Feliz Natal

Madame Pomfrey só deixou Gina sair da Ala Hospitalar dois dias depois à hora de almoço, fazendo-a prometer que comeria como deve de ser dali para a frente. Ao chegar ao Salão ela foi imediatamente puxada pelo braço por Draco Malfoy.

- Tu vens comigo minha menina! – disse ele antes de começar a dirigir-se para a mesa da Sonserina. Todos olhavam para a ruiva o que fazia Draco perguntar irritado: O que foi?! Nunca viram?!

- Eu prometi que tomava conta de ti, por isso come Virgínia! – disse ele mal se sentaram.

- Eu não tenho fome Draco. – respondeu ela olhando para a comida.

- Come Weasley!

Ela achou melhor comer, a maneira como o louro havia falado conseguia assustá-la. Comia calmamente quando reparou que todo o Salão estava silencioso, e que Draco olhava fixamente para um ponto atrás dela; virou-se e encontrou...

- Ron, olá!

- O que fazes aqui Virgínia Weasley? – questionou o irmão com as orelhas vermelhas por causa da irritação.

- Ela come. Porquê Weasley, é assim tão complicado de perceber? – questionou Draco com a sua habitual voz de deboche.

- Na mesa da Sonserina? E ao teu lado Malfoy?

- Sabes Ron – começou Virgínia calmamente – Draco foi a única pessoa que se preocupou realmente comigo. Nem tu, nem Harry se preocuparam com o meu estado.

- Um Malfoy não se preocupa com ninguém!

- Isso não me interessa para nada, só sei que Draco se preocupou comigo, só isso me interessa.

- És muito ingénua Virgínia Weasley, ele não se preocupa com ninguém mesmo. Lembras-te quando o pai do teu querido amiguinho louro te deu como prenda o diário de Tom Riddle no teu primeiro ano?

O louro sabia perfeitamente que a ruiva não gostava nada que tocassem naquele assunto, ela havia-lhe dito há algum tempo atrás; na verdade ele próprio não gostava que tocassem naquele assunto. Afinal ela correra perigo por causa do seu pai. Levantou-se de repente e agarrou o ruivo à sua frente pelo colarinho, e disse:

- Nunca mais me compares ao meu pai, ouviste Weasley? Agora baza daqui.

(.......)

- Vais-me explicar o que se passou no Salão? – perguntou Ron a Gina mal esta entrou na sala comum.

- Acho que Draco foi muito explícito. - respondeu ela. E olhando para o namorado disse: - Harry preciso de ir conversar contigo, vamos até aos jardins?

Ao chegarem aos jardins o menino de olhos verdes começou dizendo:

- Gi eu peço desc.....

- Não vim aqui para ouvir as tuas explicações! – disse ela interrompendo-o – Esta caminhada tem um só objectivo.

- E qual é?

- O final do nosso namoro.

- Mas Gi, olha eu sei que não tenho sido bom namorado, que muitas vezes te deixo sozinha, mas amo-te muito, por favor dá-me outra oportunidade! Eu prometo que vou melhorar o meu comportamento em relação a ti.

- Sabes Harry, tu tens os teus defeitos, e como namorado infelizmente tiveste muitos. Desde nova que eu sonhava em namorar contigo, e talvez tenha criado muitas expectativas em relação a isso. E agora que namorávamos eu vi, que tu não eras exactamente o que eu imaginei, por isso também tenho certa culpa no fracasso deste namoro. Mas Harry, por mais que tu me prometas que vais mudar, nunca conseguirás alcançar as minhas expectativas, porque eu pensava que tu eras quase perfeito, mas não és, és Humano e erras como todos nós. Tu erras-te e eu também errei, se calhar mais do que tu, por certas coisas que aconteceram. Mas eu já não te amo, por isso nunca mais poderia dar certo.

- Tu já não me amas?

- Não Harry, já não te amo. Sendo sincera eu não sei se alguma vez te amei de verdade, acho que o que sempre senti por ti foi uma grande admiração, como um ídolo, entendes?

- Não, não entendo. Gina nós fomos felizes!

- No início do namoro sim, mas agora isto já nem parecia nenhum namoro.

- O Malfoy!

- O que tem o Draco a ver com isto tudo?

- Tu ama-lo?

- Não creio ser obrigada a responder a essa pergunta, pois a partir de agora cada um tem a sua vida, e eu já não te devo explicações da minha. Adeus Harry Potter.

Dizendo isto Gina virou costas e voltou para o Castelo.

(.....)

Os dias foram passando, e Draco e Gina eram cada vez mais amigos. A véspera de Natal chegou rapidamente, e Virgínia passeava com a sua amiga Maggie pelos jardins de Hogwarts. Falavam alegremente, quando a menina loira, pois havia pintado o cabelo, disse:

- O Malfoy vem para aqui, e eu vou-me embora!

