Capítulo 7:Finalmente!

Muito tempo se passou desde o dia em que tentaram pela última vez localizar Virgínia. Foram três longos meses durante os quais Draco descobriu algumas coisas que provavelmente já sabia, porém nunca antes lhes dera importância.

O amor existia, não poderia afirmar com certeza se era eterno, mas estava certo de que era intenso e impossível de se esquecer enquanto vivo; amigos, como Granger lhe dissera, não conhecem a palavra imperdoável, e muito menos o impossível.

Acies não o culpara por suas palavras grosseiras, na verdade passara todo o tempo tomando para si o ônus de criar e frustrar a esperança do todos.

-Desapontei a mim mesma, assim como aos outros... Não foi o único. Tanto que disse, tanto que insisti, tanto que fiz... Tanto para tão pouco!

-Não diga isso!

-Mas é a verdade... A verdade nem sempre é agradável... O que podemos fazer? Nada além de aceitá-la...

-Mesmo assim... Mesmo assim não tinha o direito...

-Esquece, pois eu nem ao menos me lembrei...

Era muito cedo quando acordou. A manhã era fria, porém o céu claro indicava que a temperatura aumentaria de acordo com o nascer do sol. Os vidros das janelas estavam embaçados, impedindo a vista dos campos. Com sua capa retirou a camada molhada e admirou a estática natureza, que só parecia viva pelo movimento singelo da enorme lula nas águas do lago.

Descia os últimos degraus da escada quando viu Acies se aproximando, escondida atrás de uma pilha de uns cinco ou seis livros. Todos os dias ela aparecia com novos títulos e autores, obras nas quais estava certa de encontrar informações que pudessem lhes ajudar a encontrar Virgínia.

Aquela bela menina lhe mostrava agora o sentido da amizade, lhe mostrava que amigo de verdade é aquele que nunca desiste e também nos impede de o fazer, mesmo quando a tentação é quase irresistível.

-Draco... Me ajude... Vão cair... –ela lhe passou três livros com grossas capas de couro.

-Nossa! Que peso...

-São tudo do que precisamos! –"ela disse a mesma coisa semana passada..." –Não! Não disse... Semana passada disse que poderíamos encontrar algo, mas agora estou certa que encontraremos! Veja, livros da religião druida! Antiguíssimos!

-Acy... –ele apoiou os livros em uma protuberância da parede. –Eu preciso lhe falar uma coisa... Sinceramente... Não consigo mais. Não sou forte o bastante. Não posso mais suportar não encontrar... Não dá!

-Eu entendo... Sei como se sente, mas...

-NÃO! Não faça isso comigo. Não me machuque mais... Cinco meses já se passaram, sendo que três sem qualquer notícia! Nem mesmo sei se ela está viva... –disse sentindo uma fria lágrima rolar por sua face.

-Sei que ela está...

-Não há como saber... Não há como ter certeza!

-Há um...

-Chega... Eu já desis...

-Pare! Pare já com isso! Não termine... As palavras que saem de sua boca se instalam em seu coração, e eu sei que seu coração não desistiu...

-Eu não sei! Não sei mais o que sinto... Na verdade, acho que não sinto, prefiro me fechar a ter que agüentar a dor que me toma ao pensar em tudo o que esta acontecendo comigo...

-Então não pense... Não pense em você, pense nela. Você está vivo é sua única esperança...

Fez-se uma pausa. Draco respirou fundo e percebeu que aquelas eram as palavras mais sábias que ouvia.

-Você está certa... Hoje não temos aula no segundo período, à tarde nos encontramos na biblioteca, bom para você?

-Perfeito! –ela sorriu e abraçou-o com força.

Ouvi-la devolveu-lhe um pouco da esperança, e ajudou a levantar a cabeça e olhar para frente.

Caminhava calmamente para a sala, cabisbaixo como sempre mergulhava nas lembranças dos momentos em que havia acreditado na possibilidade de ser feliz.

Chegando à classe sentou-se em uma carteira no fundo da sala, lá dormiria sem se culpar por o fazer logo em frente ao professor. Não que isso o preocupasse, entretanto se lembrava de Virgínia lhe pedindo para respeitar as pessoas e fazer sua vontade era como tê-la, pelo menos em parte, perto dele.

-MALFOY! Acorde, a aula nem ao menos começou!!! –era Granger que o perturbava com palavras e olhares repreensivos. Desde o sumiço de Ginny a menina havia se tornado ainda mais obcecada pelos estudos.

