N.A: Mais um capítulo repleto de emoção!! Eh, eh tou no gozo!!! Bem malta vou de férias por uns 5, 6 dias (grandes férias, ãh?!?!), mas podem escrever na mesma! Espero que gostem deste capítulo, para quem ama as música^_~, tenho uma boa noticia! O próximo capítulo terá uma! Pelo menos em principio!! Bem, sem mais demoras...
Bjs
CACL
Disc. Tão meu como o mar ser roxo!!!!
Para o Christopher Bleue, a minha próxima personagem....
Capítulo 12
Tu és o Harry Potter
Harry caminhava da esquerda para direita em frente ao quarto onde o médico estava a atender Ginny. Hermione apareceu e estendeu-lhe uma bandeja com várias canecas cheias de chocolate quente. Atrás das canecas estava uma chávena de chá, e duas caneca com um brasão esquisito. Hermione estendeu a bandeja de modo que ao convidado, antes ao homem que tinha atropelado Ginny, apenas a chávena ficou acessível e deu a Ron na mão uma das canecas com o brasão esquisito e agarrou a outra. Ron sorriu para o brasão e perguntou alguma coisa a Hermione que Harry não ouviu pois a médica, Miss Promefey, [Maior parte destes nomes estarão mal escritos pois CACL não tem muita paciência para pegar nos livros!!! ^_^]saiu do quarto nessa altura. Harry correu para ela e a médica disse:
- Está tudo bem... graças a Deus não ouve nenhuma hemorragia interna.... ela vai ficar bem, só precisa de descanso... e creio que uma vigia constante...
Harry sorriu e assentiu. A médica baixou um pouco mais a voz e perguntou:
- Você é o Harry!??!
Harry disse que sim com a cabeça. A médica sorriu e disse:
- Ela tem perguntando incessantemente por si... parece que tem medo que o roubem...
Harry sorriu e a médica foi falar com o resto do grupo. Harry entrou no quarto em bicos dos pés, tentando não fazer barulho. Quando chegou ao pé de Ginny sorriu ao vê-la a descansar em segurança, como se o pudesse sentir, Ginny abriu os olhos e sorrio para Harry estendendo-lhe a mão que Harry aceitou e apertou com força, encostando-a contra o seu rosto.
- Ei Rapariga Atropelada...- brincou Harry num murmúrio.
- Ei Rapaz da Cicatriz...- disse Ginny também num murmúrio.
Ginny começou a sentar-se e Harry ajudou-a acomodando as almofadas. Ginny encostou a cabeça para trás e agarrou a mão de Harry de novo, enquanto dizia:
- Bem... já tinha ouvido dizer que o amor nos atinge como um trovão mas acho que isto foi um abuso...
Harry sorriu e disse:
- E eu ouvi dizer que ele magoa... mas nunca pensei que tanto...- aqui parou e disse olhando para Ginny nos olhos- sabes Gin... quando eu te vi... quando te vi a seres projectada pelo carro eu esperei o pior... pensei que nunca mais ia ver os teus olhos, ver-te sorrir, ver-t...
Mas Harry não acabou a sua frase pois Ginny silenciou-o com um shiuu suave e colocando as pontas dos seus dedos sobre os lábios de Harry. Harry sorriu e agarrando com a sua mão a de Ginny deu-lhe um beijo suave nos dedos. O luar, aproveitando o facto do vento estar a levar as nuvens, entrou de mansinho pela janela do quarto como se tivesse medo de impedir um momento especial, e escondeu-se nos reflexos dos cabelos de Ginny e nos reflexos dos de Harry, fazendo com que ambos brilhassem. Harry sorriu passou a mão pelos cabelos de Ginny e puxou-a para si para trocar um beijo. Os seus lábios tocaram-se devagar, como se tivesse medo de que tudo não passasse dum sonho e que em breve acordariam com a cabeça espetada na almofada ou com Crookshanks a lamber-lhes a face. Mas assim que os seus lábios se tocaram e uma espécie de mini carga eléctrica passou pelos seus corpos, ambos se aperceberam que não estavam a sonhar, encostaram-se mais um ao outro e o beijo passou de tímido a apaixonado.
