Harry Potter e a Ligação Silenciosa

Capítulo X – Conversa com Almofadinhas

_Neste fim de semana iremos para Hogsmeade._disse Hermione, enquanto iam para a primeira aula do dia seguinte.

Harry e Catherina não se falavam; o descontentamento pela separação estava estampado na cara dos dois, mas nenhum deles pretendia dar o braço a torcer.

_Podemos ir visitar Sirius._disse Harry.

_Foi justamente nisso que pensei._disse Hermione._ Escuta Rony, você tem alguma noção de quem vai ser o novo Ministro da Magia agora que o Fudge...

_Não._respondeu Rony._ Ouvi boatos de que o Dumbledore foi chamado, mas ele se recusou a deixar Hogwarts.

_Felizmente._murmurou Harry.

Rony e Hermione passaram o dia tentando fazer os dois voltarem a se falar; mas tudo era em vão. Os dois conversavam normalmente com Rony e Mione, mas não falavam diretamente um com o outro.

À tardinha, Harry recebeu carta de Sirius, convidando-o para ir ao seu esconderijo neste fim de semana e pedindo também para que Catherina fosse com ele, Rony e Hermione. A contragosto, Harry pediu que Mione a avisasse.

É claro que ainda gostava dela; mas ele não iria pedir desculpas dessa vez. Bem discretamente, ele a observou durante as aulas, esperando que ela se virasse e pedisse desculpas pela briga. Mas corria o mesmo pensamento pela mente dela.

À noite, Harry estava deitado na cama, esperando o sono chegar quando, num susto enorme, lembrou-se de que esquecera de uma pesquisa de Transformações! Levantou feito um raio, pegou a Capa da Invisibilidade, pena, tinta e pergaminho e foi bem depressa até a biblioteca com o Mapa do Maroto em mãos.

Chegou na biblioteca, pegou um livro e começou a copiar febrilmente o texto sobre suaves transfigurações humanas, quando sua cicatriz ardeu de um modo que não ardera o ano todo, escutou o barulho de duas pessoas entrarem na biblioteca também. Imediatamente, ele sentiu uma dor na cicatriz de meio porte, que o preocupou de forma especial. Era só o que me faltava, pensou ele. Rapidamente, Harry pôs a Capa e ficou vendo o que acontecia.

_Faça o que eu mando! Chame-a!

Harry assustou-se. Aquela voz pertencia a Draco Malfoy!

_Não!_exclamou outra voz desconhecida a Harry._ Você não pode mais me controlar!

_É claro que posso!_retrucou Malfoy, enquanto Harry consultava o Mapa do Maroto. Filch estava muito longe dali._ Imperio!

Harry quase caiu da cadeira. Pelo amor de Deus, Malfoy estava no quinto ano! Como ele podia estar lançando uma Maldição Imperdoável? O outro estava agora sob domínio da Imperius. A voz de Malfoy ressoou novamente, bem baixinha:

_Chame Catherina McFisher por Telepatia...

Então era assim que era feito... Malfoy não podia fazer Telepatia, então controlava alguém para que chamasse Catherina... Devia interferir? Achou melhor esperar mais um pouco.

Mas o controlado parecia de repente resistir à Imperius. É claro, pensou Harry, já é lá pela quarta vez que ele é controlado.

_Não vai fazer o que eu mando?_disse Malfoy, cortando o silêncio momentâneo._ Crucio!

O outro começou a se contorcer e a estrebuchar no chão. Entre os gritos, Harry distinguiu um "Está bem, eu a chamo!" e Malfoy baixou a varinha. Não era possível que Filch não tivesse ouvido! Harry olhou novamente o Mapa do Maroto e viu que o zelador estava no outro extremo do castelo. Olhando os pontos naquela sala, Harry viu, além do seu, os pontos que indicavam "Draco Malfoy" e, surpreendentemente, "Jake Warbeck", o artilheiro novo da Sonserina.

Warbeck, ameaçado pela varinha de Malfoy, concentrou-se e Harry viu que ele estava chamando Catherina. O ponto correspondente a ela começou a se mexer, saiu da Grifinória e começou a andar na direção da biblioteca.

_OK, essa foi a última vez que eu te obedeci._disse Warbeck._ Vou contar a todo mundo o que está acontecendo aqui!

