N/A: Aí, turminha. Como estamos de Fic? Fico feliz por estar agradando.
Acho que posso contar um segredo sobre a fic. Foi um sonho que tive, toda
ela. E eu digo que chorei muito, mas gostei dele. Por isso revolvi
escreve-la.
Sett: continue curiosa e leia o resto! Hehehehe
Avoada: você está no caminho certo mas tem mais coisas na história. Não
perca os outros capítulos, prometo explicar tudinho!
Sam: Eu agradeço tudo e mais um pouco. Não teria conseguido colocar as
fic aqui se não fosse por você. Então dedico esse capítulo a Samhaim Girl
galera!!!
Paulinha: não adianta que não conto antes. Tem que ler tudo. Hehehe
Continuem comentando. Adorei isso!!!!!!! Beijão a todos!!!!!
CAPÍTULO IV – Pesquisas
No dia seguinte, Ana foi logo procurando por todos os cursos. Mas parecia tudo normal. Foi verificar cada um deles, os professores, os alunos, as salas, os dias envolvidos, e nada encontrou que tivesse uma ligação com o problema.
Indo em direção ao Salão Pricipal, para o almoço, encontrou as lufanas Mary e Glory, conversando com outro aluno.
-Ei, galera! Tudo ok? – perguntou Ana.
-Ei, Ana, tudo certo. – quis saber Glory.
-Tudo certinho.
-Claro. E aí, que tal as primeiras semanas? Puxado? – perguntou Mary.
-Nem tanto. Estou gostando muito. – respondeu e olhou para o amigo das garotas – Olá. Ana, tudo bom? – se apresentou.
-Menina, que mole! Foi mal, deixa-me apresentar. Meu irmão Thiago. Disse a morena.
-Desculpe minha irmãzinha Mary. Ana seu nome, não é? Bonito e singelo como você. – disse sedutor.
-Obrigada. – respondeu sem graça.
-Mas é verdade! Seus cabelos são ruivos de verdade?
-Thiago! Que horror! – disse Glory com expressão chocada – Assim, você mata a Mary de vergonha! Onde já se viu? – atacou.
-Ora. Qual é o problema? – falou o rapaz com inocência fingida.
-Bem, se você não sabe, querido, não sou eu quem vai explicar! – disse categórica Mary.
-Ei, galera, relaxem! – e se virou para o rapz. - Sim Thiago, é ruivo natural, mas como não dá pra manter o brilho, eu passo algum tempo no sol por semana, assim fica mais claro. Entendeu? – e riu.
-OK, gata. Entendi. – falou o rapaz que parecia mais velho que a irmã. Deveria ter 18 anos. Enquanto Maria e Glória deviam ter a mesma idade de Ana. Ele era alto, moreno, atraente, de olhos verdes. Mas não despertava interesse em Ana, e pra não magoar a amiga e seu irmão, foi logo colocando alguma distância.
-Agora nós poderíamos almoçar meninas? Pois tenho muita coisa pra fazer e estudar ainda. E parece que os Elfos capricharam hoje.
-Vamos, sim, Ana. – responderam as duas juntas ainda olhando feio para o garoto.
Foram sentar-se na mesa da Lufa-lufa. Thiago tratou de sentar-se ao lado de Ana. Que notou que Glory não estava muito satisfeita.
-Vocês sabem algo sobre pesquisas na escola? - iniciou Ana após algum tempo.
-Pesquisa? Pesquisa de quê? – voltou Mary.
-Ah, sei lá. Se tem algum grupo de pesquisa que ofereça salário ou bolsa auxílio para alunos.
-Não. Nunca ouvi falar. E vocês? Thiago? Glory? – insistiu.
-Não. - negaram, sacudindo a cabeça.
-Por que? Você está precisando, gata? Porque se estiver, posso conseguir um "trampo" pra você. E aí poderíamos procurar juntos! – e deu um sorriso sedutor, que teria desarmado qualquer mulher.
Glória fechou a expressão, no mesmo momento, e olhava para o próprio prato como se tivesse muito mais interesse que o habitual.
-Não, é... quer dizer... é que eu sempre me interessei por pesquisas. Quer dizer... Não precisa se incomodar. – não sabia o que dizer.
