Oiiii, tudo bom??? (ai ai que coisa... ~_~ Infelizmente vão ter agüentar!)

                   Eu sei que este capítulo demorou, mas não foi por força de vontade minha. Falta de tempo mesmo. Professores massacram pobres alunas do terceiro ano do Ensino Médio... As provas sempre me perseguem... ~_~

                    O próximo capítulo não faço idéia de quando irá sair...Tenho outros fics para atualizar, e o seguinte será  o meu de Sakura Card Captors, encerrando definitivamente a saga do Li pela Divina Comédia.

                    Não vou falar muito desta vez. Estou cansada até para incomodar.... ~_~                     

                   Os direitos de Inuyasha são de Rumiko Takahashi. Eu já fiz até simpatia, mas não adianta, são todos dela! É realmente uma lástima....O Sesshoumaru é tão lindo...ORO! Eu não disse isso!

                   Vamos ao fic!

     

                                                                                       Amantes

                                                                                      Capítulo 3

Sesshoumaru (com uma voz rouca) – Sabia que ficas muito bem de cabelo solto? É uma pena que não os use mais seguido.

Rin (completamente hipnotizada pela voz dele) – Obrigada...

           Ela podia sentir seu coração disparado. Nunca imaginaria que o dono de seus pensamentos faria algo assim. Mesmo inesperada, tinha que admitir que toda essa situação era perfeita. Ela a tinha imaginado tantas vezes. Idealizara tanto, que jamais pensou que a ilusão pudesse se tornar real. Estava totalmente desconcertada.

           Era um sonho, aquilo poderia ser possível. Não conseguia crer no que estava acontecendo.O mais provável que ultimamente andava sonhando demais com aqueles cabelos prateados tão macios e aquela pele perfumada, que estava confundindo tudo. Era óbvio que alguém como o seu chefe nunca repararia nela...Sua desilusão era tanta que não tinha coragem de olhar para trás.

              O transe em fora colocada desvaneceu-se no ar, quando ele retirou as mãos da cintura dela. Absorta nesses pensamentos, foi surpreendida por uma respiração quente muito próxima à sua orelha. Estava tão concentrada em se auto-depreciar, que, não percebeu quando e como Sesshoumaru tinha afastado algumas mexas de seu cabelo, deixando seu pescoço desnudo.

Sesshoumaru (sussurrando) – Pensando em que, minha cara? Pensando no que vou fazer contigo daqui a pouco?

              Ao constatar que a tinha deixado envergonhada, ele mordeu o lóbulo da orelha direita dela fazendo que ela se arrepiasse por completo. Percebendo, Sesshoumaru mordiscava e beijava toda a extensão do pescoço da jovem.

               Isso tudo era verdade? Sim! Agora Rin acreditava. As carícias, as sensações maravilhosas que ele estava lhe proporcionando...As suas mais profundas e secretas fantasias realizando-se a deixando nas nuvens...   

               As mãos dele voltaram para a cintura dela e com um movimento rápido, ele fez com que seus olhos se encontrassem. Não pôde evitar o sorriso quando viu a face espantada da garota: seus olhos arregalados, a respiração rápida, sua boca envolvida por um leve tom de rosado estava entreaberta.

              Olhando-a nos olhos, sorriu de forma maliciosa demonstrando claramente o que pretendia fazer. Abraçou-a, a obrigando a se aproximar, de forma que apenas uns poucos centímetros os separassem. Fitando-a intensamente, Sesshoumaru, foi lentamente aproximando seus lábios dos de Rin.

Esta, ciente do que estava por vir, fechou os olhos, esperando por um beijo que não veio. Abrindo os olhos encontrou o belo homem de cabelos prateados a devorando com os olhares gulosos.

               Se ele queria brincar...Ela entraria no seu jogo.

               Ele estava com várias idéias para com ela. O que iria fazer, o que iria sentir...Ele não seria carinhoso. Queria envolvê-la, tomá-la, aproveitar todos os momentos. Sorriu internamente, decidindo finalmente agir.              

              Ela, porém, antes que pensasse em fazer algo, Sesshoumaru a empurra, fazendo com que acabe com o espaço que a separa da parede e bata levemente às costas. Ele a olhava com um jeito extremamente malicioso, estavam jogando, e ele queria se divertir antes de saciar suas vontades.              

               Rin, ao tomar consciência do que havia acontecido, ia demonstrar indignação. Ela gostava dele, sempre o desejara, mas nunca permitiria ser tratada desse modo grosseiro. Pensou em sair.