Hermione que batera a porta levemente e estranhara ninguém responder abriu uma nesga para espreitar, quando viu Harry e Ginny sorriu, fechando de novo a porta tal como a abrira para ninguém se apercebesse do seu delito. Olhando para trás Hermione viu que Ron ainda estava a falar com o motorista, não, já não era o motorista era o dono. O motorista aparecia e desaparecia, Hermione ainda de bandeja na mão ainda não o conseguira apanhar para lhe dar uma caneca de chocolate quente. Suspirando Hermione aproximou-se de novo de Ron e do dono do carro que falavam como se conhecessem.
- Apanhei um susto...- dizia o dono do carro, um homem dos seus quarenta e tal anos, cabelos pretos e olhos escuros, a sua pele era morena e a sua roupa cara- quer dizer o Karl parou de repente e só me diz que uma doida saltou para o meio da estrada... claro que assim que saí e vi o rapaz... como se chama ele mesmo!?!?
- Harry, Tio Sirius, ele chama-se Harry...
Sirius pareceu ficar admirado durante algum tempo mas acabou por assentir e continuar a sua narrativa:
- Bem, quando vi o Harry a segurá-la e a chamar por ela ao altos berros, GINNY, GINNY, percebi logo que ela tentado matar-se não tinha... provavelmente ia ter com ele do outro lado da estrada... a juventude de hoje é doida... só tu escapas Ronald... e mesmo assim... já falaste com a filha da Duquesa...
- ERG!- disse Ron embaraçado- não, tio ainda não...
Sirius fez um som de descontentamento e a seguir acrescentou:
- Ronald.... Ronald... eu sei que tu ainda estás muito apegado à tua noiva, mas vais ter de passar sobre isso um dia, já lá vão mais de dois anos...
- Na realidade- disse Hermione sem pensar- só lá vai um ano e meio, no máximo...
Sirius pareceu reparar em Hermione pela primeira vez e fez um sorriso de escárnio ao ver que ela e Ron tinham roupões idênticos.
- Afinal- comentou- não era a tua noiva que te prendia...
- Na realidade era...- começou Ron- mas agora já não é...
Sirius fez um sorriso e disse feliz:
- Óptimo! Óptimo!- elevou a chávena aos lábios- Vou falar com a Duquesa e....
- Agora é a minha esposa!!!- completou Ron.
Sirius cuspiu o conteúdo da chávena, se Ron não tivesse puxado Hermione rapidamente esta poderia ficar, além de molhada, queimada. Hermione olhou de lado para Ron enquanto Sirius tossiu fortemente e murmurou:
- Sempre apreciei o teu timing amor, dizes o que tens a dizer exactamente nos momentos mais desapropriados...
- AH!- disse Ron irónico- agora já sabes porque não falei durante o casamento...
Hermione pisou Ron que teve de morder o lábio inferior para não gemer de dor e afastar o outro pé rapidamente. Sirius parou por fim de tossir e Hermione tirou um lenço para ele se limpar. Sirius agarrou o lenço e agradeceu a Hermione delicadamente, já deduzindo que ela fosse a esposa de Ron. Passados mais uns minutos Sirius começou a falar com Hermione:
- Então tu és a Hermione Granger...
- Bem senhor, até hoje de manhã eu fui só Hermione Granger, agora sou a Hermione Granger...
- Sim, sim, eu sei, eu sei...- disse Sirius um pouco impaciente, como se estivesse a fazer um teste e se quisesse despachar- então, posso saber como conseguiste sair de Inglaterra...
Ron começou a temer pela segurança de Hermione e estava prestes a intervir quando Hermione falou com um tom admirado:
- Mas como haveria... de barco claro!!! Bem primeiro apanhei um comboio mas foi para esquecer...
Sirius olhou para Hermione admirado por uns segundos e a seguir riu. Ron suspirou e Hermione abriu um sorriso. Sirius olhou duma perspectiva completamente diferente para Hermione, de possível intriguista e estranha, passou-a para uma perspectiva de amiga.
