Traços de Tristeza
by KittyBlue
Capítulo 5
A primeira coisa que Ran percebeu quando acordou foi os braços que o prendiam. Ele estava deitado numa cama, e quando ele abriu os olhos percebeu que era um quarto completamente desconhecido para ele. A suave respiração no seu pescoço fez com que ele estremecesse e o abraço em que ele estava ficasse ainda mais apertado.
Os seus olhos começaram a captar alguns.. Tais como o corpo quente que estava colado ao seu, a pele bronzeada tão diferente da sua alva e branca. Ele mexeu-se um pouco virando-se, ficando frente a frente com o rosto da pessoa que o tinha capturado. Uma visão que fez Ran parar de respirar.
Subitamente olhos verdes abriram-se para o fitar. Uma mão foi levada a cabelos loiros espalhados pela almofada, um corpo bem definido e robusto mas não exageradamente, uma imagem sensual e erótica. Se aquele homem era sexy só por si agora Ran tinha a certeza que ele sem dúvida era mais do que isso, a sensualidade que irradiava de um só movimento de Yohji era capaz de o fazer perder todos os sentidos.
- Dormiste bem- perguntou o loiro espreguiçando-se, completamente atento à atenção de Ran sobre ele.
- Sim. - Ran sentou-se na cama, suspirando aliviado ao perceber que estava de boxers. Ele olhou novamente para Yohji para ver o outro a rir. - Que foi?
- Pensaste que eu ia molestar-te durante a noite, não foi- ele riu-se e levantou-se da cama. A única coisa que ele tinha vestido eram também uns boxers. Ele olhou em redor pelo quarto até encontrar a sua roupa numa cadeira. Ele bocejou e começou a vestir-se sem uma palavra.
- E não pensaste nisso- perguntou Ran curioso. Ele levantou-se também aproximando-se de Yohji. O loiro vestiu a camisa deixando-a aberta e voltando-se para Ran.
- Sem dúvida que pensei, mas achei que me matavas se te tocasse sequer, e prefiro ficar intacto- ele sorriu e deu alguns passos na direcção do ruivo, cortando a distancia entre eles, ele colocou as suas mãos na cintura de Ran e sorriu sensualmente ao ver que o outro não o afastou.
Ran permaneceu quieto e quando Yohji se moveu para o beijar, ele respondeu com a mesma intensidade. Os dois deixaram-se levar pelas sensações e em instantes estavam novamente na cama, entre lençóis a acariciar-se e a explorar o corpo um do outro.
- Ran.. - gemeu o loiro descendo dos lábios do ruivo para o pescoço dele, notando os sons que o outro soltou ao sentir a boca de Yohji num dos pontos mais sensíveis do seu corpo. - Diz-me que não vais fugir novamente... - sussurrou Yohji contra o pescoço de Ran.
O ruivo gemeu e buscou novamente os lábios do loiro. Ambos sentiam a química entre eles, as sensações que apenas pareciam aumentar, era como se tivessem a perder-se um no outro. Naquele momento tudo deixou de importar apenas sendo aquele preciso instante, aquele tão precioso momento iria ficar para sempre para recordar.
O som de um tiro a ser disparado. Passos a entrar na sala. O chão coberto com uma mancha de sangue. Uma mão e nada mais. Uma criança aproximou-se, agarrando com força o urso de pelúcia que tinha na mão. Os olhos azuis piscando como que tentando acordar daquele pesadelo, mas ela sabia que aquilo não era apenas mais um estranho sonho.
A cena à sua frente.. Sangue, sangue e mais sangue. Os seus pais mortos... O relógio... uma música ecoava pela sala.. uma melodia que em outros tempos poderia a ter encantado naquele momento apenas a deixava assustada e ainda mais confusa.
Uma cena tão familiar e ao mesmo tempo tão desconhecida. Aquele instante que parecia retirado de um sonho de tão extraordinário, que parecia ser irreal.