               O senhor presidente, cruzando toda a distancia que os separavam tomou seus lábios em um beijo cheio de luxúria e desejo. Completamente atônita, ia empurra-lo e sair daquela sala, contudo, suas intenções foram totalmente anuladas pelas mãos dele que levantavam sensualmente, sua saia preta, agarrando firmemente suas coxas.

                 Quando Sesshoumaru finalmente abandonou a boca da garota, seus olhos fixaram-se nos botões da blusa que ela usava. Ela percebendo, a volúpia contida no olhar do presidente, não quis mais resistir.Finamente teria a oportunidade de realizar seus desejos se entregando ao homem que tomava conta de sonhos. Definitivamente, ansiava por ele.Levou suas mãos aos botões e lentamente começa a abri-los revelando seu busto, apenas encoberto por um sutiã de renda branco.

                 Quando ele fez menção de se aproximar para tirar lhe à roupa de vez, Rin, segurou as mãos dele e encarou de um modo tão malicioso, que enlouqueceria qualquer homem, despertando em Sesshoumaru, uma vontade de jogá-la no chão e a possuir ali mesmo.

                Com um puxão, ela fez com que seus lábios se unissem novamente em um beijo voluptuoso e lascivo. Originalmente pasmo, Sesshoumaru logo controlou a situação aprofundando mais o beijo e retirando a totalmente a alva blusa dela.

                  Todavia, para grande surpresa dela, ele se afasta repentinamente, indo em direção a sua mesa.

                  Ele senta-se em sua cadeira, arrumando as roupas amarrotadas, e começa a mexer nos papéis como se nada tivesse acontecido.

                 Não podia crer no que estava acontecendo. Seu corpo estava em chamas ela o queria, e sabia que ele a queria também. Seu corpo tinha demonstrado isso claramente.

Sesshoumaru (inexpressivo) – Senhorita Rin, devo lhe pedir que tudo o que aconteceu aqui, daqui não saia...

Rin (sem entender nada) – O quê?

Sesshoumaru (indiferente) – Bom, se quiser contar por mim tudo bem. Ninguém vai acreditar. Agora se vista, preciso que fique até mais tarde comigo hoje, temos que preparar a reunião...

Rin (interrompendo) – Sim, eu sei. Com licença, SENHOR presidente.

                Rin pegou sua blusa e a vestiu com uma velocidade que impressionaria qualquer um. Isso era óbvio, estava possuída pela vergonha. Não acreditava que há poucos minutos atrás estavam um nos braços do outro e agora ela estava sendo dispensada, humilhada. Nesse momento várias coisas passaram pela sua cabeça, até mesmo uma possível homossexualidade de Sesshoumaru, afinal ele e Jaken passavam um tempo considerável juntos.Balançou sua cabeça para os lados e com isso espantou esse pensamento, tudo o que queria era difamá-lo e conseguir uma desculpa para tamanha rejeição.

                 Nos seus sonhos não era assim que terminava...Era sempre com...Corou com seus pensamentos.

                Não era conveniente para ela que comentasse o que acabara de acontecer, isso tanto podia reforçar os boatos que já haviam sobre eles, como podia colocar sua moral e principalmente sua auto-estima mais para baixo.

                 Seu peito foi tomado por uma tristeza incomensurável, apesar disso, prometeu a si mesma que não choraria na frente dele. Recompondo-se se curvou para ele, que repetiu o gesto dela. Ao virar-se para à saída não pode mais evitar o choro. Naquele momento, ela jurou que apesar de seus sentimentos não o deixaria tocar mais nela.

                 Sesshoumaru aparentemente estava calmo.

                Apenas aparentemente, ele tinha que admitir que a sua secretária soube muito bem como tirá-lo do sério. Quase não conseguiu se conter.

                A verdade foi que estava com uma imensa vontade de jogá-la no chão e ir até o fim, como fazia com todas. Ele era um conquistador, não amava ninguém, apenas queria alguém para satisfazer seus desejos de homem. E esse era um dos motivos pelo qual não paravam mulheres naquela empresa. Todas, sem exceção, apaixonavam-se por ele. Pelo seu jeito arrogante, seguro, esnobe, e principalmente pelos seus raros sorrisos. Ele sabia como ser encantador, e elas sempre o recompensavam.

               Mas, com Rin foi diferente, não conseguiu fazê-la mais um número de suas conquistas. Ela tinha algo especial. A preocupação com ele, a dedicação, e principalmente o amor que estava sempre estampado nos seus olhos. Será que ele sentia algo por Rin? Sim sentia. Pelo menos na vida desta mulher ele não seria um cafajeste.

