N/A: Bem, como sempre digo e repito: É uma delícia escrever essa fic. Até agora este foi o capítulo mais gostoso e divertido de escrever. Eu realmente rio e me divirto enquanto escrevo (o que é patético rs). Este, teoricamente, era para ser o último capítulo, mas devido a uma dose extra de inspiração (o mérito é todo do amor da minha vida no que diz respeito a isso), eu acabei postergando o final para o próximo. Como eu disse antes, é uma fic curta. Novamente agradeço ao meu amor pelo apoio e ajuda com sugestões e idéias. Espero que continuem lendo e que deixem reviews. Agradeço a todos que comentaram pelo carinho e atenção. Bjims da Lú.

Capítulo 7 - Situação Constrangedora

Gina poderia ter dito que havia dormido a pior noite de sua vida, mas apenas se tivesse, de fato, dormido. Tinha passado a noite inteira em claro, virando de um lado para o outro na cama. Estava se sentindo culpada e confusa com a descoberta que havia feito. Como ela poderia sentir ciúmes de Harry se eles eram apenas amigos?

Harry por sua vez também havia tido uma noite de cão. Tinha passado a madrugada ouvindo a sinfonia de roncos dos colegas de quarto, principalmente de Rony, que havia voltado tarde da noite para o dormitório e parecia estar pregado de tanto cansaço. Tentando pegar no sono Harry perdeu a conta das vezes em que contou o número de marcas de mofo no teto, mas o tão almejado sono dos justos não veio.

De manhã, durante o café, tanto Rony quanto Hermione estranharam o comportamento dos dois, que pareciam duas múmias paralisadas.

- Bom dia! – Hermione disse em um tom jovial e alegre, numa tentativa de animar Harry e Gina. De fato ela mesma parecia extremamente animada e satisfeita, como se fosse dia de prova.

Harry e Gina apenas acenaram com a cabeça, mantendo-as abaixadas. Pareciam extremamente concentrados em seus cereais e estavam anormalmente calados. Rony, que também parecia feliz de um modo incomum, não percebeu o real motivo do desconforto dos dois.

- Vocês dois estão com as caras péssimas... – ele disse enquanto Hermione colocava uma enorme pilha de torradas no prato dele. – Parecem que não se refizeram do jogo... – os dois se mexeram desconfortavelmente em seus lugares. Incomodados com a observação, mas foi Gina quem respondeu.

- Ao contrário de você, Ron. Eu e Harry passamos o jogo inteiro voando e nos esforçando. Enquanto você ficava com essa sua bunda mole descansada na vassoura em frente aos aros, eu as meninas e o Harry levamos o jogo nas costas... – Rony ficou vermelho como um pimentão.

- Você sabe muito bem que isso não é verdade... – ele disse em um tom irritado e ofendido. Gina rolou os olhos, mas Harry continuou em silêncio.

- Gina, seu irmão deu um duro danado ontem... – Gina fuzilou Hermione com o olhar instantaneamente.

Estava com sono e irritada demais consigo mesma por estar com ciúmes de Harry. Rony e a namorada estavam se tornando um alvo fácil para que ela descontasse toda a sua frustração.

- Eu sei muito bem o tipo de "duro" que ele deu ontem à noite... – disse ríspida, o que fez com que Rony cuspisse leite pelo nariz e Hermione ficasse sem fala, movendo os lábios como um peixe fora d'água.

Harry continuou absorto em pensamentos. Nem manifestou reação alguma quando Gina levantou da mesa e saiu pisando firme pelo salão.

Quando Hermione finalmente conseguiu se recompor, virou-se bruscamente para Harry.

- Pelo amor de Deus! Que bicho mordeu a Gina? – Harry deu de ombros.

- Ela só pode estar naqueles dias... Se a mamãe a visse me xingando assim ela ia ver só uma coisa... – Rony disse ainda corado, enquanto limpava o rosto com o guardanapo. – E eu não entendi o que ela quis dizer com eu dar outro tipo de du... – ele travou a frase com um leve olhar sério de Hermione.