- Muito bem Hermione, essa foi bem respondida... há muito tempo que
ninguém me calava tão bem...
Hermione sorriu orgulhosa de si própria, Ron passou-lhe o braço em redor da cintura e deu-lhe um beijo nos cabelos como que a dizer que também estava cheio de orgulho dela. Lentamente a porta do quarto de Ginny tronou a abrir-se e Harry saiu lentamente, todo ele brilhava de alegria, alegria como não se lembrava de sentir à muito tempo, procuro Hermione e Ron com o olhar, queria pedir-lhes uma chávena de chá para Ginny que estava, para o seu gosto, a ficar muito branca e devia estar cansada, nada melhor que um chá para adormecer.
Localizou-os rapidamente mais a um homem que nunca tinha visto e que no entanto lhe parecia vagamente familiar, mas familiar ao ponto de achar que ele estava bastante velho...
- Mas que raio é que eu estou a pensar... "nunca o vi mais gordo"...
[N.A: Expressão portuguesa que designa o facto de nunca ter visto uma pessoa...]
Sirius sentiu-se a ser observado e levantou os olhos de Hermione e Ron para os colocar em Harry que ainda estava meio oculto pela sombra. Não o tinha visto muito bem lá fora no escuro e agora também não. Era magro, de estatura mediana, um pouco baixo para a idade, usava óculos reparava agora, tinha também um porte nobre, o que era normal, Ron não devia andar a acolher rapazes de rua, devia ser algum amigo seu duma família abastada qualquer, um parvo provavelmente. Era isto que Sirius pensava até que Harry deu mais uns passos em frente e ele o conseguiu ver decentemente. Nesse mesmo momento Sirius deu um salto no banco onde estava sentado deixando a cadeira cair, o que chamou a atenção de Ron e Hermione que se voltaram para Sirius assustados.
- Tudo bem tio?!?!- perguntou Ron.
- Ja... Jam… James…- gaguejou Sirius- não po...po...pode ser...
Harry piscou os olhos e disse:
- Não senhor deve estar enganado, o meu nome é Harry! Não James!!!!
Mas Sirius pareceu não o ouvir, correra para ele de repente e agora estava a dar-lhe um enorme abraço, enquanto murmurava:
- Harry!! Harry!!! Será possível és mesmo tu…
Sirius afastou-se e tronou a olhar para Harry que estava cada vez mais confuso, até que sem razão aparente todos os cães nas redondezas desataram a ladrar furiosamente, de súbito fez luz na sua mente e Harry deu por si a dizer:
- O apito...- Harry olhou para Sirius e sorriu dizendo- Padrinho!!!!
Sirius tronou a abraçar Harry mas desta vez recebeu um abraço de volta. Hermione abraçou Ron toda satisfeita, até de súbito jurar que pelo canto do olho vira a porta do quarto de Ginny fechar-se. Ginny encostou a porta lentamente e apertou com força o apito entre as suas pequenas mãos. Tinha-o feito, o trabalho pelo qual viera, Harry estava de novo com o seu padrinho, ele iria ter tudo o que sempre quisera. Sorriu e deixou algumas lágrimas banharem o seu rosto, sabia que apenas tinha ajudado o inevitável, tal como tinha sido inevitável ter dito a Harry que o amava. Sem saber como Ginny deu-se conta que as pontas dos seus dedos percorriam os seus lábios e contendo mais algumas lágrimas voltou para a cama puxando os lençóis e fechando os olhos com força, como se assim pudesse evitar os gritinhos de espanto que começavam a envadir o hall.
Tal como há treze anos atrás o destino tinha-se virado contra ela de novo, numa única noite ela perdera tudo o que era importante para ela, a sua melhor amiga e única família, Hermione e agora tinham-lhe arrancando Harry dos braços.
- Devo estar amaldiçoada...- pensou para si quando puxou para cima os lençóis ao ouvir alguém abrir a porta do quarto.
