N.A: E em fim chegamos ao capítulo 9!!! E claro, a Paris... ou como diriam os franceses a Pári!!!!
Espero que gostem!!!
Disc. Nada a declarar (que não tenha, claro^_^, sido declarado anteriormente!!)
Dedicado ao "Príncipe da Noruega", e ao seu país de passeios aquecidos...
iCap. 9/i
"Não! Não os deixes dispararem..."
O mar não dava amostras de se acalmar mas mesmo assim Hermione, com a ajuda de Crookshanks conseguiu adormecer. Tudo estava calmo no camarote de Harry, Ginny e Hermione, mas por quanto mais tempo?!?
~ * ~
Voldemort observara as "Boas Noites" que Harry tinha desejado a Ginny e sorria para si. Tal como pensara, Harry saíra ao seu pai, ou seja ia facilitar-lhe as coisas.
Wormtail aproximou-se do caldeirão e apontou para Harry:
- Lá está ele Mestre! Vamos atacá-lo!??!
- Não...- disse Voldemort- tenho algo mais maligno em mente... algo mais heróico... uma pequena ironia do destino...
O caldeirão centrou a imagem em Ginny, que estava a dormir...
- Bons sonhos... doce Virgínia...- murmurou Voldemort.
~ * ~
Ginny voltou-se aninhada nos cobertores no chão, raios para Harry, agora não ia voltar a pegar no sono tão cedo. Tinha estado a fingir que dormia desde que a sua mala caíra, o som tinha-a despertado, mas ao ver que Harry se tinha levantado para arrumar tudo Ginny, preguiçosamente, não se tinha mexido. Agora gostava de o ter feito.
Levantou-se e olhou pela janela redonda do camarote, o mar estava bravo mas dum tom verde que ela nunca imaginara que ele podia ter, um tom verde que lhe lembrava os olhos de Harry. Voltou-se para trás e viu Harry, este mexia-se e remexia-se na cama, devia estar a ter um pesadelo. Ginny sentiu-se a corar levemente, como se podia estar a apaixonar pelo rapaz que supostamente estava a usar!?!? Era de LOUCOS!!!
Mas mesmo assim, isso não a impediu de tapar Harry que se estava a destapar por completo. Harry mexia-se como se estivesse a correr, não, a fugir, de súbito no sono fez tenções de se levantar. Ginny automaticamente colocou a mão sobre o peito de Harry para o empurrar para baixo. Isso fez um "milagre", Harry caiu num sono profundo e sem sonhos, ou pelo menos sem pesadelos, visto que acalmou e parou de se mexer.
Ginny sorriu e era para puxar os lençóis quando sentiu algo em cima da mão que colocara no peito de Harry. Lentamente Harry tinha deslocado a sua mão, durante o sono, e tinha-a colocado sobre a de Ginny. Ginny olhou admirada para Harry mas este dormia, a sua respiração era regular e... e... e ele sorria, sorria levemente como se soubesse que agora estava protegido.
Ginny sorriu também e passou uma mão pelos cabelos de Harry, deixando à vista a sua cicatriz, de súbito imagens do seu passado voltaram para a assombrar. Ginny levou a sua mão livre ao ombro direito, ainda tinha a cicatriz do tiro que levara em criança, talvez fosse por isso que não dançava, a nova moda exibia vestido sem mangas, de ombros à mostra, talvez fosse por isso que brincava com Harry chamando-lhe "rapaz da cicatriz", talvez fosse por isso que sentia algo especial em relação a ele, afinal ela também era a "rapariga da cicatriz", ou desfigurada como costumavam brincar com ela.
Ginny abanou a cabeça tentando enxotar os pensamentos tristes mas eles pareciam não a querer deixar, Ginny sentiu lágrimas a virem ao olhos ao lembrar-se de tudo o que acontecera na noite em que levara o tiro, o pai chefe da segurança dos Potter tinha sido morto, a mãe tinha sobrevivido com largas queimaduras, e os únicos irmãos que tinha, os gémeos Fred e George, tinham desaparecido, a sua mãe contou-lhe que tinham sido encontrados mortos, mas se assim era quem tinha guiado Hermione até ela!?!? Hermione dizia que tinham sido dois gémeos ruivos, um chamado Fred e outro George, por aquilo que percebera Harry a mesma coisa, no entanto Ginny nunca os tinha visto. Seriam eles reais ou ilusão?!?!
