N/A: Ok. Chegou finalmente o último capítulo. Eu adorei escrever essa fic.
Foi algo que fluiu de forma leve e gostosa. Espero que todos tenham
gostado. Novamente dedico este trabalho ao amor e razão da minha
existência: Álan. E agradeço imensamente a todos que acompanharam e
deixaram reviews. Por favor, comentem sobre o final. Bjims da Lú.
Capítulo 8 - Prova Final
Harry demorou um pouco para chegar, mas quando entrou pelo buraco do retrato encontrou Gina com uma expressão de sofrimento profundo. Hermione havia conseguido capturar a menina e agora estava começando a rodada de perguntas sobre Aritmancia.
Segundo os padrões da morena de cabelos cheios aquele era um jogo divertido de perguntas que ela havia criado para ajudar aos colegas nas provas finais, e ao mesmo tempo diverti-los e entretê-los.
- Vamos Gina responda logo a pergunta. Seu tempo está se esgotando... – Mione apontou para uma pequena ampulheta que esvaía agora os últimos grãos de areia colorida. Gina deu um enorme suspiro de resignação e olhou em volta da mesa. Observou o olhar deprimido de Neville, que perdia feio no jogo, estando em último na competição. Rony lutava para não entrar em coma e babar ao lado da irmã e Hermione continuava a procurar perguntas mais fáceis para que pelo menos algum deles acertasse uma resposta.
"Meu tempo está acabando mesmo. Mais um pouco disso eu morro...", ela pensou sem notar que Harry havia chegado perto deles.
- Boa noite... – ele disse sem conseguir olhá-la nos olhos.
- Harry! Meu amigo! – Rony levantou da mesa e segurou o outro rapaz pelos ombros como quem encontra a tábua de salvação. - Onde você estava esse tempo todo? – Harry abriu a boca para responder, mas nada veio à sua mente naquele momento.
- No Corujal... – Gina respondeu antes que começassem a desconfiar da falta de articulação de Harry, que se espantou com a pronta resposta da garota.
- E o que você foi fazer no corujal Harry? – Ron continuou a perguntar. Qualquer assunto era melhor do que a "Tortura-Quiz" de Hermione. Até falar das pulgas de Edwiges, supondo que corujas tivessem isso, seria mais interessante.
"Boa pergunta", Harry pensou. Ele mesmo não sabia dar um motivo para ter estado no corujal, já que na verdade não havia estado lá. Mas Gina não era nada estúpida e respondeu no lugar dele de novo.
- Óbvio que ele foi lá para mandar uma carta Ron... – ela disse rolando os olhos para cima.
- E para quem você mandou uma carta Harry? – o ruivo estava começando a irritá-lo com todas aquelas perguntas que ele obviamente não saberia responder.
"É. Para quem diabos eu mandei uma carta?", ele mentalizou a pergunta enquanto coçava a cabeça. Olhava fixo para Gina.
- Ora Ron. Harry mandou uma carta para mamãe... – Harry sentiu um frio na espinha. Gina estava se saindo uma mentirosa descarada. E ainda por cima falava tudo como se fosse absolutamente óbvio.
- E o que você falou para a mamãe Harry? – Rony perguntou arregalando os olhos, preocupado com a possibilidade de que assuntos acadêmicos fossem mencionados na carta. Ele tinha trauma do berrador que a mãe havia lhe mandado no segundo ano. Harry dessa vez nem se alarmou. Sabia que Gina viria com uma resposta pronta e esperou em silêncio. E assim a garota fez:
- Ele perguntou se eu podia ficar aqui com ele durante o feriado. Enquanto você estiver na casa de Hermione, é claro... – Ron arregalou ainda mais os olhos, parecia que os globos oculares iam saltar das órbitas.
Hermione a esta altura já começava a guardar os cartões com as perguntas, bastante frustrada por terem parado um jogo tão emocionante. Neville ajudava a amiga. Estava bastante agradecido pelo fim do suplício.
- E eu posso saber que história é essa? – o ruivo perguntou olhando para Harry, que a esta altura estava começando a achar que Gina tinha escolhido um modo bastante arriscado de comunicar que ficaria sozinha com ele no feriado. Novamente a menina tomou a iniciativa de responder.
- Ora Ronald. Você achou o quê? Que o coitado do Harry ia ficar aqui sozinho? Francamente. Deixe de ser egoísta... – o queixo de Rony caiu, e ele aproveitou a boca aberta para tentar retrucar, mas Gina sabia que o segredo era não dar tempo para que ele falasse nada, então continuou. – E não me venha com a conversa de que Harry deveria ir pra Toca ou que eu e ele poderíamos ir para a casa da Mione também. Você sabe muito bem que deve ir sozinho conhecer oficialmente os pais da sua namorada, e, além disso, Harry e eu vamos ficar praticando aqui... – Hermione sorriu, pois achou que pelo menos dois dos amigos iam estudar nas férias. Gina prosseguiu escolhendo as palavras certas. – Você acha que é correto deixar um amigo sozinho quando este precisa de ajuda para praticar e está em apuros? – Ron ia abrir a boca de novo, mas a escolha de palavras de Gina já tinha surtido efeito sobre Hermione e esta respondeu séria.
- É óbvio que o Ronald não acha isso Gina. Eu posso apostar que ele sente muito orgulho por você ser assim tão solidária com o Harry, e eu acho ótimo que você fique. Quem sabe você também não pratica um pouco de Aritmancia... – Gina se esforçou para sorrir de modo simpático, e Harry, completamente embasbacado com o rumo dos acontecimentos permaneceu mudo.
- Boa noite... – Gina disse ao passar por ele. Então baixou o tom de voz. – A propósito, eu vou mandar a carta pela Edwiges amanhã... – ela deu uma pausa grave, olhou para baixo e deu um sorrisinho com o canto dos lábios. – E a sua braguilha está aberta... – ela sussurrou junto ao ouvido dele, enquanto Hermione se despedia do namorado e de Neville.
Harry corou furiosamente e olhou para baixo, mas esta estava fechada. Então ele ouviu Gina dar uma risadinha marota enquanto subia as escadas para o dormitório feminino.
A semana seguinte voou, e logo estava no dia de se despedirem e irem para a casa. Molly Weasley, como Harry havia previsto, tinha adorado a idéia de Gina ficar em Hogwarts para ajudá-lo a treinar. Molly imaginou que seriam treinos de feitiços ou quadribol, mas ficou satisfeita, já que sabia que em Hogwarts Harry estaria seguro de Voldemort, e isso era ótimo. Ainda mais se ele próprio havia optado por ficar.
Rony não pareceu muito satisfeito em deixar a irmã e Harry sozinhos, mas também ficava tranqüilo sabendo que os dois estariam seguros, e ele imaginava que seria muito chato passar as férias estudando, mas sabia que Hermione não o deixaria escapar disso de um jeito ou de outro.
Assim que Rony e Hermione embarcaram nas carruagens Harry começou a rir.
- Repito novamente. Você é mesmo uma figura Gina Weasley... – a ruiva sorriu.
- Uma garota faz o que pode, Harry... – ele sorriu.
- E agora? Fazemos o que? – ele perguntou casualmente. Ela deu de ombros.
- Não sei... – ela pareceu um pouco embaraçada. – O que você sugere? – Harry torceu os lábios.
- Está muito cedo para um pouco de treino prático? – Gina deu uma gargalhada, e esticou a mão para dar um tapa no braço de Harry, que se esquivou e correu.