-Qual incômodo? Será um prazer! – frisou ele. Com um sorriso charmoso.
-Está tudo bem mesmo. Bom, meninas, eu tenho que ir. Tenho que passar na biblioteca antes da aula de Herbologia. E não quero me atrasar. Então, tchau, galera! – disse engolindo a última garfada.
E se despediu de todos. O viu de longe ao lado do diretor. Ele deu um arremedo de sorriso. Que aparentemente só ela percebeu. Havia ficado grande parte da noite pensando, e ela ainda não havia descoberto nada que ajudasse a entender o que tinha acontecido no passado. Apenas continuava pensando que algo de errado estava escondido na história toda.
A aula após a de Herbologia era de Poções, e Ana, esperava ansiosamente, foi então uma das primeiras a chegar. Escolheu um lugar na frente, como sempre. Estava arrumando seu material quando ele entrou. Era o mesmo o homem mais atraente que já vira na vida. Parecia que tinha um campo magnético de sensualidade ao seu redor. Um cavalheiro Negro! Era isso que ele parecia. E ao entrar na sala, logo lhe ofereceu um meio-sorriso disfarçado, que lhe encheu o coração de uma alegria quase eufórica. Dando- lhe confiança e esperança de continuar tentando achar as respostas. Mas não houve tempo para conversarem, pois, outros alunos já começavam a chegar. E ele retomou a habitual expressão carrancuda.
Ao fim da aula, Ana esperou. E assim que pôde foi ter com ele.
-Oi, professor. – chegou Ana sorridente.
-Oi, Ana. Você sai que horas? Posso levá-la pra casa?
-Claro. Saio no horário de sempre, após o jantar. Eu... – mas um aluno que tinha esquecido a bolsa voltou e ela não disse o que queria. – Bom, professor Snape tenho outra aula em 10 minutos e já vou indo.
Ambos se encararam e por alguns segundos quase se esqueceram de onde estavam. Mas ele quebrou o contato visual primeiro e o momento passou, e cada um seguiu seu caminho.
Na hora de ir embora, Ana já aguardava na saída, quando foi abordada por alguém que não esperava.
-Olá, gata. Já vai? Você veio de vassoura?
Ana reconheceu a voz do irmão da Mary imediatamente. E não gostou nada da sensação de que estava sendo "fotografada".
-Olá, Thiago. Sim, e não. Sim, estou indo embora. E não, não vim de vassoura. Estou dando um tempo antes de ir. – ela não quis falar que iria com o Snape. Sentia que ainda era hora de guardar segredo. "Estranho!" Parece que ela já tinha vivido uma situação similar.
-Mas que bobagem. Deixe-me levar você, gata. Te levo pra qualquer lugar que desejar. É só o tempo de pegar minha Firebolt e a gente já vai. – disse sempre charmoso e envolvente. Accio Fire...
-Não, muito obrigada. – respondeu firme. Interrompendo o feitiço. – Eu... combinei com outra pessoa. E ela já deve estar chegando. – disse "ela" de propósito.
-Bom, se pensa assim. É uma pena, pois acho que poderia ajudar você com o "lance" do "trampo". – fingindo mágoa.
-Como assim? – desconfiada.
-É que eu fiquei sabendo que o centro de pesquisas de Hogsmead está organizando uma nova pesquisa com voluntários. Muito seleto. E pensei se você se interessaria. E poderíamos falar sobre isso... no caminho. – respondeu inocente.
Ana ficou na dúvida. "Será que é verdade? Mas e se não for? Sei que não devo confiar nele, mas... e o Severus? O que vai pensar se não me encontrar aqui? O que fazer?"
-Então, o que vai ser? – insistiu suavemente.
-Olha, eu realmente não posso aceitar sua oferta, hoje. Mas por que não nos encontramos amanhã? Poderíamos caminhar perto do lago no intervalo depois do almoço. Terei um horário vago. E poderemos falar sobre isso. Que tal?
-Tudo bem. – disse um pouco mais animado. – Combinado então. Amanhã, no lago. A gente se vê. – e deu um beijo no rosto dela. E se foi, assoviando uma canção.
-Quem era aquele, lá? – perguntou uma voz séria e dura, que assustou Ana.