Harry apertou a mão de Ginny no sono chamando-a à realidade e duma certa forma apagando todos os pensamentos tristes. Ginny sorriu, passou a mão de novo pelos cabelos de Harry, tirou-lhe os óculos que ele se esquecera de tirar e deu-lhe um beijo na testa antes de lhe desejar uma "Boa Noite!".
Em seguida Ginny voltou ao seu ninho no chão, e adormeceu...
~ * ~
»Meia- Noite«
Todo o barco dormia. O barco era de passageiros não carga, a noite estava de tempestade não de calmaria, o local era o alto mar não um porto exótico no Brasil, por isso todos ficariam bastante admirados se pudessem ver um par de borboletas multicolores a passear-se pelo navio e exactamente pela zona dos "dormitórios."
As borboletas entravam e saiam dos quartos como que procurando algo, entravam e saiam dos quatros através das portas e paredes, não eram borboletas normais e sim borboletas mágicas.
A sua missão... iVirgínia Weasley./i
Assim que a encontram as borboletas começam a dançar em redor da sua cabeça, Ginny voltou-se no sonho e enxotou-as com uma mão virando-se para o outro, bocejando. As borboletas voaram em redor de Ginny e brilharam. Ginny começou a fazer uma cara assustada.
O pesadelo de Voldemort tinha começado...
~ * ~
Ginny acordou em cima duma almofada grande e olhou em redor. Estava numa grande cozinha, a cozinha onde a sua mãe trabalhava, mas a cozinha estava deserta, onde estavam todos!? Tinham que começar já a cozinhar senão nunca teriam tudo a tempo para a festa essa noite!!! Olhou para si tinha cinco anos, vestia uma roupa esfarrapada, nada de especial para uma filha de cozinheira.
- Olha a dorminhoca!- disse uma voz.
Ginny voltou-se. Um homem ruivo com uns 28/29anos olhava para ela e sorria. Vestia uma roupa de general mas não a assustava, não por causa do seu grande sorriso. Ginny sorriu e estendeu as mãos...
- Papá!!!
O homem sorriu e disse estendendo-lhe a mão:
- Anda, a mãe e os manos estão à espera...
Ginny sorriu, deu a mão ao pai e partiu...
~ * ~
Com um sorriso nos lábios Ginny levantou-se do seu pequeno ninho. Crookshanks olhou para ela admirado e miou baixinho, Ginny não olhou para ele, simplesmente começou a andar em direcção à porta que abriu e fechou depois de ter passado para o corredor.
Crookshanks tentou abrir a porta mas não conseguiu...
~ * ~
Ginny caminhava agora alegre num grande campo de flores, os gémeos vinham atrás dela correndo e saltando bastante felizes os três, brincavam sem discutirem o que era raro. De súbito Ginny ouviu a voz da mãe, ela estava com o seu pai, e os seus primos Bill e Charlie ao pé dum lago, de súbito saltaram os quatros, os gémeos não tardaram a segui-los e Ginny riu ao ouvi-los chamá-la e correu na sua direcção.
~ * ~
Harry acordou com Crookshanks a passar-lhe a cauda pelo nariz e a miar. Desconcertado sentou-se na cama, procurou os óculos e perguntou irritado:
- O que é? O que é?!?!
Crookshanks pulou para o sítio onde Ginny devia estar a dormir. Harry abriu muito os olhos. Incrédulo aproximou-se do ninho de Ginny e constatou que ela realmente não estava lá. Crookshanks correu para a porta e Harry correu atrás dele abrindo a porta. Uma onde entrou pelo corredor dos quartos, o mar estava mesmo bravo nessa noite. Harry escorregou várias vezes até conseguir atingir o convés. Assim que o fez olhou em redor mas nem um sinal de Ginny. Não desistindo gritou:
- GINNY!
