Cap4 - Tão diferentes, tão iguais
Ele deu um jeito de sentar-se próximo dela, mas Saori não lhe deu bola.
Depois de três horas, a palestra acabou.
Na saída, Seiya tentou começar uma conversa:
- Aí, maneiríssimos esses deuses... Acho o Hefesto um barato!
- Pois eu o odeio! Ele tentou violentar Athena! Felizmente, ela conseguiu se salvar!
- Putz, não sabia... Então, ele era um babaca, tinha que ser fuzilado!
- Deuses são imortais, você não sabia?
- Sabia, claro... Foi só um modo de falar.
- Bom, eu vou indo...
- Espere, você não quer tomar um sorvete comigo?
- Estou resfriada, não posso tomar sorvete.
- Então um Big Mac com batata frita?
- Engorda...
- Torta de chocolate na doceria do Yamamura...
Ele tinha falado a palavra mágica: chocolate!
- Como você adivinhou que eu adoro essa torta? - indagou a garota.
- Bom, na verdade eu também gosto, por isso sugeri.
- Estamos esperando o quê? Vamos!
Seiya se alegrou. Finalmente ela tinha baixado a guarda.
Eles comeram a torta, enquanto ele jogava todo o seu charme pra cima dela:
- Sabe, Saori, seus olhos parecem duas esmeraldas, e seu cabelo é macio como cetim.
- Como você pode saber se é macio, se não tocou nele?
- Não seja por isso...
Ele começou a acariciar os cabelos dela, que ficou meio incomodada, mas não retirou sua mão.
Pela primeira vez, Seiya reparou que ela era realmente muito bonita, e ficava mais ainda quando envergonhada.
Teve vontade de beijar aqueles lábios rosados, mas se conteve.
- Escuta, o que você quer comigo hein? - perguntou ela.
- Você...
- Acho que você precisa ser internado.
- Com prazer, desde que você vá comigo pro hospício.
- Você é cínico mesmo ou tá tirando uma com a minha cara?
- Nenhum dos dois, princesa.
- Não me chame assim! Detesto princesas, são todas umas submissas! E eu detesto mulher submissa!
- Eu também odeio mulher submissa! Gosto de garotas decididas, de atitude... Assim como você!
- Você não desiste, né?
- Como desistir de alguém como você? Uma garota linda, inteligente...
- Rica - completou ela.
- Peraí... Assim você me ofende. Tá insinuando que eu tô a fim de você por causa da sua grana?
- Bom, eu sei que você tem bolsa de estudos, e...
- Nunca mais ouse falar uma coisa dessas! Você é uma riquinha mimada, não sabe nada da vida. E quer saber, realmente não sei porque tô perdendo meu tempo com você!
Levantou-se, irritado, e já estava saindo quando ela disse:
- Desculpe, eu não tive intenção de te ofender.
- Mas ofendeu. Você pensa que é melhor que os outros porque é rica? Não sabe que existe uma coisa chamada amor, que independe do dinheiro que a pessoa tenha ou deixe de ter?
- Seiya, eu... Sei lá, não sei porque eu disse aquilo, eu não me importo com dinheiro.
- Bom, eu tenho que ir... Tchau.
- Tchau.
Ele se foi, deixando-a confusa.
Não queria sentir o que estava sentindo.
Seiya era bonito, e apesar de seu vocabulário de skatista, era muito divertido e interessante.
Sem falar que tivera a coragem de lhe dar uma lição de moral, coisa que nem seu pai se atrevia a fazer.
Ele tinha falado em amor... Será que ele a amava? Ou era tudo da boca pra fora?
Seiya era homem, e ela não confiava em ninguém do sexo masculino.
Enquanto isso, Seiya chegou em casa, pegou seu skate e foi praticar na rampa próxima de sua casa.
"Nem tudo lhe cai bem
é um risco que se assume
O bom é não iludir ninguém"
Estava se arrependendo de ter aceitado a proposta de Julian. Não tinha o direito de fazer Saori sofrer. Tinha que desistir do plano, e devolver o dinheiro de Julian.
"Às vezes faço o que quero
Às vezes faço o que tenho que fazer
Às vezes faço o que quero
Às vezes faço o que tenho que fazer"
Por outro lado...
Bem que ele gostaria de namorar com ela... Saori não se parecia com as outras garotas, sempre às voltas com roupas, perfumes e coisinhas fúteis.
Ela sabia conversar sobre várias coisas, e tinha que admitir que a palestra sobre Mitologia havia sido interessante... Embora tivesse dado aquele fora, ao dizer que admirava o deus Hefesto.
"Eu nunca tive muito a ver com ela
O livro que ela ama eu não li
Eu nunca tive muito a ver com ela
O filme que ela adora eu não vi
Como chegar nela eu nem sei
Ela é tão interessante e eu aqui pichando muro
Como chegar nela eu nem sei
Ela é tão diferente
E eu igual a todo mundo"
Era mesmo estranho. Saori o atraía muito, apesar de serem tão diferentes.
Ela era toda certinha, séria, e adorava ler.
Já ele adorava zuar com todo mundo, e preferia mil vezes andar de skate do que ler um livro.
"Logo eu, que sempre achei legal ser tão errado
Que nem sempre calmo, mas nunca preocupado
Logo eu, que sempre achei legal ser tão errado
Que nem sempre calmo, mas nunca preocupado..."
Ele era do tipo que colocava tachinhas na cadeira do professor (na verdade, ele só fizera isso com o Professor Misty, que era um carrasco na sua opinião).
Também já tinha ido várias vezes para a diretoria por indisciplina. Estava na lista negra do inspetor Tatsume, juntamente com Ykki.
