Capítulo VIII – Viajando para o Sul
- Olórin... – perguntou Amras, enquanto cavalgavam. – Você ainda não nos disse o que houve. As notícias que Celeborn nos deu nos levavam a acreditar que você estava morto, ou coisa assim. Como você sobreviveu contra o Balrog? O que aconteceu?
Gandalf olhou grave, mas amistosamente. – Amras... jovem Amras, desde criança, sempre curioso! A batalha que travei foi difícil, eu não sei se...
Elladan parou seu cavalo na frente do de Gandalf, fazendo com que o mago parasse. – Por favor, Mithrandir... diga-nos o que houve!
- Por Manwë, Varda e todos os outros Valar! Se eu parar para lhes contar, nunca chegaremos até Edoras! Elladan, tire esse cavalo daí, e quem sabe, enquanto viajamos, eu lhes conte o que houve. – Elladan guiou seu cavalo para o lado e começou um trote devagar. Ao ver que Elladan, Elrohir e Amras o olhavam, o mago sorriu. – Tudo bem, eu lhes conto. Bem, eu caí. Isso provavelmente vocês ouviram do Senhor de Lórien. Mas o abismo de Durin não é um precipício eterno, e uma hora, eu e meu temível inimigo chegamos ao fim dele. Naquela caverna escura, minha única opção era matar o meu Inimigo, mas ele fugiu, até achar uma escada, que sempre existiu mas que ninguém conhecia. Uma escada praticamente infinita, que liga as profundezas da terra até o alto do Pico de Prata. Lá em cima, o fogo do balrog novamente se acendeu. Eu lutei com ele até derrubá-lo e destruí-lo, mas eu também caí. – a voz do mago foi morrendo. – mas eu tenho uma missão a cumprir, e só poderei ir quando eu termina-la, de modo que fui mandado de volta. Gwaihir, o Senhor dos Ventos, me encontrou, e me levou até Lothlórien. E o resto vocês já sabem...
- Olórin... – falou Vendeniel – As águias... você não sabe, elas por acaso não teriam contato com...
- Manwë? – terminou Gandalf. – Eu realmente não sei, criança... realmente, há muitas coisas em Arda que somente os Valar sabem... coisas que talvez nós nunca iremos descobrir... essa é uma delas.
Nisso, um pio agudo e já conhecido cortou os ares, e uma águia grande e castanha parou em frente à Gandalf. Ele riu. – Salve, Gwaihir, Senhor dos Ventos!
- Salve Mithrandir, peregrino cinzento! – Gwaihir respondeu. – Volto do sul. Há notícias sobre a sociedade e sobre Isengard. Boromir está morto, Pippin e Merry foram levados pelos Uruk-Hai de Saruman, e neste momento, Aragorn, Gimli e Legolas estão procurando por eles. Saruman tem um grande exército, creio que mais de dez mil orcs, e o ataque a Rohan é iminente.
- Mas Théoden tem a mente envenenada por Saruman! Em Edoras eles não resistirão... – disse Gandalf, coçando a barba.
Gwaihir se mexeu. – Mithrandir, você precisa chegar lá muito rápido. Precisa salvar Rohan. Mais uma vez lhe servirei como montaria, Mithrandir, e mais uma vez você impedirá que coisas ruins aconteçam.
Gandalf olhou para os elfos, que agora olhavam confusos. – Elladan, Elrohir... vós conheceis o caminho. Não atravessem a floresta de Fangorn, mas tentem chegar à Edoras o mais rápido possível. Eu preciso de tempo, preciso ir na frente. Espero que nos vejamos em breve. Namarië!
- Agora, seja livre, meu amigo! - Gandalf saltou do cavalo e disse palavras em élfico para o animal, que voltou correndo para a direção de onde veio. Ele então subiu no dorso da grande águia, que levantou vôo e partiu veloz para o sul. Elladan olhou confuso para seu irmão, para Amras, Vendeniel e Fingwë, e então disse – Vamos! – guiando seu cavalo com palavras de encorajamento, na velocidade do vento em direção à Rohan.
