Capítulo 6: Desespero, Tristeza e Esperança

Estava muito nervoso, pois não sabia como tudo procederia, na verdade nem ao menos sabia o que aconteceria. Acies sempre desejara o fazer, porém por brincadeira, com o intuito de testar a si mesma, de descobrir seus limites. Agora a situação era o inverso, não mais havia espaço para brincadeiras ou provações.

As ervas estavam todas enroladas em lençóis velhos, colocadas no lado esquerdo da sala empoeirada, perto de um monte de panelas de ferro. Não reconheceu qualquer das plantas que via, eram sementes e folhas que em toda a sua vida nunca antes havia visto e por saber que aquela seria uma de suas únicas chances se aproximou.

-Pronto! –Fred apareceu com um ramalhete de flores vermelhas nas mãos. –Tudo aqui... Acy, devo confessar, conseguir isso foi bem difícil! Mas... Apesar de tudo estou muito orgulhoso de você... Imagine, há plantas aqui que me mandariam para Askaban, em regime de prisão perpétua!!! –o garoto sorriu apertando seus olhos verdes.

-Eu te salvaria... Não ficaria lá nem por uma hora...

-Tenho certeza disso!!!

O relacionamento dos dois era bem peculiar, Draco sempre os avaliara como um casal explosivo, ou melhor, perigoso. "Muito perigoso...".

-O que são??? –Draco perguntou, temendo a resposta.

-Alucinógenos... –Fred respondeu tentando arrancar a casca de um enorme feijão cor de violeta. –Alucinógenos poderosos... Mas somente quando ingeridos. A fumaça que sai da queima dos pequenos pedaços aguça os sentidos, e é algo muito bom para diversas atividades... –ele olhou marotamente para a menina sentada ao seu lado.

-E você vai tomar isso, Acies?

-Não Draco... Não exatamente, eu mergulharei em uma infusão...

-Ah... Você vai mergulhar nessa coisa... –ele disse com uma de suas sobrancelhas levantadas. -Tem certeza que quer fazer isso?

-Tenho... É nossa única chance! Não vamos encontrar qualquer informação que seja sobre os Pontos de Luz...! Mas... Apesar de saber que é o único modo, tenho medo...

-Eu sei... Acies, não precisa fazer isso. Podemos encontrar outro modo! Eu sei...

-Não há outro modo... –ela disse serenamente e sorriu para ele. –Tudo vai dar certo... Tudo! –ao olhar nos olhos da garota teve certeza de que o que ela falava era verdade.

As aulas do dia foram enfadonhas, não estava disposto a pensar ou treinar encantamentos. Os N.E.W.T.s eram, naquele momento, a coisa menos importante em sua vida.

Mantivera seu coração cheio de esperança desde o começo, acreditara piamente que tudo correria bem e que, apesar das diversas dificuldades, no final reencontraria Virginia, sua filha, e finalmente teria uma vida em paz. Entretanto, nos últimos dias sua consciência forçava-o incessantemente a pensar que as chances de conseguir o que pensava eram ínfimas.

Sempre que tal vinha à sua mente era tomado por uma dor tão aguda que preferia parar de respirar a sentir seu peito latejar; era como se pudesse marcar cada batida de seu coração e temer que ele se recusasse a continuar e parasse de bater.

Por mais que tentasse espantá-los, tais pensamentos insistiam em não deixar sua cabeça e o assombravam durante dia e noite.

Acies e Fred dormiram na Cabana, ou melhor, não dormiram, pois passaram todo o tempo preparando as ervas e fervendo as infusões, tanto que na manhã seguinte ao chegar no local encontrou-os desmaiados no chão, um sobre o outro, manchados de vermelho entre várias panelas.

-Ai... Minhas costas... –o ruivo se mexeu ao notar sua presença. –Eu preciso de uma cama... Urgentemente!!! –ele segurou Acies em seus braços e beijou sua testa ao percebê-la acordada.

-Bom dia! –ela sorriu. –AH! Oi Draco...

-Oi Acy... Pelo visto trabalharam muito

-Por uma boa... "tima causa...

-Bom dia! Bom dia!!! –Granger apareceu animada. –Vejo que tudo está pronto!!!

-Sim Senhora! –Fred bateu continência.

-A jóia? –a garota perguntou

-Não consegui achar... Procurei por toda a casa, por todo o quarto dela, mas não consegui encontrar! Ela sempre teve essa mania de esconder as coisas!

-Também, com esse monte de irmãos, o que você esperava??? –Acies entrou na conversa

-Use isso... É a coisa mais pessoal que uma pessoa pode ter... –a sabe tudo tirou o pequeno caderno de seu bolso.