- Você é uma peste impossível Harry Potter! É bom que você não me deixe alcançar você... – ela correu atrás do garoto. Ambos rindo muito.
Os dois pararam na porta do castelo onde se depararam com o professor Snape. Os dois disfarçaram fazendo uma expressão séria e compenetrada enquanto andavam normalmente.
Então, após perderem o professor de poções de vista voltaram a correr. Desta vez de mãos dadas. Gina ria sem parar. Até que os dois chegaram ao retrato da mulher gorda.
- Draconifors – Gina disse entre um fôlego e outro. O retrato girou e os dois entraram na sala comunal, se deixaram cair no sofá, ainda de mãos dadas, rindo muito.
De repente Gina lembrou-se.
- Você ainda não me pagou pela brincadeira... – então se virou para Harry e começou a lhe fazer cócegas.
- Hey... Isso não é justo... Você me atacou sem aviso... – ela riu, enquanto prendeu os braços do rapaz sobre as pernas, debruçando sobre ele no sofá, sem tirar a mão do vão do pescoço de Harry, movendo os dedos enquanto ele tentava se desvencilhar do ataque de cócegas da menina.
- Você se rende Potter? – ela perguntou enquanto usava uma mão na barriga do garoto e a outra no pescoço. Harry ria sem fôlego.
- Pare... Não... – ela continuava.
- Se rende? – Harry se contorcia debaixo dela.
- Não... Gina eu vou desmaiar assim... – a ruiva ignorou os pedidos do rapaz, que de repente parou de se mexer e fechou os olhos. Não oferecendo mais qualquer resistência.
- Harry, pára de fingir... – ela disse ainda fazendo cócegas nele, mas não houve resposta. – Corta essa Potter... – ela repetiu, desta vez parando as cócegas. – Harry, isso não tem a menor graça ouviu? – disse ainda sorrindo. Então começou a achar que o amigo estava realmente muito parado. – Harry? Oh! Merlin o que eu fui fazer? Harry? – ela abaixou o rosto e deitou a cabeça sobre o peito dele, verificando se o coração estava batendo e se ele respirava. Estava fazendo ambos. – Ainda bem... - ela disse em voz alta. Segurou o rosto do rapaz entre as mãos. – O que eu faço com você? – continuou a dizer em voz alta. Suspirou.
Então Harry sorriu e abrindo os olhos rolou do sofá para o tapete, derrubando Gina e caindo por cima dela, prendendo os braços da ruiva com os seus. A presa havia virado predador.
- Eu acho que você pode começar pedindo clemência... – ele disse quando ela se recuperou do susto.
- Harry! Não teve a menor graça... – ela disse aborrecida, presa sob ele, que sorriu.
- Bem, teve bastante graça pra mim, se isto conta... – Gina fez uma careta.
- Eu fiquei assustada está bem? – ela fez uma expressão tristonha, e o sorriso morreu no rosto do garoto.
- Eu estava brincando... – ele disse soltando os braços de Gina. Mas ainda permaneceu em cima dela. Agora as mãos passeavam carinhosamente pelos cachos ruivos que emolduravam o rosto da garota. – Me desculpe? – ela olhou para os lados como se considerasse a proposta dele. – Você me desculpa Gina Weasley? – ela suspirou, enquanto ele segurava o rosto dela com as mãos, os polegares acariciando as bochechas rosadas. – Me desculpa? – ela ficou calada. – Pode me perdoar então? – ele disse ternamente, aproximando os lábios dos entreabertos dela. Gina cerrou as pálpebras esperando pelo beijo.
- Ah-ham... – os dois ouviram um pigarro, então trataram de se endireitar e subir no sofá, completamente sem-graça. Mas, ao contrário do que eles tinham imaginado, não era a Professora McGonagall. Era Dobby.
- Harry Potter, senhor, me desculpe... – o elfo doméstico disse um pouco envergonhado. Gina mal conseguia encarar a criatura de tão vermelha de vergonha que estava.
– Dobby apenas veio avisar que as refeições serão servidas na sala comunal durante os feriados. O diretor ordenou que fosse assim para que finalmente pudessem fazer a retirada dos ninhos de doxies que estão no forro do salão principal. – disse num só fôlego, prendendo a atenção de Harry. - Todos esses anos em que o teto ficou encantado fez com que eles se proliferassem, e vocês não podem avaliar a quantidade deles lá em cima, é uma infestação... – Dobby explicava animado. Balançava os braços e as orelhas enquanto fazia isso.
- Mas hoje, depois que um daqueles danadinhos mordeu o senhor grande nariz do professor Snape – Harry riu, mas Dobby consertou. – Digo, o nariz do grande professor senhor Snape, o Diretor resolveu mandar limpar o teto dessas praguinhas... – ele sorriu satisfeito para Gina, que ainda estava ligeiramente corada. - E cada elfo doméstico ficou então responsável por servir os alunos de uma casa... – ele inflou o peito, orgulhoso. - Eu escolhi a casa de Harry Potter senhor, e a da menina Weezy, é claro... – sorriu de novo para Gina, que agora é que começava a voltar à cor natural.
- Muito obrigado então Dobby... – Harry olhou demoradamente para o elfo doméstico e virou-se para Gina, mas este permaneceu parado encarando o rapaz com os enormes olhos e sorrindo muito.
- Então, você vai querer fazer o quê agora? – Harry virou-se para Gina, mas ela fez uma expressão confusa e apontou para Dobby, que continuava ali de pé, sorrindo muito e balançando o corpo para frente e para trás. Harry quase bufou em frustração, mas resolveu não descontar em Dobby.
- Mais alguma coisa Dobby? – o elfo sorriu.
- Harry Potter não reparou nos chapéus de Dobby – ele foi tirando chapéus da cabeça. Todos obviamente feitos por Hermione. – Eu uso pelo menos cinco por dia para que o trabalho da amiga de Harry Potter não seja feito à toa... – Gina abafou uma risada.
- Isso é muito gentil de sua parte Dobby... – Harry respondeu um pouco desconcertado. Gina sorriu também, então tomou iniciativa.
- Muito obrigada pelo aviso Dobby. Vemos você na hora do jantar está bem? Se quiser pode nos acompanhar... – o elfo ficou com os olhos cheios de lágrimas, mas mesmo assim não foi embora.
- Senhorita Weezy convidou Dobby para jantar com vocês? Como um igual? – Harry sorriu para Gina. – Senhorita Weezy é muito boa. E por isso que Harry Potter deve gostar tanto de Weezys... – Gina sorriu.
- Se quiser Dobby, será bem-vindo... – o elfo sorriu e com um "puf" finalmente desapareceu.
- Deixa só Hermione ouvir essa... – Harry disse rolando os olhos para Gina. – Eu achei que ele fosse ficar aqui para sempre... – a garota riu um pouco mais. – Onde estávamos? – ele perguntou novamente atirando-a no tapete, e dessa vez beijou-a para valer.
Os dias seguintes se passaram a contento. Os dois faziam juntos as refeições na sala comunal. E eram acompanhados vez ou outra por Dobby, que os fazia rir sempre. Jogavam quadribol na maioria das tardes, e até arriscavam partidas de xadrez e snap explosivo. Gina volta e meia tentava observar as garotas de outras casas que também tinham permanecido na escola no feriado, numa tentativa de descobrir qual delas era o objeto da paixão de Harry, mas o fato de fazerem as refeições nas próprias salas-comunais não deixava que ela realmente encontrasse os outros alunos para que pudesse ter certeza.
