A dor de uma perda!
Sango estava na frente de uma lanchonete.
Estava frio e começara a nevar...
-Cadê você?-perguntou para si própria em voz alta.E olhou para os lados.
Ouviu uma buzina... E viu um carro, vermelho, que se aproximava.
Ela entrou as pressas no carro.
-Você demorou!-ela reclamou colocando o cinto.
-Desculpe.-o jovem, que dirigia o carro, respondeu.
-Tudo bem!-ela falou sorrindo.
-Como... Ela... Está?-ele gaguejou.
-Kagome?
-Sim...
-Ela está bem.-a menina respondeu olhando para fora.Se demorassem a chegar em casa... Talvez, a neve os atrapalhasse.Já que, não parava de nevar e cada vez era mais.-Foi ele, não foi?-ela o interrogou.
-Sim, foi.-o jovem respondeu sem tirar os olhos do trânsito.
-Miroku!Diga a Inuyasha que Kagome está melhor sem ele.-ela disse entre os dentes.Parecia ter ficado nervosa.
O rapaz olhou para ela e sorriu.-Num desconta em mim... Amor!-ele pediu voltando a olhar o trânsito.
Ele parou... Já que, era farol vermelho.
-Ah...-Miroku abriu a boca mais depois, a fechou.
-O que ele quer com ela?-Sango perguntou.
-Ele se sente culpado.-ele disse ainda a encarando.
-Não, sei porque não sentiria... Ele é o "culpado".-ela falou brava.-Não gosto que façam Kagome sofrer.Ela como uma irmã para mim.
-Eu sei.-Miroku falou tocando o rosto da namorada.-Mas, se ele ama mesmo Kikyou... Era melhor assim... Pois, se não... Kagome sofreria mais.-ele disse pausadamente.
-Talvez...-Sango disse fechando os olhos.-Mas, é verdade.Kagome está tão bem.Nem parece que levou o fora de Inuyasha.
-Que bom!-Miroku falou aproximando seus lábios dos de Sango.
-Ainda bem que com a gente tá tudo bem...-Sango murmurou.
Miroku não falou nada.E foi se aproximando cada vez mais dos lábios da namorada... Cada vez mais... Faltavam milímetros para seus lábios se tocaram...
Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
_idiota!
_Não sabe para que serve o farol verde?
_Se quiserem namorar que encontrem outro lugar!
Vários gritos dos outros motoristas foram escutados... Miroku não tinha percebido o farol verde.Deu um sorriso amarelo.E começou novamente a dirigir.
Enquanto, Sango se matava de rir... Da situação de Miroku... E dela também.
+.+
Kouga ainda pensara na pena que achou quando acordou noutro dia.
-Uma ilusão?-ele se perguntava.-Não... Não pode ser.
Além, de pensar na pena, também, pensava em uma certa garota de olhos azuis e cabelos negros.Fora tão grosso com ela.
Mas... Era culpa dela.Sim, ela era a culpada.
Porém, seria tão bom ele saber do que a culpava.
Afinal, qual era a culpa dela?
Ser gentil?
Como se sentiu inútil.
Ela o tratara tão bem.
Ela deveria ter o tratado assim para pagar o dia que ele cuidou dela.
Mas... Para isso ele teve que leva-la a sua casa.
E...
Não poderia levar outra fêmea para sua casa.Só Ayame!
Só ela o faria feliz.
Mas, ela se foi.
Porém, não era para sempre.
Respirou fundo.E resolveu voltar a casa da Kagome para pedir desculpa.
+.+
Chegou na casa dela e tocou a campainha.
Quem atendeu fora uma mulher sorridente.
Deveria ser a mãe dela.
-Por favor, a Kagome está?-ele perguntou inseguro.
Por ser um yokai talvez, a mulher o matasse.
-Um amiguinho de Kagome!-ela falava feliz.-Infelizmente, meu jovem, Kagome acabara de sair.-sua voz era bem suave.
-Ah... Desculpe o incomodo.-ele disse virando para ir embora.
-Você não quer espera-la?Tenho certeza que ela logo chegara.-a mulher falara um pouco mais alto.
-...-O que responderia?
-Venha!-ela disse caminhando até o portão e o abrindo.-Não será nenhum incomodo.-disse puxando a mão dele.
-Certo.
Ela o levou até a sala.Era uma casa simples.Mas, muito bonita.
A sala tinha uma tv no centro em cima de uma estante.Dois sofás beges, uma mesa de centro com um lindo vaso com flores, eram lindas violetas, na janela tinha uma longa cortina e na frente desta, tinha uma poltrona azul muito bonita, ao lado havia uma mesinha com o telefone, um bar de canto e por ultimo atrás dos sofás, na outra parede, havia uma estante também muito bonita.
-Sente-se!-a senhora pediu a Kouga.-Vou trazer algo para comer.
-Obrigada senhora...?!
-Higurashi.-ela falou sorrindo ainda mais.Com a mesma voz suave.-De nada!Bem, eu já volto.-falou saindo da sala.