- Mas não necessitas de ir! Podes ficar.

- Eu não gosto de fazer de vela!

- Nós não namoramos.

- Por enquanto. – disse a menina piscando o olho para a ruiva, que lhe sorriu de volta.

Quando o louro se aproximou da ruiva, o coração desta acelerou instantaneamente.

- Olá Weasley! – cumprimentou ele com um sorriso.

- Olá Malfoy!

- Ao pé do lago de novo?

- Passeava com a minha amiga.

O louro manteve-se a olhar para ela. Olhava-a fixamente, e Gina começava a sentir-se incomodada, e começava a ficar vermelha.

- Sim Malfoy, o que foi? – questionou ela por fim, na tentativa de ele a parar de olhar daquela maneira.

- Voltas-te a ter aquele sonho?

- Tive sim, várias vezes seguidas, por isso é que no jogo eu estava tão mal, por causa do sonho. Ele tirava-me o sono, e a fome. Só que não era como da primeira vez, destas ultimas vezes alguém me salvava, mas nunca consegui ver quem.

- Eu tive um sonho também, na véspera do jogo – começou ele, aproximando-se mais da ruiva – Eu nadava no lago, e salvava alguém, alguém com lindos cabelos vermelhos.

A ruiva olhava seriamente para ele, e por fim disse:

- Tu salvaste-me! E salvas-te mesmo! Salvaste-me de cair da vassoura, de um namoro que caminhava para a ruína, e salvaste-me a mim própria quando entras-te na minha vida.

O louro encostou a ruiva delicadamente à árvore que se encontrava atrás dele, e de seguida encostou o seu corpo ao dela. Podiam sentir a respiração um do outro, o coração do outro a bater forte de encontro ao peito. Draco passou uma mão pela face quente da ruiva, e pousou a outra na sua cintura. Ela passou os seus braços por trás do pescoço dele. O primeiro contacto foi suave, só roçando os lábios, de seguida ela entreabriu os lábios, deixando-o explorar a sua boca. Ao sentir a língua dele de encontro à sua, ela sentiu o seu corpo estremecer, um arrepio percorreu toda a sua espinha, e ela segurou-se com mais força ao pescoço dele, com medo de cair. Beijavam-se calmamente, queriam desfrutar do sabor da boca um do outro. Para infelicidade de ambos, eles tiveram que se separar para recuperarem o fôlego.

- Virgínia posso te fazer uma pergunta? Prometes que não te ris? É que nunca fiz uma pergunta.....tão....estúpida.

- Podes, e eu prometo não me rir.

- AceitasnamorarcomigoVirginia?

- O quê? Desculpa Draco eu não percebi, tens que ser mais explícito!

- A...cei...tas na...mo...rar co..mi...go Vir...gi...nia? Explicito o suficiente?

A ruiva olhava para ele abismada, não esperava que ele a pedisse em namoro. Mas tinha pedido, e não era um sonho. Draco Malfoy tinha pedido ela em namoro.

- É claro que eu a...cei...to namorar contigo.

Ao ouvir a resposta o louro teve ímpetos de começar ao pulos, mas o facto de ter 16 anos de educação Malfoy, e a sua noção pelo ridículo fê-lo reconsiderar a hipótese. Em vez disso ele voltou a beijar a namorada apaixonadamente.

(....)

Virgínia entrara na sala comum super feliz, era a namorada de Draco Malfoy, e adorava-o muito, mais do que algum dia havia adorado Harry.

"Harry! – pensou ela olhando para o menino que sobreviveu – Como será que ele vai reagir quando souber que foi trocado pela pessoa de Hogwarts que ele mais odeia?!"

- Gi! Como foi? – perguntou Maggie por trás da ruiva.

A menina virou-se para a amiga com os olhos a brilhar e com um sorrido enorme.

- Draco pediu-me em namoro! - respondeu ela num sussurro.

- A sério? – perguntou ela fazendo com que todos os que se encontravam na sala olhassem para ela, afinal havia praticamente gritado – Ops....desculpa! – acrescentou baixinho.

As duas meninas saíram da sala sorridentes, e dirigiram-se para o Salão Principal, para irem jantar.

Ao lá chegaram viram que só havia uma mesa, afinal pouca gente ficara em Hogwarts.

Depois de se sentar, Virgínia sentiu alguém sentar-se ao lado dela. Olhou para o lado e deparou-se com o belo menino louro.

- Óptimo vou fazer de vela. – comentou a loira baixinho, fazendo com que Draco e Gina sorrissem.