~ * ~
Ginny voltou-se para trás parecia ter ouvido alguém a chamá-la, mas o campo de flores atrás de si estava deserto. Eles realmente deviam voltar para o palácio, eles tinham que fazer a comida não brincar. De súbito soldados saltaram de todos os lados e começaram a apanhar a sua família, puxando-os para fora de água. Então um soldado puxou-a por trás, queriam separá-la da sua família!!!!!
Não, não, isso não...
Ginny soltou-se do guarda e preparou-se para saltar.
~ * ~
Ainda que escorregando Harry subiu até há ponte e depois até ao cesto da viga, onde estava Ginny?! Percorreu o barco com o olhar esperando encontrá-la, finalmente viu-a. Ginny estava na ponte, tentando soltar-se dum gancho que a tinha miraculosamente prendido e prestes a saltar para a morte.
- GINNY! NÃO!!!- gritou Harry e descendo do cesto começou a correr na sua direcção.
~ * ~
Voldemort sorriu, até estava a ser fácil demais...
- Vai Potter- murmurou- vai salvar a pequena Weasley e tal como ela perde-te no teu próprio mundo de sonhos e pesadelos... empurra-a para a morte...
~ * ~
Ginny não conseguia soltar-se do guarda que a prendera, então ela viu erguerem à sua frente uma arma e a apontarem-na contra a sua família. Assustada começou a gritar:
- NÃO!!! NÃO DISPAREM...
O homem sorriu maldosamente e apontou a arma à família de Ginny preparando-se para disparar...
~ * ~
Harry segurou Ginny mesmo a tempo, agora ela rasgara a camisa de noite de recuava assustada. Ginny bateu-lhe tentando libertar-se enquanto murmurava:
- Não disparem!!!! Não...
Harry abraçou-a com mais força e disse:
- Ginny... Ginny sou eu o Harry... acorda...
O barco desequilibrou-se nas ondas e a ponte ficou escorregadia, Harry tropeçou, só se conseguindo apoio numa corda à qual se agarrou com as mãos, Ginny escorregou-lhe dos braços. Harry, soltou uma das mãos e ficou a agarrá-la, Ginny ainda estava em estado de transe.
- NÃO!- gritou Ginny- ELES NÃO FIZERAM NADA!! NÃO DISPARE!!!!!!!
Harry sentiu a corda molhada a magoar-lhe a mão, Ginny continuava a falar no sono.
- FUI EU!!! FUI EU QUE O AJUDEI!!!! NÃO OS MATE!!!
Harry piscou os olhos e viu a face de Ginny a contorcer-se de dor e lágrimas. De súbito sentiu uma raiva sem igual, algo dentro dele dizia que aquele pesadelo de Ginny não era normal, que alguém o estava a fazer e nesse momento Harry dirigiu toda a sua raiva contra essa pessoa. Como se atrevia ela a fazer Ginny chorar daquele modo. Então o incrível aconteceu, com uma só mão Harry conseguiu elevar Ginny até ela ficar mais ou menos à sua altura. Com um golpe de sorte conseguiu agarrá-la pela cintura e gritou:
- GINNY! GINNY ACORDA!! É TUDO UM PESADELO!! UM PESADELO!!!!!
Harry viu Ginny a abrir lentamente os olhos e sorriu, o barco voltou a ficar direito. Ginny e Harry estavam deitados no chão. Harry tirou a mão da corda, estava em sangue e cheia de falhas de pedaços de corda. Ginny despertou completamente mas não se soltou de Harry, pelo contrário agarrou-se à camisa dele a chorar ainda com mais força.
- Eles vão disparar...- chorou.
- De que estás a falar??- perguntou Harry.
Ginny agarrou ainda com mais força enquanto soluçava:
- E se a culpa for minha... e se a culpa for minha...
Harry colocou as mãos nos ombros de Ginny e disse-lhe ao ouvido:
- Não te preocupes! A culpa não foi tua...
Harry sentiu algo, parecia uma cicatriz. Tirou a mão do ombro direito dela, sim, ela tinha uma cicatriz, uma cicatriz duma bala, mas quem teria disparado contra ela!??! E porquê?!?! Ginny dizia que tinha sido ela a responsável, que tinha sido ela a ajudá-lo... –LO quem!?!? Quem daria um tiro numa mulher por ela ter ajudado alguém!?!?