Hermione espreitou e olhou para a cama onde Ginny estava deitada. Ela estava a fingir dormir, não era a primeira vez que o fazia mas era a primeira vez que o fazia tão mal, qualquer pessoa que entrasse no quarto o veria. Hermione sorriu ternamente, entrou lentamente no quarto. Fechou as cortinas, ajeitou os lençóis da cama de Ginny, agarrou a mala que estava prestes a cair da cadeira e colocou-a no chão, deixou Crookshanks entrar e disse-lhe baixinho:
- Toma conta dela...
O gato miou para concordar e pulou para cima da cama de Ginny, deitando-se ao pé da sua barriga onde Ginny lhe podia fazer festas, coisa que ela começou a fazer assim que Crookshanks se deitou ao pé dela como botija de água quente.
- Boa noite Ginny...- disse Hermione e voltou-se para sair.
- Boa noite Herm...- ouviu Ginny dizer mesmo antes de fechar a porta e não
pode deixar de sorrir ao de leve.
Ginny teve sonhos estranhos essa noite. Primeiro voltou a sonhar com os gémeos que a tinham salvo da escuridão e frio do beco, estavam a salvá-la de novo mas desta vez era de algo mais terrível que a escuridão ou o frio, ela estava a ser perseguida por alguém, alguém que queria a sua morte e não hesitaria em fazê-lo se a conseguisse apanhar, os gémeos apareceram puseram-se ao seu lado e levaram-na de novo para sua acolhedora cave, mas a cave já não era uma cave era uma grande cozinha, uma cozinha que lhe era familiar, a mãe dos gémeos apareceu, mas depois já não era a mãe deles, era a sua mãe, correu para ela e abraçou-a enquanto dizia:
- Mãe, mãe...
A mãe abraçou-a, depois apareceu o pai e Ginny abraçou-o também, os gémeos que a tinham salvo revelaram-se ser os seus irmãos Fred e George. Quando acabou de os abraçar viu que eles eram semi transparentes como se fosse espíritos, percebeu que estava na altura deles partirem e chorou um pouco, não muito porque sentiu alguém a dar-lhe a mão, voltou-se e viu Hermione a sorrir para ela e a dizer:
- Olá amiga....
Ron apareceu vindo do nada e Hermione feliz correu para ele. Ron recebeu-a entre abraços e beijos e preparavam-se para partir quando, Hermione se voltou-se e disse:
- Espero que também encontres alguém que ames...
Um par de braços rodearam Ginny e apertaram-na à medida que uma voz que ela conhecia bastante bem dizia:
- Amo-te Ginny...
Volte-se e abraçou Harry, abraçou-o com toda a sua força como se tivesse medo que ele parti-se. Então Sirius apareceu e puxou Harry por um braço enquanto dizia que já era tarde. Ginny quis parar Harry mas algo não a deixou, por fim deu-se conta que Harry queria ficar com ela e tentava resistir a Sirius enquanto ela parecia entregá-lo. Com lágrimas nos olhos Ginny gritou e disse:
- VAI! Harry Potter...
Harry soltou-a de repente, Ginny tentou recuperar a mão, sem saber bem porquê visto que o tinha mandado embora, mas antes que o pudesse fazer Harry perdeu-se na escuridão que aparecera do meio do nada e a rodeava. Ginny começou a correr por longos corredores que pareciam dos de comboio, parecia-lhe até ouvir uma voz dizer:
- Os documentos, por favor!!!
Por fim cansada parou, deixou-se cair de joelhos, elevou os olhos ao céu e gritou:
- EU AMO-TE HARRY JAMES EVANS POTTER! EU AMO-TE... VOLTA!
Levou as mãos aos olhos e começou a chorar, para prolongar a sua tortura o eco parecia gozar com ela, repetindo incessantemente as suas palavras:
- Amo-te... amo-te... amo-te.... Harry Potter... amo-te... volta... volta... volta...
Por fim o eco parou, mas nem isso parou a tortura, pois Ginny ouviu-se murmurar entre soluços e lágrimas:
- Harry volta, por favor, volta... eu amo-te...
