Harry Potter e a Ligação Silenciosa
Capítulo XIX – Desculpas
Harry acordou, na manhã do dia seguinte, com vozes nervosas. O sr. e a sra. Weasley estavam ao lado da cama de Rony, Mundungo Fletcher ao lado da de Nádia, e Dumbledore estava à porta.
--Mas o que aconteceu com eles, Alvo?--perguntou o sr. Weasley.
--Pelo que Melissa me contou, Arthur, eles estiveram novamente enfrentando Voldemort.
--Isso é verdade mesmo?--perguntou, nervosa, a sra. Weasley.
--É sim, Molly.--respondeu Dumbledore.-- Harry destruiu para sempre a Câmara Secreta.
--E o mais incrível é que todos eles sobreviveram.--comentou o sr. Fletcher.-- Diga-me, Alvo, Sirius vem?
--Está a caminho. Pelo que vejo, desta vez todos os cinco enfrentaram Voldemort juntos.
--Ah, mas foi o Harry quem mais trabalhou lá.--disse Rony, denunciando que estava acordado. No mesmo instante, a sra. Weasley abraçou-o apertado.
--Mãe, socorro... Eu não consigo respirar!
Na forma de cão, Sirius entrou na enfermaria. Harry também denunciou-se acordado, imediatamente sentando na cama.
--Bom te ver, Sirius.--disse Dumbledore, enquanto Harry via o padrinho assumir sua forma humana.
--Harry, você está bem?--perguntou ele. Harry fez que sim com a cabeça.
--A profª Figg me contou como foi sua volta à Câmara Secreta, Harry.--disse Dumbledore.-- A cada ano você demonstra mais fibra. Estou muito orgulhoso de você.
--Obrigado, professor.--disse Harry, olhando o criado-mudo ao lado da cama, onde repousava o Supraforce.-- Aquilo é da Catherina... Ela me emprestou antes de encontrarmos Voldemort.
Dumbledore pegou o objeto e colocou-o na cabeceira da cama de sua dona.
--Amuletos como esse, Harry, são o contrário do que muita gente pensa. Rogério sabia disso quando criou o Supraforce. O broche era só um broche até que ele acreditasse que possuía poderes. E a crença é o maior poder que os humanos possuem, Harry. A partir do momento em que de acredita na força de um broche, o desejo pode ser tamanho a ponto de torná-lo realidade. Mas essa força vem de seu portador, e não do objeto. Não esqueça disso, Harry.
Harry meneou com a cabeça.
Dali a pouco, Nádia, Catherina e Hermione acordaram, e Madame Pomfrey trouxe café na cama para eles.
Depois do almoço, começaram a chegar visitas; eles não haviam tido alta ainda devido a cortes feitos durante a fuga. A primeira visita foi do time de quadribol, que antes mesmo de entrar na ala hospitalar podia ser ouvido conversando com Madame Pomfrey.
--Mas o jogo contra a Sonserina é amanhã!--exclamou Alícia.-- A senhora precisa liberar ao menos o Harry!
--Não sei, Spinnet.--respondeu Madame Pomfrey.-- Não sei se ele estará bem...
Barulhos de tosse carregada.
--O que você tem, Bell?--continuou a falar a enfermeira-- Que tosse é essa?
--Nada não...--disse Katie, tossindo mais.-- Estou bem...
--Está nada.--replicou a enfermeira.-- Parece gripada, moça, entre que vou buscar algo pra cuidar de você... Pelo jeito, vocês vão ter outro desfalque amanhã. Ela não tem substituta?
--A substituta dela é a Catherina!--exclamou Angelina.
Harry e os outros observaram o séquito dos times titular e reserva entrar atrás de Madame Pomfrey, que depositou Katie numa das camas.
--Olá.--cumprimentou Harry.-- Está tudo bem, eu posso jogar amanhã...
Morgan estava à porta, sem coragem de entrar. Pelos olhares enojados que recebeu na enfermaria, já viu que eles sabiam de tudo.
Fora isso, a visita foi animada; eles conversaram bastante, Harry sempre alegando que conseguiria sim, jogar na final de quadribol.
--Está bem, vou ver se o libero amanhã.--rendeu-se Madame Pomfrey.-- Bell, vá até o meu quarto ali do lado. Você está com febre, vai precisar ser substituída amanhã.
A enfermeira entrou no quarto ao lado da enfermaria levando Katie, tossindo e espirrando, com ela.
--Se ela não puder, eu posso jogar.--assegurou Catherina.
O time foi embora; Morgan continuou à porta.
--Vocês sabem, não é?--disse ele, quando os seis ficaram sozinhos ali.