-Hã? Ah, oi Severus. Aquele lá? É um colega, que talvez possa nos ajudar! – recuperando-se do susto. Gostou de notar que ele tinha ciúmes dela. E sorriu. – Vamos?
-Como é que ele pode nos ajudar? – perguntou ainda duro, desconfiado.
-Vamos! Eu te conto no caminho! Quero sair daqui. Vamos! – ela não ligou para o humor dele. Se lembrou do comentário "ele parece ter tomado um remédio bem amargo..." – e se segurou para não rir.
Snape soltou o ar com força e ficou parecido com um menino contrariado, ainda quando caminhava ao lado dela. Foram em silêncio, e assim chegaram à estrada de ia a Hogsmead ele falou outra vez.
-Então, vai me contar, em que aquele rapaz pode nos ajudar? – ele estava mesmo furioso.
-Sabe, - ignorando a grosseria - estive pensando que a peça do quebra- cabeça que falta, está no tal trabalho que você disse que eu fazia. Então resolvi procurar todos os cursos que os alunos ficam sabendo Todos os trabalhos disponíveis na escola e fora dela, que poderia render algum dinheiro.
-Mas tudo parece ser certinho. – continuou – E nada justifica o fato de eu não querer falar sobre o assunto com meu marido, quer dizer... com... você. – Ana corou e recomeçou como se não houvesse parado. – Eu conheci o Thiago Magnalam, o rapaz que você viu, hoje no almoço. Ele é irmão de uma das garotas que estudam comigo. Ele já está no sétimo ano, e conhece aquele lugar muito bem. Poderia saber mais coisas.
-Pois eu trabalho lá, há quase 17 anos e não sei de mais nada! – continuou frio ainda com a testa franzida.
-Certo, mas eu tinha quer tentar, não percebe?! – ignorou de novo - Bom, o fato é que na hora que perguntei se havia algum trabalho voluntário ou remunerado, principalmente ligado à área de pesquisa, ninguém soube me responder. Mas agora, quando eu o encontrei de novo na saída, ele me disse que existia sim, um trabalho de pesquisa no laboratório, que poderia me interessar. – disse animada.
-Estranho isso! Será que ele não está apenas inventando isso? – duvidou cínico, Snape.
-Mas por que ele faria isso? – ela já estava se cansando do jeito seco dele.
-Pra ficar com você, é claro! – disse com ira nos olhos, com uma calmaria calculada.
-Pode até ser. – não negou Ana. Não queria segredos entre eles. Não naquela nova vida. Não faria isso de novo. – Mas a única coisa que me interessa nele, é a informação que poderia me dar. Nada mais. – reafirmou com dignidade.
-Mas ele pode achar que você quer mais coisas! – a fúria quase palpável.
-Severus, - falou calma Ana, parou e colocou, sem perceber uma das mãos no peito dele. Sentiu a eletricidade do toque, mas não recuou. – Não se preocupe. Não sou uma boba. Posso ser jovem, mas não me deixo levar tão facilmente assim. Sei o que quero, e é descobrir o que houve entre nós. Eu e você. OK? Confie em mim! – disse serena olhando nos olhos dele.
Paulo teve sua respiração suspensa quando sentiu a mão dela. Teve que controlar o tremor das mãos. Respirou fundo e tratou de se acalmar.
-OK. – respirou com dificuldade - Eu confio em você. Mas tem que tentar entender minha situação. – suspirou outra vez. - Mas o que ele disse afinal? – ainda tinha um brilho no olhar duro.
-Não muito. Ele queria me levar pra casa e no caminho falaria sobre o assunto. Mas como não havia como desmarcar com você, então preferi deixar a conversa pra amanhã, após o almoço. – e observou a reação.
Snape não respondeu logo. E após alguns minutos retornou.
-Obrigado. – disse simplesmente.
-Por quê? – intrigada.
-Por não me esconder nada. Você poderia ter inventado qualquer desculpa. Depois do modo como agi. Do meu... ciúmes. Mas me contou tudo. Não era assim antes. – parecia realmente envergonhado.
-Não quero segredos entre nós Severus. – falou categórica Ana. – Tudo que acontecer, você será o primeiro a saber. Não vou disfarçar, pintar, modificar ou mentir sobre nada. Gostaria que fizesse o mesmo.
