Kagome não soube o que fazer. Achara a bomba? Que legal, agora ia explodir com ela! Se não tivesse tentado arrumar a bagunça que Inu-Yasha fizera, teria se saído melhor nessa "missão"...
- Será que, pelo menos, alguém podia dar uma olhada nessa coisa? – perguntou ela após alguns segundos, começando a irritar-se.
Inu-Yasha aproximou-se e olhou-a bem fundo nos olhos.
- Vou tentar fazer o possível, só não tire as mãos daí.
A garota impressionou-se com o tom de voz que ele usara com ela. Não era o jeito mandão de sempre, mas um pouco mais calmo e... Com uma nota de desespero...? Não, devia ser só sua impressão. Ele nunca mudaria, continuaria com aquele seu jeito arrogante de ser.
Miroku juntou-se a Inu-Yasha, e ajoelhou-se em frente a Kagome. O que aquele pervertido estava pensando em fazer? Não confiava muito em seu comportamento, principalmente quando ela estava com as mãos ocupadas...
"Um minuto para a explosão."
"timo. Só tinha mais um minuto de vida. Agora que a igreja ia pelos ares, junto com suas entranhas. Inu-Yasha apenas permanecia quieto, de braços cruzados. Afinal, o que ele estava fazendo? É, esse cara a odiava mesmo... Ficar esperando enquanto ela explodia não era um comportamento muito normal para quem, pelo menos, tinha um pingo de consideração com os outros... Bem, quem se importaria? Iria morrer, mesmo...
- Eu juro que, se sair dessa, dou um big de um beijo de comemoração em alguém... – comentou, brincando.
Miroku adiantou-se.
- Ok, não em você. Como sei que não vou me safar, vou dar um naquele ali. – ela indicou Inu-Yasha com a cabeça. Ele corou.
- O quê?? Nem morto vou deixar você me beijar.
- Acho melhor você retirar sua aposta, srta. Kagome... Você vai sair dessa.
- Continuo duvidando. "Trinta segundos para a explosão."
- É? Pois não duvide... Porque você vai comigo. – Inu-Yasha a segurou pela cintura. Agora foi a vez da garota de corar fortemente.
- O que pensa que está fazendo???
- Essa bomba não tem dispositivos, está sendo controlada por alguém de fora.
Miroku tirou as mãos de Kagome da cruz.
- Agora, fique quietinha que nós vamos te tirar daqui. – ele sorriu.
- Ei, o que você tá fazendo, Inu-Yasha?? Me larga!!
O hanyou a tinha pego no colo, e agora disparava porta afora. - Dá pra parar de gritar?? Vai me deixar surdo desse jeito!!
- Mas e a bomba?? Você não vai desativá-la??
- Nem tem como, Kagome!! Agora cala a boca e pára de se debater!!
A garota ouviu a igreja sendo explodida. Que bom que tinha saído a tempo... Ou ia virar um daqueles minúsculos pedaços orgânicos que se amontoavam...
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- Você por acaso ficou louco?? Quase me matou naquela bomba que me mandou colocar! Se eu não tivesse saído de lá rápido...
- Cale-se, sua inútil! Não pedi sua opinião! Se tivesse feito seu trabalho direito, não teria se arriscado!
- Se me colocar em mais uma missão como esta, eu juro que...!
- O que fará se eu acolocar em mais uma missão dessa? Você sabe que não tem chance contra mim... Agora vá e rapte a recepcionista!!
-...... Desculpe, mas não vou. - O que disse??
- Eu não vou fazer mais um de seus trabalhos sujos.
- Se não for... Eu arranjarei um jeito de te destruir. Sei todos o seus segredos, todas as suas emoções. Não pode fugir de mim.
-... - Agora vá antes que eu mude meus planos e a mate!!
- Sim, senhor.
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Inu-Yasha a deixou em casa, e certificou-se de que tinha trancado a porta e pego todas as chaves existentes na casa. Como aquela mulher podia gritar tanto??? Seus ouvidos já estavam doendo de tanto blá, blá blá...
- Inu-Yasha, dá pra me deixar sair??? – ouviu ela gritando do outro lado da porta.
- Não, não posso! Você, no mínimo, vai me beijar! Não sou louco de deixar você sair!
