Capítulo 2: A Coragem dos Leões...
Estavam todos escondidos na primeira das estufas, sentados no chão para não serem vistos. Aquela era a primeira reunião oficial do Clã do Dragão, por isso os integrantes estavam levemente excitados, reagindo cada um, do seu modo.
Ginny não ia às aulas, mas os novos professores que substituíam àqueles que pertenciam à Ordem não notavam, pareciam até mesmo enfeitiçados, pois nem ao menos chamavam o nome dela durante a confirmação de presença.
Draco se sentia muito estranho por estar junto àquelas pessoas. Cansou-se de permanecer em pé e sentou-se encostado a um grande vaso de metal com algumas sementes secas em seu interior, chegar perto de qualquer planta viva seria arriscar a própria vida. Olhou atentamente ao seu redor, Potter cutucava uma raiz muito verde que parecia irritada com o longo pedaço de madeira que tinha nas mãos, enquanto em um canto, escondidos, Granger e Weasley se agarravam furiosamente. "Controlem-se, por favor...". Acies ainda não havia chegado, esperavam por ela.
-Me desculpem o atraso... –ela quase derrubou a porta ao abri-la com violência. Estava sem fôlego, o que indicava que havia corrido para estar ali. –Vocês... Vocês não podem acreditar... Eu... Nem eu acredito! Porque...
-Acy, o que foi???
-Ah Draco, eu tinha certeza que ao menos Snape voltaria, estava errada... O novo professor será um tal de Adie Narrow.
-Quem??? –Potter perguntou
-Eu já ouvi falar nele... Na verdade ele já foi na minha casa... –Weasley fez uma estranha cara de desgosto. –Ele parece um retardado, até baba às vezes! Um com uma cara gigantesca e olhos pretos esbugalhados! Parece um Testral... Apesar de eu nunca ter visto um... –completou com suas habituais caretas.
-Isso quer dizer que...
-Estamos completamente sozinhos, Harry... Completamente... –Granger parecia assustada.
-Já estávamos antes de descobrir isso... Hermione, nós vamos achar a Ginny e mais do que isso, "traremos ela" de volta!!! EU TENHO CERTEZA... Tenho certeza... –o vermelho completou mais para si do que para qualquer outra pessoa.
-Voldemort sabe o que faz! Conseguiu infiltrar um dos seus na Ordem, agora... Agora sabe exatamente tudo o que será feito... Eu não acredito... –Potter lamentou
-Sou obrigado a concordar com você... –Draco disse
-Os garotos estão certos... Mas... Nós... Precisamos nos mexer! Vamos começar!!! Eu me recuso a desistir... De verdade... –fez-se uma pausa. -Montei uma lista com as primeiras coisas que temos a fazer, assim fica mais fácil chegarmos a um consenso... –a sabe tudo disse antes de retirar um pequeno pedaço de pergaminho de um bolso em sua capa. –Penso que precisamos encontrar um local para nossas reuniões... Algo como um quartel general... Alguma sugestão? –ela fez a pergunta tentando apagar a amargura que se instalara no recinto.
-Vocês se lembram daquela sala? Onde eu estava no dia em que... No dia em que vi vocês dois juntos...
-É! Eu sei... Aquela sala redonda... É uma boa idéia... –Weasley pareceu gostar da sugestão
-Ela fica muito perto do Salão, acho que não é muito seguro...
-Hermione está certa... E temos realmente que encontrar um lugar escondido, pois uma conversa civilizada entre Harry Potter e Draco Malfoy chamará mais atenção do que desejamos!!! –Acies disse.
-Na biblioteca... Era onde eu encontrava a Gin, às vezes...
-Nossa! Encontros na biblioteca são a cara da Hermione... Não sabia que minha irmã era assim... –Weasley disse fazendo sua namorada corar de raiva.
-Engraçadinho... Muito engraçadinho...
-Então por que você não está rindo???
-Ah! Ron...!!!
-Eu pensei que tinha sido engraçado... Mesmo...
A briga dos dois era tão estranha que foi impossível para ele não sorrir. Recebeu um olhar de Potter lhe dizendo que as coisas eram sempre assim.