-Você mudou mesmo. Não que mentisse, não é isso. Mas não queria me preocupar a toa. Gostei mais desta Ana de agora.
Nesse momento já estavam chegando ao destino, e ela não queria que o dia acabasse. Não queria que ele fosse embora de novo. Então arriscou.
-Você não quer entrar? Um pouco talvez? – disse como se estivesse distraída.
-Não acho que seja certo. – respondeu relutante.
-Apenas não vá embora, só vamos conversar mais um pouco! – insistiu. Agora olhando diretamente nos olhos dele.
-Se eu subisse, não iríamos conversar, Ana. Eu sei que você sabe disso. – Ele estava desconfortável.
-Então suba! Suba comigo! – insistiu firme.
Ele parou, olhou pra baixo, pra ela, pra o céu, pra o relógio e para ela de novo.
-Mas não está certo. Você é só uma menina! – disse com tanta dor no olhar que Ana quase enlouqueceu, mas quando falou foi quase um sussurro.
-Não, Severus. Não sou mais. Aqui, - e espalmou a própria mão no peito. – Aqui, eu não sou mais. E quer saber do que mais, acredito em tudo o que me contou. Acredito também que sou sua mulher – frisou – É assim que eu me sinto, Severus. Como sua mulher. – ela não percebeu, mas disse as últimas palavras com o efeito de uma lágrima.
Ele não pode mais se conter. E a abraçou com força. Como se temesse perdê- la de novo. Como se ela pudesse desaparecer se saísse de seus braços. E chorou. Chorou baixinho. Emoção demais ali. Amor, dor, medo, desejo, desespero, tudo ao mesmo tempo.
Aos poucos foi se acalmando. Ele a beijou profunda e longamente nos lábios. Parou ofegante. Se afastou um pouco. Respirou fundo, tomou a frente. Ficou aguardando Ana ao lado da porta de dava para o edifício dela. Ela lhe deu as chaves, a porta foi aberta, pegou a mão dele e juntos, em silêncio, subiram até o apartamento.
Ana sabia que deveria estar nervosa, ansiosa, pois tudo o que disse era verdade, mas também era verdade que nunca tinha estado com um homem antes. Mas apesar disso, estava calma. Era o homem que amava, e amava com loucura. Tudo daria certo.
Ao entrar, o levou pela mão, direto para o quarto dela. E chegando lá, ele estava imóvel. Como um sonâmbulo. Parecia exausto. Lutar todo esse tempo contra a dor e de repente, lutar com a dor. Não devia ser fácil mesmo.
Ana se adiantou e começou a desabotoar a capa dele, com calma, como se o tempo já não fizesse parte daquele quarto. Tirou-lhe a roupa com uma lentidão deliberada. Queria eternizar aquele momento. Quando acabou, pegou as mãos dele e fez com que a despisse também. Foi mágico. Era como se tirassem todas as máscaras, as dúvidas, as tristezas e só restassem as almas. Nada mais. E como as almas se fundiram de modo cósmico; presente e passado, amor e desejo, loucura e dor, restando ao final, apenas paz. Paz absoluta. Ficaram muito tempo ainda, acordados, nos braços um do outro, sem que precisassem de palavras para nada.
Na manhã seguinte, Ana ainda sentia aquela mesma paz de antes. A felicidade era plena. Acordou com o barulho do despertador e ao virar de lado notou que ele ainda estava ali. Seus braços a envolveram pela cintura e começou a despertar também.
-Ei, dorminhoco! Vamos acordar? – chamou.
-Hum, - resmungou – Bom dia, meu amor! Parece que os sonhos se realizam, não é? - e a abraçou mais forte.
-Hum, se você continuar assim, vamos recomeçar e eu vou perder a hora, professor. – brincou Ana.
-Hum, eu sei. – e abraçou mais forte. – Estou acordando. Só preciso de um certo... estímulo. – sorriu matreiro ainda com os olhos fechados.
Ana riu alto. E correspondeu às carícias dele. Não poderia negar nada àquele homem.
Mais tarde, após perderem o café da manhã, chegaram á Hogwarts. Despediram- se. Ana lembrou que tinha um encontro marcado para o almoço. Queria resolver tudo o quanto antes. Para que o dia passasse logo a noite chegasse outra vez.