Fim do Capítulo 12
N.A: Eu sei que parece que andamos em circulos e andamos... mas por vezes se não se apreende à primeira apreende-se à segunda e a Ginny já disse ao Harry que o amava por isso já passou para um circulo maior!!!^_^ Não se preocupem, a partir daqui vai tudo correr sobre rodas até porque finalmente a Ginny percebeu que se não fizer nada pode, e irá perder, o Harry! Bjs CACL
Bjs
CACL
Disc. Tão meu como o mar ser roxo!!!!
Para o Christopher Bleue, a minha próxima personagem....
Capítulo 12
Tu és o Harry Potter
Harry caminhava da esquerda para direita em frente ao quarto onde o médico estava a atender Ginny. Hermione apareceu e estendeu-lhe uma bandeja com várias canecas cheias de chocolate quente. Atrás das canecas estava uma chávena de chá, e duas caneca com um brasão esquisito. Hermione estendeu a bandeja de modo que ao convidado, antes ao homem que tinha atropelado Ginny, apenas a chávena ficou acessível e deu a Ron na mão uma das canecas com o brasão esquisito e agarrou a outra. Ron sorriu para o brasão e perguntou alguma coisa a Hermione que Harry não ouviu pois a médica, Miss Promefey, [Maior parte destes nomes estarão mal escritos pois CACL não tem muita paciência para pegar nos livros!!! ^_^]saiu do quarto nessa altura. Harry correu para ela e a médica disse:
- Está tudo bem... graças a Deus não ouve nenhuma hemorragia interna.... ela vai ficar bem, só precisa de descanso... e creio que uma vigia constante...
Harry sorriu e assentiu. A médica baixou um pouco mais a voz e perguntou:
- Você é o Harry!??!
Harry disse que sim com a cabeça. A médica sorriu e disse:
- Ela tem perguntando incessantemente por si... parece que tem medo que o roubem...
Harry sorriu e a médica foi falar com o resto do grupo. Harry entrou no quarto em bicos dos pés, tentando não fazer barulho. Quando chegou ao pé de Ginny sorriu ao vê-la a descansar em segurança, como se o pudesse sentir, Ginny abriu os olhos e sorrio para Harry estendendo-lhe a mão que Harry aceitou e apertou com força, encostando-a contra o seu rosto.
- Ei Rapariga Atropelada...- brincou Harry num murmúrio.
- Ei Rapaz da Cicatriz...- disse Ginny também num murmúrio.
Ginny começou a sentar-se e Harry ajudou-a acomodando as almofadas. Ginny encostou a cabeça para trás e agarrou a mão de Harry de novo, enquanto dizia:
- Bem... já tinha ouvido dizer que o amor nos atinge como um trovão mas acho que isto foi um abuso...
Harry sorriu e disse:
- E eu ouvi dizer que ele magoa... mas nunca pensei que tanto...- aqui parou e disse olhando para Ginny nos olhos- sabes Gin... quando eu te vi... quando te vi a seres projectada pelo carro eu esperei o pior... pensei que nunca mais ia ver os teus olhos, ver-te sorrir, ver-t...
Mas Harry não acabou a sua frase pois Ginny silenciou-o com um shiuu suave e colocando as pontas dos seus dedos sobre os lábios de Harry. Harry sorriu e agarrando com a sua mão a de Ginny deu-lhe um beijo suave nos dedos. O luar, aproveitando o facto do vento estar a levar as nuvens, entrou de mansinho pela janela do quarto como se tivesse medo de impedir um momento especial, e escondeu-se nos reflexos dos cabelos de Ginny e nos reflexos dos de Harry, fazendo com que ambos brilhassem. Harry sorriu passou a mão pelos cabelos de Ginny e puxou-a para si para trocar um beijo. Os seus lábios tocaram-se devagar, como se tivesse medo de que tudo não passasse dum sonho e que em breve acordariam com a cabeça espetada na almofada ou com Crookshanks a lamber-lhes a face. Mas assim que os seus lábios se tocaram e uma espécie de mini carga eléctrica passou pelos seus corpos, ambos se aperceberam que não estavam a sonhar, encostaram-se mais um ao outro e o beijo passou de tímido a apaixonado.
