seus pais ou dos meus, alguém como... Um clarão de entendimento passou pelos dois ao mesmo tempo. _Sirius Black!_disseram, em uníssono. _Amanhã mesmo mandarei Nikki a ele._disse Catherina._ A Edwiges está com ele, não é? _Está._disse Harry._ Puxa, talvez agora seja realmente hora de dormir e... Catherina ergueu a mão para calá-lo, e pôs a ponta dos dedos nos lados da cabeça. _Socorro..._murmurou._Me ajude... Voldem..._em seguida ela quase gritou: _ Meu Deus! Harry, eu vou dar uma busca pelo castelo. É o bendito chamado outra vez. _Nem pensar._disse Harry._ Sozinha você não vai. _Caso seja Voldemort quem está me chamando, o fato de você ir comigo só vai facilitar as coisas pra ele! _Se eu não for com você e for ele quem te chama, as coisas só ficarão piores pra você. _Eu vou sozinha._disse ela, indo até o quadro da Mulher Gorda. Harry segurou o braço dela com a mão direita, e com a esquerda sacou a varinha. _Se você insistir em ir sozinha eu te estuporo e ninguém vai. Ela também sacou a varinha. _Eu também sei estuporar._disse ela._ Esse é um trabalho só pra mim. Pode ter ligações com você, mas não é por isso que você precisa ir. _Não me venha com papo furado._retrucou Harry._Eu não vou deixar você ir sozinha. _A voz pedia socorro._disse ela._ Enquanto você me detém, pode ser que a pessoa que pedia ajuda já tenha morrido. Harry cansou da discussão. _Olha aqui, eu posso te emprestar a minha Capa da Invisibilidade. _Jura? _Mas aí eu tenho que ir com você. Catherina bufou. _OK._disse, a contragosto.

_De onde você acha que vem a voz que te chamou?_disse Harry, embaixo da Capa da Invisibilidade com Catherina. Ele estava se sentindo meio desconfortável tão próximo dela; andar pelo castelo com Rony e Hermione era muito normal, mas manter tanta proximidade com Catherina... Harry mudou seus pensamentos de direção. _Não sei direito._disse ela, também incomodada._ Estou meio que seguindo meus instintos. Dali a pouco, os dois estavam na frente da biblioteca. _Vem daí? _Parece que sim._respondeu ela, sacando a varinha de novo._ Alorromora! A porta da biblioteca se abriu e eles entraram. _Por onde será que o Filch anda?_disse Harry, se referindo ao cruel zelador de Hogwarts. _Deus queira que bem longe daqui._disse Catherina, apertando o broche brevemente nas mãos. Muito tempo depois, Harry iria descobrir que o ritual de Catherina de pôr a mão no Supraforce ao fazer um pedido era uma antiga espécie de feitiço. Por isso talvez, naquela noite Filch nem pensou em passar na biblioteca. Enquanto Harry sentia sua cicatriz começar a arder, os dois viram um vulto baixo atrás das estantes. Catherina, com a varinha em punho, saiu debaixo da capa e disse, em voz alta: _Quem está aí? Quem me chamou? Um relampejo verde saiu detrás da estante, onde estava o vulto. Ela se esquivou a tempo, e Harry sentiu um arrepio ao pensar que ela escapara por um triz da Avada Kedavra. Não seria nem um pouco agradável perder uma colega _uma amiga_ no primeiro dia de aula. _Catherina, sua desvairada._sussurrou ele._Volta pra baixo da capa! _Não._Ela disse._ Saia do seu esconderijo! Eu não vim aqui para brincar de esconde-esconde! O vulto saiu detrás da estante, e Harry viu que ele parecera baixo porque estava encurvado. A mão de Catherina que segurava a varinha tremia de nervosismo. Harry sabia que ela queria estuporar o vulto para depois ver quem era, mas antes que ela pudesse fazer alguma coisa, o vulto gritou uma palavra que fez uma luz cegante irromper da varinha: _Portaleonus! _Droga!_Harry ouviu Catherina exclamar. A luz ficou tão forte, tão forte, que ele pensou ter sido atingido pela maldição da morte; mas logo ela perdeu sua força e os dois se viram num lugar apenas branco, totalmente branco, sem chão nem nada. Harry sentiu que boiava no ar. _Haaaaaaaaaaaarry!_ele ouviu Catherina gritar de longe. Logo, ela entrou em seu campo de visão. Ela aproximava-se com dificuldade, meio que numa mistura de corrida e natação. _Onde nós estamos?_disse ele. _Acho que ainda em Hogwarts, só que em outra dimensão. _Escuta aqui._disse Harry._Onde você aprendeu isso? _No Brasil, ora. Defesa Contra as Artes das Trevas, segundo ano. Harry deu um sorriso culpado. No segundo ano, Lockhart dera aula dessa matéria, e eles apenas estudaram livros com façanhas por ele inventadas. _Outra dimensão? _Acho que sim, o Feitiço de Portal faz uma distorção no tempo. É antigo, esse feitiço, pouca gente o conhece. _E pra quê ele serve? _Pra dar um fim em alguém, pra que a pessoa fique presa na distorção temporal até morrer. Por um instante, Harry se imaginou lançando esse feitiço em Malfoy. Mas o fato de ficar ali até morrer o trouxe de volta à realidade. _Tem como sair daqui? _Nada é impossível, mas não está em nenhum livro que eu conheça. Queria que a Hermione estivesse aqui. _Eu também._disse Harry._ Mas você está me dizendo que não há um feitiço que possa inverter isso? O rosto de Catherina ganhou uma expressão sonhadora. _Inversão? Harry, você é um gênio!_ela deu um súbito abraço nele, e depois de soltá-lo, pensou um pouco e ordenou à varinha: _Sunoelatrop! A luz se desfez, tudo ficou escuro de novo e eles se viram novamente na biblioteca. Catherina deixou-se cair no chão, semi-acordada. _Ah, mas você não vai desmaiar aqui._disse Harry._Você pode desmoronar na sua cama, lá na Grifinória. Ela ergueu a cabeça e deu um sorriso exausto. Harry ajudou-a a se levantar, abraçou-a pela cintura e pôs a Capa. _O que você fez?_disse ele, enquanto voltavam para a Grifinória. _Você me deu a... idéia._disse ela, com a respiração acelerada._Inversão. Tudo o que eu fiz foi dizer Portaleonus ao contrário: Sunoelatrop. _Parece que Hogwarts tem uma nova Hermione._brincou Harry. _Que é isso. Era meu dever te prot... Ajudar. Harry estranhou o que ela disse mas não pediu explicações.