Continua...
Acho que posso contar um segredo sobre a fic. Foi um sonho que tive, toda
ela. E eu digo que chorei muito, mas gostei dele. Por isso revolvi
escreve-la.
Sett: continue curiosa e leia o resto! Hehehehe
Avoada: você está no caminho certo mas tem mais coisas na história. Não
perca os outros capítulos, prometo explicar tudinho!
Sam: Eu agradeço tudo e mais um pouco. Não teria conseguido colocar as
fic aqui se não fosse por você. Então dedico esse capítulo a Samhaim Girl
galera!!!
Paulinha: não adianta que não conto antes. Tem que ler tudo. Hehehe
Continuem comentando. Adorei isso!!!!!!! Beijão a todos!!!!!
CAPÍTULO IV – Pesquisas
No dia seguinte, Ana foi logo procurando por todos os cursos. Mas parecia tudo normal. Foi verificar cada um deles, os professores, os alunos, as salas, os dias envolvidos, e nada encontrou que tivesse uma ligação com o problema.
Indo em direção ao Salão Pricipal, para o almoço, encontrou as lufanas Mary e Glory, conversando com outro aluno.
-Ei, galera! Tudo ok? – perguntou Ana.
-Ei, Ana, tudo certo. – quis saber Glory.
-Tudo certinho.
-Claro. E aí, que tal as primeiras semanas? Puxado? – perguntou Mary.
-Nem tanto. Estou gostando muito. – respondeu e olhou para o amigo das garotas – Olá. Ana, tudo bom? – se apresentou.
-Menina, que mole! Foi mal, deixa-me apresentar. Meu irmão Thiago. Disse a morena.
-Desculpe minha irmãzinha Mary. Ana seu nome, não é? Bonito e singelo como você. – disse sedutor.
-Obrigada. – respondeu sem graça.
-Mas é verdade! Seus cabelos são ruivos de verdade?
-Thiago! Que horror! – disse Glory com expressão chocada – Assim, você mata a Mary de vergonha! Onde já se viu? – atacou.
-Ora. Qual é o problema? – falou o rapaz com inocência fingida.
-Bem, se você não sabe, querido, não sou eu quem vai explicar! – disse categórica Mary.
-Ei, galera, relaxem! – e se virou para o rapz. - Sim Thiago, é ruivo natural, mas como não dá pra manter o brilho, eu passo algum tempo no sol por semana, assim fica mais claro. Entendeu? – e riu.
-OK, gata. Entendi. – falou o rapaz que parecia mais velho que a irmã. Deveria ter 18 anos. Enquanto Maria e Glória deviam ter a mesma idade de Ana. Ele era alto, moreno, atraente, de olhos verdes. Mas não despertava interesse em Ana, e pra não magoar a amiga e seu irmão, foi logo colocando alguma distância.
-Agora nós poderíamos almoçar meninas? Pois tenho muita coisa pra fazer e estudar ainda. E parece que os Elfos capricharam hoje.
-Vamos, sim, Ana. – responderam as duas juntas ainda olhando feio para o garoto.
Foram sentar-se na mesa da Lufa-lufa. Thiago tratou de sentar-se ao lado de Ana. Que notou que Glory não estava muito satisfeita.
-Vocês sabem algo sobre pesquisas na escola? - iniciou Ana após algum tempo.
-Pesquisa? Pesquisa de quê? – voltou Mary.
-Ah, sei lá. Se tem algum grupo de pesquisa que ofereça salário ou bolsa auxílio para alunos.
-Não. Nunca ouvi falar. E vocês? Thiago? Glory? – insistiu.
-Não. - negaram, sacudindo a cabeça.
-Por que? Você está precisando, gata? Porque se estiver, posso conseguir um "trampo" pra você. E aí poderíamos procurar juntos! – e deu um sorriso sedutor, que teria desarmado qualquer mulher.
Glória fechou a expressão, no mesmo momento, e olhava para o próprio prato como se tivesse muito mais interesse que o habitual.
-Não, é... quer dizer... é que eu sempre me interessei por pesquisas. Quer dizer... Não precisa se incomodar. – não sabia o que dizer.
-Qual incômodo? Será um prazer! – frisou ele. Com um sorriso charmoso.
