Harry Potter e a Ligação Silenciosa
Capítulo XX – Grifinória x Sonserina
Deitado na cama de noite foi que Harry finalmente conseguiu pensar em tanta coisa que acontecera junta. Todos os segredos, a trama Malfoy-Warbeck- Morgan desvendada e tudo o que ele dissera olhando nos olhos de seu pior inimigo.
O Supraforce devia ter dado coragem a ele na hora em que estivera na Câmara, e pensando nisso, Harry imaginou o quanto deviam ter acreditado no poder daquele broche, ele estava carregado de poder... Se Voldemort tivesse conseguido pegá-lo, haveria acontecido a pior catástrofe de todos os tempos. Talvez Hogwarts nem estivesse mais de pé.
E Catherina... Depois daquele beijo, não haviam mais sequer apertado as mãos. Ei, pensou Harry, falando em Catherina... Na Câmara Secreta ela me mandou uma mensagem telepática!
Harry quase riu alto, pensando em como fora distraído de só ter pensado nisso agora.
-Beeeeeeem-vindos todos à final da Copa Intercasas de Quadribol de Hogwarts! Os times de hoje são os mesmos da última final: Grifinória e Sonserina!
Aplausos eufóricos soaram de todo o estádio.
-O time da Sonserina chega! Roodle, Pucey, van Saten, Thomas, Halleman, Magee e... Malfoy!
Aplausos apenas dos sonserinos nas arquibancadas.
-E o da Grifinória vem logo em seguida! Weasley, Spinnet, Johnson, McFisher, Weasley, Weasley e... Potter!
Desta vez, os aplausos vieram da Corvinal e da Lufa-Lufa, além dos tradicionais torcedores grifinórios; as outras duas Casas adoravam ver a Grifinória derrotando a Sonserina.
-Todos nos seus lugares.-comandou Madame Hooch.
-Eeeeeeeeee... Começa o jogo!-irradiou Lino Jordan. -Pucey para van Saten, Johnson rouba e passa para McFisher, a estreante do dia, que passa para Spinnet, balaço desviado, para Johnson e... DEZ PONTOS PARA A GRIFIN"RIA!
"Nos dois últimos jogos, a Grifinória abriu o placar e ganhou o jogo... Thomas para Pucey, Pucey para van Saten, que chega às balizas e... Defesa de Weasley!
Rony acabara de fazer uma acrobacia incrível a quinze metros do chão que Harry sabia que o amigo não acreditaria se fosse ele quem estivesse vendo.
-Spinnet para Johnson, desvia do balaço... Do balaço e de Pucey, que quase a derrubou da vassoura, passa para McFisher e... VINTE PONTOS PARA A GRIFIN"RIA!
Depois de dez minutos de jogo sem ver sombra do pomo e com a Sonserina encostada no placar, Harry teve uma idéia.
-Defesa! Agora, 120 a 110 para a Grifinória!
Estava na hora de testar seu poder de atuação. Harry foi procurar o pomo perto de Malfoy, e de repente, soltou uma exclamação irreproduzível e começou a voar com tudo para o chão. Mordendo a isca, Malfoy foi atrás. Harry deixou que ele emparelhasse. Enquanto descia mais rápido do que se estivesse em queda livre, escutou a voz de Catherina gritar o nome de alguma jogada que ele vira no Quadribol Através dos Séculos.
Era a Formação Cabeça-de-Falcão, e as três artilheiras formaram um V, tomando logo a posse da goles.
Enquanto isso, Harry chegou muito perto do chão. No último instante, puxou com força o cabo da vassoura e recomeçou a subir. Felizmente, Malfoy não teve a mesma sorte. Com um estrondo que encheu o campo de quadribol, chocou- se contra o chão. Surpresa nas arquibancadas.
-Finta de Wronski!-riu Harry, observando o rival mal conseguir se mexer.
Adrian Pucey nem pensou em pedir tempo porque a Formação Cabeça-de-Falcão avançava com tudo.
-Johnson para Spinnet, para McFisher, para Spinnet de novo...
Ainda rindo de Malfoy, Harry avistou o pomo de ouro perto de Roodle, o goleiro da Sonserina. Feito uma flecha, Harry voou até lá.
Ao mesmo tempo, as artilheiras chegaram ao gol. Roodle distraiu-se com Harry no pomo que...
