Cap 16 - O que a gente não faz por amor...
Saori chegou em casa, e levou bronca do pai.
- Por onde a Srta. andou, posso saber?
- Estava com Seiya, papai... Ele me pediu em casamento!
- O quê? Só podem estar loucos se acham que vou concordar com isso!
- Qual o problema?
- Saori, esse rapaz não é do nosso nível!
- Mas o senhor nunca se opôs ao nosso namoro!
- Namorar é uma coisa, casar é um passo bem mais sério... Eu não quero sustentar ninguém!!
- Que horror, papai... Pra sua informação, o Seiya só quer casar com separação de bens!
- E você vai concordar em morar numa casa pequena, sem conforto? Vai abrir mão de tudo que você tem aqui pra ficar com um rapaz sem eira nem beira?
Saori se irritou.
- Eu prefiro levar uma vida simples do que me casar com alguém materialista como o senhor, que só pensa em trabalhar e nunca se dedicou à sua família!
- Não fale assim comigo!
- É verdade, pai... A mamãe, antes de morrer, me disse que não aguentava mais tanta solidão... Porque o senhor a deixava sozinha em casa pra ir trabalhar nos finais de semana, feriados... Nunca viajou com a gente, nunca esteve presente nos momentos em que eu e Shunrey precisávamos.
- Você está sendo injusta, filha... Eu só queria dar o melhor pra vocês...
- Preferia minha parte em carinho, em amizade... Mas o senhor sempre tentou comprar nosso respeito e obediência com presentes...
- Eu nunca pensei assim...
- Mas é como nos sentíamos, pai. E agora o senhor vem tentar me convencer a não me casar com o homem que eu amo, e que me ama também? É meio tarde para isso agora...
- Perdão, Saori... Eu nunca percebi o quanto fui ausente...
Ela ficou se sentindo meio culpada por ver o pai entristecido, mas já queria ter falado há muito tempo aquelas coisas, que tanto a fizeram sofrer no passado.
Além disso, não deixaria que nada, nem ninguém, a afastasse de seu amor.
Tinha demorado tanto para ser feliz, e agora ninguém tiraria isso dela.
Na manhã seguinte, o Sr. Kido perguntou:
- Você pretende mesmo se casar?
- Com ou sem seu consentimento. Eu já sou maior de idade!
- Mas filha, pense bem... será que esse rapaz é a pessoa certa pra você?
- Pai, ele me fez enxergar que nem todo mundo é interesseiro... ele me ama pelo que eu sou, não porque eu sou filha de um empresário milionário!
- Como pode ter certeza?
- Ele já provou isso várias vezes...
- Mas ainda não estou convencido.
- Não me importo.
Saiu, deixando o pai preocupado.
Naquela manhã, Seiya foi para o trabalho disposta a acertar contas com Julian.
Porém, o cafajeste não tinha ido trabalhar.
Coincidentemente, Saori decidiu ir ao hipermercado para falar novamente com o pai.
No momento em que chegou, uma quadrilha de perigosos marginais invadiu o estabelecimento, provocando pânico nos clientes.
Um dos assaltantes segurou Saori e apontou uma arma para sua cabeça.
- Essa é a filha do dono!! Agora ele terá que dar tudo o que pedirmos, senão eu mato essa coisinha linda! - ameaçou o bandido que a tomara como refém.
Saori ficou assustada, mas tentou não reagir. O bandido poderia feri-la se tentasse algo.
Nisso, o Sr. Kido já tomara conhecimento do que estava acontecendo.
Seiya também soube do assalto, e correu para salvar sua amada.
Quando a viu sendo ameaçada pelo bandido, não teve dúvidas.
Aproveitando-se de um momento de distração, bateu com um objeto na cabeça do sujeito, que caiu duro.
Saori correu, mas um dos comparsas, vendo que Seiya atrapalhara os planos do colega, mirou seu revólver para ela.
Foi tudo numa fração de segundos.
Seiya percebeu o que ele pretendia, e se jogou na frente da namorada.
O tiro o acertou, fazendo com que caísse no chão, desacordado.
- Nãããooo!!!
Saori se abraçou ao corpo do amado, chorando desesperadamente.
A polícia chegou e prendeu a quadrilha.
Uma ambulância levou Seiya para o hospital. Seu estado era gravíssimo, com poucas chances de sobreviver.
Aflita, Saori não conseguia pensar na possibilidade dele morrer.
O Sr. Kido e Shunrey tentavam acalmá-la, mas era inútil.
Pandora, Ykki e Shiryu também foram até lá para saber notícias de Seiya.
Pandora tentou encorajar a amiga, mas Saori não reagia.
- Ele foi atingido pra me salvar! Pandora, eu amo o Seiya! Ele não pode morrer...
- Calma, vai dar tudo certo!
- Já estávamos pensando em nos casar...
- Vocês vão casar, e eu vou ser a madrinha! - disse, na tentativa de animá-la.
- Eu não quero mais viver se ele...