-Está tudo bem mesmo. Bom, meninas, eu tenho que ir. Tenho que passar na biblioteca antes da aula de Herbologia. E não quero me atrasar. Então, tchau, galera! – disse engolindo a última garfada.
E se despediu de todos. O viu de longe ao lado do diretor. Ele deu um arremedo de sorriso. Que aparentemente só ela percebeu. Havia ficado grande parte da noite pensando, e ela ainda não havia descoberto nada que ajudasse a entender o que tinha acontecido no passado. Apenas continuava pensando que algo de errado estava escondido na história toda.
A aula após a de Herbologia era de Poções, e Ana, esperava ansiosamente, foi então uma das primeiras a chegar. Escolheu um lugar na frente, como sempre. Estava arrumando seu material quando ele entrou. Era o mesmo o homem mais atraente que já vira na vida. Parecia que tinha um campo magnético de sensualidade ao seu redor. Um cavalheiro Negro! Era isso que ele parecia. E ao entrar na sala, logo lhe ofereceu um meio-sorriso disfarçado, que lhe encheu o coração de uma alegria quase eufórica. Dando- lhe confiança e esperança de continuar tentando achar as respostas. Mas não houve tempo para conversarem, pois, outros alunos já começavam a chegar. E ele retomou a habitual expressão carrancuda.
Ao fim da aula, Ana esperou. E assim que pôde foi ter com ele.
-Oi, professor. – chegou Ana sorridente.
-Oi, Ana. Você sai que horas? Posso levá-la pra casa?
-Claro. Saio no horário de sempre, após o jantar. Eu... – mas um aluno que tinha esquecido a bolsa voltou e ela não disse o que queria. – Bom, professor Snape tenho outra aula em 10 minutos e já vou indo.
Ambos se encararam e por alguns segundos quase se esqueceram de onde estavam. Mas ele quebrou o contato visual primeiro e o momento passou, e cada um seguiu seu caminho.
Na hora de ir embora, Ana já aguardava na saída, quando foi abordada por alguém que não esperava.
-Olá, gata. Já vai? Você veio de vassoura?
Ana reconheceu a voz do irmão da Mary imediatamente. E não gostou nada da sensação de que estava sendo "fotografada".
-Olá, Thiago. Sim, e não. Sim, estou indo embora. E não, não vim de vassoura. Estou dando um tempo antes de ir. – ela não quis falar que iria com o Snape. Sentia que ainda era hora de guardar segredo. "Estranho!" Parece que ela já tinha vivido uma situação similar.
-Mas que bobagem. Deixe-me levar você, gata. Te levo pra qualquer lugar que desejar. É só o tempo de pegar minha Firebolt e a gente já vai. – disse sempre charmoso e envolvente. Accio Fire...
-Não, muito obrigada. – respondeu firme. Interrompendo o feitiço. – Eu... combinei com outra pessoa. E ela já deve estar chegando. – disse "ela" de propósito.
-Bom, se pensa assim. É uma pena, pois acho que poderia ajudar você com o "lance" do "trampo". – fingindo mágoa.
-Como assim? – desconfiada.
-É que eu fiquei sabendo que o centro de pesquisas de Hogsmead está organizando uma nova pesquisa com voluntários. Muito seleto. E pensei se você se interessaria. E poderíamos falar sobre isso... no caminho. – respondeu inocente.
Ana ficou na dúvida. "Será que é verdade? Mas e se não for? Sei que não devo confiar nele, mas... e o Severus? O que vai pensar se não me encontrar aqui? O que fazer?"
-Então, o que vai ser? – insistiu suavemente.
-Olha, eu realmente não posso aceitar sua oferta, hoje. Mas por que não nos encontramos amanhã? Poderíamos caminhar perto do lago no intervalo depois do almoço. Terei um horário vago. E poderemos falar sobre isso. Que tal?
-Tudo bem. – disse um pouco mais animado. – Combinado então. Amanhã, no lago. A gente se vê. – e deu um beijo no rosto dela. E se foi, assoviando uma canção.
-Quem era aquele, lá? – perguntou uma voz séria e dura, que assustou Ana.
