Capítulo Oito

O Plano

Durante o dia, Gina, sem ter muito o que fazer, resolveu continuar a ler aquele livro. Hermione chegou a estranhar a amiga: sempre que ela estava livre das lições e das aulas, o que ocorria enquanto ela estava na enfermaria, lia aquele bendito livro...

- Ah, Hermione, eu simplesmente gostei da estória...

Era o que Gina respondia à ela. Mione já havia desistido de empurrar a amiga a outras atividades, mesmo porque ela não tinha direito de dizer nada, afinal, ela também vivia pelos cantos lendo um livro.

Nas aulas, era quase sempre a mesma coisa, os pontos que Lupin tirava dos sonserinos na sua aula e dava aos grifinórios, Snape repunha aos sonserinos e tirava dos grifinórios... e vice-versa.

Draco não sabia bem o que fazer para se vingar de Harry... "eu não posso partir para a agressão, senão levo detenção... quanto aos deboches, não são o suficiente... o que eu faço com aquela pobretona? Bem, é pobretona mais até que é bem bonita... Draco, o que é isso? Ela é uma Weasley, e não deve escapar da sua vingança... Bem, se ela é bonita, sim ela é, não dá para negar... infelizmente... mas é claro que existe meninas mais bonitas que ela... Mas o que eu estou pensando? Concentre-se Draco: você tem que se vingar do Potter! E usar ela. Bem eu poderia... - ele deu um sorriso malicioso- não, isso vai contra as todas as regras: tocar num Weasley? Não, nunca, pode ser contagioso. Mas vendo por outro lado, eu não teria que me esforçar muito, afinal, que menina não ficaria comigo? É só saber chegar nela. E se eles resolvessem me agredir, teriam uma bela detenção, além do mais, aquela sangue-ruim não permitiria, isso poderia arruinar as chances dela de algum dia se tornar monitora... mas se alguém me vir com uma Weasley, minha reputação vai por água abaixo. Bem eu posso tomar cuidado e seria o suficiente... aí eu armo para que o Potter e os amiguinhos dele vejam... eles não contariam a ninguém, pois também seria ruim para eles. Mas ainda não sei se é... aquela Weasley gosta do garoto cicatriz, como eu... será que vai dar certo? Ah, Draco, você já viu por acaso um plano seu dar errado? Então está decidido: eu dou uns amassos na menina, faço com que os metidos vejam, eles não poderão me agredir, e aí eu dou um fora na pobretona, deixo ela arrasada, e minha vingança está completa. Depois é claro eu armo mais alguma coisa, sei lá... é isso: Draco, você é um gênio!"

- Sr. Malfoy? Mas será possível? Eu terei que tirar mais pontos da Sonserina na aula de hoje? - disse a professora Sprout irritada.

- Desculpe professora...- disse Draco calmo.

- Desta vez passa...

No dia seguinte, Gina conseguiu, com muito esforço, convencer Madame Pomfrey a liberá-la da enfermaria.

- Oi! - disse ela ao chegar na sala comunal e encontrar Mione.

- Gina! Você está melhor?

- É claro. E também, você acha que um Weasley é capaz de ficar parado muito tempo?

- Bem, seu irmão é um dorminhoco de primeira, tô esperando ele e o Harry a uns vinte minutos.

- Ah, ele é um caso a parte... - as duas riram.

Uns cinco minutos depois, Harry e Rony desceram e encontraram as duas conversando muito animadas.

- Bom dia! Como você conseguiu se livrar da madame Pomfrey, Gina? - perguntou Harry.

- Ah, é coisa de Weasley... - ela disse se entreolhando com Mione e as duas caindo na gargalhada da cara de confuso dos dois.

- Deixa para lá - disse Hermione enxugando as lágrimas que saíram de tanto rir.

- Então vamos tomar café? - perguntou Rony.

- Só depois que eu ganhar um beijinho... - disse Mione deixando Ron vermelho.

- É... eu vou indo com a Gina na frente... - disse Harry passando pelo buraco da mulher gorda com a menina.

Ao entrarem no salão, eles foram direto para onde Neville e Simas conversavam e participaram da conversa sobre quadribol.

Gina sentiu uma sensação esquisita. Foi quando seus olhos se cruzaram com os de Draco, na outra mesa, que a observava atentamente. Ela se sentiu extremamente incomodada com aqueles olhos cinzas indecifráveis olhando para ela e desviou o olhar. Ele, ao ver o gesto da menina, sorriu com o canto dos lábios maliciosamente.

- A Angelina está com uma dor esquisita no braço, parece que ela não vai poder treinar nas duas próximas semanas... - disse Harry preocupado com a amiga.

Naquele momento, Ron e Mione entraram no salão. Eles tomaram um rápido café da manhã e se dirigiram para suas aulas, Harry, Mione e Rony teriam a primeira aula com o Snape, e Gina teria a segunda e terceira aula com ele também.

A cada palavra de Snape, Rony se contorcia ainda mais de ódio dele pelo que acontecera na noite anterior. Hermione segurava a mão dele por debaixo da mesa tentando acalmá-lo, mas mesmo assim, ele o olhava para o professor com um olhar tão ameaçador e "fuzilante" que qualquer um que não tivesse um sangue frio de um sonserino se sentiria extremamente intimidado. Na verdade, Hermione, assim como Harry, também estava indignada com a atitude do professor.

Na segunda e terceira aulas de Snape aquele dia, ele não olhou uma vez sequer para Gina.

"Ainda bem" pensava Gina" se ele me encarasse com aquele olhar frio dele como se nada tivesse ocorrido na noite anterior, eu não responderia por mim..." a caçula da família estava começando a entender melhor as famosas explosões dos Weasley. "pelo menos assim ele não cisma comigo hoje e eu não perco pontos..."

E assim foi durante as duas aulas... Snape estava com um extremo mau humor e mandou que eles fizessem uma redação de meio metro sobre uma poção que Gina nunca tinha ouvido falar, para o dia seguinte.

"Ah, ótimo! Estava demorando mesmo..." a menina pensou sobre a lição saindo da sala, assim que o sinal tocou.

Ela aproveitou que as aulas da tarde foram canceladas de repente por um motivo que Dumbledore não pôde explicar, e, enquanto os outros jogavam Snap explosivo na sala comunal, ela foi à biblioteca pesquisar sobre a bendita poção.

Draco, que teve a mesma idéia da menina, estava indo a biblioteca para adiantar suas lições, viu a menina por detrás de uma pilha de livros quase que se descabelando por não achar o que procurava. ""timo, vamos começar a agir..." pensou ele se dirigindo a mesa em que ela estava.