Antes de começar... A passagem pela floresta não será muito detalhada pois darei mais importância para o caminho que farão pela pirâmide. Achei que ficaria cansativo (por não ser essa estória um livro) descrever os dois caminhos; contudo achei interessante ressaltar as armadilhas encontradas pelos personagens, para que saibam que houve problemas durante a passagem.

Capítulo 14: Um Longo Caminho

Andavam por horas e a floresta parecia não ter fim. Estavam passando lenta e cautelosamente por um labirinto de árvores idênticas e perigos ocultos. Lembrava-se de ter lido em um folheto escrito para turistas que a área de selva que circundava a pirâmide de Kukulkán não era extensa, e por isso estava certo de que toda aquela mata era obra de algo além da natureza.

Poucos passos foram dados e Draco pôde avistar algumas ruínas da antiga cidade Maia, partes de construções e também estátuas esculpidas em pedras azuladas. Escondendo-se atrás dos largos troncos escuros se aproximaram e ainda parcialmente escondido ele conseguiu ver algo que certamente seria a pirâmide principal.

-Ali está... O Castelo... –disse Lupin

O "castelo" , como se chamava a grande edificação central, era gigantesco, tanto em sua área quanto na altura; a escada íngreme tinha os degraus muito pequenos, com espaço para meio pé, mesmo os das mulheres. Havia ao seu redor algumas entradas das quais saiam corredores e plataformas levando para outras câmaras; aquelas imagens não existiam nas fotos que vira.

-Não é real... –disse baixo. –As plataformas... Aqueles corredores...

-Creio que não... –Granger se aproximou. –Pelo menos não estavam nas fotos... –a garota tirou um cartão postal de seu bolso.

-Sempre há um jeito de transformar qualquer coisa em um hotel cinco estrelas... –Draco suspirou. –Sempre...

-Você sabe essa magia???

-Não, Weasley!

-Inútil... Bem que podia me contar...

-Fiquem quietos os dois... –Tonks pareceu brava. –Olhem... Nott... –ela apontou.

-Ele está sozinho???

-Parece que sim, Lupin...

-Dormio Silentium... –uma fraca luz vermelha apareceu na ponta da varinha do homem, e logo Nott caiu no chão. –Vamos trazê-lo para cá...

-Accio Nott –Tonks arrastou o homem até onde estavam. –Aqui está... Até que não é tão feio, não mesmo!!! –dois segundos após o dizer Draco viu o mesmo homem dormente, logo ao seu lado, sorrindo. –O que acham???

-Sinceramente??? Preferia como era antes...

-Pronto, Draco... –a mulher voltou a ser o que era. –Eu tinha que fazer isso ao menos uma vez, assim, caso precisemos, conseguirei fazer de novo.

-E agora??? –ele perguntou.

-Agora... Agora temos que encontrar um jeito de entrar na pirâmide sem sermos vistos... E mais, encontrar Ginny nesse lugar, que deve ser um labirinto... –Potter respondeu cabisbaixo.

Draco pensou por longos minutos, enquanto os outros faziam o mesmo. Seria impossível adentrarem aquele lugar sem serem vistos ou percebidos, e infelizmente todos sabiam que um grupo de adolescentes não seria capaz de derrotar a mais poderosa esquadra dos comensais de Lorde Voldemort.

Acies parecia ter algo em mente, pelo menos era o que lhe diziam seus olhos castanhos. A garota abriu sua mochila e lentamente tirou dois pequenos pedaços de tecido negro que foram encantados para que voltassem ao tamanho natural. Draco não demorou a reconhecer as capas que ganharam na noite em que foram recebidos pelo grande Mestre. "Não pode ser...".

-Assim entraremos... Como se parte de tudo isso fôssemos...

-O que são essas... –Weasley se calou frente à imagem da garota vestida com a capa dos comensais.

-Onde encontraram isso? Como conseguiram...

A pergunta de Lupin foi respondida do modo mais cruel. Acies puxou a manga de sua capa lentamente até que a Marca Negra ficou visível, estavam perto de Voldemort e por isso ela brilhava mais do que nunca.

-Mas... O que??? Você é... –o homem estava pronto para incriminá-la.

-Sou uma vítima... Somente isso.

-Quando? –Fred perguntou, olhando-a de modo severo. –Quando, e por que não me contou?

-Sabia exatamente como ficaria... Sei que essa Marca é asquerosa... Não posso forçá-lo a aceitá-la, não como eu fui forçada.