-Hã? Ah, oi Severus. Aquele lá? É um colega, que talvez possa nos ajudar! – recuperando-se do susto. Gostou de notar que ele tinha ciúmes dela. E sorriu. – Vamos?
-Como é que ele pode nos ajudar? – perguntou ainda duro, desconfiado.
-Vamos! Eu te conto no caminho! Quero sair daqui. Vamos! – ela não ligou para o humor dele. Se lembrou do comentário "ele parece ter tomado um remédio bem amargo..." – e se segurou para não rir.
Snape soltou o ar com força e ficou parecido com um menino contrariado, ainda quando caminhava ao lado dela. Foram em silêncio, e assim chegaram à estrada de ia a Hogsmead ele falou outra vez.
-Então, vai me contar, em que aquele rapaz pode nos ajudar? – ele estava mesmo furioso.
-Sabe, - ignorando a grosseria - estive pensando que a peça do quebra- cabeça que falta, está no tal trabalho que você disse que eu fazia. Então resolvi procurar todos os cursos que os alunos ficam sabendo Todos os trabalhos disponíveis na escola e fora dela, que poderia render algum dinheiro.
-Mas tudo parece ser certinho. – continuou – E nada justifica o fato de eu não querer falar sobre o assunto com meu marido, quer dizer... com... você. – Ana corou e recomeçou como se não houvesse parado. – Eu conheci o Thiago Magnalam, o rapaz que você viu, hoje no almoço. Ele é irmão de uma das garotas que estudam comigo. Ele já está no sétimo ano, e conhece aquele lugar muito bem. Poderia saber mais coisas.
-Pois eu trabalho lá, há quase 17 anos e não sei de mais nada! – continuou frio ainda com a testa franzida.
-Certo, mas eu tinha quer tentar, não percebe?! – ignorou de novo - Bom, o fato é que na hora que perguntei se havia algum trabalho voluntário ou remunerado, principalmente ligado à área de pesquisa, ninguém soube me responder. Mas agora, quando eu o encontrei de novo na saída, ele me disse que existia sim, um trabalho de pesquisa no laboratório, que poderia me interessar. – disse animada.
-Estranho isso! Será que ele não está apenas inventando isso? – duvidou cínico, Snape.
-Mas por que ele faria isso? – ela já estava se cansando do jeito seco dele.
-Pra ficar com você, é claro! – disse com ira nos olhos, com uma calmaria calculada.
-Pode até ser. – não negou Ana. Não queria segredos entre eles. Não naquela nova vida. Não faria isso de novo. – Mas a única coisa que me interessa nele, é a informação que poderia me dar. Nada mais. – reafirmou com dignidade.
-Mas ele pode achar que você quer mais coisas! – a fúria quase palpável.
-Severus, - falou calma Ana, parou e colocou, sem perceber uma das mãos no peito dele. Sentiu a eletricidade do toque, mas não recuou. – Não se preocupe. Não sou uma boba. Posso ser jovem, mas não me deixo levar tão facilmente assim. Sei o que quero, e é descobrir o que houve entre nós. Eu e você. OK? Confie em mim! – disse serena olhando nos olhos dele.
Paulo teve sua respiração suspensa quando sentiu a mão dela. Teve que controlar o tremor das mãos. Respirou fundo e tratou de se acalmar.
-OK. – respirou com dificuldade - Eu confio em você. Mas tem que tentar entender minha situação. – suspirou outra vez. - Mas o que ele disse afinal? – ainda tinha um brilho no olhar duro.
-Não muito. Ele queria me levar pra casa e no caminho falaria sobre o assunto. Mas como não havia como desmarcar com você, então preferi deixar a conversa pra amanhã, após o almoço. – e observou a reação.
Snape não respondeu logo. E após alguns minutos retornou.
-Obrigado. – disse simplesmente.
-Por quê? – intrigada.
-Por não me esconder nada. Você poderia ter inventado qualquer desculpa. Depois do modo como agi. Do meu... ciúmes. Mas me contou tudo. Não era assim antes. – parecia realmente envergonhado.
-Não quero segredos entre nós Severus. – falou categórica Ana. – Tudo que acontecer, você será o primeiro a saber. Não vou disfarçar, pintar, modificar ou mentir sobre nada. Gostaria que fizesse o mesmo.