-Ah... Você é o único ser vivo que consegue se manter acordado nessa aula, Granger...

-Não reclame! Sabe perfeitamente que História da Magia é uma das matérias obrigatórias! Precisa de notas para se formar!!! –ela disse com o nariz empinado.

-Tá! Tá certo... Espero o professor dizer Bom Dia e daí durmo!

-AH! Você nunca vai mudar mesmo...

-Não diga essas coisas... Imagine se ano passado me sentaria ao seu lado... –ele disse fazendo-a corar de raiva.

-HUM! –ela empinou novamente o nariz. –Mas isso não vem ao caso...

-Só está dizendo para disfarçar... Sei que está adorando sentar ao meu lado nessas aulas!!!

-HUNF! HUNF! Você é tão... Tão... Tão...

-Lindo, gostoso e inteligente... Eu sei...

-AH! CHATO! Chato e egocêntrico! –ela parou, respirou e continuou. –Bom, mas o assunto não engloba os seus VÁRIOS defeitos... Tenho notícias...

-Boas ou ruins???

-"TIMAS!

-Então fala logo...

-Lupin e Tonks nos enviaram uma mensagem. Não disseram onde estão ou como podemos contatá-los, porém, dizem no recado que chegarão em poucos dias...

-Quem???

-O professor xexelento e a namoradinha do Ilkeä!

-Granger... Granger... ME DIZ QUE VOCÊ NÃO ESTÁ BRINCANDO...

-Não estou! É a mais pura verdade...

-Repete! –ele segurou-a pelos dois ombros.

-É VERDADE!!!

-Finalmente... Finalmente esses imbecis debilóides decidiram fazer alguma coisa descente!

-Malfoy!

-TIRA A MÃO!!! –Weasley passou e deu-lhe um tapa na cabeça, recebendo outro em troca.

O garoto andava muito quieto, não mais falava besteiras ou fazia caretas, estava depressivo, e enfrentando grandes dificuldades em esconder de sua mãe o sumiço de Ginny.

-Só essa semana foram dez cartas! DEZ cartas... O que vou fazer???

-Ron, acho que teremos que respondê-las... –Granger disse

-Vão fingir ser ela???

-É a única coisa que nos resta, Malfoy... –o ruivo disse ao se largar em uma cadeira.

Potter não tardou a aparecer; também cabisbaixo estava muito pálido. Era uma das pessoas que mais se esforçava para encontrar alguma informação quanto ao possível paradeiro de Virgínia, culpava-se por ser ele o acreditado pai da criança.

-Acies apareceu com mais livros hoje... Dessa vez está certa que encontraremos algo de interessante...

-Ela faz isso há meses... E sempre é a mesma coisa! Acho que é melhor não esperar muito...

-Ron, ela está certa. Não podemos desistir, de modo algum!!! À tarde eu os ajudarei na procura...

-Valeu Potter... –ele disse frente a grande disposição do garoto.

Passaram o resto do dia na biblioteca. A preocupação de serem vistos juntos não mais existia, afinal as pessoas pareciam acostumadas às conversas pacíficas entre eles; Parkinson havia desistido completamente de chamar sua atenção após suas indiretas. "Creio que foram diretas... Sim... Certamente o foram...".

Tudo parecia ser como em todos os dias, nada de especial, nada que os ajudaria, nenhuma pista sequer. Entretanto o dia não era como os outros e também não seria, isso ele descobriria mais tarde.

-Eu sabia! EU SABIA, TINHA CERTEZA!!! VENHAM!!! –Acies gritou para eles.

-Você encontrou alguma coisa...

-Sim... Há algumas linhas sobre os Pontos de Luz...

Concentraram-se todos sobre as páginas rasgadas do livro extremamente antigo; pelo que lhe contara Acy aquelas páginas tinham sido escritas há quase dois mil anos.

Os Pontos de Luz

Unam-se os povos sob a bandeira da paz, sob o canto da verdade, sob a luta contra o mal. Unam-se os povos sob o poder da Luz, sob a vida dada por ela e sob o calor que dela advém! Unam-se, unam-se todos em nome do Grande Deus, unam-se sob a bandeira daquele que a todos salvará, unam-se ao Único, O que tem diversos nomes, porém é Um só! O mais poderoso dos poderosos...