- Você acha que eu ia gastar meu primeiro beijo com um panaca como você??
- O quê??? Repita isso se for mulher!!
- Não repito porque não quero gastar minha voz com você!!
- Espera... Você disse primeiro beijo?
- É... Por quê?
Ele riu.
- Não acredito que você ainda não beijou ninguém.
- Algum problema nisso???
- Então você ainda é uma menininha...
- Você por acaso já beijou alguém??
-... Eu já!
- Você demorou muito pra responder, seu baka!!!
- Tá, tudo bem, ainda não!! Mas pelo menos eu sei em quem vou dar, OK??? Sua enxerida!
-... Sabe? E quem é?
- Ora, não é da sua conta!! – ele corou – Agora vê se fica quieta que eu tenho que voltar para o trabalho!
E foi-se, deixando uma Kagome trancada em casa e gritando consigo mesma.
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O celular tocou. Mas que diabos tinha acontecido dessa vez?? Talvez seu chefe tivesse derrubado um copo de café em cima do guardanapo, de novo, ou os donuts acabaram...
Kouga atendeu ao telefone, irritado.
- O que foi agora?
- Nossa, isso é jeito de tratar uma senhorita? Tudo bem então... - Não, Kagome! Espera, não desliga!
- Resolveu ser educado, foi? – sua voz soava com um tom de deboche.
- Com você eu faço tudo...
- Ora, ora, isso por acaso foi uma cantada? – ela riu.
- Bem... Vou pensar no seu caso... Pode ser e pode não ser, o que você prefere?
- No momento... Fico no mais ou menos.
- E... Em que posso ajudá-la, donzela?
- Bem... é que eu queria que você fosse comigo e com o Inu-Yasha para o norte do Japão, sabe como é... Não quero ficar sozinha com aquele patife...
-... Vou ver o que posso fazer.
- Arigatou, Kouga-kun! – e desligou.
Kouga ficou olhando o celular por algum tempo, como se pudesse enxergar Kagome através dele.
Pelo menos não tinha sido seu chefe ao telefone novamente...
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Assim que Inu-Yasha chegou, Miroku entregou-lhe duas passagens de primeira classe.
- Que diabos é isso?
- Lembra do que eu disse sobre a viagem? Ela tinha sido cancelada... Por causa disso, a companhia aérea nos fez a gentileza de substituir as passagens...
- E quando sai o avião?
-... Não me bata, tá?
- Miroku, o que você aprontou??????
- Inu-Yasha, não fique bravo com ele... – Sango chegara à cena.
- Sangozinha, que bom que veio me defender! – o rapaz escondeu-se atrás dela, e acabou passando a mão onde não devia.
O som de um tapa ecoou pelos corredores.
- Seu pervertido!!! – ela estava visivelmente vermelha – Eu não vim te defender!!!!!!
- Será que dá pra me falar quando é que o avião sai??
- Ele sai hoje, às sete. - O QUÊ??? MIROKU, VOCÊ ME PAGA!!!!!! JÁ SÃO SEIS E MEIA, COMO QUER QUE EU CHEGUE A TEMPO???????
Inu-Yasha saiu em disparada porta afora. Miroku e Sango apenas observaram o hanyou correndo. E, logo em seguida, Sesshoumaru chegando. - Ora, ora, o que temos aqui... Sesshoumaru, o que quer?
- Não é da sua conta, Houshi – disse, furioso. - Se está bravo assim é porque conseguiu perder a Rin aqui dentro.
- Cale a boca ou eu juro que te mato, imbecil. – o youkai lançou um olhar assassino para Miroku, que se encolheu.
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Sesshoumaru começou a procurar Rin freneticamente. Já fazia duas horas que não a via... Por onde estaria? No banheiro provavelmente não, já que ninguém podia demorar tanto fazendo suas necessidades diárias.
Entrou no escritório da garota, ainda pensando onde ela poderia estar. Remexeu em alguns arquivos e encontrou algo que nunca estivera lá: uma fita.
Por que uma fita? O que isso queria dizer?
Ele discou o número do celular da garota uma, duas, três, quatro vezes. Em seguida tentou sua casa. Nada, nenhum rastro. Era como se tivesse... Evaporado.