Draco pegou o diário e observou-o com carinho. Pensava em como algo tão pequeno podia ter afetado tanto duas vidas; aquele pequeno bloco com capa de couro velho mudara toda a sua vida, e também a dela.

Foi impossível não lembrar dos vários momentos que passaram juntos, as memórias tomaram todos os seus pensamentos assim que tocou o diário, pôde enxergá-la e até mesmo ouvir sua voz. Suspirou, piscou os olhos com força e passou o caderno para Acies.

-Malfoy, tudo vai ficar bem... –Granger disse carinhosamente, tocando-lhe o ombro de modo amistoso.

-Espero que sim... Eu sei que sim... –ele se corrigiu e sorriu com dificuldade.

-Só precisamos que a infusão apure... Logo estará pronta! –Acies falou se espreguiçando.

-Apurar??? Apurar??? –ele se desesperou. "Quanto isso vai demorar???".

-Draco, são só dois dias... E você, melhor do que ninguém, deveria saber que toda poção precisa apurar...

-Dois dias... Dois dias...

Aquelas foram as mais longas quarenta e oito horas de toda a sua vida, os minutos se recusavam a passar e os relógios pareciam sempre atrasados. Não freqüentada qualquer aula, dera-se o direito de esquecer tudo o que não lhe interessava, tudo aquilo que não era importante.

O momento havia chegado, e ele estava muito nervoso. Há quatro dias Acies não deixava a Cabana, e passara lá os dois últimos dias, completamente só, sem comida ou água.

Entraram em grupo, seguiu Potter, Granger e Weasley. Fred e George esperavam por eles na entrada, os dois mais velhos não estavam lá.

A garota abriu a porta lentamente, vestia uma camisola branca e parecia ter perdido todos os sentidos.

Não reconheceu o local, que estava completamente branco, sem qualquer vestígio de poeira, o espelho velho refletia tudo com perfeição e o teto estava cheio de figuras douradas, como aquelas que ela tinha em seu quarto. No centro do local uma enorme tigela de vidro cheia da infusão vermelha, cinco pedras brancas formavam um círculo à volta da pequena banheira.

-Uma pedra para cada... –ela disse.

A fumaça que tomava o local cheirava doce e era quente.

Sentou-se logo atrás de uma das pedras brancas, ao lado de Granger, que estava sentada ao lado de Potter, um dos gêmeos, Weasley e o outro, que ficara ao seu lado direito.

Acies falava umas palavras engraçadas, em um idioma que ele não conseguia entender. Aos poucos notava que o cheiro parecia mais forte, o chão mais duro, a pedra mais áspera, a cada vez que inspirava sentia o ar passar pelo seu corpo e ao espirar podia contar com facilidade as batidas de seu coração. "Aguça os sentidos..." –lembrou-se das palavras de Fred.

A garota continuava murmurando palavras estranhas, e lentamente adentrou a grande redoma de vidro. O diário estava no fundo, fazendo com que ele temesse perdê-lo, era uma das coisas que mais significado tinham em sua vida.

Sentia-se a cada segundo mais embriagado em meio aquela fumaça, perdia lentamente toda sua consciência e era levado somente por sensações, pelo cheiro do ar que respirava, pelas batidas suaves de seu coração, pela voz grave que agora cantava...

Ariadiamus late ariadiamus da
ari a natus late adua
A-ra-va-re tu-e va-te
a-ra-va-re tu-e va-te
a-ra-va-re tu-e va-te la-te-a
Ariadiamus late ariadiamus da
ari a natus late adua

Aquela melodia nada representava para ele, na verdade as palavras lhe eram completamente indecifráveis, porém sentia algo estranho ao ouvi-las, sentia-se mais forte, poderoso.

Um forte vento tomou o local, fazendo com que as cortinas voassem, assim como seu cabelo. Olhando para Acies, que ficara de costas para ele notou que tal vento parecia emanar dela. Repentinamente os longos cabelos castanhos mudaram de cor e brilharam vermelhos, assim como os de Virgínia.

A garota olhava para todos os lados, como se procurando por alguma coisa e foi quando parou estática, observando uma das paredes.

-Bom dia... –ela disse tremendo

-Bem... Bem... –ela estava respondendo perguntas. "Quem será...???". Ele temia pelo que poderia acontecer se descobrissem o que estava acontecendo.

Novamente ela virava a cabeça para todos os lados, mexia os braços como se tocasse algo. Respirou fundo, parecia aspirar o ar à procura de qualquer indício.