Hermione que batera a porta levemente e estranhara ninguém responder abriu uma nesga para espreitar, quando viu Harry e Ginny sorriu, fechando de novo a porta tal como a abrira para ninguém se apercebesse do seu delito. Olhando para trás Hermione viu que Ron ainda estava a falar com o motorista, não, já não era o motorista era o dono. O motorista aparecia e desaparecia, Hermione ainda de bandeja na mão ainda não o conseguira apanhar para lhe dar uma caneca de chocolate quente. Suspirando Hermione aproximou-se de novo de Ron e do dono do carro que falavam como se conhecessem.
- Apanhei um susto...- dizia o dono do carro, um homem dos seus quarenta e tal anos, cabelos pretos e olhos escuros, a sua pele era morena e a sua roupa cara- quer dizer o Karl parou de repente e só me diz que uma doida saltou para o meio da estrada... claro que assim que saí e vi o rapaz... como se chama ele mesmo!?!?
- Harry, Tio Sirius, ele chama-se Harry...
Sirius pareceu ficar admirado durante algum tempo mas acabou por assentir e continuar a sua narrativa:
- Bem, quando vi o Harry a segurá-la e a chamar por ela ao altos berros, GINNY, GINNY, percebi logo que ela tentado matar-se não tinha... provavelmente ia ter com ele do outro lado da estrada... a juventude de hoje é doida... só tu escapas Ronald... e mesmo assim... já falaste com a filha da Duquesa...
- ERG!- disse Ron embaraçado- não, tio ainda não...
Sirius fez um som de descontentamento e a seguir acrescentou:
- Ronald.... Ronald... eu sei que tu ainda estás muito apegado à tua noiva, mas vais ter de passar sobre isso um dia, já lá vão mais de dois anos...
- Na realidade- disse Hermione sem pensar- só lá vai um ano e meio, no máximo...
Sirius pareceu reparar em Hermione pela primeira vez e fez um sorriso de escárnio ao ver que ela e Ron tinham roupões idênticos.
- Afinal- comentou- não era a tua noiva que te prendia...
- Na realidade era...- começou Ron- mas agora já não é...
Sirius fez um sorriso e disse feliz:
- Óptimo! Óptimo!- elevou a chávena aos lábios- Vou falar com a Duquesa e....
- Agora é a minha esposa!!!- completou Ron.
Sirius cuspiu o conteúdo da chávena, se Ron não tivesse puxado Hermione rapidamente esta poderia ficar, além de molhada, queimada. Hermione olhou de lado para Ron enquanto Sirius tossiu fortemente e murmurou:
- Sempre apreciei o teu timing amor, dizes o que tens a dizer exactamente nos momentos mais desapropriados...
- AH!- disse Ron irónico- agora já sabes porque não falei durante o casamento...
Hermione pisou Ron que teve de morder o lábio inferior para não gemer de dor e afastar o outro pé rapidamente. Sirius parou por fim de tossir e Hermione tirou um lenço para ele se limpar. Sirius agarrou o lenço e agradeceu a Hermione delicadamente, já deduzindo que ela fosse a esposa de Ron. Passados mais uns minutos Sirius começou a falar com Hermione:
- Então tu és a Hermione Granger...
- Bem senhor, até hoje de manhã eu fui só Hermione Granger, agora sou a Hermione Granger...
- Sim, sim, eu sei, eu sei...- disse Sirius um pouco impaciente, como se estivesse a fazer um teste e se quisesse despachar- então, posso saber como conseguiste sair de Inglaterra...
Ron começou a temer pela segurança de Hermione e estava prestes a intervir quando Hermione falou com um tom admirado:
- Mas como haveria... de barco claro!!! Bem primeiro apanhei um comboio mas foi para esquecer...
Sirius olhou para Hermione admirado por uns segundos e a seguir riu. Ron suspirou e Hermione abriu um sorriso. Sirius olhou duma perspectiva completamente diferente para Hermione, de possível intriguista e estranha, passou-a para uma perspectiva de amiga.
- Muito bem Hermione, essa foi bem respondida... há muito tempo que
ninguém me calava tão bem...