A criança voltou-se assustada ao ouvir um som...
Mireille acordou assustada. Levantando-se imediatamente e dirigindo-se à janela. Ela olhou para a rua deserta por ser tão tarde. Na sua mente aquela imagem era repetida vezes e vezes sem conta. Ela olhou para a cama ao lado da sua, observando Kirika a dormir, completamente abstraída do que se passava com a sua colega.
Ela voltou-lhe costas e olhou novamente para fora da janela. Ela suspirou e voltou para a cama. Ela deitou-se voltada para a cama de Kirika, observando a outra a dormir, o seu peito a subir e a descer quando respirava. Um estranho movimento captou a sua atenção.
Meow
O gato saltou para cima da cama da loira aproximando-se até estar quase olhos nos olhos com Mireille. Ela sorriu e agarrou o gato começando a acariciar o pelo branco sedoso. Ela suspirou e voltou a deitar-se de forma a tentar dormir, deixando o gato ao seu lado aconchegado a ela. Ela fechou os olhos, uma lágrima caindo, mas em segundos ela estava a dormir.
- Sr. Doutor.. tem uma visita mas sem consulta marcada. - ouviu ele pelo intercomunicador.
- Quem é?
- O jornalista que costuma vir cá..
- Oh. Deixe-o entrar.
A porta abriu-se e Ran entrou. Schuldich levantou-se e aproximou-se dele. O seu sorriso desapareceu do rosto ao perceber que o repórter tinha levantado as suas barreiras de tal forma que era difícil até para ele ver o que ele estava a pensar.
- Senta-te Ran. - ele apontou para o sofá e aproximou-se dele sentando-se ao seu lado. - Suponho que vieste aqui por teres algum assunto comigo. Certo?
- Schu... que sabes sobre Les Soldats?
O médico de cabelos compridos arregalou os olhos para imediatamente assumir a sua postura de calma e tranquilidade, frio e calculista. Ele ficou em silêncio a olhar para o jornalista durante alguns segundos até soltar uma gargalhada.
- Estás a seguir o caminho errado, Ran. Estas mortes não têm nada haver com os Soldats..
- Não me digas mais um assunto que não devo tentar esclarecer?
- Exactamente.. depois destes anos todos eu sabia que havias de aprender alguma coisa... agora... - Schuldich inclinou-se na direcção de Ran. - Que se passa contigo?
- Comigo- perguntou Ran confuso.
- Estás a tentar esconder alguma coisa de mim?
- Schuldich.. apenas quero tentar solucionar isto antes da Chloe, realmente se meter em problemas.. e eu sei que podes ajudar-me a fazer isto.
- O assassino não é ela. Já te disse que ele é um paciente meu.
- Schu... sabes se ele está a mando de alguém?.. por favor.
- Ele mata por pensar que é uma maneira de rendição.. arrependimento aos seus pecados.. ele mata por querer e ao mesmo tempo porque ele sente que aquela determinada pessoa merece morrer.
- Hum.. ele escolhe as vitimas como? Por conhece-las ou ao acaso.
- Pelo que ele me disse, é sempre ao acaso. Ele encontra-as na rua e algo o chama para aquela tal pessoa... - Schuldich ri-se. - Ele diz que é um sinal do Diabo que o manda matar..
- Pareces satisfeito demais.. ele é um assassino.. e dos piores.. está descontrolado.
- Não. Eu controlo-o. - o jornalista levantou-se ficando de costas para Schuldich. O telepata amaldiçoou o dia em que tinha ensinado Ran a proteger a sua mente.. agora graças às suas aulas ele não conseguia entrar na mente dele. - Que estás a pensar, Ran?
- Tu pareces contente por ele matar, Schuldich.. até parece que nem planeias fazer nada para o impedir de continuar.. - Ran voltou-se e encarou o psicólogo.