Várias imagens assaltaram a mete de Harry, alguém de olhos azul a empurrá-lo, um sítio escuro, vozes aos berros e de súbito um tiro...
Harry abanou a cabeça e segurou Ginny com mais força enquanto se sentava e dizia:
- Vamos secar-nos!!!
Ginny olhou assustada para ele, Harry sorriu e disse colocando a mão debaixo do queixo dela.
- Agora estou aqui... já acabou tudo... estás em segurança agora...
Mas estaria algum dos dois em segurança...
~ * ~
- MALDIÇÃO!!!!!!!!!!- rugiu Voldemort.
- Acalme-se mestre!!- aconselhou Wormtail- não vai desistir! São apenas dois
jovens!!!
Voldemort acalmou-se.
- Tens razão meu caro Wormtail!!!! Estou calmo! Sou insensível, não tenho
sentimentos...
De súbito abriu muito os olhos e sorriu.
- O meu espírito...
- Senhor não tem espírito!- lembrou Wormtail.
- É uma maneira de dizer meu caro!!! O meu espírito aclarou-se de súbito!!!
Terei de ser eu próprio a matá-la!!!
Wormtail admirou-se:
- Está a falar a sério, senhor?!?
- Lá diz o ditado!- respondeu Voldemort- se queres uma coisa bem feita fá-la tu
mesmo!!!
Wormtail estava cada vez mais admirado.
- Mas isso significa ir... lá acima!! Nunca mais saiu à rua senhor!!!
- Uma vez teria de ser...- disse Voldemort- além de que tenho tão boas
recordações de Paris... livrar-me lá do último Potter e da Weasley será mais uma a acrescentar ao cartório...
Wormtail assentiu.
- Mas senhor, como pensa chegar a Paris inteiro...
Voldemort sorriu antes de responder:
- Mas não é lógico meu caro... de comboio!!!
Com isto Voldemort e Wormtail desapareceram na escuridão da sua cave em direcção à luz do dia.
iFim do Capítulo/i
N.A: Próximo capítulo, próxima quarta...
Quero comentários...
Espero que gostem!!!
Disc. Nada a declarar (que não tenha, claro^_^, sido declarado anteriormente!!)
Dedicado ao "Príncipe da Noruega", e ao seu país de passeios aquecidos...
iCap. 9/i
"Não! Não os deixes dispararem..."
O mar não dava amostras de se acalmar mas mesmo assim Hermione, com a ajuda de Crookshanks conseguiu adormecer. Tudo estava calmo no camarote de Harry, Ginny e Hermione, mas por quanto mais tempo?!?
~ * ~
Voldemort observara as "Boas Noites" que Harry tinha desejado a Ginny e sorria para si. Tal como pensara, Harry saíra ao seu pai, ou seja ia facilitar-lhe as coisas.
Wormtail aproximou-se do caldeirão e apontou para Harry:
- Lá está ele Mestre! Vamos atacá-lo!??!
- Não...- disse Voldemort- tenho algo mais maligno em mente... algo mais heróico... uma pequena ironia do destino...
O caldeirão centrou a imagem em Ginny, que estava a dormir...
- Bons sonhos... doce Virgínia...- murmurou Voldemort.
~ * ~
Ginny voltou-se aninhada nos cobertores no chão, raios para Harry, agora não ia voltar a pegar no sono tão cedo. Tinha estado a fingir que dormia desde que a sua mala caíra, o som tinha-a despertado, mas ao ver que Harry se tinha levantado para arrumar tudo Ginny, preguiçosamente, não se tinha mexido. Agora gostava de o ter feito.
Levantou-se e olhou pela janela redonda do camarote, o mar estava bravo mas dum tom verde que ela nunca imaginara que ele podia ter, um tom verde que lhe lembrava os olhos de Harry. Voltou-se para trás e viu Harry, este mexia-se e remexia-se na cama, devia estar a ter um pesadelo. Ginny sentiu-se a corar levemente, como se podia estar a apaixonar pelo rapaz que supostamente estava a usar!?!? Era de LOUCOS!!!