              Adoraria ter proporcionado o momento que ela queria. Todas tinham sido fáceis demais, não ofereceram nenhuma resistência. Ele procurava alguém que olhasse diretamente para ele, não para o seu dinheiro, sua posição, que lhe visse como pessoa. E até agora isso não tinha acontecido. A maioria olhava para ele primeiro por causa da sua fortuna, depois por sua beleza, nunca pela pessoa que ele realmente era. Rin não tinha isso, ela sempre o olhara como pessoa que ele era, e foi isso que o comoveu fazendo com que retrocedesse.

              Sentiu muito ao perceber que ela chorava, mas foi melhor assim. Com um suspiro, passou as mãos pelo seus cabelos numa tentativa de controlar o fogo que só crescia dentro dele. Tirou o paletó cinza que trajava e afrouxou sua gravata. Nesse momento agradeceu aos céus por ter uma suíte dentro de sua sala.

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                  Todos comentavam pelos corredores em como à senhora do vice-presidente era linda e elegante.

                  Kikyou vestia uma calça negra que ia até os joelhos justa e descia solta encobrindo uma bota de bico fino também negra com uma blusa social vermelha. Seus cabelos estavam presos em coque revelando os contornos do pescoço fino e delicado. Seus olhos estavam pintados com lápis preto, realçando a cor de seus belos olhos castanhos.

                Poderia passar pelos funcionários e os cumprimentar, mas isso nunca acontecia. Se existia alguém mais esnobe que Sesshoumaru, essa pessoa com certeza era Kikyou.

               Passava pelas pessoas como se não tivesse ninguém ali, todos se perguntavam o que Inuyasha tinha visto nela, e pensavam que tinha sido incompetente até mesmo para escolher uma esposa.

                 Sem nem mesmo olhar para os lados, ela chegara à sala de Inuyasha no trigésimo andar junto com a de Sesshoumaru e Miroku. Sem se preocupar em bater, adentrou a sala do marido.

Inuyasha (sem olhar quem era) – Miroku saia já daqui! Cada vez mais eu vejo urgente a necessidade de ter uma secretária...

Kikyou: - É mesmo, meu querido?

Inuyasha: - Pare de imitar a voz da minha mulher! Não adianta que eu não vou deixar que tu escolhas por mim!

Kikyou (sem entender nada) – Escolher o quê, Inuyasha? Não reconheces mais a minha voz, querido?

             Inuyasha virou a sua cadeira de modo que pudesse ver quem estava parado na frente da porta. Não acreditou nos seus olhos quando viu que era mesmo a sua esposa que estava ali parada. Como ele pôde a confundir com o idiota do Miroku? Com certeza, não saber diferenciar a voz de sua amada com a do amigo, era uma vergonha.

           Misturando esses tipos de pensamentos com a visão daquela linda mulher, ficou sem ação na cadeira. Ela, sempre provocava certas sensações nele.           

Kikyou (sorrindo) – Não vai vir cumprimentar a sua mulher, meu amor? Eu estava com saudades...

             Aquilo, como tudo que ela dizia soou como uma ordem para ele. Ordem? Nem precisa disso para fazer o que ela tinha falado. Levantou-se com um grande sorriso no rosto e dirigiu-se para onde Kikyou estava. Quando chegou perto o suficiente a beijou de modo apaixonado, mostrando todos os sentimentos que nutria por ela. Ela retribuiu com igual paixão, também gostava muito daquele homem, carregava um "pedaço" dele em sua barriga. Mas não pôde deixar de demonstrar que estava desgostosa.

             Inuyasha percebendo, interrompeu o beijo. Segurou a mulher pela cintura e a fitou intensamente, algo a incomodava e ele descobriria. Não gostava de vê-la de outro modo que não fosse feliz, e de preferência com ele.

Inuyasha: - O que foi, Kikyou?

Kikyou: - Eu sei que não vais gostar muito do que vou falar, principalmente porque não gostas muito da Kaede...

Inuyasha (interrompendo) – Eu não a suporto!

Kikyou: - Hei! Cuidado com o que falas! Ela é minha irmã e não admito que fales mal dela na minha frente!

Inuyasha: - E pelas costas pode?

Kikyou: - Inuyasha! Por favor!

Inuyasha: - Por quê? Não dizem que o que olhos não vêm o coração não sente?

Kikyou (perdendo a paciência) – Já tivemos várias brigas por causa disso. Kaede esta doente! Esta a beira da morte!

Inuyasha (sarcástico) – O quê? Mas como? Que pena...

            Kikyou perdeu a calma com o marido.

            Inuyasha não gostava de Kaede por ela ser metida e ficar sempre opinando no casamento deles.