- Não é bem assim. Não posso mentir.. é interessante ter tanto poder sobre alguém, mas isso é algo que sempre senti.. agora em relação ao teu serial-killer.. ele expressa as suas emoções de uma tal forma que... - ele pausou e sorriu para Ran. - Sabes quando te sente feliz por teres feito um artigo? Realmente satisfeito, sabendo que fizeste algo muito bem? Saber que ninguém poderia fazer aquilo melhor do que tu? É isso que ele sente e eu apenas deixo-o projectar esses sentimentos para mim.
- Ou seja... estás a deixar que ele mate apenas para o receber aqui.
- Ran.. - Schuldich levantou-se e aproximou-se do outro com um sorriso nos lábios. - Sabes quando tu estás a aproximar-te de um orgasmo e sentes-te no céu? É isso que sinto quando ele projecta as emoções dele.
Ran arregalou os olhos e afastou-se repentinamente. Schuldich abraçou-o com força.
- Eu seria incapaz de te magoar, Orchidee.. sabes disso, não é?
- Schu..
- Apenas preciso de algo que faça valer a pena este trabalho. Eu não peço nada demais, certo? Apenas gosto de sentir tudo com intensidade, é pedir demais- Schuldich tocou o queixo de Ran, passado a sua mão pelo rosto do repórter. Ele reparou nesse momento numa marca no pescoço de Ran. Ele sorriu cinicamente e afastou-se. - Como está o teu detective, Ran? Ou diria melhor.. assassino?
- Schu..-
- Não digas nada! Entendo a atracção.. apenas é difícil assimilar que me trocaste tão rápido... mas bem.. acontece, não é- o homem de cabelos compridos sentou-se novamente no sof�, fixando o seu olhar para o chão.
- Desculpa.
Schuldich riu-se. - Estou habituado a ser passado para trás.. o que importa, Ran.. é que voltas sempre para mim. - ele olhou para o repórter que estava parado no centro da sala a olhar para ele. Ele deu-lhe um sorriso pervertido e levantou-se dirigindo-se à sua secretaria. Ele sentou-se. - Se não precisas de mais nada, podes sair?
- Eu.. ok. Adeus, Schuldich.
Ran parou na porta ao ouvir o outro a chama-lo.
- Quero que percebas uma coisa, Orchidee.. eu não estou chateado contigo.. apenas magoado. Conheces-me bem, e sabes que isto passa..
O repórter abriu a porta e saiu da sala. A porta fechou-se e reclinou-se na sua cadeira. Ele levou as mãos para trás da cabeça. Pensativo, deixou a sua mente recordar todos os momentos passados com Ran..
Ele sempre tinha servido de substituição.. sempre esteve l�, mas Ran nunca lhe deu o devido valor.. claro que sempre se deram bem e como amigo, Ran não tinha nenhum defeito.. Schuldich lembrava-se das noites sozinho numa cama fria à espera de alguém que ele sabia estar com outra pessoa... mas ele também se lembrava das vezes que esteve doente e que Ran esteve lá..
Ran era uma contradição para ele. Se por um lado provava que nunca iria retribuir os sentimentos de amor de Schuldich, por outro lado estava sempre pronto a ajudar, sem colocar limites. As noites de paixão passadas entre eles eram provas disso.. Ran nunca lhe tinha dito que não, apenas também nunca lhe tinha dito que o amava..
Schuldich levou uma mão à cabeça massajando devagar. Estava a ganhar uma dor de cabeça. Ele agarrou o casaco e saiu da sala.
- Estou com dores de cabeça, vou para casa. Remarque todos os pacientes de hoje para os próximos dias. Até amanha, Shizuka.
A sua secretaria levantou-se pronta a reclamar e ao mesmo tempo pronta a perguntar se podia ajudar nalguma coisa. Schuldich usou o seu dom para a por a fazer aquilo que tinha pedido e seguiu em direcção à saída. Hoje era um daquele dias que ele não iria se mostrar paciente e compreensivo.
