Capítulo VII - Terror no Ministério da Magia O banquete de dia das bruxas foi bem normal, até que Morgan sentou-se do lado de Catherina. Harry reparou que, durante todo o banquete, ele tentou manter a atenção dela consigo o máximo possível. Rony cutucou Hermione e mostrou Morgan e Catherina. Harry ficou desconfortável ao ver aquela cena, enfim, Rony e Hermione, Catherina e Morgan... Isso lhe lembrou uma coisa.

O Baile de Natal.

E desta vez, Cho Chang aceitaria ir com ele? No ano passado ela havia ido com Cedrico, mas _Harry não quis pensar nele de novo_ agora eles realmente não poderiam ir juntos. Ele só não percebeu o quanto seus sentimentos por ela haviam caído ultimamente, coisa essa que só notaria quando fosse demasiado tarde.

Na manhã seguinte, chegou carta de Sirius.

iHarry,

Estou ficando realmente assustado com o que você vem me contando. Por isso acho _e Dumbledore também_ que já está na hora de você saber sobre a Ordem da Fênix.

Dumbledore é nosso líder; Remo, Arabella Figg, Mundungo Fletcher e eu costumamos passar suas instruções para os outros agregados. Somos uns duzentos no total.

Conseguimos impedir alguns ataques e já até prendemos alguns Comensais, embora eles não tenham futuro em Azkaban, já que logo Voldemort trará os dementadores para o seu lado.

Caso queira mais detalhes, vá falar com Dumbledore, eu não tenho muito tempo.

Sirius./i

_Se a Ordem da Fênix costuma evitar ataques _disse Rony._ Você pode escrever sobre o seu sonho ao Sirius e pedir que ele proteja nossas famílias!

_É, pode ser... Mas vocês repararam nesse nome, Arabella Figg?_disse Harry.

_O que tem ele de mais?_quis saber Rony.

_Tem que é esse o nome da mulher que cuidava de mim quando os Dursley viajavam de férias!

Todos olharam pra ele, surpresos.

_Mas então ela é realmente uma bruxa!_disse Hermione._Quero dizer, ela não pode fazer parte da Ordem da Fênix sem ter poderes mágicos!

_Quem diria... Se os Dursley soubessem com quem o sobrinho ficou durante todas as férias!_comentou Rony.

_Sabem de uma coisa?_especulou Catherina._ Acho que a Arabella Figg deveria ter sido nossa professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas mandou Melissa em seu lugar!

_Falta saber o que Arabella e Melissa são e por que a Arabella não pôde nos dar aula._disse Hermione.

_Cara, temos tantas perguntas a responder!_exclamou Harry, exausto._ Primeiro, o que Voldemort pretende? O que Catherina tem a ver com a queda dele? E essas Figg? Por que você é tão importante pro Voldemort, Cathy?

Ela mesma ia falar, quando um homem de porte altivo, loiro e (metido) imponente entrou no Salão Principal. Harry reparou que Catherina imediatamente ficou pálida ao vê-lo. Esse homem era Lúcio Malfoy.

Draco levantou da mesa da Sonserina feito um raio e foi até o pai, mostrando a ele um curativo no nariz, feito durante a aula de Trato das Criaturas Mágicas. O sr. Malfoy se irritou e foi então até a mesa dos professores, onde estava Dumbledore.

Catherina deu um jeito de disfarçar seu susto de Harry, devido à presença de Malfoy.

_Que será que ele faz aqui?_perguntou Hermione.

_Seja lá o que for, Dumbledore á sabe que ele é um Comensal, vejam só a cara dele._disse Rony, observando Dumbledore manter-se distante de Lúcio Malfoy.

_Menos um iludido._comentou Harry

O mês de novembro transcorreu sem maiores problemas, Sirius respondeu a Harry uma semana depois, dizendo que trataria de proteger os Granger e os Weasley. Se bem que, Harry descobriu no fim do mês, nada é perfeito. E isso não era diferente na Ordem da Fênix.

Hermione recebeu como sempre o seu Profeta Diário, mas ao começar a ler as notícias com mais destaque, engasgou com a comida. _O que houv..._ia dizendo Rony. _AH, MEU DEUS!_Gritou Hermione, mostrando o jornal._Leia isso!

Harry leu o título da notícia: "Você-Sabe-Quem ataca o Ministério da Magia".

Rony ficou sem palavras. Hermione começou a ler o artigo: i"Se não fosse pela intervenção de Alvo Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e um dos mais poderosos bruxos da Europa, talvez Percy Weasley não estivesse mais entre nós. Você-Sabe-Quem, o maior bruxo das trevas de todos os tempos, atacou ontem o Departamento da Cooperação Internacional em Magia, juntamente de um Comensal da Morte.