_Realmente._disse Malfoy._ Essa foi a última vez que você me obedeceu. Avada Kedavra!

Harry não pensou que Malfoy chegaria a tanto, mas o barulho do corpo inerte de Jake Warbeck caindo no chão o convenceu. Ele mal podia acreditar, e o pior era que Catherina estava chegando, não demoraria muito.

Qual foi a surpresa de Harry ao perceber outro ponto indo para a biblioteca! O assombro de Harry cresceu ao ver quem estava vindo e chegaria antes de Catherina: Nádia Fletcher!

Como... Por que... Mas que raio de coisa que Nádia estava vindo fazer ali? Harry viu o ponto correspondente a ela entrar na biblioteca, mas, com a porta entreaberta, Harry não viu ninguém entrar. Ela deve ter uma Capa da Invisibilidade também, pensou Harry, apreensivo.

Malfoy andava de um lado pro outro, esperando. Dali a instantes, Catherina entrou na biblioteca. Malfoy dirigiu-se a ela.

_Olá, McFisher. Finalmente a sós.

Catherina olhou-o. Ela segurava a varinha.

_Então era você... Mas nós não estamos sozinhos.

Isso deixou Harry confuso. Ela sabia de sua presença?

_Pare de brincar, McFisher. Agora você não tem saída. Imperio!

Catherina foi dominada, mas de repente, Nádia Fletcher tornou-se visível.

_Ah, não vai, não!_Nádia apontou a varinha para Malfoy antes que ele pudesse fazer alguma coisa._Expelliarmus!

Malfoy foi desarmado, e Catherina voltou a si.

_Obrigada por vir, Ná._disse ela à Nádia.

Malfoy foi atrás de sua varinha, mas Nádia o interrompeu:

_Eu não daria as costas para uma Fletcher se fosse você.

_O que você faz aqui?_disse ele, entredentes.

_Eu a chamei._disse Catherina._Ah, Malfoy, você não tem noção de como a Nádia é poderosa... Eu não compraria briga com ela.

_Droga!_xingou Malfoy. Em seguida, uma sombra saiu dele e ele caiu desmaiado no chão. Harry se culpou de não ter olhado no Mapa naquele momento.

Nádia e Catherina se entreolharam.

_O que aconteceu?_disse Nádia.

_Não tenho a mínima idéia, Ná, mas o que fazemos agora? Deixamos ele aqui?

_Vamos fazer assim: _sugeriu Nádia._ Você volta para a Grifinória com a minha Capa. Eu acordo o Malfoy e vejo se ele está bem. Eu não entendi nadinha desse desmaio.

_Somos duas._disse Catherina._Bem, Ná, vou indo. Obrigada pela Capa.

Catherina pegou a Capa de Nádia no chão, ficou invisível e foi embora. Harry esperou que ela saísse e já ia falar com Nádia quando Malfoy acordou. Ele estava totalmente desnorteado, então achou melhor voltar para a Grifinória. No caminho, ficou observando os pontos de Malfoy e Nádia irem respectivamente até a Sonserina e a Lufa-Lufa.

As suspeitas novas de Harry pareciam prestes a darem um nó na sua cabeça. O tempo todo era Malfoy quem chamava Catherina... E Nádia, ela também sabia fazer Telepatia? Cathy dissera que ela era realmente poderosa... E que sombra seria aquela que estava em Malfoy? E também, se era mesmo ele o autor dos chamados, por que ele tentou ficar amigo de Catherina no início do ano? Pensando melhor, Harry soube por quê: com o tempo, Malfoy poderia ir levando essa amizade até sentir-se no direito de beijá-la, pra depois...

À menção da palavra beijar, os pensamentos de Harry mudaram de direção. Eles ainda estavam brigados. Quando voltariam a se falar? Naquele dia, do segundo chamado em que foram juntos embaixo da Capa até a biblioteca, Harry estava tão preocupado com o que encontrariam lá que nem chegou a prestar atenção na proximidade dos dois naquela ocasião... Burro, pensou ele, àquela altura você já gostava dela e nem percebeu... Estávamos tão próximos, tão juntos...

Harry prometeu a si mesmo que falaria com ela no dia seguinte, e esclareceria a história do jogo de quadribol. Porcaria, pensou ele de novo, não agüento mais nem um dia sem falar com ela!