--Como você pôde?--retorquiu Catherina.--O tempo todo... Você estava do lado de Voldemort!
--No verão, ele invadiu minha casa. Estava prestes a me matar quando gritei que me deixasse vivo, que me tornaria seguidor dele. E então ele pôs a Marca Negra no meu braço.
Ele ergueu a manga do uniforme, e Harry viu a medonha caveira cravada nele.
--Um tempo depois chegaram ordens dele... Para que eu beijasse Catherina e ela pudesse ser levada ao Lord, assim ele conseguiria o Supraforce, com o qual seria mais fácil matar Harry Potter.
"Eu nunca realmente apoiei Vocês-Sabem-Quem, só fiz aquilo para continuar vivo... Eu não tencionava cumprir as ordens dele, pretendia enrolar até onde pudesse, mas o Lord das Trevas me pressionava através de Malfoy, assim como fez com Warbeck, até que o matasse. Aí comecei a conhecer você, Catherina, me aproximando pra cumprir meu dever.
"Antes a vida dela do que a minha, era o que eu pensava. Eu acabei gostando dela, totalmente contra a minha vontade. Ela vai morrer, seu idiota, não vale a pena... Isso era o que eu mais pensava, mas logo esse argumento perdeu o efeito. Desisti de novo de cumprir as ordens de Você-Sabe-Quem. Logo, Malfoy começou a me ameaçar, sem mesmo estar dominado pelo Lord. Ele me mandou um bilhete, dizendo muitas ameaças e terminando com "Ande logo com isso". Encurralado de novo, rasguei o fim do bilhete e o levei comigo, para me encorajar, e mentalmente me despedi da Catherina. Mas Potter salvou a vida dela, e por isso, eu queria de agradecer.
Harry, pego de surpresa, não falou nada sobre perdão ou algo do tipo. Tudo o que ele disse foi:
--Mas mesmo gostando dela, você insistiu no plano de Voldemort.
--Quando vi a morte de tão perto, resolvi colocar minha vida acima de tudo. Hoje de manhã, Malfoy me contou o que aconteceu na Câmara Secreta ontem, e eu não revelei o quanto fiquei satisfeito. Eu vim até aqui pra pedir desculpas a vocês cinco, coloquei as vidas de todos vocês em risco.
Rony olhava Morgan com cara de que a última coisa que pretendia fazer era perdoá-lo.
--E como sabemos se isso não é outro plano?
--Não haveria como traçar um plano de ontem para hoje, sem falar que eu soube que o Lord das Trevas ainda não foi visto hoje. Talvez você tenha conseguido matá-lo, Potter. Foi muito esperto de sua parte usar o Feitiço Redutor multiplicado.
Harry trocou olhares com seus amigos, sem saber o que responder.
--Vamos conversar e ver se acreditamos em você, Morgan.--solucionou Nádia.
Morgan deu um breve sorriso como quem pensa consegui mais do que eu esperava, despediu-se e foi embora. Antes que Rony se apressasse em dizer que não perdoaria Morgan nem se sua cama cantasse Parabéns a Você e saísse voando, Madame Pomfrey voltou com Katie.
--O que ela tem?--perguntou Hermione.
--Início de pneumonia.--disse Madame Pomfrey.--Jogo de quadribol amanhã, nem pensar.
Katie queria protestar, mas a tosse e os espirros não deixaram.
--Pode ficar tranqüila, Katie.--disse Catherina.-- A gente sabe que você queria jogar, mas...
Entre o acesso de tosse, ela indicou que estava tudo bem.
--Eu... Estou é... --tossiu.-- Pensando... no jogo... Você... Vai poder? Atchim!
--Claro.
--Se ela quiser, eu posso levá-la para assistir.--disse Madame Pomfrey.-- Agora deixem-me ver como vocês estão...
No fim, eles foram liberados, três deles inclusive para o jogo de quadribol.
--Vivos e quase inteiros!--comentou Rony, que tinha um corte bem feio no antebraço esquerdo.--Não é todo mundo que consegue essa marca, não é verdade?
--Em uma coisa o Morgan estava certo.--disse Hermione.-- Você foi um gênio com o Max Reducto, Harry!
--Ei, ei, ei!--brincou Rony.-- Você está elogiando demais o Harry, Mione!
--Ah, seu bobão...
Perante aquela típica cena de namorados, involuntariamente o olhar de Harry encontrou o de Catherina --mas na realidade a última coisa que aquilo era seria involuntário. Veio-lhe à lembrança aquele momento, antes que Rony, Hermione Nádia chegassem.