A noite era como sempre o momento que Yohji escolhia para investigar as últimas pistas relativas aos assassinatos. Ele agarrou um bloco de folhas e começou a apontar algumas coisas que achava importantes. O departamento de homicídios estava completamente vazio, com excepção a Ken que estava no gabinete do comissário a informar o Comissário Takatori sobre as novas informações relativas às vitimas.
- Hum... duas das vitimas foram mortas através de um veneno?
O loiro preparava-se para usar o seu arame na pessoa que o tinha assustado até ver Ran inclinado sobre ele. Ele sorriu e num gesto rápido trouxe o repórter para o seu colo. O ruivo tentou ainda soltar-se mas Yohji era bem mais forte do que parecia.
- Isso é para não me assustares assim.. - ele sussurrou beijando Ran nos lábios para o calar. - Não sabes que não deves surpreender alguém que está a rever notas de assassinatos, podia ter tido um ataque cardíaco!
- Imagino.. deves ter pensado que eu era o mau e cruel assassino, pronto a matar mais uma inocente vitima! Eu estava à espreita e pronto a atacar quando tu deitaste todos os meus planos por água abaixo.. - Ran desviou o olhar de Yohji para os apontamentos de novo, escondendo o sorriso.
- Se não fosse eu conhecer-te melhor do que isso, diria que estavas a testar-me.. - Yohji colocou os seus braços em redor de Ran, apoiando o seu queixo no ombro do ruivo, atento às expressões do repórter.
Os dois ficaram em silêncio durante algum tempo. Yohji a saborear o presença de Ran, sentindo o aroma doce dos cabelos dele. Ran, por sua vez, estava mais interessado naquilo que estava a ler.
- Então existe um total de 9 vitimas... não sabia.
- A polícia decidiu só apresentar 4 vitimas oficiais.. - respondeu o detective simplesmente.
- Porque? Existe alguma coisa relacionada com as outras 5- Ran voltou-se, colocando os braços em redor do pescoço de Yohji. Ele sorriu e deu-lhe um beijo nos lábios.
Yohji riu-se. - Apenas tenho a estranha sensação que algo não bate certo.. - ele olhou para a folha. - 4 vitimas, as que foram apresentadas ao publico, foram mortas com facas, cortadas fatalmente ou apenas torturadas.. mas existe 3 que foram mortas com veneno e ainda outras 2 que foram, na verdade, mortas com a tiro.. sem dúvida que existem sempre alguns cortes, mas a razão de morte não é essa.
- Então... - Ran desviou o olhar dos olhos esmeralda fixando a camisa de Yohji. Ele brincava com um dos botões pensativo. - Poderias colocar a hipótese de ser mais do que um assassino? Pode existir apenas alguém a tentar usar o "assassino vingativo" para fugir à polícia.
- É uma ideia mas... o que baralha é que os cortes são feitos da mesma maneira em duas das vitimas que morreram a tiro. Existe vestígios de luta... pelo que o Ken disse, a vitima foi torturada e só no fim morreu com uma bala.
- Hum... Yohji... sabes alguma coisa sobre os Soldats- Yohji deixou transparecer uma expressão confusa até olhar para Ran. - Não me perguntes porque, apenas estou curioso sobre uma coisa.. sabes?
- Bem.. sei que é uma sociedade secreta que vem dos tempos antigos. - ele pausou desviando o olhar para a parede. - Sei que em tempos apenas pretendiam manter a paz, lutavam apenas contra aqueles que iam contra eles.. agora.. na verdade não sei.. a Kritiker e a Esset vieram retirar a importância.. enquanto a Kritiker apenas tem função no Japão e Inglaterra, a Esset na Alemanha e Rússia, Les Soldats dominam o mundo como a máfia, apenas secretamente.. não sabes que trabalhas para eles até morreres nas mãos de um camarada.. 1
- Hum... eles são assim tão grandes?