            Para seu esposo, ela era uma solteirona que tinha perdido a juventude cuidando da irmã mais nova tornado-se amargurada com isso. Nisso tinha que concordar com ele, Kaede perdeu vários pretendentes por causa dela.

           Os pais delas morreram em um acidente de carro, e coube à ela criar e educá-la. Fora à mãe que Kikyou não teve, sempre foi muito boa e carinhosa com ela, pagando o preço de ter que ficar sozinha.

           Agora, que seu coração estava fraco iria até sua cidade natal e cuidaria dela o tempo que fosse necessário, Inuyasha querendo ou não.

          Desvencilhou-se dos braços dele e foi para o fundo da sala, de modo que seus olhos não se encontrassem.

Kikyou (com a voz tremendo) – Kaede esta muito mal de saúde. Esta com um problema no coração. Ela já tem idade e...- chorando - tu sabes que ela me criou! Eu comprei a minha passagem assim que me avisaram. Qualquer coisa que acontecer com ela eu quero estar ao seu lado! E além do mais acho que não vou fazer tanta falta para ti assim...

         Inuyasha entendia que ela estava triste por causa da irmã. Mas de onde tinha tirado tal absurdo que ele não sentiria a sua falta? É claro que sentiria. Cada minuto. Só em pensar que não teria mais a felicidade de chegar em casa e ver o seu sorriso, vê-la esperando por ele toda perfumada, o enchia de tristeza, deixava-lhe com um vazio que nem mesmo ela poderia imaginar.

         Sem pensar mais, dirigiu-se até onde sua esposa estava. Estava chorando. E por causa dele. Não agüentava ver ninguém chorar, ainda mais ela. Colocou suas mãos nos ombros dela. Queria passar conforto, se redimir das brincadeiras que tinha feito. Desculpar-se. Kikyou iria mesmo que ele falasse para não ir, todavia ele não faria isso. Entendia a importância disso para ela. Colocou-se em sua frente fitando-a profundamente.

Inuyasha: - Kikyou, eu nunca a impediria de ir ver a sua irmã. – erguendo seu queixo de modo que olhos dela encontrassem os seus- Baseada em que argumentos, a senhora me diz uma atrocidade dessas? Que eu não vou sentir tua falta? É claro que vou! Tu és a mulher que amo, com quem me casei. Ficarei louco sem a tua presença, porém compreendo a necessidade de irdes cuidar da velhota Kaede.

       O homem de cabelos prateados enxugou as lágrimas dela com movimentos delicados em seu rosto. Puxando-a para junto de si, beijou sua fronte, e lhe sorriu. Um sorriso que demonstrava o quanto gostava dela. Nesse momento, ela apenas pensou na bela escolha que tinha feito em casar-se com ele. Não pôde mais manter a cara fechada. Suas feições suavizaram-se e deu um lindo sorriso. Seu marido com enorme delicadeza segurou sua mão e a beijou. Ao levantar seu olhar, ele a puxa pelo braço de modo que ela ficasse muito perto dele.

Inuyasha (sussurrando) - Quando vais partir?

Kikyou (arrepiando-se) - Amanhã...Bem cedo, no primeiro vôo...

Inuyasha: - Então vamos embora que meu expediente já terminou. Essa noite será apenas nossa. Vou fazer com que nunca se esqueça de mim...

Kikyou (passando a mão levemente no rosto dele) - Ah é? Estou ansiosa! Poderia me mostrar?

Inuyasha: - Claro que sim. Quando chegarmos em casa, eu não te darei folga...

             Inuyasha a beijou apaixonadamente. Suas mãos passeavam pelas costas da bela mulher até que chegaram em sua cintura. Kikyou correspondeu com igual paixão, enquanto permitia que ele aprofundasse o beijo. As mãos da jovem senhora alisavam os cabelos dele, até que se acomodaram confortavelmente em sua nuca. O desejo já estava ficado incontrolável para ambos, até por falta de ar se separaram. Seus olhos desviaram-se da esposa e deu uma última olhada na sala procurando seu terno, que não diferente dos outros dias estava jogado em um dos cantos da mesma. Foi até lá, e o pegando, ergueu a mão chamando a esposa para que ela lhe acompanhasse. A mulher sorriu, e foi até onde ele estava, ele abraçou e saíram não só do cômodo, mas da empresa. A noite prometia. E eles sabiam disso.

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             O despertador não havia tocado. Amaldiçoava-se por não ter coloca pilhas novas nele. Mas, não pôde evitar o pensamento de que este era outro dia, e que começa "bem".