Mas mesmo assim, isso não a impediu de tapar Harry que se estava a destapar por completo. Harry mexia-se como se estivesse a correr, não, a fugir, de súbito no sono fez tenções de se levantar. Ginny automaticamente colocou a mão sobre o peito de Harry para o empurrar para baixo. Isso fez um "milagre", Harry caiu num sono profundo e sem sonhos, ou pelo menos sem pesadelos, visto que acalmou e parou de se mexer.
Ginny sorriu e era para puxar os lençóis quando sentiu algo em cima da mão que colocara no peito de Harry. Lentamente Harry tinha deslocado a sua mão, durante o sono, e tinha-a colocado sobre a de Ginny. Ginny olhou admirada para Harry mas este dormia, a sua respiração era regular e... e... e ele sorria, sorria levemente como se soubesse que agora estava protegido.
Ginny sorriu também e passou uma mão pelos cabelos de Harry, deixando à vista a sua cicatriz, de súbito imagens do seu passado voltaram para a assombrar. Ginny levou a sua mão livre ao ombro direito, ainda tinha a cicatriz do tiro que levara em criança, talvez fosse por isso que não dançava, a nova moda exibia vestido sem mangas, de ombros à mostra, talvez fosse por isso que brincava com Harry chamando-lhe "rapaz da cicatriz", talvez fosse por isso que sentia algo especial em relação a ele, afinal ela também era a "rapariga da cicatriz", ou desfigurada como costumavam brincar com ela.
Ginny abanou a cabeça tentando enxotar os pensamentos tristes mas eles pareciam não a querer deixar, Ginny sentiu lágrimas a virem ao olhos ao lembrar-se de tudo o que acontecera na noite em que levara o tiro, o pai chefe da segurança dos Potter tinha sido morto, a mãe tinha sobrevivido com largas queimaduras, e os únicos irmãos que tinha, os gémeos Fred e George, tinham desaparecido, a sua mãe contou-lhe que tinham sido encontrados mortos, mas se assim era quem tinha guiado Hermione até ela!?!? Hermione dizia que tinham sido dois gémeos ruivos, um chamado Fred e outro George, por aquilo que percebera Harry a mesma coisa, no entanto Ginny nunca os tinha visto. Seriam eles reais ou ilusão?!?!
Harry apertou a mão de Ginny no sono chamando-a à realidade e duma certa forma apagando todos os pensamentos tristes. Ginny sorriu, passou a mão de novo pelos cabelos de Harry, tirou-lhe os óculos que ele se esquecera de tirar e deu-lhe um beijo na testa antes de lhe desejar uma "Boa Noite!".
Em seguida Ginny voltou ao seu ninho no chão, e adormeceu...
~ * ~
»Meia- Noite«
Todo o barco dormia. O barco era de passageiros não carga, a noite estava de tempestade não de calmaria, o local era o alto mar não um porto exótico no Brasil, por isso todos ficariam bastante admirados se pudessem ver um par de borboletas multicolores a passear-se pelo navio e exactamente pela zona dos "dormitórios."
As borboletas entravam e saiam dos quartos como que procurando algo, entravam e saiam dos quatros através das portas e paredes, não eram borboletas normais e sim borboletas mágicas.
A sua missão... iVirgínia Weasley./i
Assim que a encontram as borboletas começam a dançar em redor da sua cabeça, Ginny voltou-se no sonho e enxotou-as com uma mão virando-se para o outro, bocejando. As borboletas voaram em redor de Ginny e brilharam. Ginny começou a fazer uma cara assustada.
O pesadelo de Voldemort tinha começado...
~ * ~
Ginny acordou em cima duma almofada grande e olhou em redor. Estava numa grande cozinha, a cozinha onde a sua mãe trabalhava, mas a cozinha estava deserta, onde estavam todos!? Tinham que começar já a cozinhar senão nunca teriam tudo a tempo para a festa essa noite!!! Olhou para si tinha cinco anos, vestia uma roupa esfarrapada, nada de especial para uma filha de cozinheira.
- Olha a dorminhoca!- disse uma voz.