Galahad, o grande guerreiro. Galahad, o mais bravo, Galahad, o grande amigo, Galahad, o abençoado. Foi a ele dado o maior de todos os privilégios, foi a ele permitido tocar a luz e sentir-se por ela tocado. Encontrou o local onde pulsa o coração da grande Mãe, onde todos são os mesmos, onde brilham as estrelas dos homens, para onde vão os bravos, para onde desejam ir os sábios...

Civilizações distantes, amigos de outras terras... Seguidores de Há, da Rainha da Lua e de sua lebre, dos deuses do Olimpo, da Grande Senhora, do Grande Buda, dos deuses do frio, são responsáveis por guardar o poder por sua fé conferido. Respeitem a força da Luz, pois alguns de seus irmãos por ela já foram castigados, assim o será com aquele que a desrespeitar... O poder não pode ser a ninguém dado, só àquele que pelo Deus for escolhido.

Saibam todos que o poder de Deus não é para os homens, devemos louvá-lo e agradecê-lo, mas nunca desejar ter o que dele é.

-E??? –Weasley perguntou após ler as frases.

-Acho que agora é que o trabalho começa... –Granger olhou para Acies

-Na verdade, Hermione, não teremos muito trabalho para interpretar essas coisas...

-Não??? –Potter indagou

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Capítulo 7: O Beijo

Perdera o controle do tempo, não mais sabia que horas eram e qual o dia presente, comia quando lhe levavam comida, dormia mais do que lhe era necessário, sentindo-se mal algumas vezes.

Seu corpo mudara muito durante aquele período, acompanhara pelo espelho seu ventre crescer a cada dia. Durante toda a sua vida pensou que se acharia gorda e feia quando grávida, mas agora que o estava adorava olhar seu reflexo empinando ainda mais sua barriga.

Pensar em sua criança, em como seria Arthur, era a única coisa que lhe trazia um pouco de alegria; porem esta logo passava quando se lembrava que provavelmente nunca veria o rosto de seu filho.

Fora, felizmente, liberada para perambular pelo exterior da pirâmide; também lhe deram pergaminho e tinta para que pudesse escrever o que quisesse ou rabiscar a paisagem que via à sua volta.

Vez ou outra era levada a uma belíssima lagoa de águas azuis e mornas, podia passar todo o dia a nadar naquele local, até mesmo almoçava em baixo das belas árvores de copas verdes brilhantes. Se perguntassem a ela, juraria ser mágico o local, não só por ser belo demais, mas por não se misturar ao resto da mata.

Passava a maior parte do tempo ao lado de Augustus, o via todos os dias, e diversas vezes fazia as refeições ao seu lado. Era um homem extremamente agradável, muito educado e culto, conhecia lendas e mitos de todas as partes do mundo e a paixão com a qual relatava tais estórias a levava a uma outra realidade, fazendo com que se esquecesse das horas.

Por algum tempo tentou se lembrar dos horrores que aquele belo homem era capaz de cometer, da crueldade com a qual tratava a própria filha e do apreço que tinha pelo desprezível Riddle; entretanto o modo como ele a tratava e até mesmo o carinho com o qual ele a olhava eram o suficiente para apagar as piores memórias e fazer nascer somente coisas boas.

-Bela manhã...

-Sim, muito bela...

-Sente-se bem, apesar do calor?

-Já me acostumei a ele... E em certo sentido o acho mais agradável que o frio.

-Mesmo?

-Sim... –ela sorriu. –Não se sente melhor ao ver o céu azul? Não é bom poder sentir o Sol?

-Você tem razão... Pensei que se deprimiria, mas... Está radiante!

-É o calor... –ela aceitou o braço que lhe foi oferecido como ajuda para descer os degraus. –Fiquei sim muito deprimida... Mas passou. Ontem mesmo... Após o jantar pensei em me matar... Não vale a pena, sofrer por antecipação...

-Está certa... Ainda mais porque sua atitude pode mudar seu destino...

-Como assim?

-Veja... É jovem e muito bela; matar-lhe seria um desperdício... E sinceramente, não seria fácil para mim lhe matar... Creio que não o conseguiria fazer! –ele pareceu sincero, e ela acreditou, esquecera que aquele que lhe falava era capaz de matar a própria filha.

-Ainda não entendo... –os dois andavam de braços dados por uma plataforma de pedra, e desciam em direção à lagoa.

-Junte-se a nós...

-Não matam meu filho?