Os dois treinavam bastante e conversavam a maior parte do tempo enquanto passeavam pelos terrenos de Hogwarts e imediações. Harry desabafou bastante sobre a morte de Sirius, contando tudo sobre o seu terceiro ano a Gina. A garota, por sua vez retribuiu a confidência, contando como tinha sido horrível ser possuída por Tom Ridlle, explicando como havia se sentido culpada depois. Harry falou sobre como foi ter a mente invadida por Voldemort e agradeceu a Gina por partilhar com ele tais segredos, algo que facilitou muito que ele aceitasse o que tinha acontecido.
Na noite de Natal Harry e Gina encontraram um banquete esperando por eles, quando chegaram de um passeio a Hogsmeade. Dobby estava acendendo um par de castiçais quando eles finalmente entraram pelo retrato. As mãos dadas se soltaram assim que o elfo lhes deu um sorridente feliz natal.
- Dobby? Do que se trata tudo isso? – Harry perguntou surpreso. – E por que só tem dois pratos aqui? – disse enquanto tomava um gole de suco de um dos dois cálices da mesa. O elfo sorriu como se a resposta fosse óbvia.
- Bem, Dobby vai fazer sua ceia com a gente de Dobby na cozinha... E o jantar é em agradecimento pelos presentes que deram a Dobby. – ele estava usando o suéter e as meias que tinha recebido de Harry e Gina. - E depois, eu achei que Harry Potter e a sua namorada Weezy podiam querer ficar sozinhos hoje... – Gina corou e Harry engasgou com o suco.
- Dobby, de onde você tirou isso? Nós não somos... – Harry engoliu em seco. – namorados... Somos amigos... Gina? – ele virou para a garota, que começou a gaguejar.
- É-é-é, Do-Dobby. A-A-amigos... – o elfo sorriu sem parecer convencido.
- Então Dobby se desculpa pela confusão. É que amigos geralmente não andam de mãos dadas... – ele puxou as orelhas para baixo um pouco encabulado, mas não menos que Harry e Gina. - Mas aproveitem o jantar de qualquer forma... – piscou o olho para os dois e sumiu na fumaça, deixando um Harry e uma Gina muito embaraçados para trás.
O jantar correu inicialmente num clima ligeiramente tenso, mas logo os dois estavam conversando sobre coisas amenas e rindo enquanto saboreavam as delícias preparadas por Dobby. Gina então resolveu tocar num assunto que a estava incomodando desde o início do feriado.
- Harry, você já falou com ela? – perguntou enquanto servia o amigo de um pouco mais de pudim de limão. Harry respirou fundo.
- Não Gina. Eu ainda não falei com ela. Mas eu acho que ela já deve ter alguma idéia das minhas intenções... – Gina encarou o chão e apertou os lábios em aflição.
- Ah! Ela sabe? Uhm... – respirou fundo, preparando-se para continuar o interrogatório.
- E você acha que ela corresponde? – perguntou casualmente. Harry sorriu um pouco tímido.
- Eu creio que sim. Tudo indica que sim. Espero que sim... – Gina sorriu nervosamente.
- Que bom então... – a garota suspirou longamente e colocou o prato com a sobremesa na frente dele, um tanto quanto desapontada.
- Na verdade eu acho que sim. Mas nunca se sabe... – ele acrescentou franzindo a testa. – Sabe como são as garotas... Certos sinais podem ser interpretados de forma errada...
- Ah! Sim... Nunca se sabe... É sinais são freqüentemente interpretados de forma errada... – ela ergueu as sobrancelhas de repente. – Harry, você se importa de arrumar as coisas sozinho? Eu estou um pouco cansada. Comi demais... – ele ergueu o rosto um pouco desapontado por ela ter mudado de assunto e querer ir antes que eles pudessem treinar um pouco mais.
- Gina, mas eu pensei que nós íamos trei...
- Eu preciso ir deitar... – interrompeu-o de forma brusca, encarando o chão enquanto levantava da cadeira. - Se você não se importa... – disse de costas já nas escadas.
- Tudo bem... Depois nós continuamos o assunto...
- Obrigada. Ótimo... – ela disse com a voz já um tanto quanto fanhosa. As lágrimas ardendo nos olhos. Subiu as escadas o mais rápido que pôde e demorou a dormir chorando a dificuldade que estava tendo em deixá-lo ir de novo.
Depois do Natal as coisas mudaram um pouco. Gina parecia distante, e colocava empecilhos toda vez que Harry tentava se aproximar. Ela procurava sempre estar acompanhada por Dobby, e quando os dois finalmente ficavam sozinhos ela dava qualquer desculpa e se retirava para o quarto.
Harry chegou a perguntar se ela estava se sentindo mal ou chateada, mas Gina desconversou. Então ele perguntou se ela gostaria de ir para casa, mas a menina disse que não. Afinal, não ia poder chegar na Toca arrasada daquele jeito.
Quando chegou o último dia do ano o estômago da menina começou a dar voltas. Ele ia falar com a outra garota, e ia beijá-la naquela noite, e provavelmente começaria a namorá-la. Harry ia se casar com ela e ter com a outra garota os filhos que deveria ter com ela. Os pensamentos confusos de Gina começaram a assustá-la.
Harry também estava uma pilha de nervos. Parecia extremamente inquieto. Passou o dia desatento, e também estava distante. Gina, mesmo sofrendo por ter que vê-lo com outra, sabia que ele precisava do apoio dela, de sua amizade. Então, depois que anoiteceu ela finalmente o chamou para conversar.
- Você está bem? – ele tentou sorrir.
- Nervoso... – Gina sorriu de forma compreensiva.
- É natural...
- Eu não sei se quero fazer isso. Não sei se devo. Eu acho que posso estragar tudo. Pôr tudo a perder... – Gina sentiu-se tentada a demovê-lo da idéia. Seria fácil naquele momento, mas tremendamente desonesto.
- Você vai se sair bem. Ela é uma garota de sorte... – Harry forçou um sorriso.
- Você acha isso mesmo? – Gina acenou com a cabeça. - Obrigado. Isso ajuda...
- Eu sei que sim... – Gina lhe deu um abraço, e sentiu que estava perdendo algo naquele momento. Ficou um tempo parada com o queixo encaixado no ombro dele. Então sussurrou:
- Acho que você deve ir agora. Está tarde... Boa sorte... – Harry se levantou. Deu um beijo na bochecha dela e então saiu pelo buraco do retrato. Gina suspirou. Não tinha sido tão difícil assim. Ela parou alguns instantes, e então mudou de expressão enquanto olhava para o caminho que Harry havia seguido.
Mas quem ela estava enganando? Tinha sido a pior coisa que ela já tinha feito. Poderia ser comparável a açular um Basilisco contra os colegas se ela fosse considerar em termos trágicos. Imediatamente Gina sentiu o impulso de sair atrás dele. Mas o que ela faria? Definitivamente ela estava doida. Ia dizer o quê? Que queria que ele esquecesse a outra garota e ficasse com ela? "Grande idéia Gina Weasley", pensou... Mas quando ela deu por si já estava andando pelos corredores enquanto pensava tudo isso. E logo estava correndo sem rumo. E ela gritaria por ele se tivesse alguma idéia de onde ele estava.