-GOL DE MCFISHER! Oops, quero dizer... E POTTER PEGA O POMO DE OURO DEPOIS DE UMA GENIAL FINTA DE WRONSKI! GRIFIN"RIA É CAMPEÃ!
O gol e o pomo na mão de Harry aconteceram em perfeita sincronia. Harry e Catherina tinham mesmo uma Ligação Silenciosa.
-GRIFIN"RIA É CAMPEÃ!
Harry ficou feliz como poucas vezes em sua vida; dali a pouco, Alícia recebeu a Taça de Quadribol, entregue das mãos de Dumbledore.
-CAMPEÃ!
Clic! Colin Creevey desenterrara sua máquina fotográfica. Agora, ele também era batedor.
Quando chegaram ao chão, doidos de alegria, Harry teve outra idéia, e tornou-a realidade, pensando danem-se os outros.
Pegou Catherina, que também comemorava, e beijou-a, na frente de todo mundo.
Plan! A porta do dormitório das meninas se fechou com um enorme estrondo.
-Eu faria a mesma coisa no lugar dela.-disse Nádia. -A idéia foi romântica, Harry, mas ela daria tudo para achar um buraco bem fundo e se enfiar lá embaixo.
-Ela supera.-riu Harry.- O que importa é que nós vencemos!
-E você venceu toda a sua vergonha na cara.-replicou Hermione.
-Não ligue pra elas, Harry.-sorriu Rony.- Depois daquela Finta de Wronski, você podia até dançar a boquinha da garrafa.
-O Colin bateu umas vinte fotos da sua gracinha.-disse Hermione.-Ela poderia voltar pro Brasil de tanta vergonha.
-Vergonha e poder!-riu Nádia.- Já imaginou, ela contando? Harry Potter me tascou um beijão depois da final...
-Quero ver é as amigas dela acreditando.-disse Rony.-"Ah, conta outra...".
A porta do dormitório de abriu. Catherina, misturando raiva e humor, pegou Harry pelo pescoço.
-Saiu vivo da Câmara Secreta, mas acho que dessa você não escapa!-brincou Nádia, rindo à beça.
-Seu idiota!-exclamou Catherina, soltando Harry.-Eu nunca senti tanta vergonha na minha vida inteirinha!
-Que importam os outros?-riu Harry de novo.-Nós vencemos, sobrevivemos de novo a Voldemort e o Malfoy deve ter ficado tão medonho que agora nem a Pansy Parkinson vai querer saber dele, e tudo isso em dois dias!
-A minha vontade era te deixar pior que o Malfoy.-disse Catherina.
-Bem, pessoal, vamos arrumar nossas coisas.-disse Hermione.-Hoje é o Jantar de Despedida, a entrega da Taça das Casas.
-Espero que Dumbledore nos dê bastante pontos pela nossa simpática visita à Câmara Secreta.-disse Rony.
-Queria saber como Voldemort conseguiu fugir de lá.-disse Nádia.-O Profeta Diário não chegou hoje, não tivemos notícia dele, mas não acho que tenhamos conseguido.
-Quem sabe?-perguntou Harry, sorrindo.- Que ano mais perfeito... Quem sabe ele não está morto, soterrado pelas pedras do próprio Slytherin?
-Nesses casos é melhor ser pessimista.-disse Catherina-.Se o Profeta não saiu hoje, vai vir cheio de coisas amanhã.
-Mais um ano terminou.-discursou Dumbledore, pausadamente. -Um ano que, para muitos, saiu melhor do que o esperado nas condições atuais, mas para outros, nem tanto. Vidas muito importantes foram perdidas, ao passo que outras, inesperadamente salvas.
"E já chega o dia de entregar a Taça das Casas a seu merecedor. Em quarto lugar, Corvinal, com 395 pontos.
Aplausos desapontados dos corvinais e de todo o Salão Principal. Sorrindo, Harry viu Cho, agora apenas uma lembrança no passado imutável.
-Em terceiro lugar, Lufa-Lufa, com 420 pontos.
Menos aplausos ainda. Harry lembrou-se dos resultados dos N.O.M.s, anunciados de manhã, e teve uma notícia que mais ainda alegrou o dia: Ernie McMillan fora particularmente mal.