O vento parou de zunir, os cabelos vermelhos voltaram a ser castanhos, a fumaça sumiu e pôde recobrar a consciência de modo súbito. Acies chorava com o diário em suas mãos, o caderno estava magicamente seco, intacto.

-Não... Não...

-Acy... Você está bem??? –Fred a segurava

-Não... Não...

-O que? O que você viu??? –ele perguntou

-Mata... Verde... Calor... Ela está longe...

-Mas onde???

-Eu não sei Draco... Eu não sei! Não sei!!!

-DROGA... DROGA! Por que??? Acies... Tudo isso, para nada???

Só percebeu o quão grosseiro havia sido após ver Acies cair ajoelhada no chão chorando com as mãos cobrindo o rosto.

-Me desculpe... Me desculpe... –ela chegava a implorar.

-Acies... Eu... Eu... Não... Queria dizer isso... Ou melhor... Aquilo... É só...

-CAI FORA! AGORA! SUMA DA MINHA FRENTE ANTES QUE EU QUEBRE A SUA CARA!!! –Fred disse, com os braços ao redor da menina.

Ele deixou o local andando lentamente, e foi quando ouviu Granger lhe falar.

-Malfoy, entendo o que você está sentindo...

-Granger, definitivamente esse não é o momento!

-Cala a boca! Você vai, sim, ouvir tudo que eu tenho a lhe dizer... Todos aqui, todos nós queremos que a Ginny volte! Todos nós iríamos até o inferno se assim fosse necessário... Tanto quanto para você, ela significa muito para nós... Muito! Agora, eu também sei que Acies é sua melhor... Ou, única amiga, e o que você fez é imperdoável...

-Eu sei, Granger... Eu sei!

-Entretanto essa palavra não existe entre amigos de verdade...

A garota continuou o caminho e deixou-o pensando em suas palavras, que foram sábias. Teria que conversar com Acies no dia seguinte, muitas outras coisas poderiam ser feitas, Ginny ainda seria encontrada.

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Acordou sentada em uma poltrona no quarto, sentia-se estranha, havia perdido os sentidos por um longo tempo e não se lembrava de qualquer coisa que havia feito durante à tarde. "É efeito dessa prisão nojenta!", pensou e logo viu os pequenos adentrarem o cômodo.

Era a primeira vez que saía à noite, não sabia exatamente o porquê, mas naquele dia estava mais chique do que em qualquer outro.

Os elfos a vestiram em um belo e longo vestido negro rendado, no pulso direito um lindo bracelete de prata cravejado de pedras verdes que formavam diversos desenhos de serpentes. O sapato de verniz brilhava assim como seu cabelo cheio de cachos.

"O que vai acontecer hoje à noite? Tenho até medo de pensar...".

Assim que seus olhos caíram novamente sobre a bela pulseira Draco lhe veio á mente, lembrou-se da jóia que lhe dera. Sentia muita falta do pai de seu filho, sentia falta do toque das mãos geladas, ou dos lábios secos, precisava dos braços fortes, nos quais se sentia segura. Precisava tê-lo ao seu lado, e precisava ainda mais saber se ele sentia o mesmo.

Ouviu o som da pesada porta se abrindo, mas ao olhar viu-a fechada. Demorou algum tempo para notar que outra abertura acabara de aparecer na parede, uma larga fenda guardada por alguém que nunca vira.

-Venha... –ele disse.

Seguiu-o cautelosamente por um corredor fechado, mas logo continuou por algo que parecia uma ponte de pedra que a levaria a outra câmara. O homem era também muito belo, "São todos lindos...", alto, forte, os olhos verdes se destacavam na pele muito negra, assim como os belos dentes que brilhavam de tão brancos.

Passou pela outra câmara iluminada por tochas de fogo azulado, essa era maior que a anterior e só após alguns minutos chegou a uma varanda circular, o chão e o balaústre eram da mesma pedra azulada de seu quarto e das paredes da construção central, fazendo o local parecer uma extensão da pirâmide principal. De algum modo Ginny sabia que aquela plataforma fora magicamente posta lá.

O comensal deixou o local, e assim que se sentiu plenamente só andou até o parapeito. Apesar de estar no alto não conseguia identificar o fim daquela floresta que emanava tantos sons, tanta vida, mas que ao mesmo tempo parecia tão estática.