O prof. Dumbledore, que estava por acaso ontem no Ministério, foi até a sala de Percy Weasley e o encontrou à beira da morte. Você-Sabe-Quem desaparatou e seu Comensal, John Avery, foi estuporado por Dumbledore e preso.

Percy Weasley foi submetido à maldição Cruciatus repetidas vezes e ao ser socorrido por Dumbledore e seu pai, Arthur Weasley, ele foi levado para casa e pediu licença."/i

_Percy foi atacado!_gritou Rony. Fred, Jorge e Gina, que estavam ali perto, ouviram e puseram-se a ler a notícia.

_Graças a Deus ele está vivo!_exclamou Hermione.

_Graças a Dumbledore, você quer dizer._comentou Harry.

O clima ficou pesado pelo resto do dia. Rony pegou Pichitinho e escreveu uma carta aos pais, perguntando de Percy.

À noite, já bem tarde, Harry levantou-se da cama e já ia passando pela sala comunal quando deu de cara com Catherina, de uniforme da escola, já saindo pelo retrato da Mulher Gorda. Agilmente, segurou seu braço esquerdo e virou-a.

_Aonde você pensa que vai sozinha a esta hora?

_Ih, mas será que é castigo? Já está perdendo a graça essa história de você aparecer sempre que eu sou chamada! OK, Harry, agora me solta.

_NÃO SOLTO. Não me faça te estuporar de novo.

Ela sacou a varinha e já petrificava Harry quando ele segurou seu braço e a empurrou contra a parede, sem soltá-la.

Catherina viu subitamente o olhar de Harry mudar de zangado para... Não havia palavra que descrevesse seu olhar, o que houve foi que Harry continuou a segurá-la. Novamente os dois estavam se olhando profundamente, e Harry decidiu... Sim, aquela era a hora perfeita... Ele se aproximou mais dela, e quando a distância entre os dois era de dois centímetros, Catherina balbuciou:

_H-Harry... Você... Você não vai...

_Vou.

Tentando tirar o /i do transe, ela tentou se libertar, e então ele soltou-a de vez, voltando a si.

_Ah, Catherina... Me desculpe.

_Tudo bem... Vamos indo, se é que você ainda vai.

Com a varinha, Harry convocou a Capa da Invisibilidade de seu dormitório.

_De onde a mensagem veio desta vez?

_Dos jardins.

Harry sentiu o estômago afundar. Se sair da Grifinória já era perigoso, quanto mais sair do castelo?

_Tem certeza?

_Sim. Vamos indo.

Desceram as escadas, passaram pelo Salão Principal vazio. Harry olhou para Catherina, pensando envergonhado no que quase fizera e de como ela parecia ter sido afetada por essa demonstração de...

Os dois chegaram aos jardins, e foram até a beira do lago quando um raio vermelho atingiu Catherina.

_Estupefaça!

Catherina caiu desmaiada. Pronto, pensou Harry, Agora queria saber no que ia dar se eu não estivesse aqui. Assustado, ficou vendo o que acontecia. O vulto aproximou-se, debruçando-se sobre ela, e já a pegava os braços quando...

_NÃO TOQUE NELA!

Harry jogou de lado a Capa e sacou a varinha. O vulto parou, antes mesmo de tocá-la e virou-se para Harry. Sem saber de onde tirava toda essa coragem, ele ergueu a franja e deixou que ele visse sua cicatriz, à luz apenas do luar.

_Harry Potter...

Sua voz era rouca e grossa, diferente da de Voldemort. Harry viu uma varinha em sua mão. Sem pensar duas vezes, Harry ordenou à sua:

_Impedimenta!

O vulto subitamente ficou parado. Harry usou o feitiço Lumus para ver seu rosto e...

_Não é você que eu quero.

A Azaração de Impedimento não dera certo. Antes que fosse pego, Harry apontou a varinha para Catherina e gritou "Enervate!", para que pelo menos ela pudesse fugir.

Então Harry também caiu estuporado.

Acordou, todo quentinho, todo confortável, numa cama da ala hospitalar. Ao abrir os olhos, procurou seus óculos, e sua primeira visão do dia foi Catherina sentada em sua cama.

_Cathy!_exclamou, com a voz falha._ O que aconteceu...?

_Harry, fique calmo. Depois que você me acordou, Dumbledore apareceu, e espantou o vulto.

_Mas... De onde o Dumbledore tirou a idéia de ir até lá?

_Bem..._respondeu ela, em voz baixa, de modo que só ele podia ouvir._ Se eu posso receber mensagens telepáticas, eu também posso mandar, certo? Dumbledore é milhares de vezes mais poderoso que eu, captou o meu chamado com facilidade. Enquanto íamos aos jardins, eu estava falando mentalmente com ele. Mas e você? Já se sente melhor?