Kouga se sentou no sofá.
-Será que ela vai demorar muito...?-ele se perguntou.-Se demorar eu vou embora.
Passou alguns minutos e a senhora Higurashi trazia uma bandeja em suas mãos, com uma jarra de suco e dois copos.Um prato cheio de bolacha.
-Bem, filho, pode comer a vontade.Kagome já esta vindo.-ela falou isso e sem esperar resposta saiu da sala.
Kouga sorriu.Pelo jeito, aquela família não ligava para o que os outros eram por fora.E sim por dentro.Ela não ligou dele ser um yokai.Isso o deixou mais alegre.
_Mãe!-ele escutou uma voz familiar gritar.
Não sabia porque mais ficou nervoso ao escutar a voz dela.
_Visita?-ela perguntou.Kouga ouvia muito bem._Vou lá ver!
Kouga olhou para a porta.
Kagome entrou e levou um susto ao ver quem era.
-Você!-ela gritou assustada.
Ele se levantou.E abaixou a cabeça.Também não sabia o porquê da falta de coragem de encara-la.
-Desculpa!-ela pediu.-Foi uma surpresa.Não estou brava ao revê-lo.Eu pensei... Que você não queria mais me ver.-ela disse se aproximando e sorrindo.
Ele olhou para ela, mas, não a encarou.-Eu apenas, achei que devia ter a tratado melhor... Você foi legal comigo e...
-Não...-ela disse e o sorriso na mesma hora sumiu de sua face.-Eu estou costumada a ser tratada assim.
-Como?-ele perguntou não entendendo.
-Eu já disse... Você não é o único que perdeu alguém amado.
O silêncio predominou no mesmo instante que ela acabara de falar.
Passou algum tempo... E ela finalmente disse algo.
-Que tal nós irmos há algum lugar?-perguntou.-Ficar aqui sem fazer nada é chato, né?
-è...-ele falou olhando para o relógio.-Hoje estou de folga no trabalho, mesmo.
+.+Flash Back+.+
-Eu não agüento mais!-a yokai de olhos verdes penetrantes gritou enfurecida.Usava uma camisola azul.
-Como?-perguntou o yokai de olhos azuis, o qual estava sentado na mesa tomando seu café.
-Como?Eu não agüento essa nossa vida!-ela gritava.
-Eu não entendo Ayame.-ele disse se levantando.
-Não dá!Nossa vida não dá mais certo!-ela se lamentava.Estava com os olhos cheios de lágrimas.
-Como assim?-ele disse se aproximando dela.
-Não chegue perto de mim.-ela falou triste.-Você... Você só pensa no trabalho.Trabalho e Trabalho!
-Não é bem assim.-ele disse voltando a se aproximar.Mesmo ela dizendo que não.
- "Não é bem assim?" -ela repetiu o interrogando.-Kouga... Eu te amo!Mas... Há quanto tempo não ouço você dizer o mesmo?-ela deixou uma lágrima rolar por seu rosto.-Você me ama?Ou esse seu amor se apagou e agora é um amor platônico o meu?
-Que pergunta mais besta!-ele a encarou.-è claro que te amo.
-Parecia mais que amava seu trabalho... Há quanto tempo você chega cansado demais para mim?Há quanto tempo?-ela falava melancólica.
-Pare de falar besteiras.-ele estava começando a se irritar.
Ela caminhou até a porta.Pegou as chaves do carro.E antes de abri-la e ir olhou para ele.
-Kouga... Devemos dar um tempo.Para colocarmos a cabeça no lugar... Não agüento mais minha vida.-dizendo isso ela foi embora.
+.+Fim+.+
No mesmo instante Kouga se lembrou da noite trágica...
E seu olhar ficou ainda mais triste que o comum.
-Está triste?-ela perguntou encarando os olhos azuis dele.
-é que... Por causa, do meu trabalho... Por eu esquecer de Ayame e só pensar em trabalhar... Discutimos e... E... Ela saiu e...-Kouga resistia.Mas, algumas lágrimas brotaram de seus olhos.
Kagome sorriu triste.E o abraçou para consola-lo.-Kouga se não quiser, não lembre de nada.Mas, por favor, só não esqueça de minhas palavras: "Eu sou sua amiga e estou sempre ao seu dispor se quiser desabafar".
Kouga não conseguia entender.Kagome era tão boa para ele.
Kagome o afastou.Ele estava corado, entretanto, ela não percebeu.
-Vamos tomar um sorvete bem grande para alegrar as nossas vidas!-ela disse feliz.
-Você me desculpou?-ele perguntou.
Ela tirou a cara feliz e ficou séria.-Se você prometer que nunca mais vai dizer que não gosta de mim.
Ele não respondeu nada.
Ela suspirou.
"È sempre assim... Kouga é exatamente como Inuyasha... Ele me odeia!" Pensou Kagome "Mas, Inuyasha era aquele que eu amava, por isso, não posso compara-lo com Kouga".