-Empatados em primeiro lugar, com quinhentos pontos cada, as Casas Sonserina e Grifinória.
"Agora, como vem acontecendo há cinco anos, há os pontos para os nossos prezados grifinórios pelas ações que os levaram à ala hospitalar ontem, Nádia Fletcher, Ronald Weasley, Hermione Granger, Catherina McFisher e, claro, Harry Potter, concedo a Grifinória... Duzentos pontos.
Aplausos eufóricos em quase todo o Salão Principal, menos na Sonserina, como já era esperado.
-Grifinória ganha, novamente, a Taça das Casas.
Tudo dera certo demais naquele ano.
Outra vez Harry ficou acordado, pensando, sem conseguir dormir. Tudo estava muito perfeito pra ser verdade, o quadribol, Catherina, a Taça das Casas, Rony com Mione, o desaparecimento de Voldemort... Sempre que tudo dá tão certo, algo estraga tudo, e esse algo provavelmente não estava muito distante.
Estaria Voldemort morto na Câmara Secreta?
-Não tão cedo, Potter. Você terá notícias minhas. Talvez não agora, talvez não daqui a dois ou três meses ou até mais, mas tenha certeza de que ainda não estou morto. E nunca desistirei do meu objetivo, não é, Nagini?
Voldemort e Nagini estavam num lugar escuro cheio de mato. A cobra sibilou.
-O mestre é invencível.foi o que Harry entendeu.
A única coisa que Harry não viu muito bem foi o rosto do próprio Voldemort, uma forma abstrata envolta em sombras, não facilmente distinguível.
-Até o próximo duelo, Potter...
Acordando, Harry pensou logo no lugar que Voldemort e Nagini estavam devia ser a Floresta Proibida. Ele abriu o malão pronto para a viagem do dia seguinte, e pegou o Mapa do Maroto. Nada de Tom Riddle na Floresta.
O jeito era dormir de novo.
Analisando o sangue-frio com que agira na extinta Câmara Secreta, Harry pensou o quanto mudara desde o início do ano. Talvez amadurecera fosse a palavra certa. Outro Diggory precisara morrer para que Harry vivesse um pouco mais até quando isso aconteceria? As mortes causadas por Voldemort haviam o indignado de modo que pouco importava o que acontecesse com ele, desde que fosse dito o que precisasse ser dito. E com toda a certeza, Voldemort precisava ouvir há muito tempo um alto sonoro "Cale a boca!".
A partir dali, Harry aprendeu a não só a não temer seu rival, e sim a enfrentá-lo também. Isso seria necessário a partir de agora.
-Foi um ano maravilhoso.-disse Catherina, quando pegaram uma cabine no Expresso de Hogwarts, no dia seguinte.
Antes que alguém dissesse mais alguma coisa, uma coruja parda entrou pela janela e pousou no colo de Hermione.
-O Profeta Diário!-disse ela, abrindo o jornal-.Uau... Vejam só essa manchete aqui.
A notícia de maior destaque era:
"LORD DAS TREVAS DESAPARECIDO!"
-Pode estar desaparecido, mas morto não está mesmo.-disse Harry.-Ele entrou nos meus sonhos ontem de novo, me ameaçou.
-O que ele disse?-perguntou Nádia.
-Nada especial, as mesmas ameaças de sempre.
Mudaram de assunto; puseram-se a conversar sobre a final de quadribol, depois sobre os N.O.M.s Harry se dera bem dos testes, melhor do que esperava, até. Mais tarde a mulher com o carrinho de doces chegou, eles conversaram mais, jogaram Snap Explosivo... Foi uma tarde agradável que, como no ano passado, Harry desejou que não acabasse nunca.
Quando o trem parou na King's Cross, Harry desceu do trem e foi cercado por repórteres.
-Dizem que você seria responsável pelo desaparecimento de Você-Sabe-Quem. O que você diz a respeito?
Harry, sorrindo, trocou olhares com os amigos.
-Pois é. -disse ele.-Talvez eu seja responsável... Quem sabe, não é?
Rindo, ele atravessou a barreira para o mundo dos trouxas.
Voldemort estava bem vivo, talvez até enfraquecido. Mas Harry agora sabia que nunca vacilaria em enfrentar as trevas, em todos os sentidos.
Mas que ano bom fora aquele, meu Deus!