Ela estava realmente desesperada. As lágrimas escorriam dos olhos, e foi uma sorte não se deparar com nenhum professor ou mesmo Filch. Ela estava em um estado deplorável, andando a esmo pelos corredores do castelo. Porém depois de muito andar algo a fez parar.
A primeira badalada da meia-noite!
Ela fechou os olhos. Sentiu o coração se partir. Sabia que Harry estava beijando a outra menina naquele exato momento.
Segunda badalada!
Gina correu o mais rápido que pôde de volta para a sala comunal, o coração batendo acelerado no peito.
Terceira badalada!
O retrato se abriu e ela se surpreendeu com o que viu assim que entrou. Harry estava subindo as escadas, bastante cabisbaixo. Ela foi atrás dele.
Quarta badalada!
- Harry? – ele estava sentado na cama encarando o chão. – Você está bem? – ela perguntou quase certa de qual seria a resposta.
Quinta badalada!
- Eu não achei você... – ele disse vagamente. Ela deu de ombros e sorriu, embora as trilhas de lágrimas secas denunciassem que ela também não estava nada bem. - Eu não consegui encontrá-la... – ele sentenciou tristemente.
Sexta badalada!
- Eu lamento... – ela disse com incrível sinceridade. Realmente ela lamentava o quanto ele estava miserável. E ela também lamentava o quanto ela própria estava miserável. Sentou-se ao lado dele na cama.
Sétima badalada!
- Eu não pude dizer... – ele parecia confuso. Gina sentiu o coração se espremer no peito e abraçou Harry com toda a força que conseguiu. – Que eu a amo... – Gina engoliu em seco.
Oitava badalada!
- Tudo bem... – ela disse sussurrando no ouvido dele. – Isso não é fácil... - ele então a afastou do abraço e olhou-a nos olhos.
Nona badalada!
- Feliz ano novo Gina... – ela tentou sorrir, mas a expressão em seu rosto era de óbvia tristeza.
Décima badalada!
- Feliz ano novo Harry... – ele encarou-a por um instante, então, tomado de um impulso inexplicável segurou-a com força pela cintura para surpresa de Gina.
Décima primeira badalada!
Ele colou os lábios nos dela com tanta força e avidez que a sensação que a menina teve foi de que ele pretendia tragá-la para dentro de si. Ela correspondeu ao beijo e se deixou levar por este.
Décima segunda badalada!
Quando Harry finalmente a largou Gina estava sem reação. Não sabia direito o que pensar. Muito menos o que dizer, então talvez tenha sido por isso que a primeira coisa que veio à sua mente foi algo estúpido, que ela não teve discernimento para censurar:
- Então você não conseguiu beijar a garota... – ele sorriu.
- Não. Eu não consegui falar que a amo... – Gina franziu a testa sem compreender. – Beijar a garota eu consegui sim... – a garota levantou da cama e deu um passo para trás.
- Harry? – estudou a expressão dele. - Como assim você beijou a garota? Por que você não me disse quando eu perguntei antes? – ela tinha o tom magoado na voz. Ele levantou da cama também e foi até ela.
- Porque eu não a havia beijado antes Gina... – Gina pareceu confusa. Mas ele estava absolutamente calmo agora.
- Como assim você não a havia beijado antes? – ela começou a sentir as pernas bambas.
- Porque eu não a encontrei antes, eu disse isso a você... – explicou com paciência.
- Você disse que não a havia encontrado antes da meia-noite... – Harry sacudiu a cabeça concordando.
- Exatamente... – ela franziu a testa.
- Mas você só beijou a mim depois da meia-noite... – ele sorriu como se fosse óbvio.
- Exatamente... – ele disse de novo. Gina sentiu que ia desmaiar a qualquer momento.
- Então vo-você está se re-referindo a mim? – ela gaguejou incerta. Ele sorriu.
- Exatamente. Você está ficando boa nisso... – ela deu um sorriso nervoso.
- E por que você só me disse isso quando eu perguntei? – ele suspirou e sorriu timidamente.
- Por que eu poderia até omitir isso de você. Mas nunca poderia mentir para você. Porque é errado a gente mentir para quem ama... – ele a encarou nos olhos e ela demorou alguns segundos ainda para assimilar o que ele havia acabado de falar.
Então ela abriu o mais bonito dos sorrisos e se jogou nos braços dele.
- OH! Harry! Eu poderia te matar se eu não estivesse tão feliz com o que você acabou de me dizer... – ele segurou-a com força e olhou encantado para ela.
- Isso significa que eu sou correspondido? – ela riu.
- É claro que é... É claro que eu amo você de volta... – ele sorriu. – Desde quando você mudou de idéia? – ele franziu a testa.
- Como assim?
- Desde quando você deixou de gostar da outra menina? – Gina explicou. Harry sacudiu a cabeça.
- Gina eu nunca disse que era outra menina. Eu sempre me referi como a pessoa que eu amava, gostava... Se você reparar bem eu nunca te disse um nome ou me referi de alguma forma que pudesse não ser você esta pessoa... – ela arregalou os olhos.
- Harry! Você está me dizendo que o tempo todo era eu? – ele riu.
- Bem, você é quem está dizendo isso, mas eu confirmo... – foi a vez dela rir enquanto se lembrava de todas as tentativas absurdas que eles tinham feito de se beijarem, todos os erros idiotas que tinham cometido ao longo daqueles meses.
- E por que você não me disse logo? Eu estava morrendo por dentro... – ele fez uma expressão de pesar.
- Eu realmente sinto muito, mas eu precisava ter certeza de que você não ia me dar um fora. Eu fui um panaca com você antes. Não queria ser de novo, insistindo em namorar você, te magoando e perdendo a sua amizade. Precisava estar certo de que você também me queria desse jeito... – ela sorriu. – Eu estava certo disso e teria dito tudo no Natal, mas depois da ceia, quando finalmente você tocou no assunto e eu criei coragem para falar, você ficou estranha comigo e distante... – ela sorriu compreendendo tudo. Ele prosseguiu. – Então eu perdi a coragem de novo. Tinha que ter certeza. Mas hoje, eu acabei tendo a prova final de que precisava quando voltei para a sala comunal e vi que você havia saído, provavelmente para me procurar; e quando olhei para você, e percebi que tinha chorado tive certeza de que estava na hora... – Gina abaixou a cabeça. Harry ergueu o queixo da menina e as lágrimas escorreram pelas bochechas rosadas.
- Me Desculpe. Eu não quis magoar você... – ele ficou um pouco preocupado, mas ela sorriu para tranqüilizá-lo.
- Eu estou chorando de felicidade... – ela disse antes de se espichar nas pontas dos pés de beijá-lo pela primeira vez como sua namorada.
O beijo foi se tornando cada vez mais apaixonado, e os dois prolongaram as sensações por um bom tempo. Quando finalmente se soltaram um do outro Harry olhou para ela com uma expressão desconcertada. Gina franziu a testa.
- O que foi? – ela perguntou curiosa. Ele deu um sorriso maroto.
- Me ocorreu algo que me deixou um pouco preocupado. – ele respirou fundo. - Como nós vamos contar para a sua família? – Gina piscou o olho e sorriu.
- Bem, Harry. Isso é para eu saber e você imaginar... – os dois riram e continuaram a se beijar por boa parte da noite, a qual dormiram juntos, abraçados na cama de Harry.
N/A pós-fic: Obs: A frase final da Gina é uma frase que é de autoria do meu namorado e está aqui com a devida autorização dele, como uma homenagem. E pra vocês não ficarem imaginando também como vai ser quando os Weasley souberem, eu resolvi atender o pedido (e sugestão de como seria a seqüência da fic) do meu namorado e fazer uma continuação. Só não sei quando vou começar isso. Aguardem e confiem rs...
