GOING UNDER

Disclaimer: Embora eu tenha os 18 volumes do mangá em japonês, toda a série de TV, 7 OSTs, os especiais musicais, os OVAS, o Eikouden e até o Genbu Kaiden, a série ainda não é minha.

E QUE DIABOS FALTA PRA SER? (#chuta uma parede, visivelmente furiosa#)

Nota de maio de 2005: por causa de mais uma norma estúpida do efe efe ponto net, precisei retirar a letra da música deste songfic. Em breve estará em outro site - ver profile.

Música: "Going Under", do grupo Evanescence.

Para Lan Ayath.

-Tamahome! – gritei quando acordei naquela casa em Sairou.

Depois de sermos salvos pelos seishis de Biakko, ainda temia pela nossa própria segurança. Mas... Onde estava Tamahome? Ele não estava perto, não entrou no quarto quando gritei o nome dele.

Resolvi levantar-me, principalmente porque senti um delicioso cheiro de comida chinesa.

Ao me guiar pelo cheiro e chegar à cozinha, encontrei Subaru cozinhando ao lado de uma garota.

-Ohayo, Subaru. – falei. Ela se virou e me deu um sorriso.

-Suzaku no miko, ohayo gozaimasu!

-Viu Tamahome? – perguntei, já comendo um dos bolinhos que Subaru-sama havia preparado.

-Tamahome? – ela deu uma pausa que quase me matou de ansiedade – Acho que ele está no jardim.

-Eu vou lá! – antes de sair correndo, peguei mais um bolinho de carne que Subaru-sama fez.

Corri feito uma louca pela casa, esbarrei em Chichiri pelo caminho antes de pedir licença – só escutei o "nanoda" dele depois -, quase quebrei um vaso chinês – se fosse no meu mundo, eu seria presa e decapitada pelas leis chinesas por crime contra o patrimônio cultural -, quando finalmente encontrei a saída da casa e fui para o jardim.

Sinceramente, se me perguntassem o que eu achava mais lindo naquele país, eu diria que era aquele jardim. O jardim de Sairou era a coisa mais maravilhosa que eu já tinha visto.


Antes por um caminho bem definido feito no gramado, chegando até uma floresta, sentindo meu coração bater ao reconhecer um dos perfis que estava lá, encostado numa árvore.

-Tamahome! – gritei e corri para junto dele.

Aquele mestre dele também estava lá, conversando com ele. Quando ele me viu aproximar para falar com Tamahome, Tokaki afastou-se e nos deixou sozinhos.

-Tamahome! – falei e tropecei em alguma coisa.

-Miaka? Que desajeitadaele me ajudou a levantar Como consegue cair sozinha?

-Ei, é meu poder especial, tá? PO-DER ES-PE-CI-AL!

Depois que vi que não tinha me machucado, perguntei-lhe:

-E você? O que tá fazendo aqui, na floresta?

Nunca, em todo tempo que estive dentro do livro e ao lado dele, tinha visto Tamahome me olhar tão sério.

Sem que eu percebesse a intenção, ele me puxou para beijá-lo.

Não sei quanto tempo durou, mas eu me perdi naquele momento. Minhas pernas tremeram mais que o normal; tive que me segurar na camisa dele para não cair no chão.

Depois que percebi que a intensidade do beijo foi diminuindo, senti que ele separou os lábios dos meus, mas eu ainda estava tão atordoada pelo que tinha acontecido que meus olhos ainda estavam fechados.

-Este...

Dei um sorriso e tentei abrir os olhos, mas saber que ele estava próximo de mim e que eu poderia beijá-lo mais uma vez fez com que eu os mantivesse fechados.

-... é o fim.

-Eh? – abri os olhos, olhando fixamente para ele. Ele estava já afastado de mim e com o rosto tão sereno que...


-Não posso mais amar você.

...senti minhas pernas tremerem...

-Por favor, esqueça o que tivemos.

...e encostei-me numa árvore para me manter em pé.

Não sei quanto tempo fiquei olhando para ele, sentindo apenas meu coração bater forte de nervosismo, meus joelhos tremerem... Os olhos marejarem...

-Adeus. – escutei Tamahome falar ao passar por mim.

"Este é o fim..."

Senti meu corpo todo tremer e as lágrimas escorrerem. Estava tremendo tão violentamente que achei que fosse ter um colapso.

"Este é o fim..."

O que ele disse não estava saindo da cabeça.

"Este é o fim..."

-Tama... home...? – consegui virar o rosto para o lado e levei um das minhas mãos aos lábios, sentindo-a gelada ao vê-lo ir embora.

"Por quê...?"

Depois que conversei com Hotohori com a ajuda de Chichiri, e de um almoço horrível, decidi ir procurar Tamahome para saber o que eu tinha feito para que ele me odiasse. Fui até o quarto dele e encontrei a porta aberta.

E vi Tamahome beijando a garota que vi ajudando Subaru-sama na cozinha quando me levantei naquela manhã...

Fiquei observando a cena durante alguns segundos, concentrada demais em me perguntar o que realmente havia acontecido entre nós.

-Miaka? – escutei Tamahome falar. A garota afastou-se do lado dele e passou por mim, pedindo licença para sair do quarto. Ela parecia mais envergonhada que eu por estar ali, e logo eu que observou toda a cena e se manteve firme.

Depois que a vi ir embora, eu olhei para Tamahome. Ele não tinha nem coragem de olhar para mim e ficou de costas o tempo todo.