            Pulou da cama em pânico. Estava novamente atrasada, e justo hoje, que era um dia decisivo em sua vida. Finalmente poderia começar a melhorar, e, quem sabe voltar a ter esperança que as coisas mudariam. 

             Desde da morte da mãe, sua vida estava um caos. Foi obrigada a largar o emprego que estava anteriormente para dar atenção ao irmão. A faculdade jamais largaria, era uma promessa que tinha feito ao seu pai antes dele morrer. Aliás, isso era uma coisa que até hoje não conseguia aceitar. Seu pai, o único homem que admirava, aquela pessoa cheia de vida, o herói idealizado...Morto. Questionava-se em como e por que isso tinha acontecido. Ele trabalhava no que gostava dando aulas de kenjutsu no templo da família, até o câncer o vencer. Foi tarde demais para ele. Sua mãe, não agüentou a dor quando o marido tão amado se foi. Caiu em uma depressão terrível, não queria mais viver, o pilar que sustentava aquela família não figurava mais entre eles. Foi de desligando de tudo, já não queria mais comer, o que deixava seu irmão mais novo desesperado. Três meses depois do esposo, sua alma se juntara a dele.

             Já havia um mês que isso acontecera, que veio mais um problema: seu irmão. Meteu-se em gangues, começou a andar com péssimas influências para garotos de dezessete anos, isso tudo só poderia acarretar em uma conseqüência: a prisão.

             Sim, seu irmãozinho estava em uma casa de detenção e por enquanto sem previsão para sair.

            Esta reflexão já fazia parte de sua rotina diária. Tudo tinha acontecido de uma maneira tão rápida que foi inevitável. Meditando sobre isso evitava a loucura. Sua loucura. Isso seria o golpe final, uma órfã, com o irmão presidiário, enlouquece. Riu do próprio pensamento. Daria uma ótima reportagem, isso seria cômico se não fosse trágico.

             Apesar do pânico inicial com que tinha acordado, estava mais calma. Foi até o banheiro e tomou banho rápido. Secou-se apressadamente e parou em frente ao guarda-roupa. Minuciosamente escolheu a vestimenta que iria trajar naquele dia, afinal era fundamental causar uma boa impressão. Deixou o cabelo solto, gostando da imagem que o espelho lhe mostrava e saiu do quarto. Porém, antes de sair da casa, não conseguiu evitar pegar algumas bolachas para comer no caminho.

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             Sango esperava a amiga a mais de meia hora em sua casa. Tinham combinado que Kagome passaria lá antes da entrevista para que ela lhe desse algumas dicas, e principalmente, para acalmá-la. Não era o seu primeiro trabalho, mas era com certeza o que definiria sua situação. Agora que estava morando sozinha no templo Higurashi, necessitava ainda mais de ajuda, ainda mais de apoio.

              Tirando-a de suas divagações, a campainha toca. Percorrendo toda a extensão da sala, a garota abre a porta. Era Kagome.

              Sango não pode evitar de sorrir. A cumprimentou e convidou-a para entrar. Gentilmente mostrou-lhe o sofá para que ela se acomodasse. Contudo, não conseguiu impedir que seu olhar caísse na roupa que ela estava usando.

Sango: - Kagome? Irás na entrevista vestida assim?

Kagome (sem entender a pergunta) – Sim, por quê? Achas que estas roupas não estão apropriadas?

             Kagome estava com uma saia azul marinho até o joelho, que cobriam uma meia-calça cor da pele, uma blusa branca de decote redondo, justa no corpo de mangas compridas, por cima um casaco igualmente azul e uma bota de cano alto preta. 

Sango: - Que pergunta...

Kagome: - O que eu deveria mudar?

Sango: - Tudo!

Kagome: - Por exemplo...

Sango: Primeiro: quando vamos há uma entrevista nunca devemos ir de saia...

Kagome (interrompendo) – Por quê?

Sango (ignorando a pergunta da moça) – Continuando o que eu dizia...Nunca devemos ir de saia porque ao fazer movimento com as pernas pode desviar a atenção do entrevistador para as mesmas...Segundo: nunca vá com blusas decotadas e que revelam como Deus fora gentil contigo...Terceiro: o salto. Nunca vá de salto alto, pois dizem que o barulho incomoda. Quarto e último: o cabelo. Este deve estar preso revelando seu rosto que também não deve estar muito maquiado. Ah! Sobre brincos...De preferência vá com um pequeno, quase imperceptível.

Kagome: - Quando fui à última entrevista de emprego não exigiram nada disso...

Sango (debochado) – Deve ser por isso que estás empregada.