_É, estou. E a Madame Pomfrey?

_Lá dentro, buscando antibióticos para o Malfoy.

_Malfoy?

Harry olhou à sua volta e viu mais três pessoas na ala hospitalar: Malfoy, Alex Morgan e aquele novato do time da Sonserina, Jake Warbeck.

_Ele e Warbeck se machucaram no treino de quadribol._explicou Catherina, bem baixinho._Alex teve uma reação alérgica a pus de bubotúberas.

_Pois é, Potter._disse Malfoy, com sua costumeira fala arrastada, sentando- se na cama._ Já arranjou até uma enfermeira particular. Daquelas bem vulgares.

Catherina riu e disse a Harry:

_ Lá no Brasil era disso aí pra baixo... Não lig...

_Cala a boca, Malfoy!

A frase viera de Alex Morgan. Malfoy olhou de Harry e Catherina para Morgan, e de Morgan para Harry e Catherina. Em seguida, começou a rir a mais não poder.

_A piada é particular ou todos podemos ouvir?_disse Harry.

_Não está na cara, Potter? O Morgan está morrendo de ciúmes da McFisher!

Catherina olhou para Morgan, que ficara extremamente vermelho.

_Cada uma que eu escuto... Bem, Harry, depois que a Madame Pomfrey te der alta, venha à sala comunal. Vou indo falar com o Rony e a Hermione.

Catherina saiu, e Morgan enfiou-se embaixo das cobertas até a cabeça.

_É, Potter _continuou Malfoy, malicioso._ e pelo que vejo Morgan tem porque ter ciúmes. Além de a McFisher ser sua fã, devo admitir que é uma beleza...

Harry pensou imediatamente em pegar sua varinha, mas finalmente Madame Pomfrey chegou.

Mais tarde, enquanto caminhava em direção à Grifinória, Harry começou a trabalhar no Plano Cho Chang II - A Missão. Como no ano passado, Harry pouco a via, e quando isso acontecia, estava rodeada de amigas, ele ficou sem saber o que fazer. Talvez fosse sensato fazer o mesmo do ano passado, mas esperando que desta vez ela não negasse.

_Harry!_exclamou Hermione, ao vê-lo._ Você está bem?

_Ahã, não aconteceu nada grave.

_Pra variar, elas estão falando sobre Telepatia._disse Rony._ Mione ficou doida quando Catherina contou que falou mentalmente com Dumbledore.

_Antes de falarmos disso, tenho uma piadinha._disse Harry, sarcástico._ O que o Malfoy disse para o Potter?

Rony, Mione e Catherina riram por antecipação.

_"Morgan tem porque ter ciúmes de você com a McFisher. Além de ela ser sua fã, devo admitir que ela é uma beleza!"

_Beleza será ver aquele nariz empinado fatiadinho pro jantar._disse Catherina prontamente._ E como ninguém ia ter coragem de comer, alimentaríamos a lula gigante com isso.

_É mesmo, mas é a primeira vez que eu sei que o Malfoy elogiou uma grifinória._comentou Mione.

_Não tem nada a ver._retrucou Catherina.

_Peraí, Mione._disse Harry._ Você está me dizendo que o Malfoy gosta da Catherina?

_Acho que não._disse Rony._Ouvi uns rumores dele com uma tal de Emily... Mas o Morgan é certeza.

_Será que não há um assunto mais interessante, não?_interrompeu Catherina, angustiada.

_Isso me lembra, Harry _continuou Rony._ Você já pensou em como vai falar com a Chang dessa vez?

_Com quem?_estranhou Catherina.

_A Cho Chang, da Corvinal._disse Hermione._ A menina que o Harry gosta.

_Nem tanto assim._disse Harry, vermelho._ Talvez eu devesse ir com outra pessoa, aposto que a Cho vai ser convidada por um cara mais legal. E até andei percebendo que...

_Sem essa, Harry, você não está enganando ninguém. Ah, aproveitando a oportunidade _disse Rony._ Mione, eu assumo que você é uma garota. Dá pra ir ao baile comigo antes que apareça um búlgaro metido?

Hermione, pega de surpresa, disse:

_Sei lá, Rony... O Baile de Natal está longe ainda... Não precisamos nos preocupar com isso.

O Baile de Natal se aproximava, e o castelo já ficara cheio de neve. As meninas, que sempre pareciam aumentar de número conforme o Baile se aproximava, andavam histéricas pelos corredores, algumas já convidadas, outras à beira do desespero.

Na segunda-feira que antecedia a semana natalina, Harry acordou pensando em tomar atitudes drásticas. Viu Cho Chang indo para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas e sem ficar vermelho (coisa que muito o surpreendeu), se aproximou dela, que estava com um bando de amigas. Quando elas o viram, as risadinhas foram inevitáveis.