- Ela deve estar com algum problema... – Hermione emendou em seguida. Harry suspirou. – Aliás, você também parece estar. O que houve com vocês dois afinal? – Harry engoliu em seco.

- Nada... – Hermione torceu os lábios.

- É verdade. Vocês dois estão muito estranhos... – Rony concordou com a namorada, numa tentativa que ela esquecesse o fora que ele quase havia dado. Harry deu um muxoxo.

- Não houve nada está bem? Vocês tiraram o dia para irritar os outros? Prefiro quando vocês estão se irritando entre si... – disse antes de repetir o mesmo gesto de Gina, deixando para trás um Rony e uma Hermione extremamente intrigados.

Já era o final da tarde e o horário dos treinos de beijos se aproximava. Harry ficou alguns minutos esperando sentado no alto da torre de astronomia. Os dois sabiam que o lugar era um clichê entre casais, então seria impossível encontrar qualquer pessoa por lá. Estava manjado demais para que alguém pensasse em se agarrar ali. Nem mesmo Filch investigava mais a torre.

Depois que o Sol se pôs o rapaz resolveu ir embora. Gina não parecia nada amigável durante o almoço, e provavelmente deveria estar tendo algum tipo de "problema feminino" e não tinha tido tempo de encontrá-lo para desmarcar o treino.

Então, parecendo mais abatido do que antes ele deu de ombros e se levantou. Foi quando se deparou com a ruiva.

- Você já está indo embora? – ela perguntou sem encará-lo. Harry olhou para algum ponto na escuridão da noite.

- Eu pensei que não viesse mais... – ele voltou o rosto para a garota e encontrou os olhos castanhos dela com os seus, desviando-os em seguida.

- Nós tínhamos um trato. Eu costumo cumprir os meus tratos... – Harry franziu a testa.

- Tínhamos? Como assim tínhamos? – Gina suspirou, debruçando-se sobre o peitoril de pedra.

- Eu andei pensando Harry... – ela se inclinou um pouco para baixo, provocando um pouco de aflição no rapaz. Tanto pela altura quanto pelo que ela estava preste a dizer. – Como o lago está bonito assim com a Lua refletida... – Harry se aproximou da garota e virou-a para si, puxando-a pelo braço. - Não muda de assunto, Gina. Sobre o que você esteve pensando? Por que você desistiu dos treinos? – ela abaixou os olhos e encarou o chão.

- Você estava certo... – ele pareceu confuso, mas não soltou o braço dela.

- Certo?

- Certo. Certo sobre querer falar para a garota que você gosta que você a ama. Você deve dizer isso para ela. Ela merece afinal... – Harry ficou desconcertado.

- Erm... Gina...

- E depois... – ela prosseguiu, cortando o que ele ia falar. – Se eu amasse alguém é o que eu faria... – Harry encarou o chão.

- Você não ama ninguém? – a menina deu de ombros e sacudiu negativamente a cabeça.

- Não. É claro que não. Sou uma garota a espera de um "príncipe encantado" para me conquistar... – ela disse em um tom pouco convincente.

- Então você não se interessa por ninguém? – ele perguntou de novo, de forma insistente.

- Não, Harry. Por ninguém...

- Não acha nenhum rapaz interessante?

- Não.

- Atraente?

- Não.

- Simpático?

- Não.

- Bonitinho? Apresentável? Passável?

- Não. Não. Não. – Harry bufou.

- Mulher, como você é difícil de agradar... – Gina riu.

- Eu apenas sou muito seletiva... – foi a vez de Harry rir.

- Seletiva? Você namorou o Michael Corner, Gina. A julgar pela aparência dele, você namoraria um Yeti achando que era um cara um pouco mais cabeludo... – Gina fez uma cara feia, e logo riu também. Mas de repente o sorriso morreu em seus lábios.

- O que foi? Foi alguma coisa que eu disse? – Harry perguntou preocupado.

- Não... – ela suspirou longamente. – É que de repente você me fez esquecer o motivo de eu ter desistido dos treinos... – Harry deu um meio sorriso.

