Capítulo Dezenove
Novos Amantes...
"Pense, pense, pense, Gina. O Harry não te merece, ele já provou isso... e o Draco, bem, ele diz que gosta de você. E você talvez goste dele... ai meu Deus! Que droga, eu gosto dele, não é? Só pode ser ou então eu não seria tão próxima a ele. OK! Você venceu: esta noite você vai ao encontro dele e conta isso." Pensou Gina a caminho da aula de transfiguração.
Indo para o almoço, a menina estava pensando em como não ter que ficar perto de Harry, até que ela chegou a mesa da Grifinória e reparou que ele não estava lá. Para falar a verdade, nem ele nem Rony, e muito menos Hermione.
Ela estranhou e perguntou aos gêmeos se eles sabiam de alguma coisa. Eles disseram que Rony havia avisado que falaria com Dumbledore. Aí que a menina ficou preocupada de vez e perguntou se eles sabiam de algo de errado que pudesse estar acontecendo.
- Não sabemos, maninha, não mesmo...
Aquela preocupação fez com que Gina esquecesse Draco pela primeira vez naquele dia. Várias dúvidas passaram pela sua cabeça. Mas como podia também não ser nada, ela resolveu parar de se preocupar antecipadamente. "Dê tempo ao tempo", foi a frase que ela recordara que sua mãe sempre falava.
As aulas da tarde passaram sem maiores problemas. Gina até ganhou pontos para a sua casa do professor Flitwick e da professora de Aritmância. E no jantar ela encontrou Hermione, mas ela estava sozinha.
- Mi, cadê o meu irmão?
- Está estudando com o Harry para um teste da Sibila. Estranho estudar para a matéria de adivinhação, né?
Gina riu e fez que sim com a cabeça.
- Gi, eu queria falar com você...
- Fala Mione.
- Aqui não. Depois do jantar para que ninguém possa ouvir.
Gina rapidamente se lembrou de Draco.
- Ah, Mi, mas eu vou estar ocupada e...
- Não, vai ser rápido, eu prometo.
- Tudo bem então.
Depois do jantar elas foram para o quarto de Mione, que estava vazio.
- E então, o que foi?
- Gina, eu não sou boba e sei que você está evitando o Harry - a menina foi direto ao ponto.
- Eu...
- Fala Gi, nós não precisamos guardar segredos uma da outra.
- Eu estou com raiva dele só isso. Agora não me peça para dizer o que foi. Isso cabe a ele responder...
- Mas, Gi, o Harry não fez... - ela foi interrompida:
- O Harry não é quem eu pensei que fosse. Agora eu tenho que ir, tchau - e ela saiu do quarto.
- Você demorou.
- A Mione quis conversar comigo e eu não tive como escapar.
- Tudo bem... - disse Draco calmamente.
- Eu estive pensando hoje e... - eles agora estavam bem próximos - ...e eu acho que também gosto de você!
Ele deu um largo sorriso e a beijou suavemente.
- Você não sabe como eu fico feliz em ouvir isso - e era exatamente o que ele queria ouvir dela.
Ela o abraçou bem forte. Logo depois, sussurrou em seu ouvido:
- Não pense que eu sou egoísta, mas eu tenho tanto medo de me machucar, de sofrer mais do que eu já sofri... você promete que vão vai deixar?
- Essa é a última coisa que eu quero que aconteça: ver você sofrendo... mas é claro que eu prometo.
Ela olhou profundamente nos olhos dele como fez na noite retrasada. Eles continuavam iguais: indecifráveis. Mas ela não se importava muito com isso pois, na maioria das vezes, ela sabia reconhecer o que ele sentia só pelo modo como ele falava. E com o tempo, ela aprenderia a conhecê-lo melhor.
Gina sentiu um arrepio ao sentir o toque dos lábios dele em seu pescoço. Ele riu gostosamente da reação dela e depois a beijou na boca.
Eles conversaram durante muito tempo e decidiram que iriam continuar a se encontrar lá, mas com o máximo de cuidado para que ninguém descobrisse.
- Bom, para tornar isso oficial: Virgínia Weasley, você aceita ser minha namorada? - ele disse ajoelhado e beijando sua mão.
- Ai Draco! - ela disse rindo surpresa pela atitude do garoto. Ela suspirou e disse mudando o tom de voz - Nada me daria maior prazer!- ela deu um sorriso maroto. - Mas é claro que... bom, só se eu receber uma prova do...
Ela nem precisou terminar a frase: ele entendeu o que ela queria e não pensou duas vezes antes de dar a tal "prova" a Gina.
Depois de um belo tempo se beijando, ele perguntou a ela:
- É prova o suficiente para você?
- Não sei... - ele deu um sorriso malicioso agora - talvez se você pudesse repetir a dose para eu analisar melhor...
- Quem sou eu para te desobedecer?!
E eles ficaram naquela "conversa" por um bom tempo até que tiveram de se separar pois já estava ficando muito tarde.
- Gina onde você estava? - perguntou Harry sentado em um dos sofás da sala comunal.
Ela deu um olhar de descrença para ele.
- Eu não preciso de uma babá, Harry.
- Eu não quero ser sua babá, apenas quero saber onde você estava.
- Não te interessa. Quem deveria ter alguém controlando a vida é você, assim talvez você não saísse por aí pedindo meninas em namoro - ela disse com raiva.
- Mas Gina o que foi que eu... - ela o largou falando sozinho e subiu para o seu quarto.