Há pouco tempo tudo era tão diferente, ele nunca sequer se imaginaria em meio ao trio que tanto odiava, ainda mais achando graça nas palavras de Weasley ou trocando olhares mansos com Harry Potter. "Ginny, só você para me colocar nessas situações...".
-SIM, sim... Desculpem-me atrapalhá-los, mas PRECISAMOS definir um local para nossas reuniões... A biblioteca é muito aberta, precisamos de um lugar... –Acies pensou. –Um lugar SECRETO!!!
-Há um lugar... Um lugar perfeito... A Cabana dos Gritos... Poucos sabem de sua entrada. Somos os únicos e aqueles que não estudam em Hogwarts podem entrar por Hogsmeade, ninguém fica observando o movimento lá!!!
-Potter, você está maluco??? A Cabana dos Gritos é um dos locais mais assombrados do planeta... Nem mesmo os fantasmas de Hogwarts vão lá...
-Malfoy, nunca contaria isso para você... Mas a vida da Ginny está em jogo, então... É hora de saber de alguns detalhes...
As vidas do menino cicatriz e seus amigos em Hogwarts eram, certamente, muito mais interessantes que a sua. Estava boquiaberto com o que ouvia, os ocorridos no terceiro ano, Sirius Black, o grande Salgueiro, professor Lupin. "Como eles sobreviveram até hoje???". Acies estava mais calma que ele, entretanto as informações eram novidades também para ela.
-Como você está vivo???
-Boa pergunta, Jones... Boa pergunta.
-Eu acho que é uma idéia legal... Na verdade eu acho que é uma "TIMA idéia!!! –a morena disse animadamente
Todos concordaram com a sugestão, que era realmente muito boa. O mapa de Potter os ajudaria a saber se havia alguém por perto. "Esse pedaço de papel velho é uma preciosidade...".
-Agora temos que encontrar um modo de marcar as reuniões. Ano passado usamos Galeões. –Granger tirou uma moeda de seu bolso e apontou para onde apareceria o dia de encontro e o horário. –A idéia funcionou muito bem, pois ninguém desconfia de uma moeda... O que acham?
Doía, mas ele teria que confessar, a pequena sangue de lama era brilhante. Essa foi uma idéia completamente perfeita, não havia possibilidades de falha.
-BRILHANTE! Brilhante, Hermione... –Weasley disse fazendo uma cara muito engraçada de inteligente. –Mas eu já havia dito isso ano passado...
-Muito obrigada...
-E quando vamos falar do resgate???
-O próximo item, Ron... PRECISAMOS descobrir para onde levaram a Gin...
-Deve estar em um lugar horrível, sujo, fedido, frio, escuro... Nojento!!! AH! Gin... Deve estar na casa de vocês sabem quem. –o cabeça de cenoura disse em meio à suas milhões de expressões faciais.
-Não... Não... Certamente lá é onde não está! A mansão dos Riddle ficou muito famosa após a ascensão das forças de Voldemort. Apesar de poucos serem corajosos o bastante para chegar perto do local, muito movimento chamaria atenção, principalmente do Departamento dos Aurors. –Acies o corrigiu.
-Talvez... Talvez esteja no cemitério, no mesmo cemitério em que Cedric morreu... –Draco percebeu que Potter tinha muita dificuldade para falar sobre Diggory e os acontecimentos daquele ano.
-Não... Também não... Eles precisam mantê-la bem acomodada até que a criança nasça... Ela será bem tratada até o parto... –Granger afastou a possibilidade.
-Meu pai viajou, semana passada... Em sua carta disse que não tem data para voltar. Me avisou para que eu tomasse conta das despesas...
-Augustus também não está em casa e apesar de não me avisar sei que foi viajar...
-Certamente ela não está na casa de um dos comensais... –Weasley concluiu
-QUE DROGA! Não consigo pensar... –Granger esbravejou
-Eu posso tentar...
-Acy, isso é loucura... –ele sabia exatamente o que ela tinha em mente, sempre quisera ter uma chance para o fazer.
-É o único modo...
-Do que vocês estão falando??? –Weasel perguntou com uma de suas sobrancelhas levantada.
-Visio Adnexus... –Acies disse, deixando-o, aparentemente, com ainda mais dúvidas.
Granger arregalou os olhos violentamente, estava atormentada. Certamente sabia do que se tratava o processo.