- Eu também adoro passar esse tempo com você... – ela suspirou de novo.

- É. Eu também adoro que sejamos assim tão... amigos... – Harry ficou mudo por alguns instantes, então se manifestou.

- Olha, Gina. Não tem que acabar assim... – ela franziu a testa e ele emendou. – os treinos... Sabe... Eles não precisam acabar. – Gina ia dizer algo, mas ele continuou. – Bem, você também tinha a sua dose de razão ontem à noite. Eu não me sinto seguro sobre falar algo para uma garota que eu não sei se ia me querer... Ainda mais sem saber se ela realmente gosta dos meus beijos... Eu ainda nem ao menos consegui que você os aprove...

Gina sentiu um frio na barriga quando ele mencionou o fato dela não se satisfazer com os beijos, mas não podia dizer mais nada ao rapaz. Ia doer ainda mais se ela mentisse mais sobre o que os beijos dele a faziam sentir. Mas dizer a verdade estava fora de cogitação também. Ela não tinha outro jeito. Para sua felicidade, ou infelicidade, teria que continuar beijando Harry Potter todos os dias.

Foi um alívio, e ao mesmo tempo um tormento, quando os lábios dele finalmente se cansaram dos dela naquela noite. Os dois estavam vermelhos e suados, e a impressão que ela tinha era de que ambos tinham passado horas treinando quadribol. E mais uma vez ela não conseguiu dormir, lembrando-se de cada vez que a boca do garoto exigia a sua.

Harry estava beijando de forma cada vez mais ousada, e no final de dezembro ele veio com uma idéia que realmente a surpreendeu:

- É o seguinte: Vai ser depois dos feriados de fim de ano... – disse num rompante de decisão, após dar um soco na mesa. Gina se surpreendeu, erguendo os olhos do pergaminho complicado de Aritmancia que Hermione havia lhe emprestado para "se distrair".

- O que vai ser depois dos feriados Harry? A gente estar ferrado com o Snape? Já estou desde já... – ele bufou, saindo de sua postura animada para uma mais decidida.

- Aquilo... – disse com veemência. E alguns alunos fizeram "Shhhh". Gina olhou séria para ele.

- Estamos na biblioteca, Harry. Se você for um "pouco" mais discreto e falar um pouco mais baixo não conseguirá que façam com que a Madame Pince expulse a gente daqui... – ele deu um sorriso debochado sentando-se ao lado dela.

- A-qui-lo... O meu projeto. A coisa que estamos treinando... – Gina largou o pergaminho na mesa disfarçando a ponta de decepção que sentia.

- Ah! Então você finalmente vai falar com a garota? – Harry torceu os lábios.

- Eu não sei se eu vou conseguir falar, Gina... – ela rolou os olhos.

- Francamente! Como você quer namorar alguém se não sabe se consegue falar com ela? – Shhh! – fez uma garota de tranças mal-feitas e óculos "fundos de garrafa" da Corvinal, e olhou feio para a ruiva, que deu um sorriso amarelo.

- E quem disse que eu vou falar alguma coisa para ela? – Gina estava ficando irritada. Se já não bastasse ter que beijá-lo todos os dias – algo que ela já não conseguia mais definir como um prazer ou uma tortura – ela agora deveria ensinar a ele o mais básico dos princípios?

- Harry, querido... – disse soando quase como sua mãe. – Deixe-me te dizer só uma coisinha básica: Diálogo é a base de um relacionamento... O Ron e a Hermione podem fazer com que a gente pense que é outra coisa, mas eles não são normais... – Harry ignorou o comentário e disse num sorriso sonhador.

- Eu pretendo conquistá-la. E vou lhe dar um beijo na noite de ano novo... – Gina se esforçou em sorrir. De um modo ou de outro o martírio dela agora tinha data para acabar. Só não acabaria da maneira que ela mais gostaria. Mas ele não havia acabado ainda. Ela imaginou que não poderia ser pior, mas era pior. – E você vai me ajudar! – ele afirmou com convicção.