Chegando na Grifinória, Fred disse-lhes que viessem ao último treino, já que tinham conseguido ser liberados. Às três da tarde, os cinco podiam ser vistos no jardim, sentados na grama, perto do lago.
--Eu não vou perdoar o Morgan.--disse Rony.-- De jeito nenhum.
--Eu vou.--disse Nádia.-- Se fosse encenação, eles não teria contado uma história tão comprida.
--De repente ele tem imaginação fértil.--rebateu Rony.-- De todo modo, ele é um Comensal da Morte, tem a Marca Negra.
--Isso não é prova definitiva.--retrucou Catherina.-- O Snape foi um Comensal, tem a Marca, mas agora está do nosso lado.
--Eu vou perdoar, mas vou ficar de olho nele.--opinou Harry.-- Nada o impede de ter outra recaída. Lembrem-se do que ele disse: "resolvi colocar minha vida acima de tudo".
--Vou fazer assim também.--disse Hermione.--Vamos Rony, errar é humano e perdoar é divino.
--Mione, olha bem pra minha cara: por acaso você tá vendo alguma coisa de divino aqui? Eu posso até perdoar, mas eu nunca vou conseguir confiar nele. Nem como batedor de quadribol.
--E tem outra coisa que aconteceu que a gente não esperava.--disse Hermione.-- Malfoy não praticou as Imperdoáveis, e sim Voldemort que estava no corpo dele. Por isso ele não pode ser expulso.
--Malfoy escolheu seguir Voldemort.--disse Catherina.-- E Dumbledore nunca conseguiria expulsar um aluno pelas escolhas dele.
--Então chegamos a um acordo.--disse Nádia.--Morgan tem o seu perdão, mas nem que a gente queira confiaremos nele. De jeito nenhum.
O treino de quadribol aquela tarde foi o mais exaustivo de que Harry se lembrava. Alícia queria vencer de qualquer jeito no dia seguinte, afinal era o último jogo dela na Grifinória, já que acabaria o ano e ela se formaria em Hogwarts, assim como Katie, Angelina, Fred e Jorge. Durante o treino, Morgan fingia que nada estava acontecendo, e os cinco fingiram o mesmo. Hermione, como já se tornara costume, assistia ao treino para depois conversar com seus amigos.
Às sete horas, o treino terminou. Já no chão, Harry chamou:
--Morgan!
O garoto virou-se para ele.
--Está tudo bem.
Capítulo XIX – Desculpas
Harry acordou, na manhã do dia seguinte, com vozes nervosas. O sr. e a sra. Weasley estavam ao lado da cama de Rony, Mundungo Fletcher ao lado da de Nádia, e Dumbledore estava à porta.
--Mas o que aconteceu com eles, Alvo?--perguntou o sr. Weasley.
--Pelo que Melissa me contou, Arthur, eles estiveram novamente enfrentando Voldemort.
--Isso é verdade mesmo?--perguntou, nervosa, a sra. Weasley.
--É sim, Molly.--respondeu Dumbledore.-- Harry destruiu para sempre a Câmara Secreta.
--E o mais incrível é que todos eles sobreviveram.--comentou o sr. Fletcher.-- Diga-me, Alvo, Sirius vem?
--Está a caminho. Pelo que vejo, desta vez todos os cinco enfrentaram Voldemort juntos.
--Ah, mas foi o Harry quem mais trabalhou lá.--disse Rony, denunciando que estava acordado. No mesmo instante, a sra. Weasley abraçou-o apertado.
--Mãe, socorro... Eu não consigo respirar!
Na forma de cão, Sirius entrou na enfermaria. Harry também denunciou-se acordado, imediatamente sentando na cama.
--Bom te ver, Sirius.--disse Dumbledore, enquanto Harry via o padrinho assumir sua forma humana.
--Harry, você está bem?--perguntou ele. Harry fez que sim com a cabeça.
--A profª Figg me contou como foi sua volta à Câmara Secreta, Harry.--disse Dumbledore.-- A cada ano você demonstra mais fibra. Estou muito orgulhoso de você.
--Obrigado, professor.--disse Harry, olhando o criado-mudo ao lado da cama, onde repousava o Supraforce.-- Aquilo é da Catherina... Ela me emprestou antes de encontrarmos Voldemort.
Dumbledore pegou o objeto e colocou-o na cabeceira da cama de sua dona.
--Amuletos como esse, Harry, são o contrário do que muita gente pensa. Rogério sabia disso quando criou o Supraforce. O broche era só um broche até que ele acreditasse que possuía poderes. E a crença é o maior poder que os humanos possuem, Harry. A partir do momento em que de acredita na força de um broche, o desejo pode ser tamanho a ponto de torná-lo realidade. Mas essa força vem de seu portador, e não do objeto. Não esqueça disso, Harry.
