Capitulo I: Confusões no banho..
Shun e Saori estavam escondidos na casa da montanha, protegendo a máscara da armadura de ouro. Tudo parecia Ter dado errado, descobriram o esconderijo, Shun lutava desesperadamente contra o cavaleiro do fogo, e era uma luta difícil, o cavaleiro de Andrômeda parecia não resistir por muito mais tempo, Saori estava prestes a entregar a mascara da armadura de ouro para as mãos inimigas, tudo parecia estar perdido quando...
Bom, diz a lenda que a Ave Fênix sempre retorna das cinzas, de fato, foi isso o que aconteceu, Shun desmaiara por um tempo, uma forte cosmo energia toma conta do lugar, quando Shun abre os olhos ele estava sendo carregado, ele mal podia acreditar... é ele, Ikki, o seu irmão Ikki estava vivo, estava ali, em carne e osso...
Para o cavaleiro de Fênix, derrotar aquele cavaleiro do fogo é sem dúvida "café pequeno", foi bem rápido e eficiente, afinal "quem mandou mexer com o meu irmãozinho?"... era bom de mais para ser verdade, era como nos velhos tempos... bastava um grito, um choro, um simples chamado e ele prontamente aparecia para satisfazer qualquer vontade do seu irmãozinho e o livrar de qualquer encrenca...
- Ikki, é você meu irmão? – Dizia Shun com os olhos cheios d'água abraçando forte o corpo de Ikki, talvez para garantir que aquilo não era uma ilusão, era real...
- Ikki que bom que você esta vivo – Diz também Saori emocionada.
Logo Chegam Seiya e Hyoga, que também não falam muito, apenas recebem o amigo bastante emocionados, Ikki também está muito emocionado, ele não esperava que depois de tudo, sua recepção fosse assim tão calorosa, a muito tempo que ele não se sentia assim, tão querido, a muito tempo que os únicos sentimentos que o rodeavam era, ódio, angustia, tristeza... a muito tempo que ele não sentia calor humano... amor, amizade... ele não consegue se segurar por muito tempo, logo ele também deixa as lagrimas correrem livres...
Agora sim, estou de volta, meu irmão, dessa vez... para sempre pensa Ikki e abraça forte o seu irmãozinho, tão pequenininho... tão frágil e carente. Bom desde quando eu voltei a ser uma manteiga derretida, isso será um bom sinal? Isso não importa agora, realmente não importa pensa Ikki abraçando Shun ainda mais forte.... Uma mão lhe toca o ombro carinhosamente, ele solta o irmão e se dirige a essa pessoa...
- Hyoga...
- Bem vindo Ikki, graças a Deus que você esta bem. – Diz Hyoga com um discreto sorriso e secando as lágrimas, depois puxando Ikki para um abraço.
- É bom Ter você de volta Ikki – Diz Seiya ainda fungando um pouco e puxando Ikki para um abraço também.
- Bom vamos para dentro já está escurecendo, Shun e Ikki devem estar acabados e você e Hyoga devem estar cansados da viagem. – Diz Saori puxando Seiya para dentro.
- É mesmo Hyoga, como foi lá com o seu mestre – Pergunta Shun segurando na mão do irmão e grudando bem nele, como se ele fosse escapar a qualquer minuto.
Hyoga fica com o olhar baixo por um tempo, deixando os dois irmãos meio receosos, estava na cara que ele não estava nada bem, mas ele não queria falar do seu mestre, agora não era a hora... ele olha para Shun forçando um sorriso amarelo – Bom, não vamos falar de mim agora não é mesmo? – Hyoga olha para Ikki e melhora um pouco o rosto afinal não são todos os dias que um amigo volta da morte – Hoje é dia pra comemorar não é Ikki?, conte-nos as novidades lá de... de... de onde quer que você tenha vindo... – Diz Hyoga tentando puxar uma brincadeira e mudar de assunto.
-Bom digamos que eu estou cansado... foi uma viagem "dos infernos"...literalmente. Responde Ikki também levando na gozação enquanto os três entravam na casa...
É, o Ikki parece Ter voltado muito mudado, era o velho Ikki de guerra, forte, corajoso, sensível e o comediante mais irritavelmente irônico e sarcástico dos cinco.
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Naquela noite todos comemoraram a chegada de Ikki, se é que ficar horas e horas a fio comentando sobre quem seria o possível inimigo pudesse ser chamado de "comemoração", mas fazer o que, são "ossos do oficio", afinal era um problema sério e eles não podiam perder um minuto sequer, suas vidas dependiam disso.