Ela segurou a mão dele.-Vamos tomar o sorvete!-ela falou forçando um sorriso.
-Sorvete?-ele estava confuso.-Mas, está nevando lá fora.
-E eu não sei!Acabei de chegar do mercado.
-Vamos ficar gripados.
-Viu!Você se preocupa demais.-ela falou rindo.
-Mas...
Ela começou a empurrá-lo.Ele poderia detê-la.Entretanto, preferiu que não.Parecia tão bom estar com ela.
Ela deu tchau para a mãe com a mão que sobrava e só quando chegou no jardim soltou a mão dele.
E começou a rodar.A neve já estava bem alta.Mal se podia andar.Ela girava e girava, sem sair do lugar.Rindo, gargalhando.
E Kouga a achando tão maluca.Tão estranha... Tão bonita...
Não!
"Eu não posso pensar isso... Não posso... Ela é mulher e ainda é humana" Ele pensava.Mas, não conseguia tirar da cabeça que ela era bonita.
Ela já estava meio tonta.Voltou a segurar a mão dele.
-Vamos!Gire!Veja!-ela dava risada.-Como a neve é bela!Como é branquinha!-ela falou voltando a girar e obrigando Kouga a girar também.
Ela mal se agüentava de pé de tão tonta que já estava.Tentou se segurar em Kouga, mas, fez ambos caírem.A neve amorteceu a queda.
-Não íamos tomar sorvete?-ele perguntou olhando para ela ao seu lado, caída e deitada no chão, como ele.
-E vamos.-ela levantou as mãos e as fez ficarem bem juntinhas em foram de concha.Deixou alguns flocos de neve cair em sua mão e os colocou na boca.
-Esse é o seu sorvete?-ele perguntou confuso.
-Não, é brincadeira!-ela disse o encarando.Mas, logo afastou o olhar e começou a balançar as pernas e os braços na neve.-Quando era pequena amava fazer anjinhos na neve...
Ele se levantou.
E a ajudou a levantar.-Pelo jeito... Não vai dar para ir tomarmos sorvete, a neve está piorando.-ele falou soltando a mão dela.
-Que pena!-ela disse triste.
-Agora eu já vou.-ele falou indo até o jardim.
-Durma aqui.Será perigoso ir para casa no estado que o tempo está.-ela falou olhando para o céu.
Ele pensou em negar o convite.Olhou para o céu.E sorriu.-Tá certo.
-Oba!-ela comemorou.-vamos avisar, mamãe.
Ela disse entrando em casa e ele a acompanhou.
Kagome logo viu a mãe.
-Mãe, meu amigo, pode dormir aqui hoje?-Kagome tinha seus 15 anos, mas, perguntou a mãe como se estive um pouco menos, em um tom infantil e alegre.
-Por que não?-ela respondeu isso e voltou a cozinha.
+.+
Kouga e Kagome estavam de volta à sala.
-Não tem nada na tv!-ela resmungou desligando o aparelho.
-Obrigada.-ele disse olhando para a tv desligada.
-Ah, de nada.-Kagome bocejou.
-Melhor ir dormir.Eu irei dormir aqui na sala.
Ela se levantou.-Você já vai dormir?
-Não.
-Posso ficar com você?
-Como?
-Até eu ficar realmente com sono.
Ela voltou a sentar.Sentou-se no outro sofá.
Ele apenas, a olhava.
-Eu pensei que Inuyasha em amava.-ela confessou.
"Eu acho que ela quer um amigo que possa ouvi-la" Kouga pensou.
-Mas, será que todos me odeiam tanto?-ela voltou a bocejar.-Eu queria tanto que ele me amasse.Que voltasse a me amar.Mas, o mais triste é quando penso que talvez ele nunca tenha me amado.
Kouga sentiu uma dor no coração.
Ayame teria pensado nisso quando ele se entregou tanto ao trabalho?
Ayame teria pensado que ele a esquecera?
Ele voltou a olhar Kagome e esta agora adormecera.
Ele se levantou e resolveu leva-la para o quarto.
-eu sempre preciso carregar você...-murmurou dando um pequeno sorriso.
Viu um quarto vazio.Com certeza era o dela.Tinha a cara de Kagome.Não prestou atenção nos móveis ou nas cores e a depositou na cama.
A cobriu.E beijou sua testa.
Encarou seu rosto e não resistiu.
Ele rapidamente encostou seus lábios aos dela.
Mas, logo se afastou.Ele não queria "trair" Ayame.
Saiu do quarto às pressas, mas, ainda pode ouvir um sussurro da menina.
-Inuyasha...
Continua...
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Desculpem a demora!
Mas, não postei por:
1-preguiça;
2-eu queria adiar mais cap. Mas, acabei não conseguindo...
Estou bloqueada.
Simplesmente bloqueada.
Mas, eu pretendo não demorar tanto á postar...
Isso desanima.
Bem, é só!
B-jokas
Dani