Harry meneou com a cabeça.
Dali a pouco, Nádia, Catherina e Hermione acordaram, e Madame Pomfrey trouxe café na cama para eles.
Depois do almoço, começaram a chegar visitas; eles não haviam tido alta ainda devido a cortes feitos durante a fuga. A primeira visita foi do time de quadribol, que antes mesmo de entrar na ala hospitalar podia ser ouvido conversando com Madame Pomfrey.
--Mas o jogo contra a Sonserina é amanhã!--exclamou Alícia.-- A senhora precisa liberar ao menos o Harry!
--Não sei, Spinnet.--respondeu Madame Pomfrey.-- Não sei se ele estará bem...
Barulhos de tosse carregada.
--O que você tem, Bell?--continuou a falar a enfermeira-- Que tosse é essa?
--Nada não...--disse Katie, tossindo mais.-- Estou bem...
--Está nada.--replicou a enfermeira.-- Parece gripada, moça, entre que vou buscar algo pra cuidar de você... Pelo jeito, vocês vão ter outro desfalque amanhã. Ela não tem substituta?
--A substituta dela é a Catherina!--exclamou Angelina.
Harry e os outros observaram o séquito dos times titular e reserva entrar atrás de Madame Pomfrey, que depositou Katie numa das camas.
--Olá.--cumprimentou Harry.-- Está tudo bem, eu posso jogar amanhã...
Morgan estava à porta, sem coragem de entrar. Pelos olhares enojados que recebeu na enfermaria, já viu que eles sabiam de tudo.
Fora isso, a visita foi animada; eles conversaram bastante, Harry sempre alegando que conseguiria sim, jogar na final de quadribol.
--Está bem, vou ver se o libero amanhã.--rendeu-se Madame Pomfrey.-- Bell, vá até o meu quarto ali do lado. Você está com febre, vai precisar ser substituída amanhã.
A enfermeira entrou no quarto ao lado da enfermaria levando Katie, tossindo e espirrando, com ela.
--Se ela não puder, eu posso jogar.--assegurou Catherina.
O time foi embora; Morgan continuou à porta.
--Vocês sabem, não é?--disse ele, quando os seis ficaram sozinhos ali.
--Como você pôde?--retorquiu Catherina.--O tempo todo... Você estava do lado de Voldemort!
--No verão, ele invadiu minha casa. Estava prestes a me matar quando gritei que me deixasse vivo, que me tornaria seguidor dele. E então ele pôs a Marca Negra no meu braço.
Ele ergueu a manga do uniforme, e Harry viu a medonha caveira cravada nele.
--Um tempo depois chegaram ordens dele... Para que eu beijasse Catherina e ela pudesse ser levada ao Lord, assim ele conseguiria o Supraforce, com o qual seria mais fácil matar Harry Potter.
"Eu nunca realmente apoiei Vocês-Sabem-Quem, só fiz aquilo para continuar vivo... Eu não tencionava cumprir as ordens dele, pretendia enrolar até onde pudesse, mas o Lord das Trevas me pressionava através de Malfoy, assim como fez com Warbeck, até que o matasse. Aí comecei a conhecer você, Catherina, me aproximando pra cumprir meu dever.
"Antes a vida dela do que a minha, era o que eu pensava. Eu acabei gostando dela, totalmente contra a minha vontade. Ela vai morrer, seu idiota, não vale a pena... Isso era o que eu mais pensava, mas logo esse argumento perdeu o efeito. Desisti de novo de cumprir as ordens de Você-Sabe-Quem. Logo, Malfoy começou a me ameaçar, sem mesmo estar dominado pelo Lord. Ele me mandou um bilhete, dizendo muitas ameaças e terminando com "Ande logo com isso". Encurralado de novo, rasguei o fim do bilhete e o levei comigo, para me encorajar, e mentalmente me despedi da Catherina. Mas Potter salvou a vida dela, e por isso, eu queria de agradecer.
Harry, pego de surpresa, não falou nada sobre perdão ou algo do tipo. Tudo o que ele disse foi:
--Mas mesmo gostando dela, você insistiu no plano de Voldemort.
--Quando vi a morte de tão perto, resolvi colocar minha vida acima de tudo. Hoje de manhã, Malfoy me contou o que aconteceu na Câmara Secreta ontem, e eu não revelei o quanto fiquei satisfeito. Eu vim até aqui pra pedir desculpas a vocês cinco, coloquei as vidas de todos vocês em risco.
Rony olhava Morgan com cara de que a última coisa que pretendia fazer era perdoá-lo.