No dia seguinte, a primeira aula era Trato das Criaturas Mágicas; Hagrid deu a aula toda sobre centauros, mas não trouxe nenhum, ficando de trazer pra próxima aula. Depois os alunos da Grifinória foram para a tão esperada aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Hermione, como de costume, sentou-se bem na frente, enquanto Catherina, Harry e Rony foram um pouco mais para o fundo da sala. Dali a pouco, a elegante professora entrou na classe com apenas um livro na mão. Harry pegou o seu exemplar de "Ascensão e Queda das Artes das Trevas". Ele havia deixado o livro intocado por todo o verão, agora era tarde demais para estudá-lo. A profª Figg depositou o livro em sua escrivaninha, esfregou as mãos e começou a falar. _Bem, como vocês já sabem, meu nome é Melissa Figg, a nova professora desta matéria. Ouvi uns boatos sobre esse cargo ser amaldiçoado, mas quem se importa, não é? Falando em maldições, vocês as estudaram cuidadosamente no ano passado, não é? Os alunos fizeram que sim com a cabeça. Harry ouviu Simas murmurar: "Cuidadosa e dolorosamente!" na carteira de trás. _Já aprenderam boa parte do que precisam para se proteger._continuou a profª Figg._ Eu ia dar esta matéria só no sétimo ano, mas pelo que anda acontecendo, é bom que saibam já. Gostaria que abrissem seus livros no capítulo um, "Os Primórdios das Artes das Trevas". Harry, que folheava o livro até o capítulo um, tomou um susto ao passar pelo índice e ver o título do último capítulo, "O menino que sobreviveu". Harry perdeu o início da aula, pois resolveu ir até este capítulo e correr os olhos por ele. Que droga, pensou ele, agora minha história vai cair numa prova de Defesa Contra as Artes das Trevas.

N/A - Começamos o mistério... Bom, se daqui pra frente nas minhas notas eu falar um monte de besteiras, não levem a sério, falou?