Não pararam por um minuto. Acamparam rapidamente em lugares protegidos, e em alguns dias chegaram a uma clareira em meio à floresta. Um cheiro podre tomou o ar, quase sufocando-os. Fingwë que achou o motivo do cheiro: uma pilha de orcs mortos, todos grandes e fortes, alguns com braços e cabeças decepadas, e outros com flechas élficas perfurando-os. Elrohir pegou um elmo no chão. – Os elmos têm marcas. São adornados com uma runa branca representando 'S'.
Fingwë riu, óbvio. – Claro... 'S' de 'Sauron'.
- Não. – falou Elladan. – O Inimigo não permite que seu nome seja escrito, e usa como marca o olho sem pálpebras. – Vendeniel olhou o ambiente em volta... sim, ela tinha certeza de que Boromir havia morrido ali. Um arrepio frio desceu por sua espinha quando ela lembrou-se das palavras que dissera amaldiçoando o arrogante humano. Ela por um minuto pensou se maldições eram um dos quesitos avaliados por Mandos, mas logo um pensamento obsessivo tomou sua mente: Legolas estava próximo! Ela olhava as flechas, as mesmas flechas que reconhecera na alijava dele antes de partir.
- Elladan, Elrohir... – disse ela. – Vamos. Gandalf pediu que fôssemos rápidos, então vamos. Não há nada para ver aqui.
Voltaram a cavalgar. – A guerra é iminente. – disse Elrohir, ao lado da elfa.
- O quê? – ela perguntou.
- A guerra... Gwaihir falou... dez mil orcs de Saruman, os homens de Rohan... não creio que eles ficariam em Edoras.
- Não conheço nada sobre esta terra... – a elfa falou. – que direção você acha que eles tomariam?
Elrohir franziu a testa, pensativo. – Eu não sei... Nunca estive realmente em Rohan antes... Conheço a região pelos mapas da casa de Ada, mas eu nunca realmente vim para cá. Aragorn conhece a região, ele já lutou ao lado do rei de Rohan e prestou serviços a Gondor. Mas eu sei que uma vez houve uma guerra, e os rohirrim fugiram para o Forte da Trombeta, no Abismo de Helm.
- Abismo de Helm?
- É uma fortaleza encravada nas montanhas... segundo dizem às histórias, durante o Longo Inverno, o rei Helm, de Rohan, o último da primeira linhagem, lutou e defendeu suas terras naquela fortaleza, e pereceu. Mas o Forte é um lugar seguro, suas muralhas são indestrutíveis. Sim, Théoden guiaria seu povo para lá, eu acho. Pelo menos, daria mais tempo de vida para quem quer que estivesse lá...
Vendeniel percebeu então o que o desânimo na voz do filho de Elrond significava: os Rohirrim, unidos, não chegariam a mil... e haviam muitos orcs... Mas não. A esperança ainda existia, não era agora que iriam desistir. Ela olhou para trás, e viu os rostos de Amras e Fingwë. Ela não sabia o que eles pensavam, mas ela seria forte, por eles. "por eles..." ela pensou, mas nesse momento, seus pensamentos iam para alguém que não estava muito longe dali.
Olá! Gostaram do capítulo? Deixem suas críticas e opiniões... Queria pedir desculpas pelo 'spoil' que eu escrevi no último texto, eu pretendia fazer com que o Gwaihir não aparecesse, e os elfos iriam com Gandalf, felizes e contentes, e conheceriam os ents, e tudo mais... só que se eu fizesse isso, eu iria sair completamente da linha da história, e isso iria atrapalhar posteriormente... Peço desculpas, e continuem acompanhando! Agora a guerra na Terra Media é iminente, e Vendeniel não pode recorrer aos Valar para pedir ajuda.