O garoto dos olhos verdes andou em sua direção, observando-o de modo inquisitivo. Draco soube, desde o primeiro passo que fora dado em sua direção, que ele sabia exatamente que algo mais acontecera na cerimônia.

-O que mais aconteceu? –Fred estava muito próximo, o bastante para que ele pudesse contar suas sardas. –Me diga... O que mais aconteceu?

Pensou em mentir, esconder, inventar uma desculpa, uma estória, simplesmente afirmar que nada além daquilo acontecera, entretanto a pequena distância entre os dois fez com que se sentisse incapaz de dizer qualquer coisa além da verdade, ele leria em seus olhos que o que falava não condizia com o que sentia.

-Pelo modo como pergunta parece já saber o que aconteceu... –falou sem olhar para os olhos que o observavam. –Nós... Nós...

-Fale, Malfoy... –Fred o chamou pelo sobrenome o que, a princípio, causou-lhe certa tristeza, mas depois lhe trouxe um forte sentimento de injustiça. Tanto ele quanto Acies haviam sido violentados, desrespeitados, forçados a fazer algo que não queriam e no caso da garota as marcas eram permanentes. Isso não seria punição o bastante?

-O que está acontecendo? –ele perguntou indignado e tomando coragem continuou. –Estão nos incriminando??? Por que??? Por termos sido vítimas de um bando de homens lunáticos e psicopatas??? -O resto do grupo se manteve calado. –Sim, Fred... Se quer tanto saber a verdade... Digo que nos casamos... Ou melhor, fomos casados! E sim... Sim... Outros! Somos comensais da morte.

Após terminar com essa frase notou seu efeito nas faces à sua volta. Tonks parecia ter tanta pena que estava a beira de chorar, Weasley, como sempre, estava desconfiado e assustado, Granger pensativa, Potter quase sem emoção, porém tocado pela revelação, Lupin lhe parecia intrigado enquanto os gêmeos se afastaram.

-E a sua Marca??? –Potter foi quem teve coragem para perguntar.

-Não tenho. Ginny havia me dado um amuleto... E esse amuleto impediu que a marca ficasse... Colasse... Aderisse... Não sei bem... Mas não tenho a marca.

-Que amuleto?

-Ele sumiu, Potter... Sumiu...

-Você perdeu o amuleto que lhe salvou??? –o cabeça de cenoura pareceu indignado. –Malfoy...

-NÃO! Não perdi o amuleto... Ele simplesmente sumiu!

-Lógico... Ele sumiu porque você o perdeu...

-Não perdi, Weasley... Ele sumiu...

-É verdade... –Acies finamente resolveu se pronunciar. –O amuleto sumiu... Voltou para seu verdadeiro dono...

-Por que deveríamos confiar em dois comensais??? Como podemos saber se não nos trouxeram para uma armadilha? –um dos gêmeos perguntou.

-Não são tão importantes assim... –Acies respondeu rispidamente, deixando o garoto sem mais argumentos. –O que Draco disse é verdade... Nada do que aconteceu foi feito por nossa vontade! Vocês não sabem como é nossa vida... Não sabem...

-E se não querem entender... –Draco continuou. –Se não querem entender, devem arcar com as conseqüências dos seus atos sem envolver outros. Nada tenho haver com isso, nem mesmo Ginevra tem... Helena também não.

-O que ele quer dizer é que iremos atrás delas, independentemente de qualquer coisa, de qualquer um...

...

Vestiram-se com as capas e saíram pelo gramado verde sem direção certa ou idéia do que fazer ao terem sua presença notada pelos outros comensais. O rosto de Acies parecia inexpressivo, contudo seus olhos lhe diziam que algo aconteceria.

-Sinto muito pelo que aconteceu...

-Não Draco. Não sinta... Logo tudo vai voltar ao normal... Eles virão atrás de nós.

Não havia mais comensais no gramado, Nott certamente era o único a guardar o local, tinha poderes o bastante para derrotar um exército de feiticeiros bem treinados. Felizmente fora pego de surpresa.

Subiram a longa escada com dificuldade, os degraus eram muito estreitos e Draco colocava seus pés de lado para que conseguisse se apoiar; o fato de ser também íngreme fazia com que quase tivesse que ser escalada, com pés e mãos.

Ao atingirem o topo estavam muito cansados, e mal conseguiam falar, entretanto a vista era recompensadora. Uma enorme faixa de floresta verdejante, pássaros coloridos e um céu tão azul como nunca antes vira.