- COMO É QUE É? – ela sentiu que ia cuspir o coração pela boca a qualquer momento.

- SHHHHHHHHHHH – dessa vez o pedido de silêncio foi mais explícito.

- CALA A BOCA VOCÊ, QUATRO-OLHOS... – Gina voltou-se para garota, totalmente vermelha de raiva. – O que você disse Harry? – virou-se de volta para o rapaz, mas este não pôde explicar. Madame Pince estava parada atrás dela, e adiou a conversa dos dois, levando Gina para "acalmar seus ânimos" catalogando fichas de livros em sua sala.

Quando Gina conseguiu se livrar de Madame Pince já era noite. A menina ainda teve que ouvir um sermão muito chato sobre silêncio na biblioteca e sobre como ela deveria respeitar os colegas, sobretudo na época de testes.

A ruiva saiu da biblioteca pisando firme e resmungando qualquer coisa inteligível pelos corredores. Não reparou quando um braço surgir do nada e a puxou para detrás de uma estátua.

- Ahhhhhhhhh! – ela gritou, mas logo uma mão cobriu-lhe a boca e ela viu Harry surgir debaixo de sua capa da invisibilidade.

- Sou eu. Não grita. Você está louca?

Gina, muito aborrecida, já ia começar a explicar para Harry que não é nada agradável ser "atacada" daquela forma, e que gritar era o mínimo que ela podia ter feito. E ia acrescentar que ele tinha tido sorte de não ter visto o máximo, e assim levar um outro chute nas partes baixas, mas barulhos no final do corredor fizeram-na se calar antes que começasse o discurso.

- É o Filch... – Harry disse olhando em seu mapa. – Venha... – colocou Gina debaixo da capa com ele e os dois entraram no primeiro armário de vassouras que encontraram.

Harry esperou em silêncio que o pontinho escrito Filch sumisse do mapa, então se voltou para Gina.

- Desculpe o mau jeito. Eu fiquei te esperando um bom tempo aqui. Eu vi pelo mapa quando Madame Pince finalmente te liberou... – Gina bufou.

- E quase Filch nos pega. Ia ser ótimo fazer duas detenções no mesmo dia por sua causa Harry... – disse em tom sarcástico, mas o garoto não pareceu aborrecido.

- Sinto muito... – a menina ficou muda. – Eu só achei que devia falar com você em particular. E como Hermione está monopolizando a sala comunal fazendo uma sabatina com quem quer que passe por lá; imaginei que não fosse querer voltar para a Torre tão cedo... – Gina suspirou.

- É. Isso seria bem pior do que o Filch... – Harry riu.

- Eu quero te explicar sobre o que eu disse hoje na biblioteca... – Gina sentou em uma caixa de produtos de limpeza. As pernas balançando a um palmo do chão. Harry continuou a falar de pé em frente a ela. – Eu preciso que fique em Hogwarts no feriado de fim de ano... – Gina sorriu desconcertada.

- Harry, mamãe não vai deixar... Ela quer que os filhos todos passem o Natal e o ano novo na Toca... – Harry sorriu de volta.

- Acontece que seu irmão vai para a casa da Hermione. Eu ouvi os dois combinando isso quando saí da biblioteca. Assim, você também pode ficar. Aposto que se você disser para sua mãe que é para me ajudar ela não vai se incomodar...

- Você está sugerindo que eu minta? – ele piscou o olho e sacudiu a cabeça negativamente.

- Não será mentira se você realmente me ajudar... – Gina riu nervosamente.

- E como eu vou poder exatamente te ajudar? – Harry encarou o chão.

- Sendo minha amiga se tudo der errado? – ela suspirou. Sentia tristeza e medo de que a idéia de Harry desse certo. Mas sabia que ele precisaria dela caso isso acontecesse. Era ficar entre a cruz e a caldeirinha, mas ela sabia o que devia fazer.

- Está bem Harry... Você pode contar comigo... – ele abriu um sorriso.

- Ótimo... Obrigado... – ele disse com uma expressão de quem havia acabado de tirar um enorme peso das costas.