-Você mudou mesmo. Não que mentisse, não é isso. Mas não queria me preocupar a toa. Gostei mais desta Ana de agora.
Nesse momento já estavam chegando ao destino, e ela não queria que o dia acabasse. Não queria que ele fosse embora de novo. Então arriscou.
-Você não quer entrar? Um pouco talvez? – disse como se estivesse distraída.
-Não acho que seja certo. – respondeu relutante.
-Apenas não vá embora, só vamos conversar mais um pouco! – insistiu. Agora olhando diretamente nos olhos dele.
-Se eu subisse, não iríamos conversar, Ana. Eu sei que você sabe disso. – Ele estava desconfortável.
-Então suba! Suba comigo! – insistiu firme.
Ele parou, olhou pra baixo, pra ela, pra o céu, pra o relógio e para ela de novo.
-Mas não está certo. Você é só uma menina! – disse com tanta dor no olhar que Ana quase enlouqueceu, mas quando falou foi quase um sussurro.
-Não, Severus. Não sou mais. Aqui, - e espalmou a própria mão no peito. – Aqui, eu não sou mais. E quer saber do que mais, acredito em tudo o que me contou. Acredito também que sou sua mulher – frisou – É assim que eu me sinto, Severus. Como sua mulher. – ela não percebeu, mas disse as últimas palavras com o efeito de uma lágrima.
Ele não pode mais se conter. E a abraçou com força. Como se temesse perdê- la de novo. Como se ela pudesse desaparecer se saísse de seus braços. E chorou. Chorou baixinho. Emoção demais ali. Amor, dor, medo, desejo, desespero, tudo ao mesmo tempo.
Aos poucos foi se acalmando. Ele a beijou profunda e longamente nos lábios. Parou ofegante. Se afastou um pouco. Respirou fundo, tomou a frente. Ficou aguardando Ana ao lado da porta de dava para o edifício dela. Ela lhe deu as chaves, a porta foi aberta, pegou a mão dele e juntos, em silêncio, subiram até o apartamento.
Ana sabia que deveria estar nervosa, ansiosa, pois tudo o que disse era verdade, mas também era verdade que nunca tinha estado com um homem antes. Mas apesar disso, estava calma. Era o homem que amava, e amava com loucura. Tudo daria certo.
Ao entrar, o levou pela mão, direto para o quarto dela. E chegando lá, ele estava imóvel. Como um sonâmbulo. Parecia exausto. Lutar todo esse tempo contra a dor e de repente, lutar com a dor. Não devia ser fácil mesmo.
Ana se adiantou e começou a desabotoar a capa dele, com calma, como se o tempo já não fizesse parte daquele quarto. Tirou-lhe a roupa com uma lentidão deliberada. Queria eternizar aquele momento. Quando acabou, pegou as mãos dele e fez com que a despisse também. Foi mágico. Era como se tirassem todas as máscaras, as dúvidas, as tristezas e só restassem as almas. Nada mais. E como as almas se fundiram de modo cósmico; presente e passado, amor e desejo, loucura e dor, restando ao final, apenas paz. Paz absoluta. Ficaram muito tempo ainda, acordados, nos braços um do outro, sem que precisassem de palavras para nada.
Na manhã seguinte, Ana ainda sentia aquela mesma paz de antes. A felicidade era plena. Acordou com o barulho do despertador e ao virar de lado notou que ele ainda estava ali. Seus braços a envolveram pela cintura e começou a despertar também.
-Ei, dorminhoco! Vamos acordar? – chamou.
-Hum, - resmungou – Bom dia, meu amor! Parece que os sonhos se realizam, não é? - e a abraçou mais forte.
-Hum, se você continuar assim, vamos recomeçar e eu vou perder a hora, professor. – brincou Ana.
-Hum, eu sei. – e abraçou mais forte. – Estou acordando. Só preciso de um certo... estímulo. – sorriu matreiro ainda com os olhos fechados.
Ana riu alto. E correspondeu às carícias dele. Não poderia negar nada àquele homem.
Mais tarde, após perderem o café da manhã, chegaram á Hogwarts. Despediram- se. Ana lembrou que tinha um encontro marcado para o almoço. Queria resolver tudo o quanto antes. Para que o dia passasse logo a noite chegasse outra vez.
Continua...