- Olórin... – perguntou Amras, enquanto cavalgavam. – Você ainda não nos disse o que houve. As notícias que Celeborn nos deu nos levavam a acreditar que você estava morto, ou coisa assim. Como você sobreviveu contra o Balrog? O que aconteceu?
Gandalf olhou grave, mas amistosamente. – Amras... jovem Amras, desde criança, sempre curioso! A batalha que travei foi difícil, eu não sei se...
Elladan parou seu cavalo na frente do de Gandalf, fazendo com que o mago parasse. – Por favor, Mithrandir... diga-nos o que houve!
- Por Manwë, Varda e todos os outros Valar! Se eu parar para lhes contar, nunca chegaremos até Edoras! Elladan, tire esse cavalo daí, e quem sabe, enquanto viajamos, eu lhes conte o que houve. – Elladan guiou seu cavalo para o lado e começou um trote devagar. Ao ver que Elladan, Elrohir e Amras o olhavam, o mago sorriu. – Tudo bem, eu lhes conto. Bem, eu caí. Isso provavelmente vocês ouviram do Senhor de Lórien. Mas o abismo de Durin não é um precipício eterno, e uma hora, eu e meu temível inimigo chegamos ao fim dele. Naquela caverna escura, minha única opção era matar o meu Inimigo, mas ele fugiu, até achar uma escada, que sempre existiu mas que ninguém conhecia. Uma escada praticamente infinita, que liga as profundezas da terra até o alto do Pico de Prata. Lá em cima, o fogo do balrog novamente se acendeu. Eu lutei com ele até derrubá-lo e destruí-lo, mas eu também caí. – a voz do mago foi morrendo. – mas eu tenho uma missão a cumprir, e só poderei ir quando eu termina-la, de modo que fui mandado de volta. Gwaihir, o Senhor dos Ventos, me encontrou, e me levou até Lothlórien. E o resto vocês já sabem...
- Olórin... – falou Vendeniel – As águias... você não sabe, elas por acaso não teriam contato com...
- Manwë? – terminou Gandalf. – Eu realmente não sei, criança... realmente, há muitas coisas em Arda que somente os Valar sabem... coisas que talvez nós nunca iremos descobrir... essa é uma delas.
Nisso, um pio agudo e já conhecido cortou os ares, e uma águia grande e castanha parou em frente à Gandalf. Ele riu. – Salve, Gwaihir, Senhor dos Ventos!
- Salve Mithrandir, peregrino cinzento! – Gwaihir respondeu. – Volto do sul. Há notícias sobre a sociedade e sobre Isengard. Boromir está morto, Pippin e Merry foram levados pelos Uruk-Hai de Saruman, e neste momento, Aragorn, Gimli e Legolas estão procurando por eles. Saruman tem um grande exército, creio que mais de dez mil orcs, e o ataque a Rohan é iminente.
- Mas Théoden tem a mente envenenada por Saruman! Em Edoras eles não resistirão... – disse Gandalf, coçando a barba.
Gwaihir se mexeu. – Mithrandir, você precisa chegar lá muito rápido. Precisa salvar Rohan. Mais uma vez lhe servirei como montaria, Mithrandir, e mais uma vez você impedirá que coisas ruins aconteçam.
Gandalf olhou para os elfos, que agora olhavam confusos. – Elladan, Elrohir... vós conheceis o caminho. Não atravessem a floresta de Fangorn, mas tentem chegar à Edoras o mais rápido possível. Eu preciso de tempo, preciso ir na frente. Espero que nos vejamos em breve. Namarië!
- Agora, seja livre, meu amigo! - Gandalf saltou do cavalo e disse palavras em élfico para o animal, que voltou correndo para a direção de onde veio. Ele então subiu no dorso da grande águia, que levantou vôo e partiu veloz para o sul. Elladan olhou confuso para seu irmão, para Amras, Vendeniel e Fingwë, e então disse – Vamos! – guiando seu cavalo com palavras de encorajamento, na velocidade do vento em direção à Rohan.