-Acies... Não... Nem pensar, ela pode estar longe... Cercada por feiticeiros muito poderosos...
-É o único modo...
-O que??? O que tá acontecendo??? –o cabeça vermelha berrou
-Visio Adnexus, Ron, significa tomar o lugar dos olhos de alguém... É como se ela pudesse ver por um tempo o que a outra pessoa vê... –Granger explicou com calma, apesar de estar muito apreensiva –Ela poderá ver o que a Ginny vê, talvez assim possamos identificar onde ela está presa...
-MUITO BOA idéia... Mas... Você pode fazer isso??? –Weasley falou.
-Posso.
-Acies, é muito arriscado! Se ela estiver muito longe você pode se perder... Os escudeiros de você sabe quem podem descobrir que você está lá, eles devem ter alguém com poderes similares ao seu... Aurinko, Aurinko, como você disse, ele tem esse poder!!! E... Acies, não...
-É o único modo...
-Acy... Eu não quero que você faça isso!
-Draco, não há problema. Acredite em mim...
-O que pode dar errado???
-Potter, se eu transformar os riscos em tópicos desistirei de fazer qualquer coisa... ... Há algumas coisas que podem acontecer... Nada muito sério...
-Sua mente pode se perder de seu corpo, se você ficar por muito tempo longe. Quando isso acontece o corpo fica como um zumbi, até apodrecer... Sem alma! –Granger disse com um ar sombrio. –Se alguém sentir a presença dela podem invadir a mente de Ginny e acabar com ela lá, pois estará mais enfraquecida sem seu corpo, e então o pior acontece...
-JÁ ESTÁ BOM, Granger... –será que ela não havia percebido o quão desagradável estava sendo?
-Precisarei de algumas ervas para fazer uma infusão e um pertence de Virgínia... Sobre isso não se preocupem, falarei com Fred e ele me trará tudo o que for necessário, principalmente porque a maioria do que preciso é ilegal... –ela falou tranqüilamente. –Obviamente, se decidirmos por essa saída...
-Visio Adnexus é ilegal... Magia negra...
-Grande besteira Potter! Magia negra??? Dizem isso porque poucos podem fazer... Mas sim, é um processo ilegal... Tão ilegal quanto seqüestro.
-Eu concordo com ela! Danem-se as leis!!! Porcaria, levaram minha irmã, aposto que nenhum auror vai encontrá-la!!! Agora, quebrar regras certamente não vai nos impedir!!! – "Não esperava tanta coragem vinda do cabeça de cenoura...".
-Certo! EU QUERO SABER O QUE VÃO FAZER COM A MINHA FILHA...
-Algum rito será necessário... Um ritual de magia... Talvez encontremos alguma informação sobre isso na biblioteca.
-Já procuramos, Potter. Procuramos até na seção restrita, mas nada pudemos encontrar. Eu já esperava... Dumbledore não manteria livros de magia negra na biblioteca de Hogwarts. –Draco falou -Mas eu sei exatamente onde poderemos encontrar todas as informações que procuramos...
-E???
-Weasley, na biblioteca particular de Lucius Malfoy.
-Mas e sua mãe? –Acies lembrou
-Ela será um problema... Se bem que minha casa é tão enorme que seria fácil entrar sem que ela soubesse...
-Mas os elfos estão por toda parte e a avisarão caso você chegue...
-Elfos são um conforto, mas quando se tem mais de duzentos, passam a ser um tormento! –percebeu que os outros a sua volta se assustaram com o número. "Weasley não deve ter nem mesmo uma vassoura... Pobre!".
-Draco, podemos procurar algo em minha casa, meu pai nunca saberia que estivemos lá, ele não fala com elfos. Não sei se encontraremos alguma coisa, os livros ficam em seu escritório na Irlanda, mesmo assim...
-E sua mãe...? Ela vai ficar sabendo...
-Hermione, eu não tenho mãe...
O local se calou, Granger ficou muito vermelha e sem qualquer resposta. "Quem fala demais acaba falando besteira!!!".
-Não tem problema... Nunca conheci minha mãe... Não a perdi, simplesmente nunca a tive!
-Então, Malfoy e Acies estão responsáveis pelas informações sobre o ritual. Essas informações serão o ponto de partida... É muito importante que vocês consigam alguma coisa...! –eles sabiam perfeitamente que precisavam descobrir algo, não era necessário avisá-los.