Capítulo 8 - Prova Final
Harry demorou um pouco para chegar, mas quando entrou pelo buraco do retrato encontrou Gina com uma expressão de sofrimento profundo. Hermione havia conseguido capturar a menina e agora estava começando a rodada de perguntas sobre Aritmancia.
Segundo os padrões da morena de cabelos cheios aquele era um jogo divertido de perguntas que ela havia criado para ajudar aos colegas nas provas finais, e ao mesmo tempo diverti-los e entretê-los.
- Vamos Gina responda logo a pergunta. Seu tempo está se esgotando... – Mione apontou para uma pequena ampulheta que esvaía agora os últimos grãos de areia colorida. Gina deu um enorme suspiro de resignação e olhou em volta da mesa. Observou o olhar deprimido de Neville, que perdia feio no jogo, estando em último na competição. Rony lutava para não entrar em coma e babar ao lado da irmã e Hermione continuava a procurar perguntas mais fáceis para que pelo menos algum deles acertasse uma resposta.
"Meu tempo está acabando mesmo. Mais um pouco disso eu morro...", ela pensou sem notar que Harry havia chegado perto deles.
- Boa noite... – ele disse sem conseguir olhá-la nos olhos.
- Harry! Meu amigo! – Rony levantou da mesa e segurou o outro rapaz pelos ombros como quem encontra a tábua de salvação. - Onde você estava esse tempo todo? – Harry abriu a boca para responder, mas nada veio à sua mente naquele momento.
- No Corujal... – Gina respondeu antes que começassem a desconfiar da falta de articulação de Harry, que se espantou com a pronta resposta da garota.
- E o que você foi fazer no corujal Harry? – Ron continuou a perguntar. Qualquer assunto era melhor do que a "Tortura-Quiz" de Hermione. Até falar das pulgas de Edwiges, supondo que corujas tivessem isso, seria mais interessante.
"Boa pergunta", Harry pensou. Ele mesmo não sabia dar um motivo para ter estado no corujal, já que na verdade não havia estado lá. Mas Gina não era nada estúpida e respondeu no lugar dele de novo.
- Óbvio que ele foi lá para mandar uma carta Ron... – ela disse rolando os olhos para cima.
- E para quem você mandou uma carta Harry? – o ruivo estava começando a irritá-lo com todas aquelas perguntas que ele obviamente não saberia responder.
"É. Para quem diabos eu mandei uma carta?", ele mentalizou a pergunta enquanto coçava a cabeça. Olhava fixo para Gina.
- Ora Ron. Harry mandou uma carta para mamãe... – Harry sentiu um frio na espinha. Gina estava se saindo uma mentirosa descarada. E ainda por cima falava tudo como se fosse absolutamente óbvio.
- E o que você falou para a mamãe Harry? – Rony perguntou arregalando os olhos, preocupado com a possibilidade de que assuntos acadêmicos fossem mencionados na carta. Ele tinha trauma do berrador que a mãe havia lhe mandado no segundo ano. Harry dessa vez nem se alarmou. Sabia que Gina viria com uma resposta pronta e esperou em silêncio. E assim a garota fez:
- Ele perguntou se eu podia ficar aqui com ele durante o feriado. Enquanto você estiver na casa de Hermione, é claro... – Ron arregalou ainda mais os olhos, parecia que os globos oculares iam saltar das órbitas.
Hermione a esta altura já começava a guardar os cartões com as perguntas, bastante frustrada por terem parado um jogo tão emocionante. Neville ajudava a amiga. Estava bastante agradecido pelo fim do suplício.
- E eu posso saber que história é essa? – o ruivo perguntou olhando para Harry, que a esta altura estava começando a achar que Gina tinha escolhido um modo bastante arriscado de comunicar que ficaria sozinha com ele no feriado. Novamente a menina tomou a iniciativa de responder.
- Ora Ronald. Você achou o quê? Que o coitado do Harry ia ficar aqui sozinho? Francamente. Deixe de ser egoísta... – o queixo de Rony caiu, e ele aproveitou a boca aberta para tentar retrucar, mas Gina sabia que o segredo era não dar tempo para que ele falasse nada, então continuou. – E não me venha com a conversa de que Harry deveria ir pra Toca ou que eu e ele poderíamos ir para a casa da Mione também. Você sabe muito bem que deve ir sozinho conhecer oficialmente os pais da sua namorada, e, além disso, Harry e eu vamos ficar praticando aqui... – Hermione sorriu, pois achou que pelo menos dois dos amigos iam estudar nas férias. Gina prosseguiu escolhendo as palavras certas. – Você acha que é correto deixar um amigo sozinho quando este precisa de ajuda para praticar e está em apuros? – Ron ia abrir a boca de novo, mas a escolha de palavras de Gina já tinha surtido efeito sobre Hermione e esta respondeu séria.
- É óbvio que o Ronald não acha isso Gina. Eu posso apostar que ele sente muito orgulho por você ser assim tão solidária com o Harry, e eu acho ótimo que você fique. Quem sabe você também não pratica um pouco de Aritmancia... – Gina se esforçou para sorrir de modo simpático, e Harry, completamente embasbacado com o rumo dos acontecimentos permaneceu mudo.
- Boa noite... – Gina disse ao passar por ele. Então baixou o tom de voz. – A propósito, eu vou mandar a carta pela Edwiges amanhã... – ela deu uma pausa grave, olhou para baixo e deu um sorrisinho com o canto dos lábios. – E a sua braguilha está aberta... – ela sussurrou junto ao ouvido dele, enquanto Hermione se despedia do namorado e de Neville.
Harry corou furiosamente e olhou para baixo, mas esta estava fechada. Então ele ouviu Gina dar uma risadinha marota enquanto subia as escadas para o dormitório feminino.
A semana seguinte voou, e logo estava no dia de se despedirem e irem para a casa. Molly Weasley, como Harry havia previsto, tinha adorado a idéia de Gina ficar em Hogwarts para ajudá-lo a treinar. Molly imaginou que seriam treinos de feitiços ou quadribol, mas ficou satisfeita, já que sabia que em Hogwarts Harry estaria seguro de Voldemort, e isso era ótimo. Ainda mais se ele próprio havia optado por ficar.
Rony não pareceu muito satisfeito em deixar a irmã e Harry sozinhos, mas também ficava tranqüilo sabendo que os dois estariam seguros, e ele imaginava que seria muito chato passar as férias estudando, mas sabia que Hermione não o deixaria escapar disso de um jeito ou de outro.
Assim que Rony e Hermione embarcaram nas carruagens Harry começou a rir.
- Repito novamente. Você é mesmo uma figura Gina Weasley... – a ruiva sorriu.
- Uma garota faz o que pode, Harry... – ele sorriu.
- E agora? Fazemos o que? – ele perguntou casualmente. Ela deu de ombros.
- Não sei... – ela pareceu um pouco embaraçada. – O que você sugere? – Harry torceu os lábios.
- Está muito cedo para um pouco de treino prático? – Gina deu uma gargalhada, e esticou a mão para dar um tapa no braço de Harry, que se esquivou e correu.
- Você é uma peste impossível Harry Potter! É bom que você não me deixe alcançar você... – ela correu atrás do garoto. Ambos rindo muito.
