N/A: Obrigadinha pelas reviews. Taty, eu estou postando rapidinho porque a fanfic já está toda acabada, inclusive a continuação. E a continuação da continuação está sendo escrita. Quero postar a fic logo em respeito aos que estão lendo a outra continuação, que eu não atualizo há muito tempo pois o site em que eu a publicava está fora do ar. Ok? Bjinhus.
Capítulo Dezesseis
Arrependimento?
"Por Merlin o que foi que eu acabei de fazer? Ai, santo Deus, acho que nunca vou entender. Eu estou arrasada com Harry Potter e beijo Draco Malfoy? Eu... eu só posso estar ficando louca! É, e... e isso deve ser um pesadelo..." ela se beliscou. "AIIIIIIII! Não, não é um pesadelo e o beijo foi bem real..." Gina estremeceu agora. "Mas o Draco correspondeu ao beijo... será que ele gostou? Ah, Gina, ele devia ter é nojo de você. Mas ele foi tão, tão... gentil, tão sincero no que ele dizia e fazia. Ele não parece ser mais a mesma pessoa... e eu definitivamente gosto mais dessa nova..." pensou a menina suspirando.
Se antes ela estava nervosa, agora ela estava agradecendo profundamente a Draco Malfoy pelo conforto que ele lhe dera. "E que conforto..." pensou ela novamente.
"Como será que ela est?" pensava Draco.
- E aí, você a beijou ou não ontem a noite?
- Beijei, Goyle... - ele respondeu pensativo.
- Então agora você vai fazer o Potter ver vocês dois não é? - perguntou Crabble.
- Eu não sei, não sei mesmo - disse Draco mais para si mesmo do que para o menino.
- Você não vai desistir agora, vai?
Draco voltou a realidade: onde já se viu um Malfoy desistir de alguma coisa? Nessas horas, ele desejava não ter sido tão mimado... assim, talvez pudesse voltar atrás. Mas, agora, ele não podia mais desistir...
- Não! Eu vou seguir em frente. Agora sumam do meu campo de visão, quero ficar sozinho.
- Srta. Weasley? A senhorita se importa se eu continuar a dar minha aula, ou você quer que eu vá esperar lá fora enquanto você sonha acordada? - Snape disse interrompendo os pensamentos da menina.
- D-desculpe professor - ela disse sob o olhar frio e penetrante dele.
- Menos vinte pontos para a Grifinória. Agora comporte-se.
- Claro professor. - ela teve que engolir o orgulho para dizer esta frase. Aonde já se viu? Quem ele pensa que é para controlar as outras pessoas? "Se eu quiser sonhar acordada eu sonho, oras..." pensava ela vermelha de raiva.
Gina não precisava prestar atenção na aula dele. Tudo o que Snape falava já tinha sido explicado para ela por... "Draco" ela pensou num suspiro. Pronto: lá estava ela pensando novamente nele, no beijo, nas carícias da noite anterior...
A menina ainda recebeu críticas nas outras aulas: uma pelo professor Flitwick que a censurou por "não estar prestando a devida atenção durante a atividade", foi o que ele disse. Outra pela madame Hooch quando ela quase foi atingida por um balaço (eles estavam simulando uma partida de quadribol):
- Srta. Weasley? Em que mundo você está? Preste mais atenção, você poderia ter se machucado, sabia?
- Desculpe professora, eu não estou nos meus melhores dias...
- E com certeza seu dia não iria melhorar se você fosse atingida por um balaço, por isso fique atenta.
Gina evitou Harry no jantar, pois estava ainda com um ódio profundo dele... "para falar a verdade não sei se vai passar um dia..." pensava ela.
- Gina, o que você tem? - perguntou Hermione.
- Eu não tenho nada...
- A mim você não engana, Gina. Eu te conheço muito bem e...- protestou seu irmão.
- Você me conhecia Rony...- ela o cortou com raiva - porque desde que você veio aqui para Hogwarts e fez seus amiguinhos, você se acha superior e não liga mais para mim.
- Não é verdade...
- É sim, Rony, infelizmente é. Quando eu preciso de você, quando eu estou deprimida, você não está lá para me ajudar, você está aí com seus amigos... - ela disse, os olhos começando a marejar.
- É você que não fala mais comigo, que não vem me dizer quando precisa de mim...
- Você é que deveria perceber isso, Rony... E também, como eu vou falar com uma pessoa que me ignorou mesmo sendo meu irmão, como é que eu vou confiar em uma pessoa assim, hein, me diga? Como eu vou me abrir com uma pessoa que invés de ser meu amigo, de me compreender, fica me controlando em tudo o que eu faço?- ela lutava contra as lágrimas que teimavam em sair até que não agüentou mais e disse tudo o que tinha para falar.- E não me olhe com esta cara porque, para mim, você me controlando não é nenhuma demonstração de afeto e sim uma obrigação que você acha que tem pelo simples fato de ser mais velho do que eu.