Hermione sorriu orgulhosa de si própria, Ron passou-lhe o braço em redor da cintura e deu-lhe um beijo nos cabelos como que a dizer que também estava cheio de orgulho dela. Lentamente a porta do quarto de Ginny tronou a abrir-se e Harry saiu lentamente, todo ele brilhava de alegria, alegria como não se lembrava de sentir à muito tempo, procuro Hermione e Ron com o olhar, queria pedir-lhes uma chávena de chá para Ginny que estava, para o seu gosto, a ficar muito branca e devia estar cansada, nada melhor que um chá para adormecer.
Localizou-os rapidamente mais a um homem que nunca tinha visto e que no entanto lhe parecia vagamente familiar, mas familiar ao ponto de achar que ele estava bastante velho...
- Mas que raio é que eu estou a pensar... "nunca o vi mais gordo"...
[N.A: Expressão portuguesa que designa o facto de nunca ter visto uma pessoa...]
Sirius sentiu-se a ser observado e levantou os olhos de Hermione e Ron para os colocar em Harry que ainda estava meio oculto pela sombra. Não o tinha visto muito bem lá fora no escuro e agora também não. Era magro, de estatura mediana, um pouco baixo para a idade, usava óculos reparava agora, tinha também um porte nobre, o que era normal, Ron não devia andar a acolher rapazes de rua, devia ser algum amigo seu duma família abastada qualquer, um parvo provavelmente. Era isto que Sirius pensava até que Harry deu mais uns passos em frente e ele o conseguiu ver decentemente. Nesse mesmo momento Sirius deu um salto no banco onde estava sentado deixando a cadeira cair, o que chamou a atenção de Ron e Hermione que se voltaram para Sirius assustados.
- Tudo bem tio?!?!- perguntou Ron.
- Ja... Jam… James…- gaguejou Sirius- não po...po...pode ser...
Harry piscou os olhos e disse:
- Não senhor deve estar enganado, o meu nome é Harry! Não James!!!!
Mas Sirius pareceu não o ouvir, correra para ele de repente e agora estava a dar-lhe um enorme abraço, enquanto murmurava:
- Harry!! Harry!!! Será possível és mesmo tu…
Sirius afastou-se e tronou a olhar para Harry que estava cada vez mais confuso, até que sem razão aparente todos os cães nas redondezas desataram a ladrar furiosamente, de súbito fez luz na sua mente e Harry deu por si a dizer:
- O apito...- Harry olhou para Sirius e sorriu dizendo- Padrinho!!!!
Sirius tronou a abraçar Harry mas desta vez recebeu um abraço de volta. Hermione abraçou Ron toda satisfeita, até de súbito jurar que pelo canto do olho vira a porta do quarto de Ginny fechar-se. Ginny encostou a porta lentamente e apertou com força o apito entre as suas pequenas mãos. Tinha-o feito, o trabalho pelo qual viera, Harry estava de novo com o seu padrinho, ele iria ter tudo o que sempre quisera. Sorriu e deixou algumas lágrimas banharem o seu rosto, sabia que apenas tinha ajudado o inevitável, tal como tinha sido inevitável ter dito a Harry que o amava. Sem saber como Ginny deu-se conta que as pontas dos seus dedos percorriam os seus lábios e contendo mais algumas lágrimas voltou para a cama puxando os lençóis e fechando os olhos com força, como se assim pudesse evitar os gritinhos de espanto que começavam a envadir o hall.
Tal como há treze anos atrás o destino tinha-se virado contra ela de novo, numa única noite ela perdera tudo o que era importante para ela, a sua melhor amiga e única família, Hermione e agora tinham-lhe arrancando Harry dos braços.
- Devo estar amaldiçoada...- pensou para si quando puxou para cima os lençóis ao ouvir alguém abrir a porta do quarto.
Hermione espreitou e olhou para a cama onde Ginny estava deitada. Ela estava a fingir dormir, não era a primeira vez que o fazia mas era a primeira vez que o fazia tão mal, qualquer pessoa que entrasse no quarto o veria. Hermione sorriu ternamente, entrou lentamente no quarto. Fechou as cortinas, ajeitou os lençóis da cama de Ginny, agarrou a mala que estava prestes a cair da cadeira e colocou-a no chão, deixou Crookshanks entrar e disse-lhe baixinho:
- Toma conta dela...