Capítulo XX – Grifinória x Sonserina
Deitado na cama de noite foi que Harry finalmente conseguiu pensar em tanta coisa que acontecera junta. Todos os segredos, a trama Malfoy-Warbeck- Morgan desvendada e tudo o que ele dissera olhando nos olhos de seu pior inimigo.
O Supraforce devia ter dado coragem a ele na hora em que estivera na Câmara, e pensando nisso, Harry imaginou o quanto deviam ter acreditado no poder daquele broche, ele estava carregado de poder... Se Voldemort tivesse conseguido pegá-lo, haveria acontecido a pior catástrofe de todos os tempos. Talvez Hogwarts nem estivesse mais de pé.
E Catherina... Depois daquele beijo, não haviam mais sequer apertado as mãos. Ei, pensou Harry, falando em Catherina... Na Câmara Secreta ela me mandou uma mensagem telepática!
Harry quase riu alto, pensando em como fora distraído de só ter pensado nisso agora.
-Beeeeeeem-vindos todos à final da Copa Intercasas de Quadribol de Hogwarts! Os times de hoje são os mesmos da última final: Grifinória e Sonserina!
Aplausos eufóricos soaram de todo o estádio.
-O time da Sonserina chega! Roodle, Pucey, van Saten, Thomas, Halleman, Magee e... Malfoy!
Aplausos apenas dos sonserinos nas arquibancadas.
-E o da Grifinória vem logo em seguida! Weasley, Spinnet, Johnson, McFisher, Weasley, Weasley e... Potter!
Desta vez, os aplausos vieram da Corvinal e da Lufa-Lufa, além dos tradicionais torcedores grifinórios; as outras duas Casas adoravam ver a Grifinória derrotando a Sonserina.
-Todos nos seus lugares.-comandou Madame Hooch.
-Eeeeeeeeee... Começa o jogo!-irradiou Lino Jordan. -Pucey para van Saten, Johnson rouba e passa para McFisher, a estreante do dia, que passa para Spinnet, balaço desviado, para Johnson e... DEZ PONTOS PARA A GRIFIN"RIA!
"Nos dois últimos jogos, a Grifinória abriu o placar e ganhou o jogo... Thomas para Pucey, Pucey para van Saten, que chega às balizas e... Defesa de Weasley!
Rony acabara de fazer uma acrobacia incrível a quinze metros do chão que Harry sabia que o amigo não acreditaria se fosse ele quem estivesse vendo.
-Spinnet para Johnson, desvia do balaço... Do balaço e de Pucey, que quase a derrubou da vassoura, passa para McFisher e... VINTE PONTOS PARA A GRIFIN"RIA!
Depois de dez minutos de jogo sem ver sombra do pomo e com a Sonserina encostada no placar, Harry teve uma idéia.
-Defesa! Agora, 120 a 110 para a Grifinória!
Estava na hora de testar seu poder de atuação. Harry foi procurar o pomo perto de Malfoy, e de repente, soltou uma exclamação irreproduzível e começou a voar com tudo para o chão. Mordendo a isca, Malfoy foi atrás. Harry deixou que ele emparelhasse. Enquanto descia mais rápido do que se estivesse em queda livre, escutou a voz de Catherina gritar o nome de alguma jogada que ele vira no Quadribol Através dos Séculos.
Era a Formação Cabeça-de-Falcão, e as três artilheiras formaram um V, tomando logo a posse da goles.
Enquanto isso, Harry chegou muito perto do chão. No último instante, puxou com força o cabo da vassoura e recomeçou a subir. Felizmente, Malfoy não teve a mesma sorte. Com um estrondo que encheu o campo de quadribol, chocou- se contra o chão. Surpresa nas arquibancadas.
-Finta de Wronski!-riu Harry, observando o rival mal conseguir se mexer.
Adrian Pucey nem pensou em pedir tempo porque a Formação Cabeça-de-Falcão avançava com tudo.
-Johnson para Spinnet, para McFisher, para Spinnet de novo...
Ainda rindo de Malfoy, Harry avistou o pomo de ouro perto de Roodle, o goleiro da Sonserina. Feito uma flecha, Harry voou até lá.
Ao mesmo tempo, as artilheiras chegaram ao gol. Roodle distraiu-se com Harry no pomo que...