Nunca tivera tão incrível visão, o céu estava completamente negro, não havia nem sinal de nuvens. As estrelas brilhavam e pareciam querer competir com a luz amarelada da enorme lua. Fechou os olhos e sua face foi tocada pela brisa morna que fez as árvores se moverem. Sentindo o vento quente beijar seu rosto e ouvindo os murmúrios da mata soube que a maior mágica do universo era aquela da natureza, tão sobriamente perfeita, que a embriagava em sua beleza.

"Draco... Draco..." –ela o chamou em pensamentos. "Essa visão é tão bela, mas tão vazia... Genuinamente perfeita seria se você estivesse aqui comigo... Ou melhor... Com a gente...".

-Onde você está???

Afogava-se em pensamentos desesperados, que fizeram lágrimas rolarem por sua face. Sentia falta de Draco, de sua família, sabia que estava muito longe de seu lar e que provavelmente não voltaria a vê-lo. "A Toca... Apesar de tudo fui muito feliz lá... Meus irmãos, são tantos... Sentirei falta de vocês também. Infelizmente não pude dizer tudo o que devia... Minha mãe, me irritou tanto que nem ao menos disse que a amo...".

Conseguia ver em meio à escuridão sua casa, as cortinas brancas das janelas se movendo com o vendo. Via seus irmãos brigando por uma vassoura no quintal, enquanto sua mãe chamava-os para jantar... Viu belos olhos cinzentos, e um sorriso enorme e sarcástico, mas tão verdadeiro, pôde até ouvir a voz grave lhe falar.

-Boa noite...

Era ele. Agora entendia a razão pela qual estava tão arrumada; aquele seria seu primeiro encontro oficial com Voldemort, ou melhor, Tom Riddle.

Virou-se lentamente, ainda temendo o que poderia ver, entretanto aquele que estava no lado oposto a ela era o mesmo garoto, de no máximo dezoito anos, moreno com belíssimos olhos cor de mel.

-Boa noite... –ele repetiu

-Boa noite... –foi o que conseguiu responder

-Vejo que gostaste desse local. Tens razão para tal, nenhuma vista me deslumbra como essa... Descobri esse lugar há alguns anos, é muito poderoso, podes sentir o poder? Parece vir da terra...

-O lugar é lindo.

Riddle pegou sua varinha e secou suas lágrimas, refazendo a maquiagem levemente borrada.

-Agora estás perfeita...

-Por que me elogia???

-Não devias considerar minhas palavras elogios, somente faço uma constatação da mais pura verdade.

-Por que não pára de me elogiar?

-O que desejas? Preferirias que lhe dissesse o que?

-Preferiria que me deixasse em paz... Desde que conheci você minha vida nunca mais foi a mesma! NUNCA! Porque você entra em meus sonhos mesmo quando estou acordada, você parece controlar minhas ações e sempre que acho que finalmente não mais me atormentará... PRONTO! LÁ ESTÃO SEUS OLHOS DE SERPENTE... LÁ ESTÁ VOCÊ!

-Não chores mais... Não chores... Conversemos sobre assuntos mais agradáveis... Jantemos...

Uma bela mesa de madeira avermelhada apareceu coberta por uma toalha muito branca com bordados dourados. Os pratos pareciam de porcelana e os talheres de prata eram pesados.

-Não lembrava de seres assim...

-Assim como???

-Audaciosa... Tu és audaciosa... Respondes a tudo e a todos, era tão quieta... Eras diferente...

-As pessoas mudam...

-Por que mudaste tanto???

-Não sei...

-Sabes! Sei que sabes... Talvez eu tenha feito a pergunta errada... Talvez devesse perguntar quem te mudou tanto...

-Mesmo que soubesse não lhe responderia! –ela tremeu ao pensar no que aconteceria se ele descobrisse que aquela criança não era filha de Harry, mas sim de Draco. Permaneceu em silêncio.

-Gostas de tudo isso?

-Não tenho fome... Não quero jantar...

-Come!

-Não...

-Agora! É uma ordem... Come!

Comeu um pouco do que estava no prato, o homem a irritava muito pois não tirava os olhos dela.

-Pare de me olhar...

-És bela como a noite, misteriosa como a escuridão, tua pele brilha como as estrelas e teus cabelos são minha sina. Eras fraca quando te conheci, eras fraca quando te escolhi, porem te transformastes em uma fortaleza, me intrigando ainda mais. O poder que tu guardas é maior do que penso e isso aguça meus sentidos.

-O que significa tudo isso??? O que significam todas essas besteiras que acabou de dizer?

-Tentei... Tentei... Tentei ser o melhor contigo, mas não aceitaste...

-O que quer dizer? Louco...

Ele nada respondeu, comeu o que tinha no prato e ao final voltou a observá-la com enorme cautela. Aqueles olhos pareciam acuá-la, eram poderosos o bastante para ler sua mente.