Virgínia almoçava calmamente, estando se mão dada com o louro, quando viu entrar pela porta do Salão o trio maravilha.

- O que faz o Malfoy sentado ao pé da minha irmã?

- Eu também gostava de saber! – respondeu Hermione.

Harry olhava para os dois com um misto de ódio e tristeza.

- Sem dúvida alguma a cara do Potter é muito divertida. – comentou o loiro à namorada.

- Não sejas assim Draco!

O trio maravilha sentou-se em frente do casal, e Gina já imaginava o que ia acontecer, eles iam começar a mandar vir com Draco e este responderia à letra. Mas para surpresa dela, ninguém abriu a boca.

Passado uns momentos, Draco pousou a mão dele, que estava dada com a da namorada, em cima da mesa, fazendo com que os olhos de todos os membros do trio maravilha olhassem abismados para aquela situação.

Virgínia teve a impressão que o namorado se divertira com a cara dos outros, pois ela sentiu os dedos dela a se entrelaçarem nos dela.

- Chega! – gritou Ron, que se encontrava vermelho – o que se passa com vocês?

- O que queres dizer? – questionou Draco fazendo-se de desentendido.

- O que quero dizer?! O que fazem vocês de mãos dadas?

- Nada Ron! – respondeu Gina.

- Nada?! Nada?

- Bem que eu saiba Weasley, namorados andam de mãos dadas!

- Na....namorados? – balbuciou Ron chocado. – O que raio significa isso?

- Significa que eu e Virgínia namoramos, ou seja, andamos de mãos dadas, beijamo-nos e não desgrudamos um do outro. Percebido Weasley, ou queres um desenho?

- Tu......Virgínia Weasley, explica-te!

- Explicar-me?! Porquê?

- Porque eu sou teu irmão!

- Exacto, irmão; não és meu pai, por isso não tenho que te dar nenhuma explicação sobre a minha vida!

- Eu pensava que Harry é que era teu namorado.

- Era! Bela aplicação do verbo, no passado.

- Eu não acredito que foi por ele que me trocaste! – disse Harry pela primeira vez.

Virgínia gargalhou, e o ego de Draco atingiu o máximo.

- Foi Harry! Foi por ele mesmo. E Ron não te incomodes em contar aos pais, eu própria tratarei disso. Draco vamos?

A ruiva levantou-se e dirigiu-se para a porta do Salão, sendo seguida por um louro extremamente sorridente, e deixando para trás o trio maravilha em estado de choque.

Ao chegarem à árvore "deles" Gina disse furiosa:

- Que ódio, não posso ter a minha própria vida. O meu irmão ainda pensa que eu sou uma menininha, mas já tenho 15 anos, sei muito bem tratar de mim sozinha. E agora vou ter que escrever aos meus pais a contar do namoro.

- Eu também vou escrever aos meus, mas fazemos assim, escrevemos só depois do Natal, dia 26.

- Tudo bem – concordou a ruiva antes de ser puxada por Draco, que acabava de se sentar no chão.

- Sabes, tu ainda és uma menininha, e precisas de protecção.

- Tu também?

- Protecção de um namorado.

- E serás tu que me vais proteger?

- Sempre. – respondeu ele antes de a beijar.

Olharam um para o outro e de seguida para o céu estrelado. De repente uma estrela cadente passou.

"Desejo que ele não me deixe nunca!" – pediu a ruiva

"Por muito estúpido que possa ser, eu quero que o nosso namoro dure!" – desejou ele

- Feliz Natal Virgínia!

- Feliz Natal Draco!

Beijaram-se durante imenso tempo, já a noite ia alta quando eles se dirigiram para as respectivas salas comunais.

Deitaram-se ambos com enormes sorrisos nos lábios, afinal tanto Draco como Gina se encontravam felizes.

N/A: Mais um capitulo. O que acharam?

Bem quero agradecer os reviews que me têm mandado.

Fefs Malfoy: Muito agradecida pelo seu review, espero que continue acompanhando a fic, e vá comentando sempre. E deixe as suas opiniões.

Ana: Priminha. Fiquei muito feliz quando vi o teu review, ainda bem que estás a gostar. Olha eu vou continuar a escrever, é lógico, e tu vê se vais continuando a ler e claro a comentar tá? Posso dizer-te que o sonho deles tem um significado, que eles vão descobrir mais para a frente.

Kika: Pois é amiga do meu coração, mais um capítulo, mais um comentário. Desculpa se te deixei a arder ontem, mas é que aquele capítulo tinha que acabar assim, para dar mais suspense, percebes? Que mais te posso dizer?! Ainda bem k gostaste do meu ultimo review, e vê se metes a outra fic depressa na net. E continua a comentar.

Jinhos para todos.