Durante o jantar Hyoga permaneceu calado, falou apenas o essencial, ele ainda estava muito chateado com a morte do mestre Cristal, Saori e os outros decidiram respeitar esse momento e não importuna-lo.
Depois do jantar todos se reuniram na sala para conversar, o assunto como sempre era o mesmo, o próprio Ikki tagarelava sem parar, ele cantava insistentemente a pedra que dizia que o Santuário era o inimigo e que o grande mestre é que estava por trás de tudo, porém nem ele sabia dizer por qual motivo... Shun grudava no braço do irmão e não o soltava um minuto, de cinco em cinco minutos abria o bocão a chorar de emoção pelo irmão Ter voltado, Ikki "pra variar" sempre paciente com o irmão, secando-lhe as lágrimas e nem ligando para as piadinhas do Seiya.
Já era quase meia noite, Tatsumi recolhia os copos e levava para a cozinha, sempre reclamando da bagunça que os rapazes faziam, Shiryu e Saori já tinha ido se deitar, Seiya acabou dormindo no sofá mesmo. Ikki estava sentando no outro sofá acarinhando os cabelos de Shun que acabou dormindo pesado, com a cabeça em seu colo, Ikki não tirava os olhos do loiro que permanecera quase mudo a noite toda, e que agora estava na varanda olhando as estrelas.
Hyoga começa a descer as escadas da varanda e caminhar pelo meio das árvores, Ikki fica pensativo por um tempo, ele tinha que falar com Hyoga, o moreno se afasta lentamente colocando a cabeça de Shun cuidadosamente no sofá para não acorda-lo, e sai pé ante pé da sala, quando chega na varanda corre os olhos procurando a figura do russo que já estava um pouco distante, Ikki caminha e passou largos e apressados para alcançar o loiro, este distraidamente se afastava cada vez mais, quando já estavam consideravelmente distantes da casa, Ikki o chama...
- Hyoga... Hyoga espera...
O loiro para e olha para trás um pouco surpreso, se perguntando como cometeu o deslize de não perceber que estava sendo seguido, o que nos últimos tempos poderia ser um deslize de vida ou morte...
- Ikki... você por aqui?
- Sim, eu te vi saindo... – Ikki parece escolher um pouco as palavras, estava um pouco sem jeito – eu...
Hyoga o interrompe – Eu só sai para dar um volta e pegar um ar, daqui a pouco eu volto, mas se você quiser caminhar também... – diz Hyoga fazendo um aceno com a cabeça e voltando a andar calmamente.
Ikki olha para trás imaginando que deixou Shun deitado no sofá, depois olha de novo para o russo e decide segui-lo.
Os dois caminham um tempo até Ikki puxar o assunto.
- Eu sinto muito... – Hyoga olha para ele – Pelo seu mestre, deve estar sendo difícil pra você...
- Obrigado Ikki – Responde Hyoga com um olhar baixo, que depois se levanta tentando animar-se – Bem mas eu não queria falar de desgraça não, ainda mais com você que deve estar tão feliz, não se preocupe comigo, eu estou ótimo – Diz Hyoga tentando fixar o olhar em qualquer coisa menos nos olhos de Ikki para que este não perceba a sua mentira descarada – Mas mudando de assunto... o Shun está radiante com a sua volta...
Ikki sorri
- A muito tempo que a gente via o seu irmão muito deprimido, é bom ve-lo feliz de novo – diz Hyoga.
. Cisne foi capaz de perceber um sentimento de angústia nos olhos de Ikki.
- O que tanto te preocupa Ikki?
- Do que você está falando Hyoga?
- Eu sei que você está preocupado com alguma coisa, está nos seus olhos e você não pode negar.
- É parece que eu não consigo esconder de você...
- Então...
- Estou preocupado com o Shun.
- Com o Shun? Mas por que?
- Essa luta com o cavaleiro do fogo só me fez perceber que ele não foi feito para ser um cavaleiro.
- Mas ele deu o melhor de si.
- Mas se eu não tivesse chegado, ele provavelmente teria morrido, e isso me preocupa pois ele não está pronto para ser um cavaleiro de bronze.
- Acho que o Shun é mais forte do que você imagina.
- Por que você acha isso?
- Bom o Shun ainda estava muito abalado por achar que você tinha morrido quando Dócrates nos atacou. Eu compreendo o motivo dele não Ter conseguido se concentrar na batalha, pois ele viu o seu maior ente querido "morrer" na sua frente. Além disso você sabe que se ele puder escolher, ele prefere não lutar.