Os dois pararam na porta do castelo onde se depararam com o professor Snape. Os dois disfarçaram fazendo uma expressão séria e compenetrada enquanto andavam normalmente.
Então, após perderem o professor de poções de vista voltaram a correr. Desta vez de mãos dadas. Gina ria sem parar. Até que os dois chegaram ao retrato da mulher gorda.
- Draconifors – Gina disse entre um fôlego e outro. O retrato girou e os dois entraram na sala comunal, se deixaram cair no sofá, ainda de mãos dadas, rindo muito.
De repente Gina lembrou-se.
- Você ainda não me pagou pela brincadeira... – então se virou para Harry e começou a lhe fazer cócegas.
- Hey... Isso não é justo... Você me atacou sem aviso... – ela riu, enquanto prendeu os braços do rapaz sobre as pernas, debruçando sobre ele no sofá, sem tirar a mão do vão do pescoço de Harry, movendo os dedos enquanto ele tentava se desvencilhar do ataque de cócegas da menina.
- Você se rende Potter? – ela perguntou enquanto usava uma mão na barriga do garoto e a outra no pescoço. Harry ria sem fôlego.
- Pare... Não... – ela continuava.
- Se rende? – Harry se contorcia debaixo dela.
- Não... Gina eu vou desmaiar assim... – a ruiva ignorou os pedidos do rapaz, que de repente parou de se mexer e fechou os olhos. Não oferecendo mais qualquer resistência.
- Harry, pára de fingir... – ela disse ainda fazendo cócegas nele, mas não houve resposta. – Corta essa Potter... – ela repetiu, desta vez parando as cócegas. – Harry, isso não tem a menor graça ouviu? – disse ainda sorrindo. Então começou a achar que o amigo estava realmente muito parado. – Harry? Oh! Merlin o que eu fui fazer? Harry? – ela abaixou o rosto e deitou a cabeça sobre o peito dele, verificando se o coração estava batendo e se ele respirava. Estava fazendo ambos. – Ainda bem... - ela disse em voz alta. Segurou o rosto do rapaz entre as mãos. – O que eu faço com você? – continuou a dizer em voz alta. Suspirou.
Então Harry sorriu e abrindo os olhos rolou do sofá para o tapete, derrubando Gina e caindo por cima dela, prendendo os braços da ruiva com os seus. A presa havia virado predador.
- Eu acho que você pode começar pedindo clemência... – ele disse quando ela se recuperou do susto.
- Harry! Não teve a menor graça... – ela disse aborrecida, presa sob ele, que sorriu.
- Bem, teve bastante graça pra mim, se isto conta... – Gina fez uma careta.
- Eu fiquei assustada está bem? – ela fez uma expressão tristonha, e o sorriso morreu no rosto do garoto.
- Eu estava brincando... – ele disse soltando os braços de Gina. Mas ainda permaneceu em cima dela. Agora as mãos passeavam carinhosamente pelos cachos ruivos que emolduravam o rosto da garota. – Me desculpe? – ela olhou para os lados como se considerasse a proposta dele. – Você me desculpa Gina Weasley? – ela suspirou, enquanto ele segurava o rosto dela com as mãos, os polegares acariciando as bochechas rosadas. – Me desculpa? – ela ficou calada. – Pode me perdoar então? – ele disse ternamente, aproximando os lábios dos entreabertos dela. Gina cerrou as pálpebras esperando pelo beijo.
- Ah-ham... – os dois ouviram um pigarro, então trataram de se endireitar e subir no sofá, completamente sem-graça. Mas, ao contrário do que eles tinham imaginado, não era a Professora McGonagall. Era Dobby.
- Harry Potter, senhor, me desculpe... – o elfo doméstico disse um pouco envergonhado. Gina mal conseguia encarar a criatura de tão vermelha de vergonha que estava.
– Dobby apenas veio avisar que as refeições serão servidas na sala comunal durante os feriados. O diretor ordenou que fosse assim para que finalmente pudessem fazer a retirada dos ninhos de doxies que estão no forro do salão principal. – disse num só fôlego, prendendo a atenção de Harry. - Todos esses anos em que o teto ficou encantado fez com que eles se proliferassem, e vocês não podem avaliar a quantidade deles lá em cima, é uma infestação... – Dobby explicava animado. Balançava os braços e as orelhas enquanto fazia isso.
- Mas hoje, depois que um daqueles danadinhos mordeu o senhor grande nariz do professor Snape – Harry riu, mas Dobby consertou. – Digo, o nariz do grande professor senhor Snape, o Diretor resolveu mandar limpar o teto dessas praguinhas... – ele sorriu satisfeito para Gina, que ainda estava ligeiramente corada. - E cada elfo doméstico ficou então responsável por servir os alunos de uma casa... – ele inflou o peito, orgulhoso. - Eu escolhi a casa de Harry Potter senhor, e a da menina Weezy, é claro... – sorriu de novo para Gina, que agora é que começava a voltar à cor natural.
- Muito obrigado então Dobby... – Harry olhou demoradamente para o elfo doméstico e virou-se para Gina, mas este permaneceu parado encarando o rapaz com os enormes olhos e sorrindo muito.
- Então, você vai querer fazer o quê agora? – Harry virou-se para Gina, mas ela fez uma expressão confusa e apontou para Dobby, que continuava ali de pé, sorrindo muito e balançando o corpo para frente e para trás. Harry quase bufou em frustração, mas resolveu não descontar em Dobby.
- Mais alguma coisa Dobby? – o elfo sorriu.
- Harry Potter não reparou nos chapéus de Dobby – ele foi tirando chapéus da cabeça. Todos obviamente feitos por Hermione. – Eu uso pelo menos cinco por dia para que o trabalho da amiga de Harry Potter não seja feito à toa... – Gina abafou uma risada.
- Isso é muito gentil de sua parte Dobby... – Harry respondeu um pouco desconcertado. Gina sorriu também, então tomou iniciativa.
- Muito obrigada pelo aviso Dobby. Vemos você na hora do jantar está bem? Se quiser pode nos acompanhar... – o elfo ficou com os olhos cheios de lágrimas, mas mesmo assim não foi embora.
- Senhorita Weezy convidou Dobby para jantar com vocês? Como um igual? – Harry sorriu para Gina. – Senhorita Weezy é muito boa. E por isso que Harry Potter deve gostar tanto de Weezys... – Gina sorriu.
- Se quiser Dobby, será bem-vindo... – o elfo sorriu e com um "puf" finalmente desapareceu.
- Deixa só Hermione ouvir essa... – Harry disse rolando os olhos para Gina. – Eu achei que ele fosse ficar aqui para sempre... – a garota riu um pouco mais. – Onde estávamos? – ele perguntou novamente atirando-a no tapete, e dessa vez beijou-a para valer.
Os dias seguintes se passaram a contento. Os dois faziam juntos as refeições na sala comunal. E eram acompanhados vez ou outra por Dobby, que os fazia rir sempre. Jogavam quadribol na maioria das tardes, e até arriscavam partidas de xadrez e snap explosivo. Gina volta e meia tentava observar as garotas de outras casas que também tinham permanecido na escola no feriado, numa tentativa de descobrir qual delas era o objeto da paixão de Harry, mas o fato de fazerem as refeições nas próprias salas-comunais não deixava que ela realmente encontrasse os outros alunos para que pudesse ter certeza.