Ele aconchegou-se nas cobertas, deixando-se finalmente vencer pelo sono.

No sábado, Harry, Rony e Hermione pensaram em ir conversar com Hagrid, mas encontraram a cabana deserta, sem nem mesmo os latidos de Canino.

Ao voltarem para o castelo, viram Catherina conversando com Nádia, enquanto entregava-lhe uma capa _ a Capa da Invisibilidade.

_Vou contar a eles._dizia Catherina a Nádia quando eles chegaram perto.

_Contar o quê dessa vez?_disse Rony.

Catherina e Nádia narraram o acontecido na biblioteca; quando elas terminaram, Harry disse, muito calmo:

_É verdade. Eu estava lá.

_Você o quê?_disse Catherina. Era a primeira vez que falava com ele desde a briga.

Harry contou sua versão do último chamado.

_E então Malfoy ergueu a varinha e matou...

_JAKE WARBECK!

Nádia, Catherina, Harry, Rony e Hermione se viraram. Madame Pince, a bibliotecária, entrou feito uma doida no Salão Principal.

_Jake Warbeck! Morto!

Eles nunca tinham visto-na daquele jeito. Todos que estavam no Salão Principal já prestavam atenção nela.

_É isso que eu ia dizer._disse Harry.

Todos olharam para ele, surpresos.

_Malfoy matou Warbeck?_ponderou Rony, perplexo.

_Nunca pensei que ele fosse capaz disso!_disse Hermione._ Sempre achei que as demonstrações de maldade dele fossem só papo...

_Eu também não acredito até agora._disse Nádia._ Quando a Catherina foi embora, o Malfoy acordou... Ele estava desorientado, mas conseguiu me reconhecer porque sou apanhadora. Parecia até meio abalado. Perguntei se ele estava bem, ele disse que não lembrava do que estava acontecendo. Ajudei ele a chegar até a Sonserina. Mesmo que não soubesse muito bem o eu estava acontecendo, ele parecia meio satisfeito.

_Por que você o ajudou?_disse Rony._Ele matou Warbeck, o tempo todo Catherina era chamada por ele!

_Eu não podia deixar ele lá._disse Nádia._ O caminho todo, por incrível que pareça, ele não me xingou de nada, até me agradeceu quando o deixei na Torre da Sonserina.

_Esse não parece o Draco Malfoy de sempre._disse Harry.

_Está acontecendo alguma coisa com ele._disse Hermione._ Primeiro, ele parece o próprio demônio, depois tem um pire-paque e então se transforma numa criança assustada e educada.

_Mudando de assunto _disse Catherina._ Obrigada por ir junto comigo, Ná. Se você não tem coragem para ser uma grifinória, não sei quem tem.

_Dumbledore me disse que talvez no ano que vem ele te remova para a nossa Casa._disse Harry._ Você não gosta da Lufa-Lufa?

_Gosto um pouco, mas não me sinto à vontade. Acho que no dia em que eu fui selecionada eu estava muito apavorada e acabei caindo na Lufa-Lufa.

_Em todo caso, Ná _disse Catherina._ obrigada de novo pela ajuda.

_Bem, Catherina... O Sirius me escreveu, pedindo que você vá com a gente visitá-lo amanhã._disse Harry, quando ele a encontrou na sala comunal.

_Hermione me disse._respondeu Catherina, sem olhar pra ele.

_ Já que você quer continuar com essa briga estúpida, _confessou Harry._ a partir daqui é problema seu.

_Não estou a fim de brigar com você, Harry._disse ela, finalmente o olhando._ Só me senti desconfortável quando você me chamou de mentirosa.

_E eu não gostei quando você interferiu no jogo de quadribol._retrucou Harry._Você pode até não saber, mas esse Supraforce tem mais propriedades do que a gente conhece.

_OK, Harry, me desculpe._retorquiu ela._ Eu não sabia que os pedidos feitos com ele se realizavam...

_Então me desculpe por duvidar da sua palavra._disse Harry, tirando um peso da consciência._ Falei da boca pra fora.

_Já não era sem tempo!_exclamou Rony, entrando na sala comunal._ Não agüentava mais essa briguinha!

_Ah, Rony, me poupe._disse Harry, em seguida mudando de assunto._ Você vai com a gente visitar o Snuffles amanhã?