- Pára com isso, Saori! Você não dizia que só as tolas se apaixonam, que mulher não deve viver em função de homem?
- Isso foi antes, Pandora... Antes de entender que, por amor, as pessoas são capazes de tudo... até de morrer...
As horas passavam lentamente, sem notícias sobre o estado de Seiya.
Quando anoiteceu, o médico apareceu.
- Doutor, o Seiya... como ele está?
- Vai sobreviver... até já saiu do coma!
Saori não cabia em si de felicidade.
- Viu, Saori, eu disse que ele se salvaria! - exclamou Pandora.
- Seu nome é Saori? Ele chama o tempo todo por você - comentou o médico.
- Posso vê-lo? Por favor!
- Está bem, ele já vai ser transferido para o quarto.
Ela aguardou que o médico autorizasse sua entrada.
Quando viu Seiya, não conteve as lágrimas de alegria por saber que ele estava vivo.
Ele a viu, e sorriu para ela com aquele jeitinho de menino que a encantava.
- Que bom saber que você está bem... - murmurou ele.
- Seu louco, como você pode ter feito aquilo?
- É porque eu sou louco... por você! Eu daria minha vida por você, Saori...
- Eu não quero que dê sua vida por mim, quero que você viva por mim... Porque, se eu te perdesse, minha vida acabaria...
Emocionados, beijaram-se.
Depois de tudo, o Sr. Kido não teve mais argumentos contra o casamento, pois o rapaz salvara sua filha.
Ele fez questão de oferecer uma linda festa de noivado para os dois.
O único senão é que o casamento teve de ser antecipado para junho... Porque, em dezembro, nasceu a pequena Seika, concebida naquela tarde chuvosa.
Saori e Seiya estavam muito felizes, morando num apartamento que o Sr. Kido lhes dera de presente por ocasião do casamento.
A filha serviu para unir ainda mais os dois jovens, que eram loucos pela pequena. Ela herdara os cabelos e os olhos castanhos do pai, mas tinha a pele bem clara, como a mãe. Parecia uma bonequinha.
Saori continuou na faculdade de História, enquanto Seiya começou a estudar Música. Incentivado pela mulher, ele resolveu aproveitar seu talento e se tornar cantor e compositor. Mas não pretendia ficar famoso, pois sabia que Saori era ciumenta, e não gostaria nada de vê-lo rodeado de fãs...
THE END
Nota da autora:
Obrigada a todos que acompanharam a fic, deixaram reviews e mandaram e-mails.
Até a próxima!
Saori chegou em casa, e levou bronca do pai.
- Por onde a Srta. andou, posso saber?
- Estava com Seiya, papai... Ele me pediu em casamento!
- O quê? Só podem estar loucos se acham que vou concordar com isso!
- Qual o problema?
- Saori, esse rapaz não é do nosso nível!
- Mas o senhor nunca se opôs ao nosso namoro!
- Namorar é uma coisa, casar é um passo bem mais sério... Eu não quero sustentar ninguém!!
- Que horror, papai... Pra sua informação, o Seiya só quer casar com separação de bens!
- E você vai concordar em morar numa casa pequena, sem conforto? Vai abrir mão de tudo que você tem aqui pra ficar com um rapaz sem eira nem beira?
Saori se irritou.
- Eu prefiro levar uma vida simples do que me casar com alguém materialista como o senhor, que só pensa em trabalhar e nunca se dedicou à sua família!
- Não fale assim comigo!
- É verdade, pai... A mamãe, antes de morrer, me disse que não aguentava mais tanta solidão... Porque o senhor a deixava sozinha em casa pra ir trabalhar nos finais de semana, feriados... Nunca viajou com a gente, nunca esteve presente nos momentos em que eu e Shunrey precisávamos.
- Você está sendo injusta, filha... Eu só queria dar o melhor pra vocês...
- Preferia minha parte em carinho, em amizade... Mas o senhor sempre tentou comprar nosso respeito e obediência com presentes...
- Eu nunca pensei assim...
- Mas é como nos sentíamos, pai. E agora o senhor vem tentar me convencer a não me casar com o homem que eu amo, e que me ama também? É meio tarde para isso agora...
- Perdão, Saori... Eu nunca percebi o quanto fui ausente...
Ela ficou se sentindo meio culpada por ver o pai entristecido, mas já queria ter falado há muito tempo aquelas coisas, que tanto a fizeram sofrer no passado.
Além disso, não deixaria que nada, nem ninguém, a afastasse de seu amor.
Tinha demorado tanto para ser feliz, e agora ninguém tiraria isso dela.
Na manhã seguinte, o Sr. Kido perguntou:
- Você pretende mesmo se casar?
- Com ou sem seu consentimento. Eu já sou maior de idade!
- Mas filha, pense bem... será que esse rapaz é a pessoa certa pra você?
- Pai, ele me fez enxergar que nem todo mundo é interesseiro... ele me ama pelo que eu sou, não porque eu sou filha de um empresário milionário!