-Não chores menina...

-Como quer que eu não chore? Pare de me pedir isso... PARE! EU NÃO AGÜENTO MAIS FICAR AQUI... NÃO VOU AGÜENTAR POR MUITO MAIS TEMPO, NÃO! NÃO VOU... QUERO MINHA FAMÍLIA DE VOLTA... O que acha que eu sinto quando penso que nunca mais vou voltar para a minha casa, ou ver meus amigos... Na verdade sei que nunca poderei ver meu próprio filho! MEU FILHO! MEU FILHO... Vão matar a mim e a ele, vão nos matar por um poder inútil!!!!

-Não digas isso... Nada sabes sobre o poder que tua criança atrai...

-Posso voltar para o quarto???

Riddle disse algumas palavras de um modo muito estranho, tornando seu entendimento impossível.

Poucos segundos após,uma enorme serpente de olhos vermelhos apareceu assustando-a.

-Não temas... Ela te levará de volta...

O homem sumiu nas sombras e a serpente a olhou como se esperasse por algum movimento. Ginny se apavorou ao perceber que toda a plataforma sumia aos poucos, e assim que ela começou a andar o chão que deixava para trás desaparecia.

Aquele estranho animal a liderou pelo mesmo caminho que fizera até a grande varanda. Chegou ao seu quarto e a porta logo desapareceu, fundindo-se à parede. Há muito tempo não utilizava a porta principal, não entendia o porquê.

Diferentemente do que vira, o céu em seu quarto se assemelhava muito àquele de Hogwarts, cheio de nuvens e tomado por uma coloração cinzenta. A brisa também era gelada, fazendo-a tremer e se enrolar confortavelmente na colcha negra.

O frio e a escuridão trouxeram diversas memórias a seus pensamentos, lembranças dos locais e das pessoas que amava. Pensando em todos eles, principalmente em Draco, dormiu, desejando acordar em algum lugar bem longe dali.

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Gostaram??? Espero que sim, me contem o que vocês acharam!!! Reviews...

A música cantada por Acies o é, na realidade, por Enya, Adiemus...

VALEUZÃO (adorei as reviews... Muito obrigada mesmo!!!)

Kika Felton: Fico MUITO feliz em saber que gosta do modo como escrevo... É bom saber que está gostando... O que achou desse capítulo??? Beijões...

Rute Riddle: Amei sua review... Que bom que gostou do capítulo anterior, mas espero que esse capítulo tenha mudado sua opinião quanto ao qual é o seu favorito!!!! Brincadeira... Muito obrigada, mesmo... Beijões...

Cila: Acho que não mereço seus elogios... Muito obrigada pela linda review... Logo vou ler a sua... Beijões...

Fefs Malfoy: Que coisa é essa de desistir??? Na boa, acho que não deve desistir, só tomar coragem e postar logo sua fic do modo como ela está! Muito boa! Valeu por seus elogios é muito bom saber que está gostando!!! Veja, o meu e-mail e o seu não são compatíveis, porque eu não consigo te mandar resposta! Caramba... O que será que acontece??? Gostou desse capítulo??? Beijões...

Juliana: Muito obrigada pelos elogios, é bom saber que está gostando... Espero que tenha gostado desse capítulo também! O que achou??? Beijões... (Desculpe-me por não te mandar resposta pessoal, é que o seu e-mail não veio na review, na próxima é só preencher aquele campo para o endereço de e-mail!)

LinDjinha: Obrigada pela review!!! Estou adorando a sua fic, mas está ficando triste... AH!!! Buá... Mas tá hiper legal... Eu já revisei??? Espero que a Profecia tenha te inspirado... O que achou desse capítulo! Beijões... (Me mande seu endereço de e-mail, porque eu estou tendo dificuldades com meu e-mail! É que eu entendo TUDO de informática... Para você ter uma idéia ainda não aprendi a centralizar!!!! Hehehe...)

Sarah Brington: Nossa, muito obrigada! Já te disse que não sei como agradecer e espero não ter te decepcionado nesse capítulo!!! O que achou??? Beijões...

BK Malfoy: Obrigada pela review, é muito legal saber que está gostando!!! Já te disse que o autoritarismo da Ginny tem uma razão, mas não posso contar, se não vou estragar a surpresa...

Nacilme: Obrigada pela review, o problema com os acentos foi aquilo que eu te expliquei, espero que logo eles dêem uma arrumada nisso! Adorei saber que está gostando, o que achou desse capítulo??? Beijões...