_Ahã, a Mione também vai.

Harry e Catherina se entreolharam.

_Se a iMione inão fosse seria o fim do mundo, não é, Rony?_disse Harry, irônico.

Rony ficou vermelho, mas disfarçou na resposta:

_Até parece que o casal vinte da Grifinória não é Harry Potter e Catherina McFisher!

_Ei!_exclamou ela._ De onde saiu essa história?

_De todos esses passeios noturnos à busca do vulto Malfoy._disse Rony. Bem discretamente, Harry viu Hermione chegar na sala comunal._ Como se o fato de eu gostar da Mione significasse que ela também...

Harry caiu na gargalhada, e olhou Hermione abertamente, para que Catherina e Rony também a percebessem. Primeiro, Rony ficou pálido; depois, mais vermelho que seus cabelos, e, finalmente, roxo como um desenho animado com a respiração presa.

Harry e Catherina mal se agüentavam de tanto rir. Hermione também ficou vermelha e correu até os dormitórios.

Finalmente, o domingo chegou. Eles foram até Hogsmeade, e primeiramente foram tomar uma cerveja amanteigada. Pegaram uma mesa discreta, num canto do bar.

Hermione não conseguiu mais falar normalmente com Rony desde o dia anterior, e Harry de repente foi agraciado com uma idéia.

_Ei, Catherina._chamou ele, piscando._Vem comigo pegar as bebidas?

_Ah... Claro._respondeu ela, entendendo.

Depois que Rony e Hermione já não podiam mais ouvi-los, Harry disse:

_Vamos demorar o máximo possível. Eles não vão conseguir ficar quietos o tempo todo.

_Talvez devamos abandoná-los num lugar menos movimentado.

_Pelo menos aqui já é um começo.

Eles se viraram discretamente e viram que Rony e Hermione já conversavam com timidez.

Harry e Catherina pegaram as cervejas amanteigadas, mas primeiro olharam em volta somente para ver quem estava no bar.

_Ah, o que eu não faço por um casal feliz._disse Catherina, quando Malfoy passou por eles com um olhar de pura maldade.

_Acho que já deu tempo._disse Harry, olhando a mesa._ Eles já parecem mais soltos.

Os dois foram em direção à mesa, se sentando em seguida, e viram que Rony e Hermione imediatamente mudaram de assunto.

_Ah, pessoal...i Eu não acredito ino que estou vendo._disse Hermione, olhando para a porta e para a outra mesa.

Os outros olharam também. Na porta, estava Nádia. Quem estava na mesa e acenava para ela era Malfoy.

_Gente, esse moleque deve estar carente!_disse Rony._ Ele quer ser amigo até mesmo de "uma fã do Potter"!

_Vai entender._disse Harry._ Acho que ele passou por uma lavagem cerebral ou coisa do tipo.

_Mais pra coisa do tipo._disse Catherina, tomando sua cerveja amanteigada com pressa._ Vamos logo gente, mal posso esperar para conversar com o Snuffles.

_OK._concordou Rony, engolindo logo sua bebida.

_Quando eu fui falar com Dumbledore _contou Harry, enquanto iam para o esconderijo de Sirius._Perguntei a ele se poderíamos fazer parte da Ordem da Fênix.

_E o que ele disse?_perguntou Hermione.

_Que iria falar com Lupin, Fletcher e com a sra. Figg pra ver o que eles acham. Mas vocês querem mesmo entrar para a Ordem?

_Estou na fila._disse Catherina, prontamente.

_Eu também._disseram Rony e Hermione ao mesmo tempo.

Eles chegaram no esconderijo de Sirius. Harry, Catherina, Rony e Hermione entraram.

Aquela caverna era bem escura, e eles viram três velas iluminando o rosto magro de Sirius, que estava sentando no chão.

_Harry!_exclamou ele, se levantando.

Sirius foi até Harry e o abraçou. De repente, Harry sentiu a carga de preocupações do padrinho desabarem sobre ele como as águas de uma cachoeira tempestuosa. Quando o soltou, Sirius cumprimentou Rony e Hermione, em seguida vendo Catherina:

_Você é...

