Capítulo Três
De Volta a Hogwarts
Eles acordaram com Rony e Mione os sacudindo.
- Vamos, a gente já chegou...- Hermione disse.
Gina e Harry contaram o que havia se passado tentando se livrar dos ciúmes de Rony quando os viu juntos. Isso enquanto eles se dirigiam ao Salão Principal.
O Chapéu Seletor indicou todos os novos alunos as casas que deveriam ficar, até que chegou o último.
- Grifinória! - ele disse acabando sua tarefa.
A mesa da casa se encheu de palmas e gritos de boas vindas. Alvo Dumbledore bateu uma colher em sua taça indicando que ia falar e todos, imediatamente, se calaram.
- Eu gostaria de dar novamente as boas vindas. Espero que este ano traga tudo de bom para todos nós e que façamos bom proveito. Obrigada. Depois disso, os pratos se encheram magicamente de comida e todos começaram a jantar.
- Nossa, esse ano muitos alunos vieram para a Grifinória - Gina, que ainda estava muito abatida, comentou.
- É, vieram alunos do primeiro ano e também outros que foram transferidos de outras escolas - completou Mione.
- É, eu só espero que eles sejam bons em quadribol, vamos precisar de um goleiro esse ano. E nós precisaremos de um capitão - comentou Fred que também participava da conversa.
- É mesmo... Eu ainda não tinha pensado nisso! - disse Harry.
Depois do jantar eles foram para a sala comunal.
- Gi, você não comeu direito... - disse Mione preocupada com a amiga.
- Eu não estou com fome, só isso. Está ficando tarde, eu vou dormir. Boa noite - ela disse já subindo as escadas que levavam aos dormitórios femininos.
- Boa noite - responderam os outros três. Eles conversaram mais um pouco e logo foram se deitar.
Tudo escuro. Uma menina aparece assustada, correndo. Ela tropeça. Uma luz verde muito forte a atinge. É possível ouvir uma risada fria enquanto a menina está imóvel no chão. A risada era de Tom Riddle. Ele oferece a Gina, que assistia a tudo, o diário. Ao ver a expressão de horror da menina, ele ri, aponta para a outra caída no chão e diz que Harry Potter será o próximo.
Gina acordou assustada e começou a chorar. Eram cinco da manhã e ela não conseguiu pregar o olho novamente. Que saudade sentia de sua amiga, e ao vê- la no sonho só fez ela piorar.
Na manhã seguinte, Harry e Rony, que já haviam acordado, estavam esperando as meninas na sala comunal. Um tempo depois, Hermione desceu.
- Bom dia!
- Onde está a Gina? - Harry perguntou.
- Ela está no quarto, disse que só vai descer mais tarde. - respondeu a amiga preocupada.
- Ela está bem? - Rony perguntou.
- Ela se trancou no banheiro, não há quem a tire de lá agora. Estava chorando muito.
- O que será que ela tem?
- Rony, ela perdeu uma amiga!
- Tá, Mione. Mas precisa chorar tanto?
- Se você perdesse eu ou o Harry, como você acha que se sentiria Rony?
- Ei vocês dois, podem parar de brigar? E ainda mais como se eu não estivesse aqui! - Harry interferiu.
- Desculpe Harry - disse Mione. - Mas o Rony também... francamente!
- Tá, vamos tomar café, tô morrendo de fome - retrucou Rony.
- Draquinhoooo, tava com saudade... fofo!
"Ai que ódio quando ela me chama de fofo..."
- Você já tomou café?- O menino perguntou seco a Pansy.
- Já!
- Então vamos dar uma volta...- Disse Draco levando-a para fora do Salão Principal.
Eles estavam cruzando o corredor quando esbarraram em uma menina de cabelos ruivos que andava olhando pro chão.
- Weasley, será que você não olha por onde anda?
Ela ergueu os olhos vermelhos, marejados de lágrimas e disse num fio de voz:
- Desculpe!- e saiu em direção ao salão antes que Draco pudesse debochar dela.
- A onde a gente vai fo...- ela ia completar a palavra mas Draco a beijou a empurrando para uma sala desocupada e escura.
"Se eu ouvir ela me chamar de fofo outra vez, juro que largo ela aqui mesmo... mas como será que aquela Weasley consegue chorar tanto? Draco, dá pra parar de pensar naquela pobretona?"
- Gina? O que foi? - Neville perguntou preocupado ao ver o estado da menina.
- Vamos falar com Harry, Mione e meu irmão que eles te explicam - respondeu ela entre soluços.