-Escute... Tamahome... Hoje, antes do anoitecer, estarei na torre do templo da montanha...

Tamahome ainda estava de costas.

-Se não estiver com raiva de mim, por favor, vá lá...

Não o escutei falar.

-Se você não for, eu realmente vou desistir de nós dois.

Comecei a me virar para sair do quarto e ir embora, mas antes tomei coragem para dizer:

-Mas eu ainda acredito que você irá... Eu estarei esperando...

Saí dali sem escutar uma única palavra dele.

Depois de pegar uma carona de uma carruagem - ninguém queria me levar por causa de umas histórias que existiam envolvendo monstros e aquela torre para qual eu ia - , cheguei ao templo da montanha e subi até a torre.

A vista do país de Sairou era realmente linda! Fiquei admirando a cidade e consegui avistar de lá o jardim de Sairou. Que lugar lindo...

O tempo foi passando e eu percebi que tinha começado a anoitecer.

Quando me falaram para ir até lá, me contaram uma linda história de que quando um casal se beija no topo ao anoitecer, nada neste mundo poderá separá-los.

Também me falaram que o acesso estava proibido por causa dos perigos, mas...

Estava anoitecendo...

-Tamahome... – senti o rosto ficar vermelho, sentindo vontade de chorar.

Apoiei-me no parapeito e deslizei até o chão, encostando as costas na parede. Encolhi minhas pernas e abracei meus joelhos, fechando os olhos.

"Mas por que Tamahome não vem...?"

Não sei quanto tempo passou, mas acho que cochilei. Apenas sei que senti uma respiração quente perto do meu rosto.

-A história que contam deste lugar é que quando um homem e uma mulher que se amam vierem para cá e se beijarem ao anoitecer...

Abri meus olhos lentamente...

-... nada neste mundo poderá separá-los.

-Tama...home...?

Quase não acreditei quando vi o rosto sorridente dele perto de mim, ele ajoelhado para poder me encarar na mesma altura em que eu estava ajoelhada.

-Vamos nos beijar, Miaka.

-TAMAHOME! – gritei e o abracei, sentindo os lábios dele encostarem nos meus.

Miaka acordou gritando o nome de Tamahome.

-Tamahome!

Ficou calada ao ver que ainda estava no país de Sairou, lá desde que foram resgatados pelos seishis de Biakko.

Percebendo que Tamahome não entrou no quarto quando gritou pelo nome dele e sentindo o cheiro de comida chinesa, ela resolveu levantar-se e guiar-se pelo cheiro para chegar na cozinha. Lá encontrou Subaru, uma das seishis de Biakko, cozinhando ao lado de Xifan, uma garota que Miaka só conhecia de vista.

-Ohayo, Subaru – a garota falou e deu um sorriso.

-Suzaku no miko, ohayo gozaimasu!

-Viu Tamahome? – Miaka perguntou, com a boca cheia após engolir um dos bolinhos de carne que Subaru estava preparando.

-Tamahome? – ela perguntou, dando uma pausa na resposta que durou uma eternidade para Miaka – Acho que ele está no jardim.

-Eu vou lá! – Miaka pegou mais um bolinho e saiu correndo.

Correu pela casa como uma descontrolada, esbarrando em Chichiri:

-NA-NA-NA-NO-DAAAA! – ele gritou ao sentir ser jogado para o lado e cair.

-Com licença, Chichiri! – Miaka gritou, esbarrando depois numa mesa que tinha um vaso chinês de valor atual imensurável, correndo para agarrá-lo antes que caísse.

-Se fosse no meu mundo, eu seria presa e decapitada pelos chineses por crime contra um dos patrimônios culturais. – disse, enxugando o suor da testa após colocar o vaso em cima da mesa de novo.

Ao olhar ao redor, viu a porta de saída para o jardim. Miaka correu e saiu da casa, parando para admirar o jardim de Sairou.

Se havia alguma coisa que pudesse dizer que é bela naquele país, Miaka escolheria aquele jardim, a coisa mais maravilhosa que já tinha visto.

Viu um caminho definido na grama para a passagem de outras pessoas, andando por ele até chegar à floresta do jardim.


Sentiu o coração bater ao reconhecer Tamahome encostado numa árvore, sério e de braços cruzados.

-Tamahome! – gritou, e correu até ele...

Finalmente consegui escrever alguma coisa sobre o meu anime favorito! Fushigi Yuugi é o mangá mais lindo que já vi, e sou fã da série há quase 7 anos – em agosto fará 7 (arigatou, Tari-chan, por me arranjar as primeiras fitas de Fushigi Yuugi! D ) -, e queria muito escrever algo sobre ela.

A idéia para este songfic veio quando lembrei da abertura do último OVA da série, com a música "Star" (de Satou Akemi), sendo que a imagem mais marcante pra mim é a da Miaka se encostando na árvore para se apoiar depois de escutar "Este é o fim". Não sei se ficou boa, mas o final que escrevi era algo que eu queria que acontecesse quando vi o episódio pela primeira vez.

Sem contar que este songfic é para Lan Ayath, como presente de aniversário! Parabéns, amiga! Tudo de bom "procê."! (Não vai dar pra mostrar por causa dos poderes malignos do mas estou te mandando um beijo!)

Espero não tê-los decepcionado! Se considerarem este capítulo digno de um comentário, ficarei muito feliz em recebê-lo!

Até a próxima!

Kisu no Shampoo-chan.