-GOL DE MCFISHER! Oops, quero dizer... E POTTER PEGA O POMO DE OURO DEPOIS DE UMA GENIAL FINTA DE WRONSKI! GRIFIN"RIA É CAMPEÃ!
O gol e o pomo na mão de Harry aconteceram em perfeita sincronia. Harry e Catherina tinham mesmo uma Ligação Silenciosa.
-GRIFIN"RIA É CAMPEÃ!
Harry ficou feliz como poucas vezes em sua vida; dali a pouco, Alícia recebeu a Taça de Quadribol, entregue das mãos de Dumbledore.
-CAMPEÃ!
Clic! Colin Creevey desenterrara sua máquina fotográfica. Agora, ele também era batedor.
Quando chegaram ao chão, doidos de alegria, Harry teve outra idéia, e tornou-a realidade, pensando danem-se os outros.
Pegou Catherina, que também comemorava, e beijou-a, na frente de todo mundo.
Plan! A porta do dormitório das meninas se fechou com um enorme estrondo.
-Eu faria a mesma coisa no lugar dela.-disse Nádia. -A idéia foi romântica, Harry, mas ela daria tudo para achar um buraco bem fundo e se enfiar lá embaixo.
-Ela supera.-riu Harry.- O que importa é que nós vencemos!
-E você venceu toda a sua vergonha na cara.-replicou Hermione.
-Não ligue pra elas, Harry.-sorriu Rony.- Depois daquela Finta de Wronski, você podia até dançar a boquinha da garrafa.
-O Colin bateu umas vinte fotos da sua gracinha.-disse Hermione.-Ela poderia voltar pro Brasil de tanta vergonha.
-Vergonha e poder!-riu Nádia.- Já imaginou, ela contando? Harry Potter me tascou um beijão depois da final...
-Quero ver é as amigas dela acreditando.-disse Rony.-"Ah, conta outra...".
A porta do dormitório de abriu. Catherina, misturando raiva e humor, pegou Harry pelo pescoço.
-Saiu vivo da Câmara Secreta, mas acho que dessa você não escapa!-brincou Nádia, rindo à beça.
-Seu idiota!-exclamou Catherina, soltando Harry.-Eu nunca senti tanta vergonha na minha vida inteirinha!
-Que importam os outros?-riu Harry de novo.-Nós vencemos, sobrevivemos de novo a Voldemort e o Malfoy deve ter ficado tão medonho que agora nem a Pansy Parkinson vai querer saber dele, e tudo isso em dois dias!
-A minha vontade era te deixar pior que o Malfoy.-disse Catherina.
-Bem, pessoal, vamos arrumar nossas coisas.-disse Hermione.-Hoje é o Jantar de Despedida, a entrega da Taça das Casas.
-Espero que Dumbledore nos dê bastante pontos pela nossa simpática visita à Câmara Secreta.-disse Rony.
-Queria saber como Voldemort conseguiu fugir de lá.-disse Nádia.-O Profeta Diário não chegou hoje, não tivemos notícia dele, mas não acho que tenhamos conseguido.
-Quem sabe?-perguntou Harry, sorrindo.- Que ano mais perfeito... Quem sabe ele não está morto, soterrado pelas pedras do próprio Slytherin?
-Nesses casos é melhor ser pessimista.-disse Catherina-.Se o Profeta não saiu hoje, vai vir cheio de coisas amanhã.
-Mais um ano terminou.-discursou Dumbledore, pausadamente. -Um ano que, para muitos, saiu melhor do que o esperado nas condições atuais, mas para outros, nem tanto. Vidas muito importantes foram perdidas, ao passo que outras, inesperadamente salvas.
"E já chega o dia de entregar a Taça das Casas a seu merecedor. Em quarto lugar, Corvinal, com 395 pontos.
Aplausos desapontados dos corvinais e de todo o Salão Principal. Sorrindo, Harry viu Cho, agora apenas uma lembrança no passado imutável.
-Em terceiro lugar, Lufa-Lufa, com 420 pontos.
Menos aplausos ainda. Harry lembrou-se dos resultados dos N.O.M.s, anunciados de manhã, e teve uma notícia que mais ainda alegrou o dia: Ernie McMillan fora particularmente mal.