_Catherina McFisher._disse ela._Prazer em conhecê-l... Sirius também a abraçou subitamente. Rony, Mione e ela não sabiam o porquê daquilo, mas Harry se lembrou de que ela era sobrinha dele.

Encabulada, ela perguntou, ao ver-se solta:

_Bem, Sirius... Por que tanta felicidade em me ver?

O padrinho de Harry sorriu, e Harry percebeu o quanto esse gesto iluminava seu rosto. Havia muito tempo que ele não o via sorrir.

_Já está na hora de te contar... Não pude falar pelas cartas pois elas podiam ser pegas por Comensais, mas vou te dizer: eu sou irmão de Laura McFisher.

Harry viu as expressões de surpresa de Catherina, Rony e Hermione.

_Por que... Por que eu nunca soube?

_Ela era um... Um aborto, você sabe disso. Uma filha de bruxos que é trouxa, como o Filch. Ela não gostava de lembrar todos disso, ainda mais o fato de ela ter um irmão animago, e ela nada... Enfim, quando ela foi para o Brasil com Pedro, eu soube que eu não seria comentado pra você com freqüência.

_Mas Sirius... A família da minha mãe é brasileira! Isso significa que você é brasileiro?

_Eu nasci aqui, durante algumas férias da família. Então, acabei recebendo a coruja de Hogwarts durante ainda outras férias em Londres. Eu estava sempre aqui, era até mais inglês que brasileiro.

_Isso significa que..._disse Hermione, confusa._ Você também é descendente de uma veela?

_Sou._respondeu Sirius._ Mas vamos agora mudar de assunto: eu soube que vocês querem entrar para a Ordem da Fênix, e não gostei dessa idéia nem um pouco.

_Ah, por favor, Sirius..._disse Rony, pedinte._Queremos ajudar na caça à Você-Sabe-Quem!

_Pra começo de conversa, Rony, você precisa aprender a dizer Voldemort. O nome dele é sombrio, eu sei, mas você nunca poderá combatê-lo se não tem coragem nem de dizer o nome dele.

_Vou tentar._respondeu Rony, engolindo em seco.

_O que nós poderíamos fazer pela Ordem?_perguntou Harry.

_Vocês são, se é que esse é o termo certo, nossa próxima geração. Já existe uma menina da idade de vocês que faz parte da Ordem, é a filha de Mundungo.

_Nádia Fletcher?_perguntaram os quatro juntos.

_É, acho que esse é o nome dela._respondeu Sirius._ Pelo que vi, vocês a conhecem.

_Sim, mas temos um probleminha iminente._disse Catherina._ Draco Malfoy está dando em cima dela.

Sirius piscou, absorvendo a informação.

_O filho de Lúcio Malfoy, da Sonserina?

_Esse aí._disse Rony._Um pouco mais de esforço e ele consegue.

_Não, a jovem Nádia é responsável, não se deixaria levar por um Malfoy. Assim como nós, ela sabe que é uma família suja.

_Se querem honestidade _disse Catherina._ Pelo jeito dos dois, algo que definitivamente não é amizade sai dali, até porque Malfoy, mesmo sendo idiota, infantil, estúpido e imbecil, é bonito.

_Quêêêêêêêêê?_disse Harry._Malfoy é bonito?

_A Catherina está certa._disse Hermione._ Mas ele é simplesmente intragável. Só as meninas da Casa dele conseguem se sentir atraídas por ele.

_E a Nádia também._completou Rony.

_Que seja._disse Sirius._ E sobre os chamados de Telepatia... Quando foi o último?

Harry e Catherina começaram com um uníssono "É uma longa história..." e contaram sobre o chamado que resultava na morte de Jake Warbeck.

_É um dos piores quebra-cabeças com que já me deparei._disse ele, depois da narrativa._ O jovem Malfoy realiza as três Maldições Imperdoáveis e depois de um crep torna-se educado até com uma lufa-lufa.

_Pensamos nisso também._disse Hermione._Draco é um enigma ambulante.

_Importam-se se eu contar isso a Dumbledore? É realmente importante para ele.

Os quatro acenaram negativamente com a cabeça.

_Bem, _concluiu ele._ Talvez vocês devam voltar para Hogwarts, antes que alguém dê pela falta de vocês.

Eles se despediram e começaram a voltar para a escola, depois de afagarem brevemente o hipogrifo Bicuço.