Ginny voltou-se. Um homem ruivo com uns 28/29anos olhava para ela e sorria. Vestia uma roupa de general mas não a assustava, não por causa do seu grande sorriso. Ginny sorriu e estendeu as mãos...
- Papá!!!
O homem sorriu e disse estendendo-lhe a mão:
- Anda, a mãe e os manos estão à espera...
Ginny sorriu, deu a mão ao pai e partiu...
~ * ~
Com um sorriso nos lábios Ginny levantou-se do seu pequeno ninho. Crookshanks olhou para ela admirado e miou baixinho, Ginny não olhou para ele, simplesmente começou a andar em direcção à porta que abriu e fechou depois de ter passado para o corredor.
Crookshanks tentou abrir a porta mas não conseguiu...
~ * ~
Ginny caminhava agora alegre num grande campo de flores, os gémeos vinham atrás dela correndo e saltando bastante felizes os três, brincavam sem discutirem o que era raro. De súbito Ginny ouviu a voz da mãe, ela estava com o seu pai, e os seus primos Bill e Charlie ao pé dum lago, de súbito saltaram os quatros, os gémeos não tardaram a segui-los e Ginny riu ao ouvi-los chamá-la e correu na sua direcção.
~ * ~
Harry acordou com Crookshanks a passar-lhe a cauda pelo nariz e a miar. Desconcertado sentou-se na cama, procurou os óculos e perguntou irritado:
- O que é? O que é?!?!
Crookshanks pulou para o sítio onde Ginny devia estar a dormir. Harry abriu muito os olhos. Incrédulo aproximou-se do ninho de Ginny e constatou que ela realmente não estava lá. Crookshanks correu para a porta e Harry correu atrás dele abrindo a porta. Uma onde entrou pelo corredor dos quartos, o mar estava mesmo bravo nessa noite. Harry escorregou várias vezes até conseguir atingir o convés. Assim que o fez olhou em redor mas nem um sinal de Ginny. Não desistindo gritou:
- GINNY!
~ * ~
Ginny voltou-se para trás parecia ter ouvido alguém a chamá-la, mas o campo de flores atrás de si estava deserto. Eles realmente deviam voltar para o palácio, eles tinham que fazer a comida não brincar. De súbito soldados saltaram de todos os lados e começaram a apanhar a sua família, puxando-os para fora de água. Então um soldado puxou-a por trás, queriam separá-la da sua família!!!!!
Não, não, isso não...
Ginny soltou-se do guarda e preparou-se para saltar.
~ * ~
Ainda que escorregando Harry subiu até há ponte e depois até ao cesto da viga, onde estava Ginny?! Percorreu o barco com o olhar esperando encontrá-la, finalmente viu-a. Ginny estava na ponte, tentando soltar-se dum gancho que a tinha miraculosamente prendido e prestes a saltar para a morte.
- GINNY! NÃO!!!- gritou Harry e descendo do cesto começou a correr na sua direcção.
~ * ~
Voldemort sorriu, até estava a ser fácil demais...
- Vai Potter- murmurou- vai salvar a pequena Weasley e tal como ela perde-te no teu próprio mundo de sonhos e pesadelos... empurra-a para a morte...
~ * ~
Ginny não conseguia soltar-se do guarda que a prendera, então ela viu erguerem à sua frente uma arma e a apontarem-na contra a sua família. Assustada começou a gritar:
- NÃO!!! NÃO DISPAREM...
O homem sorriu maldosamente e apontou a arma à família de Ginny preparando-se para disparar...
~ * ~
Harry segurou Ginny mesmo a tempo, agora ela rasgara a camisa de noite de recuava assustada. Ginny bateu-lhe tentando libertar-se enquanto murmurava:
- Não disparem!!!! Não...
Harry abraçou-a com mais força e disse:
- Ginny... Ginny sou eu o Harry... acorda...
O barco desequilibrou-se nas ondas e a ponte ficou escorregadia, Harry tropeçou, só se conseguindo apoio numa corda à qual se agarrou com as mãos, Ginny escorregou-lhe dos braços. Harry, soltou uma das mãos e ficou a agarrá-la, Ginny ainda estava em estado de transe.
- NÃO!- gritou Ginny- ELES NÃO FIZERAM NADA!! NÃO DISPARE!!!!!!!