_Ei, Cho...

Ela o viu e imediatamente ficou vermelha.

_Oi, Harry. O que foi?

_Quer ir ao Baile comigo?_convidou Harry, subitamente assustado com a naturalidade em suas palavras; foi como se ele apenas estivesse querendo saber as horas.

O contrário aconteceu com Cho; por sua súbita expressão sombria, Harry percebeu que ela estava se lembrando de Cedrico, e depois de ficar mais do que vermelha (quase roxa), ela respondeu, sem olhar para ele.

Se ele ouvisse isso há um ano atrás, Harry sairia pulando pelo corredor, fazendo acrobacias e gritando aos quatro ventos que iria ao Baile de Natal com Cho Chang. Mas tudo o que fez (ainda sem corar!) foi acenar com a cabeça e se juntar a Rony, Hermione e Catherina.

_E aí, Harry?_perguntou Rony, enquanto iam para a aula de Feitiços.

_A Cho vai comigo._disse Harry.

_Nossa, Harry, procure controlar o seu entusiasmo._disse Hermione sarcasticamente.

_Ela só vai comigo porque o Cedrico morreu._respondeu Harry, sem emoção._Está com pena. Eu devia parar de...

_A Hermione finalmente topou ir comigo._anunciou Rony, rompendo a frase autopiedosa de Harry._ Graças a Deus, assim não tenho que apelar para a Padma Patil outra vez.

Harry virou-se para Catherina, e só então pensou nisso: eles estiveram duas vezes a ponto de se beijarem, e Harry mantivera fixa na mente a imagem de Cho Chang. Afinal, ele percebeu, ela não era mais tão importante quanto antes fora, e Harry pensou no quanto fora burro. Catherina significava muito mais pra ele do que Cho e ele já ficara de acompanhá-la ao Baile! Ele teve vontade de dar com a cabeça na boca de um basilisco. Mas ainda havia uma esperança.

_Com quem você vai, Catherina?_disse ele.

_Bem... Eu vou com...

Ela não terminou a frase, pois haviam acabado de chegar na aula de Feitiços. Harry torceu para que, na realidade, Catherina ainda não tivesse um par.

Antes que ela pudesse evitar, Malfoy entrou na sala e sentou-se cm Catherina. Ela demonstrou repugnância, como se ele fosse feito de lixo.

_No início do ano éramos bons amigos._disse Malfoy._O que foi? Já é tão fã assim do Potter?

Harry, Rony e Hermione viram na situação em que ela estava, mas já não podiam fazer nada, pois o prof. Flitwick entrou na sala. Malfoy falou bem baixo, próximo ao ouvido de Catherina:

_Eu sei que você é uma sangue-ruim e é uma grifinória, mas estou disposto a ir com você ao Baile de Natal.

_E por que espera que eu esteja disposta a ir com você?Eu já tenho um par._sussurrou ela, mantendo-se o mais longe possível dele.

_Potter, por acaso?

_Não é, mas isso não te interessa.

_Então é Morgan.

_Malfoy, eu já falei, isso não é da sua conta.

O prof. Flitwick continuava sua aula.

_E, inclusive, esse Feitiço do Patrono está no livro "Os Feitiços Mais Difíceis do Mundo", que...

_Professor _disse Hermione._ Neste livro também citam o Feitiço de Telepatia, não é?

_Isso mesmo srta. Granger. A Telepatia é mais fácil de ser feita entre parentes, ou pessoas com quem se tenha muita intimidade.

Harry olhou para Catherina, que estranhara a informação. Ela não tinha intimidade com Dumbledore, mas conseguira mandar claras mensagens telepáticas a ele.

Perto do fim da aula, Malfoy se aproximou muito de Catherina (que fugiu para o cantinho da cadeira, em vão) e disse, sussurrando em seu ouvido:

_Percebi que você já conhece meu pai... Ele mandou lembranças, disse que está com saudades...

Malfoy sorriu maliciosamente. Quase rindo, levou indicador direito à sua boca, levando depois à dela, que se arrepiou.

_Um dia _continuou._ vou terminar o trabalho dele.

Para sorte de Catherina, que estava totalmente pálida, a sineta soou, e ela recolheu seu material com pressa para sair da sala.

A aula de Transformações seria também com a Sonserina... Ela não agüentou, e fugiu até o banheiro, e não saiu de lá até que a aula acabasse. Não agüentaria mais a tortura que era a presença de qualquer um dos Malfoy.

A partir daquele dia, Catherina passou a ter medo de Malfoy. Sempre que podia o evitava, com medo de que se tornassem reais suas ameaças. Ela não pôde esconder isso de Harry, Rony e Mione, que acharam que ela estava "estranha", e combinaram de conversar com ela na melhor ocasião.