Ele deu um jeito de sentar-se próximo dela, mas Saori não lhe deu bola.
Depois de três horas, a palestra acabou.
Na saída, Seiya tentou começar uma conversa:
- Aí, maneiríssimos esses deuses... Acho o Hefesto um barato!
- Pois eu o odeio! Ele tentou violentar Athena! Felizmente, ela conseguiu se salvar!
- Putz, não sabia... Então, ele era um babaca, tinha que ser fuzilado!
- Deuses são imortais, você não sabia?
- Sabia, claro... Foi só um modo de falar.
- Bom, eu vou indo...
- Espere, você não quer tomar um sorvete comigo?
- Estou resfriada, não posso tomar sorvete.
- Então um Big Mac com batata frita?
- Engorda...
- Torta de chocolate na doceria do Yamamura...
Ele tinha falado a palavra mágica: chocolate!
- Como você adivinhou que eu adoro essa torta? - indagou a garota.
- Bom, na verdade eu também gosto, por isso sugeri.
- Estamos esperando o quê? Vamos!
Seiya se alegrou. Finalmente ela tinha baixado a guarda.
Eles comeram a torta, enquanto ele jogava todo o seu charme pra cima dela:
- Sabe, Saori, seus olhos parecem duas esmeraldas, e seu cabelo é macio como cetim.
- Como você pode saber se é macio, se não tocou nele?
- Não seja por isso...
Ele começou a acariciar os cabelos dela, que ficou meio incomodada, mas não retirou sua mão.
Pela primeira vez, Seiya reparou que ela era realmente muito bonita, e ficava mais ainda quando envergonhada.
Teve vontade de beijar aqueles lábios rosados, mas se conteve.
- Escuta, o que você quer comigo hein? - perguntou ela.
- Você...
- Acho que você precisa ser internado.
- Com prazer, desde que você vá comigo pro hospício.
- Você é cínico mesmo ou tá tirando uma com a minha cara?
- Nenhum dos dois, princesa.
- Não me chame assim! Detesto princesas, são todas umas submissas! E eu detesto mulher submissa!
- Eu também odeio mulher submissa! Gosto de garotas decididas, de atitude... Assim como você!
- Você não desiste, né?
- Como desistir de alguém como você? Uma garota linda, inteligente...
- Rica - completou ela.
- Peraí... Assim você me ofende. Tá insinuando que eu tô a fim de você por causa da sua grana?
- Bom, eu sei que você tem bolsa de estudos, e...
- Nunca mais ouse falar uma coisa dessas! Você é uma riquinha mimada, não sabe nada da vida. E quer saber, realmente não sei porque tô perdendo meu tempo com você!
Levantou-se, irritado, e já estava saindo quando ela disse:
- Desculpe, eu não tive intenção de te ofender.
- Mas ofendeu. Você pensa que é melhor que os outros porque é rica? Não sabe que existe uma coisa chamada amor, que independe do dinheiro que a pessoa tenha ou deixe de ter?
- Seiya, eu... Sei lá, não sei porque eu disse aquilo, eu não me importo com dinheiro.
- Bom, eu tenho que ir... Tchau.
- Tchau.
Ele se foi, deixando-a confusa.
Não queria sentir o que estava sentindo.
Seiya era bonito, e apesar de seu vocabulário de skatista, era muito divertido e interessante.
Sem falar que tivera a coragem de lhe dar uma lição de moral, coisa que nem seu pai se atrevia a fazer.
Ele tinha falado em amor... Será que ele a amava? Ou era tudo da boca pra fora?
Seiya era homem, e ela não confiava em ninguém do sexo masculino.
Enquanto isso, Seiya chegou em casa, pegou seu skate e foi praticar na rampa próxima de sua casa.
"Nem tudo lhe cai bem
é um risco que se assume
O bom é não iludir ninguém"
Estava se arrependendo de ter aceitado a proposta de Julian. Não tinha o direito de fazer Saori sofrer. Tinha que desistir do plano, e devolver o dinheiro de Julian.
"Às vezes faço o que quero
Às vezes faço o que tenho que fazer
Às vezes faço o que quero
Às vezes faço o que tenho que fazer"
Por outro lado...
Bem que ele gostaria de namorar com ela... Saori não se parecia com as outras garotas, sempre às voltas com roupas, perfumes e coisinhas fúteis.
Ela sabia conversar sobre várias coisas, e tinha que admitir que a palestra sobre Mitologia havia sido interessante... Embora tivesse dado aquele fora, ao dizer que admirava o deus Hefesto.
"Eu nunca tive muito a ver com ela
O livro que ela ama eu não li
Eu nunca tive muito a ver com ela
O filme que ela adora eu não vi
Como chegar nela eu nem sei
Ela é tão interessante e eu aqui pichando muro
Como chegar nela eu nem sei
Ela é tão diferente
E eu igual a todo mundo"
Era mesmo estranho. Saori o atraía muito, apesar de serem tão diferentes.
Ela era toda certinha, séria, e adorava ler.
Já ele adorava zuar com todo mundo, e preferia mil vezes andar de skate do que ler um livro.
"Logo eu, que sempre achei legal ser tão errado
Que nem sempre calmo, mas nunca preocupado
Logo eu, que sempre achei legal ser tão errado
Que nem sempre calmo, mas nunca preocupado..."
Ele era do tipo que colocava tachinhas na cadeira do professor (na verdade, ele só fizera isso com o Professor Misty, que era um carrasco na sua opinião).
Também já tinha ido várias vezes para a diretoria por indisciplina. Estava na lista negra do inspetor Tatsume, juntamente com Ykki.