-Empatados em primeiro lugar, com quinhentos pontos cada, as Casas Sonserina e Grifinória.
"Agora, como vem acontecendo há cinco anos, há os pontos para os nossos prezados grifinórios pelas ações que os levaram à ala hospitalar ontem, Nádia Fletcher, Ronald Weasley, Hermione Granger, Catherina McFisher e, claro, Harry Potter, concedo a Grifinória... Duzentos pontos.
Aplausos eufóricos em quase todo o Salão Principal, menos na Sonserina, como já era esperado.
-Grifinória ganha, novamente, a Taça das Casas.
Tudo dera certo demais naquele ano.
Outra vez Harry ficou acordado, pensando, sem conseguir dormir. Tudo estava muito perfeito pra ser verdade, o quadribol, Catherina, a Taça das Casas, Rony com Mione, o desaparecimento de Voldemort... Sempre que tudo dá tão certo, algo estraga tudo, e esse algo provavelmente não estava muito distante.
Estaria Voldemort morto na Câmara Secreta?
-Não tão cedo, Potter. Você terá notícias minhas. Talvez não agora, talvez não daqui a dois ou três meses ou até mais, mas tenha certeza de que ainda não estou morto. E nunca desistirei do meu objetivo, não é, Nagini?
Voldemort e Nagini estavam num lugar escuro cheio de mato. A cobra sibilou.
-O mestre é invencível.foi o que Harry entendeu.
A única coisa que Harry não viu muito bem foi o rosto do próprio Voldemort, uma forma abstrata envolta em sombras, não facilmente distinguível.
-Até o próximo duelo, Potter...
Acordando, Harry pensou logo no lugar que Voldemort e Nagini estavam devia ser a Floresta Proibida. Ele abriu o malão pronto para a viagem do dia seguinte, e pegou o Mapa do Maroto. Nada de Tom Riddle na Floresta.
O jeito era dormir de novo.
Analisando o sangue-frio com que agira na extinta Câmara Secreta, Harry pensou o quanto mudara desde o início do ano. Talvez amadurecera fosse a palavra certa. Outro Diggory precisara morrer para que Harry vivesse um pouco mais até quando isso aconteceria? As mortes causadas por Voldemort haviam o indignado de modo que pouco importava o que acontecesse com ele, desde que fosse dito o que precisasse ser dito. E com toda a certeza, Voldemort precisava ouvir há muito tempo um alto sonoro "Cale a boca!".
A partir dali, Harry aprendeu a não só a não temer seu rival, e sim a enfrentá-lo também. Isso seria necessário a partir de agora.
-Foi um ano maravilhoso.-disse Catherina, quando pegaram uma cabine no Expresso de Hogwarts, no dia seguinte.
Antes que alguém dissesse mais alguma coisa, uma coruja parda entrou pela janela e pousou no colo de Hermione.
-O Profeta Diário!-disse ela, abrindo o jornal-.Uau... Vejam só essa manchete aqui.
A notícia de maior destaque era:
"LORD DAS TREVAS DESAPARECIDO!"
-Pode estar desaparecido, mas morto não está mesmo.-disse Harry.-Ele entrou nos meus sonhos ontem de novo, me ameaçou.
-O que ele disse?-perguntou Nádia.
-Nada especial, as mesmas ameaças de sempre.
Mudaram de assunto; puseram-se a conversar sobre a final de quadribol, depois sobre os N.O.M.s Harry se dera bem dos testes, melhor do que esperava, até. Mais tarde a mulher com o carrinho de doces chegou, eles conversaram mais, jogaram Snap Explosivo... Foi uma tarde agradável que, como no ano passado, Harry desejou que não acabasse nunca.
Quando o trem parou na King's Cross, Harry desceu do trem e foi cercado por repórteres.
-Dizem que você seria responsável pelo desaparecimento de Você-Sabe-Quem. O que você diz a respeito?
Harry, sorrindo, trocou olhares com os amigos.
-Pois é. -disse ele.-Talvez eu seja responsável... Quem sabe, não é?
Rindo, ele atravessou a barreira para o mundo dos trouxas.
Voldemort estava bem vivo, talvez até enfraquecido. Mas Harry agora sabia que nunca vacilaria em enfrentar as trevas, em todos os sentidos.
Mas que ano bom fora aquele, meu Deus!