Os dois treinavam bastante e conversavam a maior parte do tempo enquanto passeavam pelos terrenos de Hogwarts e imediações. Harry desabafou bastante sobre a morte de Sirius, contando tudo sobre o seu terceiro ano a Gina. A garota, por sua vez retribuiu a confidência, contando como tinha sido horrível ser possuída por Tom Ridlle, explicando como havia se sentido culpada depois. Harry falou sobre como foi ter a mente invadida por Voldemort e agradeceu a Gina por partilhar com ele tais segredos, algo que facilitou muito que ele aceitasse o que tinha acontecido.
Na noite de Natal Harry e Gina encontraram um banquete esperando por eles, quando chegaram de um passeio a Hogsmeade. Dobby estava acendendo um par de castiçais quando eles finalmente entraram pelo retrato. As mãos dadas se soltaram assim que o elfo lhes deu um sorridente feliz natal.
- Dobby? Do que se trata tudo isso? – Harry perguntou surpreso. – E por que só tem dois pratos aqui? – disse enquanto tomava um gole de suco de um dos dois cálices da mesa. O elfo sorriu como se a resposta fosse óbvia.
- Bem, Dobby vai fazer sua ceia com a gente de Dobby na cozinha... E o jantar é em agradecimento pelos presentes que deram a Dobby. – ele estava usando o suéter e as meias que tinha recebido de Harry e Gina. - E depois, eu achei que Harry Potter e a sua namorada Weezy podiam querer ficar sozinhos hoje... – Gina corou e Harry engasgou com o suco.
- Dobby, de onde você tirou isso? Nós não somos... – Harry engoliu em seco. – namorados... Somos amigos... Gina? – ele virou para a garota, que começou a gaguejar.
- É-é-é, Do-Dobby. A-A-amigos... – o elfo sorriu sem parecer convencido.
- Então Dobby se desculpa pela confusão. É que amigos geralmente não andam de mãos dadas... – ele puxou as orelhas para baixo um pouco encabulado, mas não menos que Harry e Gina. - Mas aproveitem o jantar de qualquer forma... – piscou o olho para os dois e sumiu na fumaça, deixando um Harry e uma Gina muito embaraçados para trás.
O jantar correu inicialmente num clima ligeiramente tenso, mas logo os dois estavam conversando sobre coisas amenas e rindo enquanto saboreavam as delícias preparadas por Dobby. Gina então resolveu tocar num assunto que a estava incomodando desde o início do feriado.
- Harry, você já falou com ela? – perguntou enquanto servia o amigo de um pouco mais de pudim de limão. Harry respirou fundo.
- Não Gina. Eu ainda não falei com ela. Mas eu acho que ela já deve ter alguma idéia das minhas intenções... – Gina encarou o chão e apertou os lábios em aflição.
- Ah! Ela sabe? Uhm... – respirou fundo, preparando-se para continuar o interrogatório.
- E você acha que ela corresponde? – perguntou casualmente. Harry sorriu um pouco tímido.
- Eu creio que sim. Tudo indica que sim. Espero que sim... – Gina sorriu nervosamente.
- Que bom então... – a garota suspirou longamente e colocou o prato com a sobremesa na frente dele, um tanto quanto desapontada.
- Na verdade eu acho que sim. Mas nunca se sabe... – ele acrescentou franzindo a testa. – Sabe como são as garotas... Certos sinais podem ser interpretados de forma errada...
- Ah! Sim... Nunca se sabe... É sinais são freqüentemente interpretados de forma errada... – ela ergueu as sobrancelhas de repente. – Harry, você se importa de arrumar as coisas sozinho? Eu estou um pouco cansada. Comi demais... – ele ergueu o rosto um pouco desapontado por ela ter mudado de assunto e querer ir antes que eles pudessem treinar um pouco mais.
- Gina, mas eu pensei que nós íamos trei...
- Eu preciso ir deitar... – interrompeu-o de forma brusca, encarando o chão enquanto levantava da cadeira. - Se você não se importa... – disse de costas já nas escadas.
- Tudo bem... Depois nós continuamos o assunto...
- Obrigada. Ótimo... – ela disse com a voz já um tanto quanto fanhosa. As lágrimas ardendo nos olhos. Subiu as escadas o mais rápido que pôde e demorou a dormir chorando a dificuldade que estava tendo em deixá-lo ir de novo.
Depois do Natal as coisas mudaram um pouco. Gina parecia distante, e colocava empecilhos toda vez que Harry tentava se aproximar. Ela procurava sempre estar acompanhada por Dobby, e quando os dois finalmente ficavam sozinhos ela dava qualquer desculpa e se retirava para o quarto.
Harry chegou a perguntar se ela estava se sentindo mal ou chateada, mas Gina desconversou. Então ele perguntou se ela gostaria de ir para casa, mas a menina disse que não. Afinal, não ia poder chegar na Toca arrasada daquele jeito.
Quando chegou o último dia do ano o estômago da menina começou a dar voltas. Ele ia falar com a outra garota, e ia beijá-la naquela noite, e provavelmente começaria a namorá-la. Harry ia se casar com ela e ter com a outra garota os filhos que deveria ter com ela. Os pensamentos confusos de Gina começaram a assustá-la.
Harry também estava uma pilha de nervos. Parecia extremamente inquieto. Passou o dia desatento, e também estava distante. Gina, mesmo sofrendo por ter que vê-lo com outra, sabia que ele precisava do apoio dela, de sua amizade. Então, depois que anoiteceu ela finalmente o chamou para conversar.
- Você está bem? – ele tentou sorrir.
- Nervoso... – Gina sorriu de forma compreensiva.
- É natural...
- Eu não sei se quero fazer isso. Não sei se devo. Eu acho que posso estragar tudo. Pôr tudo a perder... – Gina sentiu-se tentada a demovê-lo da idéia. Seria fácil naquele momento, mas tremendamente desonesto.
- Você vai se sair bem. Ela é uma garota de sorte... – Harry forçou um sorriso.
- Você acha isso mesmo? – Gina acenou com a cabeça. - Obrigado. Isso ajuda...
- Eu sei que sim... – Gina lhe deu um abraço, e sentiu que estava perdendo algo naquele momento. Ficou um tempo parada com o queixo encaixado no ombro dele. Então sussurrou:
- Acho que você deve ir agora. Está tarde... Boa sorte... – Harry se levantou. Deu um beijo na bochecha dela e então saiu pelo buraco do retrato. Gina suspirou. Não tinha sido tão difícil assim. Ela parou alguns instantes, e então mudou de expressão enquanto olhava para o caminho que Harry havia seguido.
Mas quem ela estava enganando? Tinha sido a pior coisa que ela já tinha feito. Poderia ser comparável a açular um Basilisco contra os colegas se ela fosse considerar em termos trágicos. Imediatamente Gina sentiu o impulso de sair atrás dele. Mas o que ela faria? Definitivamente ela estava doida. Ia dizer o quê? Que queria que ele esquecesse a outra garota e ficasse com ela? "Grande idéia Gina Weasley", pensou... Mas quando ela deu por si já estava andando pelos corredores enquanto pensava tudo isso. E logo estava correndo sem rumo. E ela gritaria por ele se tivesse alguma idéia de onde ele estava.
Ela estava realmente desesperada. As lágrimas escorriam dos olhos, e foi uma sorte não se deparar com nenhum professor ou mesmo Filch. Ela estava em um estado deplorável, andando a esmo pelos corredores do castelo. Porém depois de muito andar algo a fez parar.
A primeira badalada da meia-noite!