O gato miou para concordar e pulou para cima da cama de Ginny, deitando-se ao pé da sua barriga onde Ginny lhe podia fazer festas, coisa que ela começou a fazer assim que Crookshanks se deitou ao pé dela como botija de água quente.
- Boa noite Ginny...- disse Hermione e voltou-se para sair.
- Boa noite Herm...- ouviu Ginny dizer mesmo antes de fechar a porta e não
pode deixar de sorrir ao de leve.
Ginny teve sonhos estranhos essa noite. Primeiro voltou a sonhar com os gémeos que a tinham salvo da escuridão e frio do beco, estavam a salvá-la de novo mas desta vez era de algo mais terrível que a escuridão ou o frio, ela estava a ser perseguida por alguém, alguém que queria a sua morte e não hesitaria em fazê-lo se a conseguisse apanhar, os gémeos apareceram puseram-se ao seu lado e levaram-na de novo para sua acolhedora cave, mas a cave já não era uma cave era uma grande cozinha, uma cozinha que lhe era familiar, a mãe dos gémeos apareceu, mas depois já não era a mãe deles, era a sua mãe, correu para ela e abraçou-a enquanto dizia:
- Mãe, mãe...
A mãe abraçou-a, depois apareceu o pai e Ginny abraçou-o também, os gémeos que a tinham salvo revelaram-se ser os seus irmãos Fred e George. Quando acabou de os abraçar viu que eles eram semi transparentes como se fosse espíritos, percebeu que estava na altura deles partirem e chorou um pouco, não muito porque sentiu alguém a dar-lhe a mão, voltou-se e viu Hermione a sorrir para ela e a dizer:
- Olá amiga....
Ron apareceu vindo do nada e Hermione feliz correu para ele. Ron recebeu-a entre abraços e beijos e preparavam-se para partir quando, Hermione se voltou-se e disse:
- Espero que também encontres alguém que ames...
Um par de braços rodearam Ginny e apertaram-na à medida que uma voz que ela conhecia bastante bem dizia:
- Amo-te Ginny...
Volte-se e abraçou Harry, abraçou-o com toda a sua força como se tivesse medo que ele parti-se. Então Sirius apareceu e puxou Harry por um braço enquanto dizia que já era tarde. Ginny quis parar Harry mas algo não a deixou, por fim deu-se conta que Harry queria ficar com ela e tentava resistir a Sirius enquanto ela parecia entregá-lo. Com lágrimas nos olhos Ginny gritou e disse:
- VAI! Harry Potter...
Harry soltou-a de repente, Ginny tentou recuperar a mão, sem saber bem porquê visto que o tinha mandado embora, mas antes que o pudesse fazer Harry perdeu-se na escuridão que aparecera do meio do nada e a rodeava. Ginny começou a correr por longos corredores que pareciam dos de comboio, parecia-lhe até ouvir uma voz dizer:
- Os documentos, por favor!!!
Por fim cansada parou, deixou-se cair de joelhos, elevou os olhos ao céu e gritou:
- EU AMO-TE HARRY JAMES EVANS POTTER! EU AMO-TE... VOLTA!
Levou as mãos aos olhos e começou a chorar, para prolongar a sua tortura o eco parecia gozar com ela, repetindo incessantemente as suas palavras:
- Amo-te... amo-te... amo-te.... Harry Potter... amo-te... volta... volta... volta...
Por fim o eco parou, mas nem isso parou a tortura, pois Ginny ouviu-se murmurar entre soluços e lágrimas:
- Harry volta, por favor, volta... eu amo-te...
Fim do Capítulo 12
N.A: Eu sei que parece que andamos em circulos e andamos... mas por vezes se não se apreende à primeira apreende-se à segunda e a Ginny já disse ao Harry que o amava por isso já passou para um circulo maior!!!^_^ Não se preocupem, a partir daqui vai tudo correr sobre rodas até porque finalmente a Ginny percebeu que se não fizer nada pode, e irá perder, o Harry! Bjs CACL