-Esse lugar é lindo...

-Sim... –Acies disse. –Vamos entrar... Logo teremos tempo para admirar todas as belezas locais...

A entrada da pirâmide era um portal guardado por duas colunas esculpidas em forma de serpentes, posicionadas de modo a observar aqueles que se aproximavam ou passavam por elas.

O pé direito da primeira câmara era muito baixo, forçando Draco a se dobrar para olhar ao redor. Observando, notou haver três portas levando a corredores que seguiam em direções diversas. Estava em um labirinto e sabia disso.

-E agora? –Acies perguntou rolando seus olhos pelas três passagens.

-E agora? Eu não tenho idéia... Talvez devamos seguir os nossos instintos.

-O que dizem os seus??? –a menina pareceu desolada.

-Nada. E os seus?

-Menos ainda.

Continuaram a observar as entradas na esperança de que pudessem descobrir qual caminho seguir, e foi quando ouviram passos pesados subindo os degraus com aparente dificuldade.

-São eles??? –Draco perguntou olhando para trás

-Não... É um dos comensais. Não consigo dizer qual deles, mas sei que não é meu pai... Nem o seu.

-E isso é bom?

-Somos comensais, se esqueceu? Talvez alguns saibam que não devemos estar aqui, entretanto outros... Outros podem pensar que temos uma razão para estar aqui...

-Temos uma?

-Temos. Pelo menos precisamos ter.

O som dos passos se tornava mais intenso, o homem se aproximava pisando com muita força.

-Uf... Uf... –parecia cansado. –Quem são vocês??? –perguntou logo que os viu.

-Não nos conhece? –Acies lançou, porém fez questão de mostrar a marca que carregava no braço.

-Hum, Hum... Observando-os posso dizer que... Devem ser a pequena Jones e o pequeno Malfoy.

Apesar da idade avançada, Draco não conhecia aquele comensal. Tinha os cabelos completamente brancos, olhos negros e profundos, a pele queimada de sol. Era muito alto e o tamanho de seus pés chamou sua atenção.

-Pelo que sei... –o homem sorriu. –São Malfoys... Os dois, não é mesmo? Perdoe-me menina, mas é muito parecida com seu pai.

-Sei que sim... –Acies sorriu.

-Mas... O que fazem aqui???

-Ainda não fomos apresentados. –Draco ofereceu-se para um aperto de mão que prontamente teve resposta.

-Sim... Sim... Petrov, Thomas Petrov.

-Malfoy, Draco Malfoy, e essa é minha esposa, Acies Malfoy.

-Prazer... –Petrov logo passou pelo terceiro dos portais, se contados em sentido horário, ainda conversando com os dois. –Realmente não esperava que chamassem dois jovens para uma missão de tal magnitude.

Seguiram o homem fingindo saber exatamente para onde ir. Desceram uma longa escada de degraus maiores que aqueles da entrada e chegaram a um longo corredor escuro, com algumas tochas de chamas azuladas e esverdeadas presas a algumas colunas espalhadas pela parede.

O homem não andava rápido, mas fazia questão de se manter à sua frente; desde o primeiro momento em que os viu pareceu sentir-se ameaçado pela pouca idade, e injustiçado por tê-los ao seu lado e uma missão. "Mal sabe... Mal sabe que estamos aqui para destruir a missão...".

-Ainda sabemos pouco sobre o que está acontecendo... Na verdade fomos chamados por causa da criança... –Acies usou tom casual.

-A criança... –o homem riu. –É uma bela menina, contudo... –Petrov deu mais uma risada maliciosa.

-Contudo? –Draco perguntou desconfiado.

-Bom... Alguns dos homens parecem duvidar... –o homem sussurrava com os olhos muito abertos. –Parecem duvidar que a menina é filha de Potter...

-Por que?

-Ah... Quando vê-la, menina Malfoy, saberá... –ele respirou fundo. –A criança tem cabelos brancos... Loiros como os seus. E os olhos... –Thomas fez uma longa pausa, observando-lhe com atenção. –Os olhos cinzas como os seus. Parece sua filha... E não de Potter!

-Minha? –Draco suspirou, tentando disfarçar o que sentiu ao saber que a menina se parecia com ele. –Certamente que não. Posso lhe afirmar que nunca seria pai da filha de uma Weasley. Sorte da menina que se parece comigo... –riu com dificuldade.