-Pode ter outro... Com um pai mais interessante que um adolescente imbecil... –ele parou e olhou-a nos olhos.

-Por que?

-O que?

-Por que me tenta?

-Se minha proposta é tentação para você, quer dizer que não é absurda... Quer dizer que talvez pense no que lhe ofereço...

Calou-se durante o caminho, e assim que chegou até a lagoa e viu as belas águas se movimentando ao sabor do vento, mudou o assunto e perguntou:

-Quem fez esse local?

Augustus sorriu –A Mãe... A mãe natureza...

-Tem certeza?

-Não é mágico, se bem que isso me parece relativo, afinal se fechar os olhos e sentir a brisa, não parece flutuar?

-Sim... Talvez esse local seja naturalmente mágico...

-Virgínia, a mágica está dentro de nós, e não no que nos cerca... E isso é algo que deve sempre ter em sua mente... Sempre.

O lindo homem se aproximou dela, passou a mão por seu cabelo, segurou uma de suas mãos e beijou-a docemente. Sorriu ao vê-la corar, e lentamente se aproximou, abraçou-a gentilmente, de um modo que a fez se arrepiar e com um leve beijo foi calada por um longo tempo.

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IMPORTANTE: Está aberto o concurso: "Faça parte da FIC!". Hehehe... Mandem em suas reviews a explicação para o parágrafo do livro que fala sobre os Pontos de Luz... Quem acertar vai ganhar um personagem na fic... ! BEIJ'ES...

IMPORTANTE:Sei que não esperavam o que aconteceu, na verdade a surpresa é meu maior trunfo!!! Creio que um escritor pode ser qualquer coisa, menos previsível, e isso não serei!!! IMPORTANTE, algumas pessoas têm dificuldade para entender minhas idas e vindas, e para elas escrevo que SIM, A GINNY AMA O DRACO, e isso vai fazer a diferença, na verdade toda a estória é baseada nisto, POR FAVOR NÃO ME MATEM!!!

O que vocês acharam??? Preciso saber... Mandem suas reviews falando bem ou mal, pois dependendo da reação de vocês poderá haver MAIS surpresinhas interessantes, na verdade eu já pensei em uma... Ah... Vocês não podem imaginar...

VALEUZÃO (LINDAS, LINDÍSSIMAS reviews... Eu adoro reviews... Mesmo!!! Obrigada...)

Rute Riddle: Oi Rute! Adorei sua review, todas as suas mensagens são super legais... O que achou da minha surpresinha no final??? Me conte, hein??? Beijões...

Kika Felton: Oi Kika, adorei sua mensagem, como todas as outras... A fic é DG, eu sou DG! Espero que tenha gostado desse capítulo! Me conte, nem que seja para me xingar!!! Beijões...

Kathy Gryffindor (Ana): Oi Ana! Adorei sua review, obrigada pelos elogios... Na verdade eu sou irlandesa, e não portuguesa... Porém grande parte da minha família vem de Portugal! Agora, me conte o que achou desse capítulo... Beijões...

Cila: Adorei sua review, muito abrigada pelos elogios... Realmente o capítulo não foi aterrorizante, na verdade não era meu objetivo, quem sabe os próximos não ficam mais... Dark??? O que acha??? E esse capítulo, o que você achou dele??? Beijões...

Juliana: É bom saber que está gostando da fic... Espero que tenha gostado desse capítulo... Infelizmente não tenho como escrever muito mais do que isso por capítulo, pois se não a ligação da estória vai ficar difícil, veja, até que 4.000 palavras não é tão pouco, né??? O que achou desse capítulo??? Desculpe, porque está menor que o anterior... Me conte... Beijões...

Melyanna: Obrigada pela review maravilhosa!!! Fico feliz em saber que está gostando da fic... Agora aumentei o mistério, o que será que vai acontecer, hein??? O que achou desse capítulo??? Beijões...

Nacilme: Fico muito feliz em saber que está gostando... Espero que tenha gostado desse capítulo também... Me conte! Beijões...

Fefs Malfoy: Quem ficou sem palavras fui eu! Caramba, acho que não mereço todos esse elogios... Imagina, me comparar a Rowling... Juro que se um dia for metade do que ela é serei MUITO feliz... Olha, eu fiquei hiper feliz após ler sua review, de verdade! Valeu mesmo, fiquei até emocionada... Espero que tenha gostado também desse capítulo... Me conte! Beijões... (Quando arrumar seu e-mail me passa, tá bom???)