Kagome: - É sério! Eu não sabia disso! Bom, mas como irei fazer para ir? Pelo que me disseste eu terei que me arrumar novamente.

Sango: - Exatamente.

Kagome (desanimando-se) – Só que...Apenas em voltar para casa perderei muito tempo.

Sango (indo para o seu quarto) – Façamos o seguinte: eu te empresto roupas minhas, já que vestimos praticamente o mesmo manequim. Venha comigo. Como já estou pronta, esta hora que falta gastaremos em ti. Para que causes a melhor impressão possível no vice-presidente.

Kagome (indo com ela) – Sim, muito obrigada por tudo que tem feito por mim, Sango!

Sano (piscando para ela) – Não precisas agradecer-me, amiga! Se eu estivesse na mesma situação em que tu se encontras tenho certeza que farias o mesmo por mim!

Kagome (sorrindo) – Sim! Com certeza!

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             Apenas a fachada do prédio já  entorpecida a visão da garota. Não acreditava que iria disputar uma vaga em um dos maiores arranha-céus de Tókio. A matriz da multinacional Jikon Tama, antes de tudo era muito elegante. Acompanhada da amiga, agradeceu aos céus por ter passado em sua casa antes, caso contrário seu coração já teria saído para dar uma volta, ou talvez nem voltasse mais, tamanha era sua apreensão e desespero. Pararam no vigésimo andar, no qual a telefonista trabalhava.

               Ao saírem do elevador, foram até a recepção para que a garota colocasse suas coisas na mesa. Kagome fitou-a tentando compreender o porquê dela ter ficado ali. Ao perguntar isso à amiga, obteve a resposta que todos a conheciam assim por causa de seu antigo emprego da família dos donos, explicou que tinham um hotel e que Sesshoumaru o vendeu para acumular capital e investir no negócio que ele apostava que daria certo, contudo antes de vender prometeu que todas as pessoas que trabalhavam lá teriam lugar garantido na empresa de eletro-eletrônicos. Kagome sentiu-se uma idiota, como pôde esquecer que Sango havia trabalhado durante anos como telefonista? Às vezes pensava que os baques emocionais que sofria tinham sido mais fortes do que ela realmente pensava.

Sango: - Kagome, espere-me aqui. Eu já volto.

Kagome: - Tudo bem, Sango.

               Estava com o olhar perdido, sem pensar em nada especificamente, até que algo lhe chama atenção, ou melhor, alguém. Tinha um porte de cavalheiro medieval, um semblante sério, elegante, cabelos prateados longos e sedosos e os olhos...Dourados. A garota só pensava em como aquele homem podia ser tão maravilhoso. Era beleza demais para apenas um ser...Enquanto outros pareciam que tinham saído diretamente das portas do Inferno.

              Sem perceber fez uma careta, chamando atenção do belo homem, que até então estava totalmente alheio à sua presença naquele local.

                Seu coração disparou quando viu que ele aproximava-se dela. Só conseguia pensar que tinha morrido e estava no céu e que um anjo dirigia-se a até ela caminhando ao mesmo tempo com graça e imponência.

Homem: - Desculpe-me. Eu a confundi com outra pessoa...

Kagome (desiludida) – Tudo bem.

Homem: - Peço que me perdoe novamente, és muito parecida com uma conhecida minha...

Kagome: - Isso é bom?

Homem: - Claro que és..Qual é seu nome jovem?

Kagome: - Meu nome??

Homem: - Sim...

Kagome: - Me chamo Kagome Higurashi.

Homem (segurando sua mão delicadamente e a encarando nos olhos) – Muito prazer senhorita Higurashi. – e beijou as costas da mão dela -  Meu nome é...

Voz: - Sssenhor Sssessshoumaru!!!!

Sesshoumaru (sorrindo) - Como eu estava dizendo senhorita Higurashi, meu nome é Sesshoumaru. Sou o presidente desta companhia.

Voz : - Sssehor  pressidente, ssenhor Ssessshoumaru!!

          Sesshoumaru largou a mão de Kagome e virou-se para Jaken. Ele havia feito esse escândalo todo por causa de algumas ligações das filiais nos Estados Unidos. Com um breve gesto, ele despede-se dela gentilmente com um belo sorriso no rosto.

Sesshoumaru: - Tchau, senhorita. Espero que nos encontremos mais vezes.

            Quando retirou-se deixou uma jovem suspirando na sala. Além de ser maravilhoso, era gentil, e tinha uma voz linda! Era perfeito! Elegante, chique e era o presidente. Rezava aos céus que ele fosse solteiro.