- Eu sei, e é isso que me preocupa.
- Eu acho que você não tem motivos para ficar angustiado. Sabendo que você está vivo e do lado do bem, isso fará com que Shun fique mais tranqüilo nas batalhas, apesar de não gostar delas. –Disse Hyoga sorrindo
- Eu estou muito feliz e satisfeito de saber que enquanto eu estive "fora", o meu irmão teve pessoas que se preocupam com ele, obrigado.
Hyoga ri – Você fala do Shun como se ele fosse criança ainda, você nem parece irmão dele, parece mais um "pai"... ou alguma coisa do gênero....
- É o meu único parente vivo... – Justifica Ikki
- Tá vendo... até o discurso é o mesmo... o Shun repetia isso de cinco em cinco minutos antes de você chegar da ilha da rainha da morte – Hyoga ri mais um pouco e depois fica sério – Que bom que vocês tem um ao outro... para dizer a verdade, lá no orfanato todos nós tínhamos uma pontinha de inveja de vocês dois... que bom que tudo voltou a ser como era antes...
Ao dizer estas palavras Ikki se torna mais sério e resolve tocar de uma vez no assunto que o levou até ali...
- Hyoga, na verdade eu queria falar com você – Ele para de caminhar e Hyoga também – Na verdade Hyoga eu queria te pedir desculpas... pelo... por... enfim... pelas coisas horríveis que eu fiz... eu....
- Não precisa se preocupar com isso Ikki, ninguém aqui está magoado com você, ou sequer guarda alguma mágoa, todos nós sabíamos que "aquele" não era você, o importante é que você voltou...
- Não Hyoga, é serio, eu devo desculpas especialmente a você – Diz Ikki pegando Hyoga pelos ombros numa atitude desesperada de ser ouvido – Eu queria que você me perdoasse por aquela nossa luta... eu ... eu fui...horrível, e não vem falando que não precisa pedir desculpas, eu só quero ouvir se você me perdoa "sim" ou "não". Isso é... muito importante para mim.
- Sim Ikki, claro que sim – Diz Hyoga já se sentindo tão ou mais angustiado do que Ikki, porque além de estar vendo o estado do amigo, esse ainda o estava chacoalhando pelos ombros...
Ikki solta os ombros de Hyoga e faz uma cara de atrapalhado – Desculpa...mais uma vez...é que eu sou meio sem jeito pra essas coisas...desculpa....
Hyoga ri tentando acalmar o amigo – Tá bom Ikki, relaxa... – Diz Hyoga tocando no ombro de Ikki – Calma aí amigo você esta num estado de nervos...nossa. Pronto, eu já disse que não precisava, mas se isso o faz sentir melhor... eu te perdôo esta bem assim? – Diz Hyoga fazendo festa na franja de Ikki.
Ikki não pode evitar de soltar um sorriso constrangido, ele definitivamente não estava acostumado com esse tipo de aproximação de amigos... talvez nunca fosse se acostumar...
- Obrigado Hyoga... eu.. eu ainda tenho uma coisa para você...
Hyoga observa Ikki se afastar por um instante, e logo ele puxa alguma coisa que ele carregava no peito pendurado no pescoço, parecia que ele tinha um colar ou algo parecido.... não... Hyoga mal podia acreditar...
Ikki tira do pescoço o rosário com a cruz do norte e oferece ele a Hyoga...
- Eu acho que isso é seu...
- M.. m... meu...rosário – Os olhos de Hyoga ficam rasos d'água, ele definitivamente estava em um dia muito sensível.
- Eu imaginei que você ia gostar de tê-lo de volta – Ikki fica sem jeito por um tempo, depois põe o rosário no pescoço de Hyoga, e este fica imóvel olhando para Ikki – Toma, as vezes ele trás a sua sorte de volta... ou pelo menos faça você se sentir melhor.
- Pode acreditar que sim – Diz Hyoga segurando forte no crucifixo, beijando-o e o colocado pra dentro da camisa – Obrigado Ikki, eu nunca ia imaginar que...
Ikki o interrompe – Eu é que tenho que agradecer... isso não foi nada... não fiz mais que a minha obrigação de acha-lo, guarda-lo e devolve-lo ao dono – Ikki olha novamente para trás e lembra-se de Shun, que vai tomar um baita susto se acordar o não o ver por perto – Eu tenho que ir Hyoga, não vou te incomodar mais. Boa noite. – Ikki se vira para ir embora.