-Mas... Como é que vocês vão??? –Weasley perguntou
-Vassouras... Precário, mas viajar pelo Floo está impossível... –Acies já tinha preparado tudo. –Vamos amanhã à noite... Provavelmente não voltaremos para as aulas, espalhem algum boato sobre estarmos doentes... Qualquer coisa...
-NÃO INVENTEM DOENÇAS NOJENTAS!!!
-Pode deixar, Malfoy... Pensei em dizer que você havia virado um furão novamente...
-GRANGER... NÃO BRINQUE COM ISSO!!!
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Abriu os olhos com imensa dificuldade, sua cabeça doía muito e sentia-se completamente tonta. Estava deitada, a cama era enorme e muito confortável; os lençóis de cetim tinham uma temperatura agradável. Nada conseguia ver, o local era escuro. Levantou-se lentamente e sentiu um terrível enjôo, lembrou-se do que fazia antes de se entender naquele lugar.
Olhava as estrelas, mostrava a constelação do Dragão para sua criança. O céu estava lindo, as estrelas brilhavam, a brisa gelada era extremamente agradável. Tudo corria normalmente até que encontrou Aurinko. "Traidor... Traidor...".
"Onde estou? Para onde ele me trouxe? Por que?". Foi tomada por um pânico súbito e ouviu-se chorar alto.
Duas tochas mágicas se ascenderam e conseguiu identificar uma bela porta de mogno, brilhante. Seu sangue gelou, encolheu-se entre muitos travesseiros enquanto via a placa grossa de madeira se mover lentamente. "Não...".
Uma pessoa alta adentrou o quarto, vestia-se de negro, uma capa cobria sua cabeça, fazendo da visão ainda mais tenebrosa.
-Vejo que acordou... –uma voz grave lhe falou, uma voz que se assemelhava a de Draco.
Nada conseguiu responder, estava completamente paralisada pelo medo, e a criatura em sua frente parecia adorar saber disso.
-Não tenha medo... Estará segura e será bem tratada... Pelo menos até que sua criança nasça...
-Você não vai tocar no meu filho... –encheu-se de coragem e disse fria e ameaçadoramente.
-Amor maternal... Sinto lágrimas em meus olhos... –o homem debochou.
Ginny estava muito tonta e o seu estômago parecia ainda mais vivo, fazendo com que se encostasse à cabeceira de madeira negra com a mão na testa.
-Queremos que sua estadia seja o mais prazerosa possível... –ele mostrou um frasco com um líquido muito amarelo, que quase brilhava.
-O que é isso?
-Cura para seu enjôo...
Sentiu-se tentada a aceitar, mas não confiaria em alguém que não mostrava o próprio rosto. E se aquilo fosse um veneno? Algo para matá-la, ou para matar seu filho? Nunca tomaria aquela poção.
-Não... Estou... Bem... –falou após soluçar.
-Pegue criança... Vai ser melhor para você... Para nós também, limpar vômito não é algo agradável... Mesmo usando magia...
Viu quando o homem retirou seu capuz negro. Era extremamente bonito; seus cabelos loiros caíam pelas costas e seus olhos cinzentos mostravam que nada sentia. Lucius Malfoy. "Draco, você se parece com seu pai...". Ginny logo imaginou se ele sabia que aquela criança seria seu neto. "Mas... Por que querem meu filho?".
Pegou lentamente o frasco e tomou todo seu conteúdo. Sentiu-se gelar por dentro, mas em segundos a péssima sensação passou.
-O que querem comigo? O que querem com meu filho? –perguntou. Ainda estranhava se imaginar mãe.
-Você não sabe? Pensei que soubesse... Deveria saber... Sua criança é muito importante, importantíssima! Potter, quem diria... Sabia de tudo e mesmo assim... Hormônios adolescentes... –ele deu uma risada atormentadora.
"A Profecia... Meu filho... Mas... O filho é do Draco". Estaria Voldemort enganado? Ou seria Draco o portador do poder da serpente? Nunca imaginara que aquilo poderia acontecer, mas... O que farão ao descobrirem que seu filho não é filho de Harry? Ela olhava para Lucius Malfoy com um olhar enigmático, gostaria realmente de saber o que aconteceria se ele descobrisse que ela esperava um filho do seu próprio.