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            Inuyasha estava a mais de dez minutos tentando começar a trabalhar. Agora, para juntar-se com sua falta de vontade, estava a saudade da esposa.

            Kikyou tinha partido há uma semana e para ele parecia uma eternidade. Apesar de ligarem-se todos os dias, a solidão e o sentimento de abandono não diminuíam. A cobertura onde moravam já era enorme para os dois, com ele sozinho tornava-se imensa. Pelo menos, para amenizar a separação temporária tinha várias recordações dela, em especial da última que tinham passado juntos.

             Aquela noite fora realmente indescritível. Amaram-se das mais variadas formas possíveis. Ao lembrar-se disso não pôde evitar um sorriso maroto na face, e inconscientemente pousou seus olhos no porta-retrato com a foto do casamento dos dois. Não gostava de Kaede, mas pedia aos céus que ela se curasse o mais rápido possível, ou morresse de uma vez, para ter a sua mulher e seu filho de volta, e com ele.  

          Estranhamente, Miroku não tinha ido o incomodar ainda. Ele deveria estar ocupado, estudando as formas do corpo feminino, provavelmente do corpo de Sango.

           Resolveu ir até o andar onde Sango ficava, na recepção. Saiu de sua sala e foi até o elevador.

           Quando saiu deste, deu de cara com uma miragem em sua frente. Só poderia ser miragem mesmo. Como um homem que anda durante muito tempo no deserto e depois começa a fantasiar coisas, enxergar o que não existe. Ele pensou que estava ficando assim. A insanidade tomando conta dele. Aproximou-se mais na figura feminina à sua frente. Sim, era ela. Sua mulher! Esplendida, com aquela roupa. Vestia uma calça preta social, uma blusa branca com breve decote "canoa" e um casaco também preto fechado que fazia conjunto com a calça. A principio estranhou o salto baixo, mas logo imaginou que finalmente ela tinha tomado consciência que saltos altos poderiam prejudicá-la no seu "estado" de grávida.

           Kagome ainda estava pensando no belo homem que tinha acabo de conhecer, até que sentiu ser observada. Observada? Ela estava sendo "engolida" por outros olhos dourados. Um homem de cabelos prateados, muito parecido com Sesshoumaru aproximava-se dela como um lobo em busca de comida. Assim, como o presidente, ele também era lindo. Não teve mais tempo para suas indagações. Rapidamente, ele acabou com a distancia que os separavam e a puxou para junto de si beijando-a. Kagome pensou em não corresponder, em afasta-lo de si, bater nele, mas não conseguiu. Nunca, ninguém havia a beijado desta forma. Era um beijo cheio de saudade, desejo, paixão, luxuria, não existia uma palavra que o definisse. O beijo foi aprofundado por ele, enquanto suas mãos apertavam a cintura da jovem contra o seu corpo. Ela, por sua vez estava completamente envolvida naquele momento e acabou abraçando-o com força. Porém, aquele momento foi quebrado pela falta de ar de ambos.

         Inuyasha após beijar a sua amada mulher abraçou-a com força. Não soube dizer exatamente quanto tempo ficaram daquele jeito. Mas não foi muito, já que ele já a envolveu em outro beijo. Ele estava louco de saudade. Apenas queria levá-la para casa jogá-la na cama e repetir tudo que tinham feito na última noite que estiveram de fato juntos.

          Kagome não fazia idéia de quem era aquele homem, mas ele a tinha envolvido. Não queria que ele pensasse que era daquelas garotas fáceis que se deixam seduzir apenas para ter uma noite de amor e prazer. Queria falar com ele, mas não conseguia, pois cada movimento, cada gesto para com ela era cheio de amor. Ela sentia isso. E não pôde deixar de sentir inveja da mulher que estivesse com ele. Sim, porque era certo que ele a havia confundido.

           Inuyasha, abraçou-a novamente, e começou a sussurrar lindas palavras, o que faria com ela, o que faria por ela. Notou que a tinha feito rir. Sorriu internamente por tê-la novamente com ele. Até que se desvencilhou dela...

Inuyasha (sorrindo) –Kikyou, meu amor. Que bom que voltaste! Eu estava morrendo de saudade!

           Ele falou isso olhando diretamente em seus olhos. Bem que ela queria assentir, mas tinha que dizer a ele que, infelizmente, ela não era a Kikyou. Mas antes que pudesse proferir alguma palavra, foi interrompida por Sango que se aproximava.

Sango: - Kagome, eu demorei muito??

Inuyasha (sem entender) - Kagome?

CONTINUA.....