- Espera Ikki – Este para e olha para Hyoga – como você ainda pode achar que eu tinha alguma mágoa de você Ikki, Isso que você me deu é a maior prova que não, eu nunca o deixaria – Diz Hyoga apontando para o crucifixo - com alguém que eu achasse que não o merecesse...
- Você o deixou pra mim?
- Ora Ikki aquela sepultura era de quem? – Hyoga ri...
- Sepultura?... mas ele não estava lá, estava em outro lugar bem longe, eu achei que ele tivesse caído durante a batalha sei lá...
- Não Ikki, eu o tinha colocado na sua sepultura.. pra você... quer dizer... quando você tinha morrido...digo...enfim, alguém deve Ter mexido, ou o vento ou algum animal...sei lá. Mas eu o tinha deixado lá...pra você.
Por um instante Ikki sente se o seu coração ficou menor do que uma formiguinha de tão apertado, mas não ele não era uma "manteiga derretida e idiota"...já chorou de mais hoje na frente de todo mundo, não ia chorar mais...pelo menos não na frente dele.
Ikki disfarça um pouco olhando para cima e para os lados, meio embaraçado e dando graças a Deus por estar bem escuro, tomara que a sua voz não o entregasse... pois ele sentia que estava com um nó do tamanho de uma laranja na garganta.
- Hum... eu.. não sei...o que dizer – Ikki continua olhando para cima – Obrigado Hyoga, eu ... não sabia... obrigado. Agora eu tenho mesmo que ir – Ele se embanana um pouco – o Shun... você sabe como ele é... se ele acordar e não me achar lá...
- ele tem um ataque... – Brinca Hyoga enxugando as lagrimas e rindo – Toma – Hyoga oferece o rosário de volta para Ikki.
- Como?
- Fica com ele Ikki, foi um presente, eu não vou pega-lo de volta.
- Hyoga eu não p...
- Pssss – Hyoga sorri para Ikki e lha no fundo dos olhos azuis petróleo que brilhavam junto com as estrelas daquela noite – Fique com ele, eu acho que ele está te trazendo mais sorte do que pra mim, além do mais a maior lembrança da minha mãe são as minhas memórias e essas estão muito bem guardadas – Hyoga põe o rosário de volta no pescoço de Ikki – Eu estou muito feliz porque... agora eu sei que eu não me enganei... eu sabia que o tinha deixado em boas mãos...
Ikki por algum momento não diz nada, uma porque mesmo que ele tentasse talvez não conseguisse, duas porque a sua mente estava confusa por demais, sua cabeça estava a mil por hora, ele sentia que seus olhos estavam molhados afinal que diabos está acontecendo comigo?, até que finalmente, com a voz tremula ele consegue articular uma palavra... - Obrigado
- Não foi nada – Hyoga toca o ombro de Ikki – Agora volta lá antes que o Shun acorde e dê um ataque quando não te achar
- é... é isso... boa noite Hyoga.
- Boa noite Ikki – Hyoga observa Ikki ir caminhando até sumir no meio das arvores, depois abre um largo sorriso olhando as estrelas.
Ele fica mais um tempo ali no mesmo lugar observando a noite, sentia uma alegria que não podia explicar de onde vinha, mas sabia de uma coisa, consolo melhor ele não poderia Ter tido. Depois para a sua surpresa ele se flagra pensando no moreno que estava ali minutos atrás, ele também não sabia explicar muito bem... mas...estava muito feliz por ele Ter voltado, se sentia inexplicavelmente bem com ele de novo por perto, ele lhe transmitia uma sensação estranha de segurança, como se não interessasse o tamanho do problema, basta ele chegar para resolver tudo. Sem dúvida agora o grupo estava muito mais forte, é como se Ikki valesse por dois.
É Shun, talvez você tenha razão...grande homem o seu irmão, é impossível não se sentir uma criancinha perto dele... e ele fica tão tão... "grandão"... ai meu Deus o que eu estou pensando.... Hyoga sacode a cabeça e decide ir dormir, afinal como diz o Seiya, quando ele começa a cansar o "tico e o teco" só sai besteira de dentro daquela cabeça loira e oca...
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Ikki entra novamente na casa e Shun ainda está deitado no sofá e vestido com a sua armadura. Humf...vai dormir todo sujo..... Ikki vai pra dentro da casa, entra no quarto que separaram para ele, deixa armadura de fênix, vai no banheiro prepara algo e depois volta. Ele pega o irmão no colo e este abre os olhos, e depois um largo sorriso...