-Foi exatamente o que seu pai disse! Principalmente... –chegavam a uma encruzilhada, onde o homem lhes abriu a porta da direita. –depois que todos descobriram que fora ele a nomeá-la...

-Como???

-Sim, Draco... É Draco seu nome, não??? –ele afirmou com um leve gesto de sua cabeça, ansioso por explicações. –Lucius foi quem deu um nome à pequena... Sim... Qual é mesmo??? Helena, sim, Helena...

Neste exato momento sentiu sua mão fortemente segurada por Acies, ela sabia o que ele estava sentindo.

Seu pai havia escolhido o nome de sua filha, e escolhera o mesmo que ele desejava dar a ela. Por mais que tentasse tinha certeza agora, era sim muito parecido com seu pai, até mais do que queria.

Seguia o homem sem ao menos ouvir o que ele dizia, suas palavras não chegavam até sua mente, passavam pelos seus ouvidos como um som estranho e indecifrável.

Fora brutalmente acordado por um estranho barulho que vinha do fundo do corredor onde estavam, algo ou alguém havia caído . "São eles, os idiotas vieram atrás de nós e ainda fazem esse barulho todo!!! O que pretendem? Estragar tudo!".

-O que foi isso? –apesar da idade o homem tinha os sentidos aguçados; e talvez, por ser mais velho fosse extremamente desconfiado. –Há mais alguém aqui... Alguém que não deveria estar...

-Senhor Petrov... –Acies o chamou.

-Um minuto, senhora Malfoy... –Draco percebeu o descontentamento no rosto da menina após ser chamada como o foi.

-Fui eu... –ela disse com mais força. –Tropecei. O chão é liso... Isto é... Cheio de falhas, o senhor entende. Desculpe-me!

Petrov saiu andando na frente com grande raiva, resmungava algo incompreensível e acabou os deixando para trás. Esperou-o desaparecer, se virou para a extremidade oposta do corredor e olhou para o nada de modo reprovador.

-Minha culpa... Perdão... –Tonks disse calmamente, ainda tentando desamassar sua roupa. –Esse chão é muito ruim...

-Pensei que fôssemos traidores, perigosos... –disse ressentido.

-Desculpem nossa reação, foi um choque. Não sabíamos o que havia acontecido e a marca... Foi... Foi...

-Não há razão para se explicar, entendo o que aconteceu, Hermione. Sabia que se assustariam ao vê-la...

-De qualquer modo foi bom não estarmos juntos, se esse velho rabugento o visse com a gente... Problemas... –Draco deu mais alguns passos, porém os outros não se moveram. –Vamos?

Pôde sentir que o resto do grupo de comportava de um modo estranho; todos pareciam desconfortáveis, como se lhes devessem algo. "Bem feito seus idiotas! Bem feito... Sempre duvidando das pessoas erradas!Burros! Ilkeä era um santo... Nós somos maus! Patéticos!".

Percorreram mais alguns metros até chegarem a um grande hall. Lá encontraram duas possibilidades: poderiam subir por uma bela escada até o andar superior ou deixar o corpo do prédio principal passando por uma passagem que os levava a uma plataforma externa com caminho para outras câmaras.

-E agora? O que acham? –Potter perguntou.

-Não sei... –disse Lupin

-Precisamos encontrar Nott! O mais rápido possível... Devemos resolver esse assunto!

-Não sei onde está!

As vozes vinham em sua direção e Draco não demorou a reconhecê-las. Lestrange e Nix, dois aclamados comensais, a baixo de Nott, Lucius e Augustus, porém temidos pela maioria dos outros integrantes do grupo de Voldemort.

-Tonks... –Acies a chamou. –Nott, transforme-se nele!!! Agora... Vocês, se escondam nas sombras debaixo da escada...!.

-Concordo... Porém o Lorde confia no poder da criança! O que há para se fazer...

-Sim, Belatrix... O mais importante é não entrarmos nesse jogo! Obedecer ao Mestre é a única coisa que devemos fazer...

-Hum... QUE BRINCADEIRA É ESSA? –Lestrange perguntou com raiva ao vê-los. –O que essas crianças estão fazendo aqui?

"Bruxa patética..." –Draco pensou ao ouvi-la falar dos dois com grande descaso. Acies ficara também insatisfeita após o comentário desdenhoso.

-Incrivelmente, somente uma criança como eu pode ler mentes como a sua... Não é mesmo? –a menina respondeu se aproximando da mulher de modo ameaçador. –Creio que o mestre procura por um traidor... E só eu poderei lhe dizer quem é o desleal!