Eles chegaram na mesa e Harry, ao vê-la naquele estado, ficou penalizado e foi abraçá-la.
- Gina, não fica assim...- ele beijou-lhe a testa.
- Harry, eu tive um pesadelo, eu VI Harry, eu não vou conseguir, eu não sou tão forte como você.
- É claro que vai Gina, e é claro que você é forte! No começo é assim, mas depois a gente se acostuma... E a gente vai estar aqui pra te ajudar...
- Obrigada Harry...
- Promete que vai superar isso?
- Prometo que vou tentar...
- Ela respondeu olhando profundamente nos olhos verdes de Harry, tanto, que o menino teve a sensação de que ela podia ler sua mente naquele momento.
- Será que alguém pode me explicar o que tá acontecendo aqui? - Perguntou Neville confuso.- O que ela tem?
Hermione sussurrou baixinho no ouvido dele.
- Ah, eu... Gina...
- Tudo bem Neville - Agora ela continuou olhando nos olhos de Harry - eu preciso encarar isso de frente!
- Que tal mudarmos de assunto? - Perguntou Rony se sentindo excluído da conversa e com uma pontinha de ciúmes por Gina estar abraçada com Harry.
Então, Hermione olhou no relógio trouxa que havia ganhado de seu pai naquelas férias, e disse preocupada:
- As aulas começam daqui a dez minutos.
- Que aulas vocês tem hoje Mione? - perguntou Gina interessada.
- Primeiro eles vão para adivinhação e eu para aritmancia, depois vamos para trato com as criaturas mágicas e finalmente defesa contra a arte das trevas.
- Ah, vamos ter que encarar a morcega velha falando que o Harry vai morrer hoje? - perguntou Rony desanimado.
- O Harry não é o único para quem a Sibila prevê a morte... - disse Gina.
- Não? - perguntou o menino.
- É, ela começou a pegar no meu pé... eu sempre vou morrer das formas mais trágicas... Eu acho que se eu falar pra ela que uma bola de fogo vai cair na Terra e todo mundo vai morrer queimado vai ser pouco pra ela... - todos riram - e eu vou ter uma aula com ela depois de uma com aquele carrasco do Snape, e antes de uma aula de vôo.
- É, você não tá muito melhor do que a gente...
- Bom, eu tenho que ir para as masmorras agora senão eu chego atrasada e é menos uns cinqüenta pontos para a Grifinória, tchau, a gente se vê no almoço.
- Tá bem!
Gina estava pensativa e triste na aula do Snape. Ele tinha mandado os alunos fazerem uma poção e ela errou na quantidade de Salutre. Resultado: a poção ficou da cor que não deveria e ela perdeu 15 pontos para a Grifinória. "Droga, o que mais pode dar errado agora?" ela murmurou baixinho tentando arrumar a poção. Mas só conseguiu piorar: ela começou a soltar faíscas azuis e ficou com um cheiro horrível. Snape disse à ela para passar naquela noite, depois do jantar, na sala dele para cumprir detenção. "Eu e a minha boca... mas também, ele foi muito injusto..." pensou ela.
- Ah, isso sem contar que a srta. acabou de perder mais 15 pontos para sua casa. - completou ele parecendo satisfeito.
Antes que Gina pudesse fazer algo mais de errado, o sinal tocou anunciando o final daquela aula. A menina foi para a sala da Sibila. Até que a aula não estava correndo tão mal assim. Mas isso foi antes dos olhos de Sibila se encontrarem com os de Gina, enquanto ela explicava como se lia a mão.
- Srta. Weasley, você pode vir aqui na frente para que eu faça uma demonstração?
Gina, sem escolha, foi até a professora que pegou sua mão e começou a analisá-la.
- Uhmmmm... vejo que você não terá muito tempo pela frente querida, que pena. Você vai sofrer muito... A sua morte será lembrada, tristemente, por todos aqueles que se preocupam com você... ah meu bem, eu sinto muito... - nesse instante Sibila ficou com os olhos vidrados em algum ponto a sua frente e ela apertou os pulsos da aluna, que ela segurava para ver a mão, "fincando" as unhas nela.
Gina ficou assustada e pediu a professora que a soltasse, pois a estava machucando.
- Você vai sofrer... e seu precioso Potter também - continuou Sibila.
No mesmo instante que ela terminou a frase, ela voltou a si e dispensou todos os alunos (que não estavam muito diferentes de Gina) alegando estar com dor de cabeça.