- Mas eu me importo com você...
- Não parece...- ela disse com um sorriso sarcástico no rosto (o tempo que ela passou com o Malfoy deve ter mexido um pouco com ela) e, com as lágrimas rolando pelo seu rosto, ela saiu do grande salão.
Malfoy, que estava acompanhando tudo, assim como muitos outros que se espantaram ao ouvir a conversa quase aos berros dos dois, ficou com pena da menina, pois não receber demonstrações de amor era uma coisa que acontecia com ele também...
Rony estava paralisado com a "Explosão Weasley" que havia acabado de ocorrer por parte de sua irmã caçula. E a namorada e o amigo, já recuperados do susto, tentaram acalmá-lo:
- Calma, Rony. Ela deve estar falando isso da boca para fora... - disse Harry.
- É, ela deve estar com alguns problemas que não consegue resolver e acabou descarregando na pessoa errada... - completou Mione fazendo Harry engolir seco.
- Ela é uma mal agradecida por tudo o que eu já fiz por ela, isso sim... - disse Rony nervoso.
Os outros dois se entreolharam com um olhar de "e agora?".
Eles ainda tentaram falar com Rony sobre o assunto mais algumas vezes durante o jantar, mas ele rapidamente mudava o rumo da conversa para quadribol, lições, ou qualquer outra coisa que lhe viesse à cabeça.
"Por que tudo isso tem que acontecer de uma hora para outra na minha vida? E sempre tudo ao mesmo tempo, só para complicar ainda mais as coisas?"
- Posso conversar com você?
Foi o que Gina ouviu de uma voz familiar e extremamente doce. Ela se assustou, era ele.
- Drac... Malfoy?
- O que aconteceu com o 'Draco'?
Ela olhou para ele envergonhada.
- Eu não quero que as coisas mudem entre nós pelo que aconteceu ontem...- disse ele.- Posso?- ele pediu para se sentar ao seu lado.
Gina acenou com a cabeça. Ela não conseguia olhar para ele, estava muito envergonhada e nervosa.
Ele levou a mão ao queixo dela fazendo com que seus olhares se encontrassem:
- Por favor, olhe para mim... - ele disse tirando a mão de queixo dela.
Ela juntou coragem e fez o que ele pediu. Draco a abraçou.
- Eu não sabia onde você estava, aí me lembrei que você tinha me dito que vinha para cá quando queria ficar sozinha... mas eu acho que o melhor neste momento, é você ter um ombro amigo.
- Obrigada Draco. Você é maravilhoso.
- Eu queria que você soubesse que o seu irmão se preocupa com você...
Ela o olhou com um olhar confuso. E ele, percebendo isso, continuou:
- Eu aprendi durante todos esses anos que há várias formas de demonstrar o carinho que você sente por uma pessoa. Meus pais nunca me chamaram de "querido" ou algo assim, mas eu sei que, no fundo, eles se preocupam comigo. E eu sei disso porque percebo quando minha mãe me lança um olhar de carinho, ou meu pai um de orgulho... Por mais que sejam rígidos na minha educação, eles não podem simplesmente apagar tudo o que sentem por mim por ser seu filho... - ele esboçou um sorriso se lembrando de uma das cenas de seu passado.- Quando eu era pequeno e ia para minha cama as nove em ponto, como eles mandavam, eu fingia que dormia, aí minha mãe ia até o meu quarto e me dava um beijo de boa noite. Ela não sabia que eu estava acordado, senão, nunca que ela iria demonstrar este sentimento de carinho, de preocupação... Às vezes, as pessoas não sabem a melhor maneira de mostrar as outras o que elas sentem, aí elas acabam indo por outros caminhos... É assim que seu irmão faz, ele se preocupa sim com você, mas não sabe bem o jeito de te mostrar, então ele vai pelo modo que acha mais fácil. Se ele vive controlando você, é porque te ama e só quer o seu bem... - ele acariciava os cabelos dela quando ela deu um beijo estalado em seu rosto.
- Eu fui uma tonta por não perceber isso antes. Obrigada por abrir meus olhos...
- Não foi nada... - ele já estava se levantando para ir embora quando ela criou coragem para falar mais uma coisa:
- Er, Draco? Sobre ontem, bem, me desculpe eu...
- Você não tem de se desculpar de nada, afinal, você não foi a única culpada...
- Vo-você gostou? Q-quer dizer... - ela tinha se levantado e estava na frente dele, corada.
- Gostei... - Draco respondeu baixinho.
Ela olhou confusa para ele. Gina nunca pensou que ele diria aquilo. Dessa vez, foi Draco quem tomou a iniciativa: ele a puxou pelos pulsos para mais perto de si e abraçou sua cintura. Gina colocou seus braços ao redor dele e seus lábios se encontraram num longo beijo.
Quando eles se distanciaram, ofegantes, ficaram se olhando por um longo tempo. Ele sorriu e a puxou para perto beijando-a novamente.