Draco não sabia que estória era aquela, ou como ela havia criado, entretanto parecia estar surtindo efeito, tanto Nix quanto Lestrange pareceram alarmados com a notícia de um possível traidor.

-E sim... Realmente seria triste descobrir que a Senhora Lestrange é quem procuro... –a afirmação soou como uma ameaça.

-Nos ameaça? –Nix perguntou

-Ameaço somente aquele que deve... Se deve algo, lealdade, ao Mestre... Então acredite, sou uma ameaça!

-Nott, por que não nos avisou sobre isso? –a mulher perguntou.

-Desde quando sabem de tudo??? –Tonks se saiu muito melhor do que o esperado. –O que estavam fazendo???

-Procurávamos por você! Precisamos terminar o assunto de ontem, uma decisão deve ser tomada...

-Sim Nix... Certamente... Mais tarde!

Os dois seguiram para fora da pirâmide central em completo silêncio, se entreolhando com desconfiança.

-Finalmente... Finalmente... Pensei que teria que ficar parecendo Nott para sempre!

-Acho que não há dúvida sobre qual caminho devemos tomar... Ao menos que prefiram seguir Lestrange e Nix... –Lupin foi decidido até a escada.

Potter saiu das sombras com o rosto contraído, aprecia sentir uma forte dor . Seus olhos verdes brilhavam mais do que o comum, estavam cheios de lágrimas.

-O que foi, Harry??? –Granger se aproximou dele.

-Odeio essa mulher...

-Belatrix Lestrange... –Acies suspirou. –É cruel como ninguém que conheço...

Subiram as escadas vagarosamente, não queriam se cansar ou fazer qualquer ruído que denunciasse sua presença. Os degraus de pedra eram polidos e por isso escorregadios, tinham um belo tom azulado muito belo e o relembravam de Hogwarts.

Havia dois caminhos possíveis; ou seguiam para a direita ou para esquerda, tanto em um caminho como outro teriam que enfrentar longos corredores escuros. Contudo, Draco percebeu que ao fim do corredor do lado esquerdo existia uma porta muito grande, de madeira escura.

-Ela está ali... Não está??? –ele perguntou para Acies, sentindo o coração bater mais forte.

-Por que não checa por si mesmo?

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Capítulo 14: Olá

Acies era um anjo, ainda não sabia o que isso significava exatamente. Para os muggles anjos eram seres que ajudavam as pessoas e faziam somente o bem. Já, no mundo bruxo, anjos eram humanos nascidos sob o signo da Fênix, regidos pelo poder da Luz, com a tarefa de fazer o destino acontecer.

Observava sua pequena menina com grande carinho, ela estava acordada, após longo período adormecida. A criança não chorava, quando desejava alguma coisa fazia barulhos como se tentando chamá-la.

-Tem os olhos de seu pai... Os cabelos... Tem tudo de seu pai... –ela sorriu –Sua banguela!!!! –acariciou o rosto alvo.

Parada ao lado do berço pensava se conseguiria sair viva daquele local e se seria capaz de salvar Helena. "Minha menina, só levam você se me levarem antes...".

Seus olhos se encheram de água. –É tão enrugada... Banguela... Tão linda.

Ouviu passos cautelosos em direção ao seu quarto, passos que estranhamente fizeram-na respirar muito fundo e sentir o coração batendo muito forte. A maçaneta se moveu lentamente.

-Olá...

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IMPORTANTE: A reação do Lucius causou... Problemas. Digo que tenho uma filosofia... Ninguém é completamente mau, nem completamente bom... Li um dia um comentário de Shakespeare, e ele disse que estórias nas quais os bons são bons até com os maus, e os maus odeiam até quem mais os ama são imaturas, muito simples para serem consideradas. Por isso fiz com que a menina, muito parecida com Draco, causasse impacto em Lucius... Beijões!

O que acharam do capítulo??? Acho que parei no ponto certo, e vocês??? Bom, quero que me contem o que acharam, mandem suas reviews porque me dói dizer... Faltam somente dois capítulos para a fic o "Clã do Dragão" terminar!!! Vocês acreditam que eu já estou pensando em escrever outra coisa???? ADORO ESCREVER!!!

SÉRIO AGORA... ME CONTEM O QUE ACHARAM DESSE CAPÍTULO... DE VERDADE, TÁ BOM??? BEIJ'ES

VALEUZÃO (Muito obrigada pelas mensagens maravilhosas!!! Obrigada mesmo!!!)