-Por que me olha assim? Não minta...
O melhor a fazer era afirmar que o filho era realmente de Harry, ou se não a matariam naquele exato momento. Mas não custava nada tentar descobrir mais alguma coisa. Pensavam que ela era a mãe do Talismã, do ser humano capaz de dar poder infinito ao mal, ela tinha algo que eles queriam, e muito.
-Como têm tanta certeza de que meu filho é o Talismã que tanto desejam?
-Hum... Então decidiu falar... Era bem mais quieta na última vez em que nos encontramos. –aquela frase lhe trouxe as piores lembranças.
Só agora percebera que vestia uma bela camisola de seda, também negra. "Quem me vestiu?". Pensou preocupada.
-Nós sabemos... Temos certeza, somente isso... É o bastante! –o homem se virou, mas antes de deixar seu quarto disse mais algumas palavras: -Todas as manhãs elfos lhe trarão uma roupa, e lhe prepararão para um possível encontro com o Lorde. Aceite os cuidados das pequenas criaturas e nem pense em conversar com eles, sobre o que for... Estão expressamente proibidos de falar, se forçá-los será responsável por sua morte!
A porta se fechou fazendo um enorme ruído. Ginny estava atordoada, ficaria trancada naquele lugar por quanto tempo? Não agüentaria muito, nada havia para se fazer, não havia janelas, as paredes e também o chão eram de pedra. As tochas eram a única fonte de luz e o ambiente se mantinha na penumbra. "Esse lugar é doente...".
Ouviu batidas leves na madeira –Sim... –falou com medo estampado em sua voz.
Quatro pequenos elfos entraram no quarto, abrindo a porta com enorme dificuldade. Olhavam para o chão. Ajudaram-na a se levantar da cama e logo tiraram a camisola que vestia. Os quatro pequenos pulavam de um lado para o outro e em poucos minutos sentiu-se vestida.
Andou lentamente até um belo espelho encostado a um dos cantos do grande quarto. O vestido era longo, arrastava-se pelo chão, negro, como tudo que havia naquele lugar. Não possuía alças e deixou todo o seu colo nu, o caimento era perfeito, certamente a peça mais linda que uma vez vestira. "Não pense nisso... Nada que vem dessa criatura pode ser belo...".
Os elfos deixaram o quarto e logo mais dois entraram, um deles trazia uma bela caixa de veludo, obviamente negra. Ao abri-la Ginny pulou de susto. Um colar de brilhantes gigantesco foi colocado ao redor de seu pescoço, brilhava tanto que nem os pequenos conseguiam olhá-lo por muito tempo. A jóia era pesada, parecia lhe puxar em direção ao chão.
Rapidamente as criaturas alisaram seu longo cabelo, colocaram uma tiara de ouro branco que combinava com o que usava no pescoço. Fizeram uma maquiagem pesadíssima, algo que nunca usaria. Seus olhos ficaram enormes, com o contorno muito preto lembrando a maquiagem egípcia. Sabia-se linda, como nunca antes parecera, mas por que queria estar linda? Por que, se ninguém a veria?
Sentada na cama notou algo estranho em seu pulso. Uma marca avermelhada que tinha o contorno perfeito de um sol, com alguns raios mais longos que os outros. O desenho era belo, mas esquisito, não sabia desde quando aquilo estava ali, sempre usava agasalhos de mangas compridas, pouco via seu próprio pulso.
A porta voltou a se abrir. Um homem alto, muito branco apareceu. Não foi difícil reconhecê-lo, trajava roupas negras, mas não capas como Malfoy. Era também extremamente belo; os cabelos castanhos muito lisos e os enormes olhos escuros brilhavam. "Augustus Jones...". Acies era uma cópia de seu pai na versão feminina.
O grande homem bateu palmas e o teto, antes de pedra, tornou-se de um azul intrigante, parecia o céu, sentia-se como se estivesse a olhar para as nuvens, pôde até sentir uma leve brisa.
-Essa penumbra não é saudável... –ele disse sorrindo. Não parecia tão cruel como Malfoy, ao contrário, parecia bom demais para ser um dos seguidores de Voldemort. –Está bem? Seja sincera... Hoje mesmo sairá para um rápido passeio... A paisagem nesse local é deslumbrante...