- Ikki...não foi um sonho...
- Não, não foi – Ikki sorri – e pra te provar que eu estou de volta, eu vou dar um jeito em você agora mesmo seu porquinho...
- O QUÊ?????? – Shun começa a se debater no colo de Ikki, mas esse era muito forte e o mantia bem preso a ele – IKKIIII...PRA ONDE VOCÊ ESTÁ ME LEVANDO???? – Pergunta Shun divertido.
- JÁ IA DORMIR SEM TOMAR BANHO HEIM, ACHOU MESMO QUE IA ME TAPEAR? OU VOCÊ TIRA ESSA ARMADURA E ENTRA NA BANHEIRA OU EU JÁ JOGO LÁ A FORÇA... – ameaçava Ikki brincalhão carregando o irmão e entrando no banheiro enquanto esse se debatia
- AHAHAHAHA....TÁ TÁ... MAS ME SOLTA POR FAVOR...AHAHAHAHA
- Foi você que pediu – Ikki solta Shun de uma vez e esse cai de armadura e tudo dentro da banheira que já estava cheia espirrando água para tudo o que era lado.
Shun olha abismado para o irmão vermelho feito um pimentão – Hum, se tá pensando que só porque é o mais velho vai continuar a fazer hora comigo é – Shun se levanta e tira toda a armadura – Agora você vai ver – Shun pega Ikki pela gola da camisa e o puxa para dentro da banheira, segurando forte nos cabelos azuis e afundando a cabeça do irmão mais velho na água.
Ikki volta a superfície meio surpreso, tossindo e recuperando o fôlego quando Shun o ataca novamente com um pote de shampoo, entornando tudo na cabeça de Ikki, dando-lhe cascudos e soltando espuma pra tudo o que era lado
- HAHAHAHAHA PÁRA SHUN PARA....
-NÃO!!!!
Shun começa a afogar a irmão de novo, mas esse vira o jogo com um ataque de cócegas e conseguindo se levantar de novo, mas sem parar com as cócegas, fazendo o rapaz de cabelos verdades perder totalmente o fôlego, depois parando e se afastando deixando o pequeno apenas recuperando o ar...
- Droga Shun, agora eu estou todo molhado – Diz Ikki ainda rindo
- Você me molhou primeiro...cof cof, viu só agora quase não tem mais água na banheira...
- e você bem que gosta né... mas não vai escapar do chuveiro.
Shun tira as roupas molhadas e as joga na pia, Shun se ensaboa e enxágua rapidamente...
- Brrrrruuuu, que água fria irmão, eu vou sair, não sei como você consegue – Shun se enrola numa toalha tremendo e com os finos lábios bem roxos, tudo sobre a supervisão do irmão mais velho que estava de pé, todo ensopado ao lado do bidê e com cara de poucos amigos....
- Hum, tá bom, antes um banho de gato do que nenhum banho, agora pode ir porquinho.
- T..t...tá... t..t...to m...mor..r..rendo de ..frio....t..t..chau.
Shun sai e fecha a porta, Ikki também se livra de toda a roupa molhada e entra debaixo do chuveiro, do jeito que ele gostava a ducha bem fria, independente da temperatura do dia …
Depois do banho, ele enrola duma toalha na cintura e para de frente para a pia procurando algo para escovar os dentes, a Saori disse que tinham escovas de dentes novas na gaveta de cima. Ikki escolhe uma, escova os dentes e sai do banheiro.
O moreno, sai descalço, com o dorso molhado, o crucifixo pendurado no pescoço, apenas com uma toalha azul marinho em volta da cintura, carregando as roupas dele e as do Shun e balançando a cabeça fazendo espirrar água dos cabelos molhados... Ele sai andando pelo corredor onde tinha apenas uma luminária discreta acesa, deixando pegadas até trombar com um loiro que usava um pijama meio...diferente...
Ikki tromba em Hyoga este diz – nossa que susto – Hyoga até perde o fôlego quando vê o moreno daquele jeito bem a sua frente, com a franja rebelde e molhada displicentemente nos olhos pingando água, sem querer o loiro acompanha com os olhos o trajeto de uma das gotas pesadas, que caiu da franja, foi para o peito, continuou escorrendo pelo abdômen, desviando do umbigo e....
- Hyoga, você por aqui – Pergunta Ikki meio constrangido de Ter sido pego tão "a vontade" assim na casa dos outros – Eu achava que todos já tinham ido dormir...