Então aproximou seu rosto para beijar a menina, que ainda estava sentada na caixa e inclinou o corpo para trás, colocando as duas mãos espalmadas no peito dele, afastando-o de si. O coração do rapaz batia acelerado e suas bochechas estavam um pouco coradas. Harry parou o movimento com os lábios a centímetros dos dela.

- O que você está pretendendo fazer Harry? – ela perguntou sentindo as pernas tremerem por ele estar de pé entre elas, segurando-a com força pela cintura.

- Bem, já que estamos aqui pensei que não faria mal nenhum se treinarmos antes de voltarmos para a Torre. Seria uma boa maneira de esperarmos o final da sabatina da Hermione, mas se você não quiser... – ele disse num sussurro, quase encostando os lábios nos dela. Então se afastou, mas Gina segurou-o pelos ombros, puxando-o de volta para perto.

- Não – ela disse subitamente. - Tudo bem – tomou um pouco de fôlego enquanto sentia que o coração ia sair pela boca a qualquer instante. - Podemos fazer... – ele deu um sorriso marotamente satisfeito, e voltou os lábios para bem perto dos dela. – fazer... – ela sentiu o hálito dele. – isso... – o calor da boca convidativa do rapaz estava sendo transmitido para a sua. – agor... – finalmente eles encostaram os lábios. O mundo rodou e Gina imaginou que fosse morrer, de novo.

Harry apertou-a com força pela cintura, e ela, instintivamente trouxe-o para mais perto entrelaçando as pernas na cintura do rapaz. O rapaz novamente encontrou uma brecha nas vestes da garota e deslizou a mão pelas costas de Gina enquanto beijava os seus lábios de forma quase agressiva. Novamente a menina gemeu, e novamente ele parou. O que fez com que Gina sentisse uma grande frustração.

- Cócegas? – ele disse com os lábios encostados nos dela.

- Aham... – ela confirmou bastante zonza para falar normalmente.

- Devo parar? – ele perguntou ainda deslizando as mãos pelas costas da garota, provocando arrepios nesta.

- Não... Eu posso suportar... Um pouco mais... – disse sem conseguir convencer nem a si mesma. Sabia que ia desmaiar se continuasse daquele jeito, e logo não seria mais possível dissimular que os gemidos roucos que ela estava tentando segurar eram ocasionados por cócegas.

Harry continuou beijando os lábios da menina até que os dois perderam o fôlego. O treino teria que ser suspenso, pois os "jogadores" estavam praticamente impossibilitados fisicamente. Gina demorou um pouco para recuperar o fôlego. Os dois se encaravam nos olhos sem dizer uma palavra, a respiração ofegante e o suor escorrendo nas têmporas de ambos.

Então, quando a respiração dela voltou ao normal Gina sugeriu que eles saíssem dali. A menina desceu de onde estava sentada e ficou parada em frente à porta. Harry encarou o chão, exalou com força o ar, soltando-o pela boca, apoiando as duas mãos na caixa, debruçando-se nesta.

- Vá e leve a capa... Eu não estou em condições de ir agora... – ele disse sem encará-la. Gina franziu a testa.

- Mas Harry, o Filch... E você vai voltar como? Você está bem? – ele continuou encarando o chão. Ainda estava com a respiração bastante entrecortada.

- Eu vou depois... – disse com certa dificuldade. Parecia bastante concentrado. - Tenho o mapa do maroto. Vou ficar bem, agora vá... - Gina estranhou.

- Harry... – ela deu um passo à frente. E o rapaz se curvou sobre a caixa ainda mais.

- Gina, por favor... – ele olhou de soslaio para ela. Os olhos verdes estavam praticamente implorando. - Não me faça explicar por que eu tenho que ficar aqui até me recuperar está bem? – a menina corou da cabeça aos pés e em cinco segundos estava andando coberta pela capa pelos corredores. Quando chegou em frente ao retrato da mulher gorda começou a rir descontroladamente. A situação era constrangedora, mas não deixava de ser muito engraçada.