-Onde estou?
-Menina... É muito ingênua se pensa que lhe direi... Mas saiba, espantar tantos turistas não foi fácil, pelo contrário...
-Turistas?
-Sim... Muggles e feiticeiros... Pensei em assombrar o local, seria efetivo, mas Lucius... Lucius preferiu causar acidentes àqueles que vinham! Eu não tentaria chegar aqui, nem a pé... Provavelmente uma árvore cairá em sua cabeça... –ele disse em um tom severo. "Lucius é cruel...".
Não tinha qualquer opinião sobre Jones, ele não parecia ser mau, ou cruel, era tão diferente de Lucius Malfoy. Sua voz era terna e não fria, seus olhos possuíam sentimentos. Ele parecia humano.
-Acho que não conseguirei ficar fazendo nada por muito tempo... –ela disse um pouco mais segura.
-Comporte-se bem e logo terá mais o que fazer... Antes de deixá-la devo admitir, está muito bela.
Corou violentamente, não estava preparada para ouvir aquelas palavras, principalmente vindas de Augustus Jones.Viu-o observá-la como se olhasse para uma criança assustada.
A porta se fechou.
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Pessoal, eu queria perguntar algo... Essa fic vai ter pouco romance, vai ser algo mais, Ginny lá e Draco aqui. Eu estou pensando em encontrar um modo de fazer mais ação entre eles, o que vocês acham??? VOCÊS VÃO ODIAR MUITO SE NÃO TIVER TANTO QUANTO NA OUTRA??? BEIJ'ES!!!! REVIEWS...
VALEUZÃO: (Minha parte favorita da fic... Obrigada mesmo!!!)
Mione Lupin: Eu adoro os Weasley, sofreria muito os matando... Mas nunca se sabe, nossa grande "ídala" já disse, temos que ser cruel às vezes... Obrigada pela mensagem, continue acompanhando a fic e me mandando seus comentários!!!! Beijões...
Kika Felton: Obrigada pela mensagem, espero que essa fic fique bem melhor que a outra, e que vocês gostem mais dela... Beijões...
B.K. Malfoy: A ação está preste a começar, mas antes da ação teremos alguns planos, espere que goste! Continue acompanhando a fic!!! Beijões...
Raisa Melyana: Adorei sua mensagem! E agora, o que achou de quem está tomando conta da Ginny??? Beijões...
Lú: Adorei sua mensagem, e como te disse, fiquei hiper feliz com seus elogios, espero não tê-la decepcionado com esse capítulo, o que achou??? Beijões...
Flávia: Olá de novo!!! Que bom que voltou!!! Fico feliz em saber que gostou... O que achou do modo como a Ginny está sendo cuidada??? Os mistérios são especialmente criados para você!!!! Beijões...
Marianinha: Obrigada pela lindinha!!! Fiquei feliz! Espero que tenha gostado desse capítulo também!!! Beijões...
Lilian: Obrigada pela sua mensagem, é bom saber que está gostando... Espero que continue!!! O que achou desse capítulo??? Beijões...
Cila: Obrigada por sua review... Fico feliz em saber que está gostando, espero que tenha gostado desse capítulo também! Me conte! Depois me passa direitinho o nome da sua fic para eu falar dela aqui no Clã... Beijões...
Rute Riddle: Obrigada por seus elogios... Fico MUITO feliz em saber que você está gostando da minha fic! Continue acompanhando... Beijões...
Lindjinha: Adorei sua review... Obrigada!!! Vamos montar uma outra fic... Podemos pensar em um título: Mágoas sem Fim... Acho que vai ser "um pouco muito", não é??? Estou ansiosa pela atualização da sua fic, você, criadora do AAA deveria seguir suas regras, ao invés de matar as leitoras de curiosidade!!! Brincadeirinha! Como autora sei que às vezes fica impossível atualizar... :-) Beijões...
Fefs Malfoy: Obrigada por sua mensagem, e que a inspiração me acompanhe, definitivamente!!! Quanto aos comentários, por mim tanto faz, o pessoal prefere reviews porque é mais fácil, é só apertar o botão após ler o capítulo... Beijões