- Les Soldats têm extrema importância no mundo, mas só outros assassinos sabem da sua existência e influencia no mundo.. eu.. por ter já me ter visto frente a frente com um assassino deles. Acontece muitas vezes serem dados alvos iguais a ambas as organizações..
- Les Soldats... - Ran suspirou. Yohji olhou para ele. Uma questão no olhar, uma pergunta que o repórter preferiu ignorar..
- Estamos perto.. em tempos ela voltará para nós...
Uma mulher aproximou-se do altar.
- Altena.. achas que vai dar tudo certo?
- Se o amor nos mata, então o ódio pode salvar-nos.. 2 - a mulher em frente ao altar a olhar para duas espadas cruzadas levantou-se e aproximou-se da recém-chegada.
- A Chloe está pronta, isso eu sei.. desde sempre... mas e a - Altena interrompeu-a com um gesto de mão. Ela sorriu levemente.
- O destino não pode ser prevenido nem calculado.. apenas temos em nosso poder a profecia que dará aos Soldats um novo reinicio.. em breve teremos de novo ao nosso alcance as mãos negras que julgavam a morte.. 3
- E tu queres, claro, que Les Soldats voltem a triunfar.. mas será este o melhor caminho- a mulher deu um passo em direcção a Altena.
A outra passou a mão pelos cabelos compridos com um sorriso no rosto.
- Noir... a verdadeira Noir... quando elas se juntarem... uma nossa profecia recomeçara.. eu iria conseguir reviver a Verdadeira Noir..
Mais um novo capítulo de "Traços de Tristeza". A inspiração de repente veio-me e tive de escrever.. andei umas horas à volta com o enredo, já que eu tinha uma ideia para continuar mas percebi que não dava, iria ser estranho e acabaria muito sem graça.. então decidi enveredar por outro caminho.. que é este!
Estou a escrever este fic há 2 meses, e até acho que está a sair bastante bem!
Em relação ao assassino? Algumas pessoas perguntaram se era o Farfie? Pois bem... Não digo! Vocês vão ter de esperar até eu escrever mais! Talvez até ao próximo capítulo apenas... hehe ... Mas digo-vos que terão uma surpresa... a não ser que conheçam o anime de Noir juntamente com o anime de Weiß Kreuz muito bem... então ai de certeza que já têm uma ideia a onde quero chegar... por agora, apenas digo que terão uma surpresa... hehe (eu sou tão m�!.. E maluca!)
Vi finalmente o fim de Noir no Domingo... eu não sei se já referi mas só tenho acesso aos episódios em alemão e infelizmente o meu vocabulário não é dos melhores... mas fiquei realmente bastante animada para escrever! Estava bastante curiosa para saber o fim! E, felizmente, com a ajuda de alguns sites na net, entendi tudo!
Por isso devem perceber que coloquei um pouco mais do enredo de Noir na história... Espero que continuem ai a ansiar por um novo capítulo!
Agora vou voltar para os meus fics! Principalmente para o "Gangsta Love" e "O Irmão", que devido a um pedido especial, estou a tentar adiantar alguns capítulos.. por agora não tenho tido muita inspiração... mas heide chegar l�!
Vejam em baixo algumas coisas referencias ao capítulo!
E depois digam o que acham!
Bjinhos
Notas de autor:
1 esta conversa sobre Les Soldats foi em parte inventada por mim.. mas não me perguntem que parte é verdade! É muito confuso para explicar.. apenas devo deixar esclarecido que tentem relacionar as três organizações mais importantes neste fic... Kritiker, Esset e Les Soldats.. deveria talvez ter falado na Cosa Nostra (Silvana).. mas não me apeteceu!
2 a frase em inglês é "If love can kill, then hatred can save us". Uma das frases de Altena no anime… tive de a colocar!
3 a frase em inglês é "Black hands who reign over death"..tentei traduzir da melhor maneira a fazer sentido. se tiverem uma tradução melhor digam-me.