Rute Riddle: Que bom que gostou do capítulo... Quanto a Acies, posso te dizer que também não tinha pensado exatamente nisso... Entretanto li um livro de magia o qual falava sobre os anjos e pensei que seria legal. Mas é bom saber que eu mudei diversas coisas sobre os anjos, expliquei do modo que eu inventei... Espero que tenha gostado desse capítulo... Me conte! Beijões...

Kika Felton: Infelizmente falei ainda menos da Ginny, não é??? Isso porque não há realmente muito para dizer, ela está presa naquela pirâmide, as coisas tendem a ser as mesmas a todo o momento. O que achou desse capítulo??? Beijões...

Viv Valar: Espero que tenham entendido que Lucius só se comportou do modo como o fez porque a criança é muito parecida com Draco... De qualquer modo creio que chegamos ao ponto certo, ao ponto que todos esperavam, o reencontro!!! Espero que tenha gostado... Me conte! Beijões...

Sarah Brington: Oi Sarah! Acho que não vai dar mais tempo, porque tinha planejado um personagem de comensal, e agora... A fic está a dois capítulos do fim... Está acabando... Espero que tenha gostado desse capítulo!!! Me conte, tá bom??? Beijões...

Raisa Melyanna: É bom saber que está gostando da fic... As coisas estão ainda melhores, não acha! O próximo capítulo vai estar cheio de novidades... Espero que tenha gostado desse!!! Beijões...

Nacilme: É bom saber que está gostando! Baseio minha fic no mesmo que a J.K. baseou ou Harry... Em amor. Ela diz que o Harry foi salvo pelo amor da mãe dele, e a Helena quebrou uma Profecia por causa do amor que Ginny sentia por Draco (e o inverso!), releia a conversa que a Gin tem com o Lucius... Sobre a Acies... Capítulo que vem você vai ter todas as suas dúvidas solucionadas!!! Gostou desse capítulo??? Beijões...

Pri Malfoy: Obrigada por tantos elogios... Não sei como agradecer!!! Quanto às partes excluídas, elas não têm um espaço no texto, pois foram cortadas... Não são parte da fic, é só para vocês saberem que enquanto na floresta aquelas coisas aconteceram... Mas elas não foram colocadas! Quanto ao Lucius... Já expliquei a razão pela qual ele fez o que fez lá em cima... Espero que tenha gostado desse capítulo também! Beijões...

AngelBMalfoy: Já sabe o que senti ao ler sua review... Posso dizer que foi maravilhoso, pois decidi escrever uma fic após ler a sua... Muito obrigada pelos elogios, não sei como agradecer... Espero que tenha gostado desse capítulo também... Beijões...

Pat: Obrigada pela review... É muito legal saber que está gostando da fic. Continue acompanhando que já está no final!!! Beijões...

Miaka: Obrigada pela review... Creio que chegamos ao ponto pelo qual esperava, não é mesmo??? Aqui estamos... Draco de um lado de uma porta e Ginny do outro!!! Estão tão ansiosa pelo próximo capítulo quanto vocês!!!! Fique ligada... Próxima semana!!! Beijões...

Ginny Weasley: Obrigada pela review... É bom saber que está gostando da fic!!!! Espero que tenha gostado desse capítulo também!!! Beijões...

Juliana: Oi Ju! É bom saber que está gostando... Deixei um recadinho lá em cima, assim ninguém pensa que eles são os F, Hehehe, pode falar essas coisas, eu não me importo!!!!! Quanto ao desenho, é sim o do Mestre dos Magos... O problema é que Caverna do Dragão (não sei se é assim, pois só vi quase em inglês... Dungeons and Dragons) não é exatamente um desenho como qualquer outro... Há muito envolvido! Muitas surpresas... Espero que tenha gostado desse capítulo... Beijões...

Nat ou Nicole: Desculpa, mas me confundi com o seu nome... De qualquer modo... É muito bom saber que minha fic faz a diferença na sua vida, acho que é uma das coisas que espero quando escrevo!!! Pode deixar que lerei as fics que me indicou... Infelizmente vai demorar um pouquinho, porque estou no fim dessa, e enquanto escrevo não leio... Coisa de louco!!!! Espero que tenha gostado desse capítulo também!!! Beijões...

Mione Lupin: Obrigada pela review, é muito bom saber que está gostando da fic, de verdade! Prometo que o próximo capítulo será o auge da fic!!! Beijões...