Não pararam por um minuto. Acamparam rapidamente em lugares protegidos, e em alguns dias chegaram a uma clareira em meio à floresta. Um cheiro podre tomou o ar, quase sufocando-os. Fingwë que achou o motivo do cheiro: uma pilha de orcs mortos, todos grandes e fortes, alguns com braços e cabeças decepadas, e outros com flechas élficas perfurando-os. Elrohir pegou um elmo no chão. – Os elmos têm marcas. São adornados com uma runa branca representando 'S'.
Fingwë riu, óbvio. – Claro... 'S' de 'Sauron'.
- Não. – falou Elladan. – O Inimigo não permite que seu nome seja escrito, e usa como marca o olho sem pálpebras. – Vendeniel olhou o ambiente em volta... sim, ela tinha certeza de que Boromir havia morrido ali. Um arrepio frio desceu por sua espinha quando ela lembrou-se das palavras que dissera amaldiçoando o arrogante humano. Ela por um minuto pensou se maldições eram um dos quesitos avaliados por Mandos, mas logo um pensamento obsessivo tomou sua mente: Legolas estava próximo! Ela olhava as flechas, as mesmas flechas que reconhecera na alijava dele antes de partir.
- Elladan, Elrohir... – disse ela. – Vamos. Gandalf pediu que fôssemos rápidos, então vamos. Não há nada para ver aqui.
Voltaram a cavalgar. – A guerra é iminente. – disse Elrohir, ao lado da elfa.
- O quê? – ela perguntou.
- A guerra... Gwaihir falou... dez mil orcs de Saruman, os homens de Rohan... não creio que eles ficariam em Edoras.
- Não conheço nada sobre esta terra... – a elfa falou. – que direção você acha que eles tomariam?
Elrohir franziu a testa, pensativo. – Eu não sei... Nunca estive realmente em Rohan antes... Conheço a região pelos mapas da casa de Ada, mas eu nunca realmente vim para cá. Aragorn conhece a região, ele já lutou ao lado do rei de Rohan e prestou serviços a Gondor. Mas eu sei que uma vez houve uma guerra, e os rohirrim fugiram para o Forte da Trombeta, no Abismo de Helm.
- Abismo de Helm?
- É uma fortaleza encravada nas montanhas... segundo dizem às histórias, durante o Longo Inverno, o rei Helm, de Rohan, o último da primeira linhagem, lutou e defendeu suas terras naquela fortaleza, e pereceu. Mas o Forte é um lugar seguro, suas muralhas são indestrutíveis. Sim, Théoden guiaria seu povo para lá, eu acho. Pelo menos, daria mais tempo de vida para quem quer que estivesse lá...
Vendeniel percebeu então o que o desânimo na voz do filho de Elrond significava: os Rohirrim, unidos, não chegariam a mil... e haviam muitos orcs... Mas não. A esperança ainda existia, não era agora que iriam desistir. Ela olhou para trás, e viu os rostos de Amras e Fingwë. Ela não sabia o que eles pensavam, mas ela seria forte, por eles. "por eles..." ela pensou, mas nesse momento, seus pensamentos iam para alguém que não estava muito longe dali.
Olá! Gostaram do capítulo? Deixem suas críticas e opiniões... Queria pedir desculpas pelo 'spoil' que eu escrevi no último texto, eu pretendia fazer com que o Gwaihir não aparecesse, e os elfos iriam com Gandalf, felizes e contentes, e conheceriam os ents, e tudo mais... só que se eu fizesse isso, eu iria sair completamente da linha da história, e isso iria atrapalhar posteriormente... Peço desculpas, e continuem acompanhando! Agora a guerra na Terra Media é iminente, e Vendeniel não pode recorrer aos Valar para pedir ajuda.