Foi então que Sesshoumaru sentiu cheiro de sangue. Pouco, mas forte. E um produto químico... Daqueles que faziam as pessoas desmaiarem quando entravam em contato com ele.
Que ótimo. Então Rin só podia estar... Não, não podia ser pessimista. Ela devia ter ido para casa descansar e tinha dormido, por isso não atendera ao telefone.
Sesshoumaru correu para onde a garota geralmente ficava... Nos jardins.
Nada.
- Sesshoumaru? – ouviu Miroku chamando-o.
- O que quer?? – disse, quase gritando. - Vai gostar de ouvir isso.
O rapaz entregou-lhe um gravador negro, seguido de uma fita.
- O que é isso? – perguntou-lhe, inserindo a fita e ligando o objeto.
- Parece que a sua princesinha foi raptada...
- Diga isso de novo e considere-se morto.
Sesshoumaru ouviu a fita até decorá-la. Em seguida, devolveu-o a Miroku e saiu andando com o objetivo de matar o desgraçado que fizera isso. Afinal, Cinderela deixara seu sapato para trás... A fita vermelha do escritório.
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- O que quer dizer com isso??? – berrou Kagome, deixando Inu-Yasha quase surdo.
- Eu já disse, não fui eu quem pegou as passagens! Foi o imbecil do Miroku!!! Agora arrume-se e vamos logo!!
- Só se você me ajudar a refazer as malas, porque eu estava tirando as coisas lá de dentro justo agora, enquanto você não me destrancava daqui!!!
- Tá bem, mas você vai prometer que não vai mais gritar no meu ouvido! Assim vou acabar surdo como você!
- O QUÊ??? Quem você tá chamando de surda??
- Ai meu ouvido!!!!!! Cê tá louca???
- Entra logo e não me enche o saco!
- Você, por acaso, tá achando que eu vou te ajudar a fazer as malas?? Se não fosse por mim você não estaria aqui INTEIRA!
- Inu-Yasha, meu amor... – ela lançou-lhe um olhar doce, e acariciou-lhe a face.
O rosto do hanyou transformou-se em um vermelho mais intenso que escarlate na mesma hora.
- O... O que pensa que tá fazendo, Kagome...?
- Inu-Yasha... Entra...
- Não. - Mas que droga, na maioria dos rapazes funciona... – ela deu um suspiro cansado – Só me resta uma opção...
- É? Acha que vai ser tão fácil?
- Inu-Yasha, entra AGORA. – Kagome substituiu seu olhar doce por um de assassino, e apontou para dentro da casa.
- N-Não. – gaguejou ele, começando a ficar com medo da garota.
- AGORA, INU-YASHA.
- Er... Não...?
Ela avançou um passo.
- T-tá, já t-tou indo... – disse Inu-Yasha, entrando encolhido dentro da casa da garota (q legal, entrar pra dentro XPPP).
Ela fechou a porta e guiou-o até seu quarto.
- Pega algumas roupas aí pra mim, vou arrumar a outra mala.
-... A outra mala? Quantas você pensa que tá levando?
- Deixa eu ver... Umas três ou quatro.
- O QUÊ???
- Não me enche o saco. Começa a arrumar. – Kagome dirigiu-se para o banheiro. - Só não mexa na primeira gaveta do armário!
- Por quê, o que tem dem... – ele abriu e arregalou os olhos - ...ais?
Mas o que era aquilo? Uma mulher com... Bichinhos de pelúcia guardados na gaveta do armário? Ursos, cachorros, gatos, coelhos, dinossauros, até uma girafa! Isso numa parte da gaveta... Na outra só exitiam partes de baixos e absorventes...
- Você não abriu ela, abriu? – perguntou ela, chegando novamente no quarto.
Inu-Yasha fechou-a rapidamente antes que a garota pudesse esganá-lo.
- Não, eu não. Por que abriria?
Kagome lançou-lhe um olhar desconfiado.
- Não sei. Por que abriria?
-...
-...?
Inu-Yasha, disfarçando sua vermelhidão por ter aberto a bendita gaveta, pegou algumas roupas jogadas ali mesmo e jogou-as na mala, fechando- a.
- Vamos agora?
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Gent, hj tou meio 100 tempo... entaum naum voh poder comentar nada....
brigada pelas reviews do ultimo capitulo