         Nossa! Como me deu trabalho este capítulo! ~_~ Mas acho que o resultado ficou bom! Pelo menos eu me esforcei para isso!

         Eu queria dizer algumas palavras sobre o que fiz a Sango dizer. Escutei que essas coisas são realmente necessárias para uma entrevista. Um grupo no meu colégio fez uma apresentação sobre isso, e como eu não esqueci achei que ia ficar legal de colocar aqui! ^_^

       Muito obrigada pelos reviews que me deixaram! Não sabem como isso me deixou imensamente feliz! É bom saber que eu estou agradando, e, principalmente que tem gente torcendo para certos casais neste fic! Eu só posso desejar que continuem acompanhando a história e me dizendo o que acham.

          Agora os agradecimentos:

          Muito obrigada a minha querida irmã Diana que revisou este capítulo para mim. Desculpe tomar o teu tempo com isso. Eu agradeço imensamente o que fez por mim! Espero me lembrar de tuas dicas e prometo fazer o que combinamos sempre que terminar um capítulo! Ah! Eu preciso dizer que qualquer coisa que precisar de mim eu ajudo com o maior prazer? Acho que não! ^_~

          Rae, deve estar dando graças a Deus que eu não te incomodei com este capítulo. Dessa vez a vítima foi única! Obrigada por ter me elogiado nas primeiras cenas.           

           Kath, minha amiga, finalmente esta aqui o capítulo 3. Eu não sei o que tu queres com ele já que sabia tudo (e mais um pouco) (do que ia acontecer). Fico muito feliz que esteja gostando deste fic! ^_^

          Kagome. O papel do Souta te impressionaste, é? Espere para ver o que eu tenho reservado para ele. ^_^ Desculpe pela demora, espero que ainda tenha unhas! ^_^

           Chibi Lua: muito obrigada por ler os meus rascunhos! Espero que tenha gostado do rumo que a "relação" da Kagome com o Inuyasha esta tomando. E agradeço por me incentivar, suas opiniões são sempre muito importantes para mim! ^_^

            Kagome-Chan: amiga, sei que vai ficar sem computador um tempo. Mas quando conseguir ler este capítulo novo, espero saber a tua opinião. Sabe que ela é muito importante para mim! ^_^

            Sayo (Jéssica): eu fui muito má com a Kagome mesmo. Mas isso era fundamental para o que eu tenho em mente para ela, esse é o motivo principal dela sofrer tanto. Espero que tenha gostado deste capítulo!

           Júlia. A Kagome apareceu, mas este capítulo tem muito da Kikyou também. Mas acho que tu deves ter gostado muito da cena final, não? Mil perdões pela demora! ^_^

           Ana *Hakubi. Estou ansiosa para saber o que achou da cena do Sesshoumaru e da Rin. Afinal, se eu fiz algo com esses dois foi muito inspirada no teu fic, que eu gostava muito, pena que acabou. ;_;

           Andréa Meiouh: espero que esteja gostando desta relação entre patrões e secretárias. (eu confesso que estou achando interessante, mas a minha opinião não conta! ~_~) Sinto muito se a relação do Inuyasha com a Kikyou foi difícil de "engolir" mas ela tem um papel fundamental neste fic! Hahahahah. ^_~  Espero que tenha gostado deste capítulo!

          Misao Hayashi. Que bom que gostaste da minha história. Espirituosa até pode ser, mas bem escrita é gentileza tua! Oh! Quem será a tal amante? Mistério...Fico feliz que por minha causa esteja mais empolgada para ler este livro, afinal ele é um dos meus favoritos!

           Miaka. Finalmente esta aqui o capítulo 3 e com aquela cena que eu já havia te mostrado, mas com "algumas" mudanças! Espero que tenha gostado do fic!

            Isa: o Inuyasha é um coitado na minha mão! Como eu faço ele sofrer! O Miroku diz cada coisa para ele...Finalmente terminei o capítulo que esta clamando por este término. Espero que esteja bom!

            KayJuli. Com certeza pensei que tu não ia ler este fic. Mas fiquei muito feliz que tenha lido e que tenha gostado! É uma honra uma escritora como tu estar lendo algo que esta humilde serva escreve! (exagerada...na minha parte é claro!) Espero que tenha gostado!

           Bia. Finalmente saiu o capítulo!!! Estarei ansiosa para saber a tua opinião!

           Kagome Higurashi. Desculpa a demora, está aqui o capítulo!

        Agradeço também a Cherry, minha querida amiga que tem me elogiado muito neste fic, a Kagome-chan, e a Samantha.

 Beijos a todos!!!

E até o próximo capítulo!!

DAI