- Oh sim – Diz Hyoga desviando rapidamente o olhar e rezando para não Ter dado muita bandeira, ou pelo menos não Ter feito uma cara muito idiota – Na verdade eu tomei banho no outro banheiro, mas tive que vir aqui para buscar uma escova de dente porque eu perdi a minha – Diz o russo desviando o rosto e agradecendo aos céu por todas as lâmpadas não estarem acesas e Ikki não poder ver o seu rubor.
- Oh sim – Ikki solta um sorriso meio debochado.
- O que foi? – Pergunta Hyoga assustado com medo de Ter sido pego.
- Esse seu pijama... – Ikki não pode deixar de reparar na camisa do pijama de Hyoga, era uma camisa de botão com uma estampa inusitada, um monte de patinhos amarelos nadando... – Onde você arrumou essa camisa de pijama pato?
- eu juro que não tive culpa, foi o sem noção do teu irmão que me deu, diz ele que viu numa loja e achou a minha cara. Eu sinceramente não entendi. Mas o que vale é a intenção.
Ikki solta uma gargalhada jogando os cabelos para trás, fazendo o loiro ruborizar na hora.
- Ora Hyoga mas você nem desconfia?...eu que acabei de chegar já tenho uma suposição do porque desse pijama de patos ser a "sua cara" – Diz Ikki olhando para Hyoga que parecia estar muito sem graça, quando o loiro levanta o olhar pronto para dizer umas poucas e boas para o moreno, os dois são pegos de surpresa por um inesperado contato ocular, os dois ficam se encarando nos olhos por poucos segundos até Hyoga se encontrar em "calças curtas" de novo.
- Bem eu vou indo né. Nossa que bagunça você e o Shun fizeram.
- Não, eu não sou tão bagunceiro e sem educação assim, pode ficar tranqüilo – Brinca Ikki – Se eu estivesse na minha casa "talvez" eu até deixasse assim mesmo, mas como eu não estou, eu só vou vestir uma roupa e volto aqui pra secar tudo.
- Bom, por mim – Hyoga dá de ombros – Afinal a besta do Tatsumi tem que fazer alguma coisa também... – Ambos riem.
- Ótima idéia, pensando melhor acho que vou deixar assim mesmo...
- Faça isso.. ahahaha, agora eu vou tá?...boa noite Ikki – Hyoga estranha o fato de Ter dito o "boa noite" mas suave do que o de costume, vira as costas e sai andando para o banheiro escutando um boa noite de Ikki também.
Ikki se flagra espiando o loiro caminhar, principalmente os shorts do pijama de Hyoga, que era azul bebê não muito curtos de um algodão que parecia ser tão macio, e marcava tão bem um bumbunzinho tão arrebitado.... Oh.... meu Deus... o que esta acontecendo comigo?... Ikki acha melhor ir para o quarto dormir, para ver se apaga todas aquelas besteiras da cabeça.
Ao chegar no quarto ele tira a toalha da cintura e começa a secar os cabelos, se aproxima da cama e puxa a colcha, vai até o outro canto do quarto pendurar a toalha no cabide atrás da porta do armário quando sente que pisou em algo....
-AIIIIIIIIIII!!!!!!!
Ikki corre a ascende a luz assustado, e vê um rapaz de cabelos verdes num colchão no chão com cara de choro...
- Shun o que você está fazendo aí no chão? – Pergunta Ikki correndo para ver se o irmão estava bem.
- Eu trouxe o meu colchão pra cá, para dormir com você – Shun fita o irmão de cima a baixo – eu heim você dorme assim? – Pergunta Shun com o rosto bem vermelho de ver o irmão pelado. Não que ele não estivesse acostumado com isso, afinal era normal um irmão ficar nú na frente do outro, mas eles não se viam a tanto tempo, mas se as preces de Shun fossem atendidas tudo voltaria ao normal
Ikki dá de ombros – é... o que tem de mais?
- Nada... é que eu tinha me esquecido...só isso.
Ikki ajuda Shun a se levantar – Anda, dorme lá na cama, deixa que eu durmo aqui. – Shun tenta dizer algo como "não precisa" mas Ikki não deixa – Vai logo Shun, deixa que eu durmo aqui anda – Responde Ikki sorrindo.
Ikki se deita no colchão, Shun apaga a luz e deita na cama. Este dorme rápido, porém um certo moreno não tinha sono, ficou boa parte da noite pensando no dia que passou, o primeiro dia da sua nova vida...
CONTINUA...