Harry sentiu a corda molhada a magoar-lhe a mão, Ginny continuava a falar no sono.
- FUI EU!!! FUI EU QUE O AJUDEI!!!! NÃO OS MATE!!!
Harry piscou os olhos e viu a face de Ginny a contorcer-se de dor e lágrimas. De súbito sentiu uma raiva sem igual, algo dentro dele dizia que aquele pesadelo de Ginny não era normal, que alguém o estava a fazer e nesse momento Harry dirigiu toda a sua raiva contra essa pessoa. Como se atrevia ela a fazer Ginny chorar daquele modo. Então o incrível aconteceu, com uma só mão Harry conseguiu elevar Ginny até ela ficar mais ou menos à sua altura. Com um golpe de sorte conseguiu agarrá-la pela cintura e gritou:
- GINNY! GINNY ACORDA!! É TUDO UM PESADELO!! UM PESADELO!!!!!
Harry viu Ginny a abrir lentamente os olhos e sorriu, o barco voltou a ficar direito. Ginny e Harry estavam deitados no chão. Harry tirou a mão da corda, estava em sangue e cheia de falhas de pedaços de corda. Ginny despertou completamente mas não se soltou de Harry, pelo contrário agarrou-se à camisa dele a chorar ainda com mais força.
- Eles vão disparar...- chorou.
- De que estás a falar??- perguntou Harry.
Ginny agarrou ainda com mais força enquanto soluçava:
- E se a culpa for minha... e se a culpa for minha...
Harry colocou as mãos nos ombros de Ginny e disse-lhe ao ouvido:
- Não te preocupes! A culpa não foi tua...
Harry sentiu algo, parecia uma cicatriz. Tirou a mão do ombro direito dela, sim, ela tinha uma cicatriz, uma cicatriz duma bala, mas quem teria disparado contra ela!??! E porquê?!?! Ginny dizia que tinha sido ela a responsável, que tinha sido ela a ajudá-lo... –LO quem!?!? Quem daria um tiro numa mulher por ela ter ajudado alguém!?!?
Várias imagens assaltaram a mete de Harry, alguém de olhos azul a empurrá-lo, um sítio escuro, vozes aos berros e de súbito um tiro...
Harry abanou a cabeça e segurou Ginny com mais força enquanto se sentava e dizia:
- Vamos secar-nos!!!
Ginny olhou assustada para ele, Harry sorriu e disse colocando a mão debaixo do queixo dela.
- Agora estou aqui... já acabou tudo... estás em segurança agora...
Mas estaria algum dos dois em segurança...
~ * ~
- MALDIÇÃO!!!!!!!!!!- rugiu Voldemort.
- Acalme-se mestre!!- aconselhou Wormtail- não vai desistir! São apenas dois
jovens!!!
Voldemort acalmou-se.
- Tens razão meu caro Wormtail!!!! Estou calmo! Sou insensível, não tenho
sentimentos...
De súbito abriu muito os olhos e sorriu.
- O meu espírito...
- Senhor não tem espírito!- lembrou Wormtail.
- É uma maneira de dizer meu caro!!! O meu espírito aclarou-se de súbito!!!
Terei de ser eu próprio a matá-la!!!
Wormtail admirou-se:
- Está a falar a sério, senhor?!?
- Lá diz o ditado!- respondeu Voldemort- se queres uma coisa bem feita fá-la tu
mesmo!!!
Wormtail estava cada vez mais admirado.
- Mas isso significa ir... lá acima!! Nunca mais saiu à rua senhor!!!
- Uma vez teria de ser...- disse Voldemort- além de que tenho tão boas
recordações de Paris... livrar-me lá do último Potter e da Weasley será mais uma a acrescentar ao cartório...
Wormtail assentiu.
- Mas senhor, como pensa chegar a Paris inteiro...
Voldemort sorriu antes de responder:
- Mas não é lógico meu caro... de comboio!!!
Com isto Voldemort e Wormtail desapareceram na escuridão da sua cave em direcção à luz do dia.
iFim do Capítulo/i
N.A: Próximo capítulo, próxima quarta...
Quero comentários...