Ela fechou os olhos. Sentiu o coração se partir. Sabia que Harry estava beijando a outra menina naquele exato momento.
Segunda badalada!
Gina correu o mais rápido que pôde de volta para a sala comunal, o coração batendo acelerado no peito.
Terceira badalada!
O retrato se abriu e ela se surpreendeu com o que viu assim que entrou. Harry estava subindo as escadas, bastante cabisbaixo. Ela foi atrás dele.
Quarta badalada!
- Harry? – ele estava sentado na cama encarando o chão. – Você está bem? – ela perguntou quase certa de qual seria a resposta.
Quinta badalada!
- Eu não achei você... – ele disse vagamente. Ela deu de ombros e sorriu, embora as trilhas de lágrimas secas denunciassem que ela também não estava nada bem. - Eu não consegui encontrá-la... – ele sentenciou tristemente.
Sexta badalada!
- Eu lamento... – ela disse com incrível sinceridade. Realmente ela lamentava o quanto ele estava miserável. E ela também lamentava o quanto ela própria estava miserável. Sentou-se ao lado dele na cama.
Sétima badalada!
- Eu não pude dizer... – ele parecia confuso. Gina sentiu o coração se espremer no peito e abraçou Harry com toda a força que conseguiu. – Que eu a amo... – Gina engoliu em seco.
Oitava badalada!
- Tudo bem... – ela disse sussurrando no ouvido dele. – Isso não é fácil... - ele então a afastou do abraço e olhou-a nos olhos.
Nona badalada!
- Feliz ano novo Gina... – ela tentou sorrir, mas a expressão em seu rosto era de óbvia tristeza.
Décima badalada!
- Feliz ano novo Harry... – ele encarou-a por um instante, então, tomado de um impulso inexplicável segurou-a com força pela cintura para surpresa de Gina.
Décima primeira badalada!
Ele colou os lábios nos dela com tanta força e avidez que a sensação que a menina teve foi de que ele pretendia tragá-la para dentro de si. Ela correspondeu ao beijo e se deixou levar por este.
Décima segunda badalada!
Quando Harry finalmente a largou Gina estava sem reação. Não sabia direito o que pensar. Muito menos o que dizer, então talvez tenha sido por isso que a primeira coisa que veio à sua mente foi algo estúpido, que ela não teve discernimento para censurar:
- Então você não conseguiu beijar a garota... – ele sorriu.
- Não. Eu não consegui falar que a amo... – Gina franziu a testa sem compreender. – Beijar a garota eu consegui sim... – a garota levantou da cama e deu um passo para trás.
- Harry? – estudou a expressão dele. - Como assim você beijou a garota? Por que você não me disse quando eu perguntei antes? – ela tinha o tom magoado na voz. Ele levantou da cama também e foi até ela.
- Porque eu não a havia beijado antes Gina... – Gina pareceu confusa. Mas ele estava absolutamente calmo agora.
- Como assim você não a havia beijado antes? – ela começou a sentir as pernas bambas.
- Porque eu não a encontrei antes, eu disse isso a você... – explicou com paciência.
- Você disse que não a havia encontrado antes da meia-noite... – Harry sacudiu a cabeça concordando.
- Exatamente... – ela franziu a testa.
- Mas você só beijou a mim depois da meia-noite... – ele sorriu como se fosse óbvio.
- Exatamente... – ele disse de novo. Gina sentiu que ia desmaiar a qualquer momento.
- Então vo-você está se re-referindo a mim? – ela gaguejou incerta. Ele sorriu.
- Exatamente. Você está ficando boa nisso... – ela deu um sorriso nervoso.
- E por que você só me disse isso quando eu perguntei? – ele suspirou e sorriu timidamente.
- Por que eu poderia até omitir isso de você. Mas nunca poderia mentir para você. Porque é errado a gente mentir para quem ama... – ele a encarou nos olhos e ela demorou alguns segundos ainda para assimilar o que ele havia acabado de falar.
Então ela abriu o mais bonito dos sorrisos e se jogou nos braços dele.
- OH! Harry! Eu poderia te matar se eu não estivesse tão feliz com o que você acabou de me dizer... – ele segurou-a com força e olhou encantado para ela.
- Isso significa que eu sou correspondido? – ela riu.
- É claro que é... É claro que eu amo você de volta... – ele sorriu. – Desde quando você mudou de idéia? – ele franziu a testa.
- Como assim?
- Desde quando você deixou de gostar da outra menina? – Gina explicou. Harry sacudiu a cabeça.
- Gina eu nunca disse que era outra menina. Eu sempre me referi como a pessoa que eu amava, gostava... Se você reparar bem eu nunca te disse um nome ou me referi de alguma forma que pudesse não ser você esta pessoa... – ela arregalou os olhos.
- Harry! Você está me dizendo que o tempo todo era eu? – ele riu.
- Bem, você é quem está dizendo isso, mas eu confirmo... – foi a vez dela rir enquanto se lembrava de todas as tentativas absurdas que eles tinham feito de se beijarem, todos os erros idiotas que tinham cometido ao longo daqueles meses.
- E por que você não me disse logo? Eu estava morrendo por dentro... – ele fez uma expressão de pesar.
- Eu realmente sinto muito, mas eu precisava ter certeza de que você não ia me dar um fora. Eu fui um panaca com você antes. Não queria ser de novo, insistindo em namorar você, te magoando e perdendo a sua amizade. Precisava estar certo de que você também me queria desse jeito... – ela sorriu. – Eu estava certo disso e teria dito tudo no Natal, mas depois da ceia, quando finalmente você tocou no assunto e eu criei coragem para falar, você ficou estranha comigo e distante... – ela sorriu compreendendo tudo. Ele prosseguiu. – Então eu perdi a coragem de novo. Tinha que ter certeza. Mas hoje, eu acabei tendo a prova final de que precisava quando voltei para a sala comunal e vi que você havia saído, provavelmente para me procurar; e quando olhei para você, e percebi que tinha chorado tive certeza de que estava na hora... – Gina abaixou a cabeça. Harry ergueu o queixo da menina e as lágrimas escorreram pelas bochechas rosadas.
- Me Desculpe. Eu não quis magoar você... – ele ficou um pouco preocupado, mas ela sorriu para tranqüilizá-lo.
- Eu estou chorando de felicidade... – ela disse antes de se espichar nas pontas dos pés de beijá-lo pela primeira vez como sua namorada.
O beijo foi se tornando cada vez mais apaixonado, e os dois prolongaram as sensações por um bom tempo. Quando finalmente se soltaram um do outro Harry olhou para ela com uma expressão desconcertada. Gina franziu a testa.
- O que foi? – ela perguntou curiosa. Ele deu um sorriso maroto.
- Me ocorreu algo que me deixou um pouco preocupado. – ele respirou fundo. - Como nós vamos contar para a sua família? – Gina piscou o olho e sorriu.
- Bem, Harry. Isso é para eu saber e você imaginar... – os dois riram e continuaram a se beijar por boa parte da noite, a qual dormiram juntos, abraçados na cama de Harry.
N/A pós-fic: Obs: A frase final da Gina é uma frase que é de autoria do meu namorado e está aqui com a devida autorização dele, como uma homenagem. E pra vocês não ficarem imaginando também como vai ser quando os Weasley souberem, eu resolvi atender o pedido (e sugestão de como seria a seqüência da fic) do meu namorado e fazer uma continuação. Só não sei quando vou começar isso. Aguardem e confiem rs...