- Como pode ter certeza?
- Ele já provou isso várias vezes...
- Mas ainda não estou convencido.
- Não me importo.
Saiu, deixando o pai preocupado.
Naquela manhã, Seiya foi para o trabalho disposta a acertar contas com Julian.
Porém, o cafajeste não tinha ido trabalhar.
Coincidentemente, Saori decidiu ir ao hipermercado para falar novamente com o pai.
No momento em que chegou, uma quadrilha de perigosos marginais invadiu o estabelecimento, provocando pânico nos clientes.
Um dos assaltantes segurou Saori e apontou uma arma para sua cabeça.
- Essa é a filha do dono!! Agora ele terá que dar tudo o que pedirmos, senão eu mato essa coisinha linda! - ameaçou o bandido que a tomara como refém.
Saori ficou assustada, mas tentou não reagir. O bandido poderia feri-la se tentasse algo.
Nisso, o Sr. Kido já tomara conhecimento do que estava acontecendo.
Seiya também soube do assalto, e correu para salvar sua amada.
Quando a viu sendo ameaçada pelo bandido, não teve dúvidas.
Aproveitando-se de um momento de distração, bateu com um objeto na cabeça do sujeito, que caiu duro.
Saori correu, mas um dos comparsas, vendo que Seiya atrapalhara os planos do colega, mirou seu revólver para ela.
Foi tudo numa fração de segundos.
Seiya percebeu o que ele pretendia, e se jogou na frente da namorada.
O tiro o acertou, fazendo com que caísse no chão, desacordado.
- Nãããooo!!!
Saori se abraçou ao corpo do amado, chorando desesperadamente.
A polícia chegou e prendeu a quadrilha.
Uma ambulância levou Seiya para o hospital. Seu estado era gravíssimo, com poucas chances de sobreviver.
Aflita, Saori não conseguia pensar na possibilidade dele morrer.
O Sr. Kido e Shunrey tentavam acalmá-la, mas era inútil.
Pandora, Ykki e Shiryu também foram até lá para saber notícias de Seiya.
Pandora tentou encorajar a amiga, mas Saori não reagia.
- Ele foi atingido pra me salvar! Pandora, eu amo o Seiya! Ele não pode morrer...
- Calma, vai dar tudo certo!
- Já estávamos pensando em nos casar...
- Vocês vão casar, e eu vou ser a madrinha! - disse, na tentativa de animá-la.
- Eu não quero mais viver se ele...
- Pára com isso, Saori! Você não dizia que só as tolas se apaixonam, que mulher não deve viver em função de homem?
- Isso foi antes, Pandora... Antes de entender que, por amor, as pessoas são capazes de tudo... até de morrer...
As horas passavam lentamente, sem notícias sobre o estado de Seiya.
Quando anoiteceu, o médico apareceu.
- Doutor, o Seiya... como ele está?
- Vai sobreviver... até já saiu do coma!
Saori não cabia em si de felicidade.
- Viu, Saori, eu disse que ele se salvaria! - exclamou Pandora.
- Seu nome é Saori? Ele chama o tempo todo por você - comentou o médico.
- Posso vê-lo? Por favor!
- Está bem, ele já vai ser transferido para o quarto.
Ela aguardou que o médico autorizasse sua entrada.
Quando viu Seiya, não conteve as lágrimas de alegria por saber que ele estava vivo.
Ele a viu, e sorriu para ela com aquele jeitinho de menino que a encantava.
- Que bom saber que você está bem... - murmurou ele.
- Seu louco, como você pode ter feito aquilo?
- É porque eu sou louco... por você! Eu daria minha vida por você, Saori...
- Eu não quero que dê sua vida por mim, quero que você viva por mim... Porque, se eu te perdesse, minha vida acabaria...
Emocionados, beijaram-se.
Depois de tudo, o Sr. Kido não teve mais argumentos contra o casamento, pois o rapaz salvara sua filha.
Ele fez questão de oferecer uma linda festa de noivado para os dois.
O único senão é que o casamento teve de ser antecipado para junho... Porque, em dezembro, nasceu a pequena Seika, concebida naquela tarde chuvosa.
Saori e Seiya estavam muito felizes, morando num apartamento que o Sr. Kido lhes dera de presente por ocasião do casamento.
A filha serviu para unir ainda mais os dois jovens, que eram loucos pela pequena. Ela herdara os cabelos e os olhos castanhos do pai, mas tinha a pele bem clara, como a mãe. Parecia uma bonequinha.
Saori continuou na faculdade de História, enquanto Seiya começou a estudar Música. Incentivado pela mulher, ele resolveu aproveitar seu talento e se tornar cantor e compositor. Mas não pretendia ficar famoso, pois sabia que Saori era ciumenta, e não gostaria nada de vê-lo rodeado de fãs...
THE END
Nota da autora:
Obrigada a todos que acompanharam a fic, deixaram reviews e mandaram e-mails.
Até a próxima!