--E como sabemos se isso não é outro plano?
--Não haveria como traçar um plano de ontem para hoje, sem falar que eu soube que o Lord das Trevas ainda não foi visto hoje. Talvez você tenha conseguido matá-lo, Potter. Foi muito esperto de sua parte usar o Feitiço Redutor multiplicado.
Harry trocou olhares com seus amigos, sem saber o que responder.
--Vamos conversar e ver se acreditamos em você, Morgan.--solucionou Nádia.
Morgan deu um breve sorriso como quem pensa consegui mais do que eu esperava, despediu-se e foi embora. Antes que Rony se apressasse em dizer que não perdoaria Morgan nem se sua cama cantasse Parabéns a Você e saísse voando, Madame Pomfrey voltou com Katie.
--O que ela tem?--perguntou Hermione.
--Início de pneumonia.--disse Madame Pomfrey.--Jogo de quadribol amanhã, nem pensar.
Katie queria protestar, mas a tosse e os espirros não deixaram.
--Pode ficar tranqüila, Katie.--disse Catherina.-- A gente sabe que você queria jogar, mas...
Entre o acesso de tosse, ela indicou que estava tudo bem.
--Eu... Estou é... --tossiu.-- Pensando... no jogo... Você... Vai poder? Atchim!
--Claro.
--Se ela quiser, eu posso levá-la para assistir.--disse Madame Pomfrey.-- Agora deixem-me ver como vocês estão...
No fim, eles foram liberados, três deles inclusive para o jogo de quadribol.
--Vivos e quase inteiros!--comentou Rony, que tinha um corte bem feio no antebraço esquerdo.--Não é todo mundo que consegue essa marca, não é verdade?
--Em uma coisa o Morgan estava certo.--disse Hermione.-- Você foi um gênio com o Max Reducto, Harry!
--Ei, ei, ei!--brincou Rony.-- Você está elogiando demais o Harry, Mione!
--Ah, seu bobão...
Perante aquela típica cena de namorados, involuntariamente o olhar de Harry encontrou o de Catherina --mas na realidade a última coisa que aquilo era seria involuntário. Veio-lhe à lembrança aquele momento, antes que Rony, Hermione Nádia chegassem.
Chegando na Grifinória, Fred disse-lhes que viessem ao último treino, já que tinham conseguido ser liberados. Às três da tarde, os cinco podiam ser vistos no jardim, sentados na grama, perto do lago.
--Eu não vou perdoar o Morgan.--disse Rony.-- De jeito nenhum.
--Eu vou.--disse Nádia.-- Se fosse encenação, eles não teria contado uma história tão comprida.
--De repente ele tem imaginação fértil.--rebateu Rony.-- De todo modo, ele é um Comensal da Morte, tem a Marca Negra.
--Isso não é prova definitiva.--retrucou Catherina.-- O Snape foi um Comensal, tem a Marca, mas agora está do nosso lado.
--Eu vou perdoar, mas vou ficar de olho nele.--opinou Harry.-- Nada o impede de ter outra recaída. Lembrem-se do que ele disse: "resolvi colocar minha vida acima de tudo".
--Vou fazer assim também.--disse Hermione.--Vamos Rony, errar é humano e perdoar é divino.
--Mione, olha bem pra minha cara: por acaso você tá vendo alguma coisa de divino aqui? Eu posso até perdoar, mas eu nunca vou conseguir confiar nele. Nem como batedor de quadribol.
--E tem outra coisa que aconteceu que a gente não esperava.--disse Hermione.-- Malfoy não praticou as Imperdoáveis, e sim Voldemort que estava no corpo dele. Por isso ele não pode ser expulso.
--Malfoy escolheu seguir Voldemort.--disse Catherina.-- E Dumbledore nunca conseguiria expulsar um aluno pelas escolhas dele.
--Então chegamos a um acordo.--disse Nádia.--Morgan tem o seu perdão, mas nem que a gente queira confiaremos nele. De jeito nenhum.
O treino de quadribol aquela tarde foi o mais exaustivo de que Harry se lembrava. Alícia queria vencer de qualquer jeito no dia seguinte, afinal era o último jogo dela na Grifinória, já que acabaria o ano e ela se formaria em Hogwarts, assim como Katie, Angelina, Fred e Jorge. Durante o treino, Morgan fingia que nada estava acontecendo, e os cinco fingiram o mesmo. Hermione, como já se tornara costume, assistia ao treino para depois conversar com seus amigos.
Às sete horas, o treino terminou. Já no chão, Harry chamou:
--Morgan!
O garoto virou-se para ele.
--Está tudo bem.
