Inu-Yasha sentou-se na poltrona do avião e suspirou. Por que tinha escolhido aquela chata para ir com ele?
Ele acompanhou com os olhos as mãos da garota, que tremiam nervosamente e, ao mesmo tempo, puxavam sua mini-saia para baixo. Como se ele estivesse interessado em ver.
Tudo bem, não estava interessado... Não muito. Até que essa garota tinha pernas bonitas...
Olha só. Já estava pensando em besteira. Acho que aquele olhar assassino que ela lhe dera horas antes tinha lhe subido à cabeça.
- O que tá olhando? – perguntou ela, com um sorriso.
- Hem? – ele acordou do transe.
- O que tá olhando? – ela começou a rir.
- Na verdade... Nada. Por que acha que eu estava olhando pra você?
- Seu grosso, só estava perguntando!
- Então da próxima vez não pergunte.
Ela emburrou um pouco a cara. Que bonitinha... Fazendo cara de criança.
Aí, já estava pensando em besteira de novo. Nunca que aquela mulher ia ser bonita.
Se bem que bonita ela já era, era maravilhosa. Do outro lado da máscara tinha um lado não tão cruel.
Será que estava doente? Claro que ela não era tanto assim! Só em seus olhos... Será que estava começando a se... A se ap... A se...?????
Não, impossível. Nunca ninguém se apaixonara tão rápido. Principalmente ele, que tinha um coração mais frio do que um humano normal. Afinal, era um hanyou. Não podia se envolver com humanos... Nem youkais. Em outras palavras... Tinha que ficar sozinho, em seu canto escuro.
Para os youkais e para os humanos... Uma completa aberração. Para os primeiros, por não ser nem um nem outro; para os outros, por ser quase anormal. O que eles queriam dele, então? Não podia mudar sua personalidade, nem mesmo sua aparência.
- Inu-Yasha... Você tá me ouvindo?
- O quê?
- Ai, não ouviu nem uma palavra que eu disse, não é?
- Claro que ouvi.
- Então o que foi que eu disse?
-...
- Tudo bem, esquece...
-...
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Ai, esse Inu-Yasha... Nunca a ouvia... E, quando ouvia, só brigava com ela... Depois falava que fora ela quem começara tudo e que a culpa era dela! Ele tinha mesmo um gênio terrível!
Mas... Por trás dessa máscara carrancuda e mal-educada, Kagome apostava que tinha uma personalidade completamente diferente... Um rapaz gentil, carinhoso, compreensível, amoroso... Não como a maioria das pessoas que conviviam com ela, que a tratavam bem até demais, mas pelo menos o começo daquilo tudo...
Nossa, já estava até pensando besteira... Tudo bem ter uma boa impressão dele por alguns momentos, mas já estava passando do ponto crítico... Começar a meio que elogiá-lo não era algo muito... Normal.
Será que estava se... Apaixonando...? Não, impossível. Mesmo que quisesse, ele nem ligaria para seus sentimentos. Do jeito que era mal-encarado, ela podia se declarar e ele continuaria frio como sempre. - Kagome! Agora é você que não está me ouvindo!
- O quê? Falou alguma coisa?
-... Depois fala que eu que não escuto os outros...
- O que era?
- Pra você colocar o cinto, o avião vai decolar...
As mãos de Kagome voltaram a tremer nervosamente, e a garota não conseguiu colocar o cinto. Inu-Yasha segurou-as e ajudou-a, delicadamente.
- Por que está tão nervosa? – perguntou ele, dando um sorriso de deboche. – É só uma viagem de avião...
- É, só uma viagem de avião para você... – Kagome encolheu-se um pouco e voltou a puxar a barra da saia para baixo – Eu não gosto de aviões...
- Percebe-se.
Por que ele estava sendo tão gentil com ela assim, de repente? Aí tinha coisa.
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Aí tinha coisa. Por que ela estava sendo educada com ele tão de repente?
Bem, não podia reclamar. Tinha que admitir que, vendo-a com medo, queria protegê-la de algum modo. Talvez essa fosse a resposta para sua pergunta de antes: será que estava começando a se apaixonar?
Sim.
E, se essa "tragédia" acontecesse, ele a amaria com todas as suas forças. Nada mais importaria.
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Kagome notou Inu-Yasha olhando-a. Fingiu não se importar, mas corou furiosamente. O que ele vira nela para manter seu olhar fixo desse jeito??
- O que tá olhando? – perguntou ela.
- Nada. A garota corou mais ainda quando Inu-Yasha seguiu o trajeto até a barra de sua saia. Kagome puxou-a mais para baixo.
- Eu juro que, se você tentar olhar, eu te bato aqui mesmo! Seu pervertido! Ele riu gostosamente.
- Acha que eu estou interessado em ver alguma coisa em você? Ainda se tivesse mais peito ou mais bunda eu pensaria no caso...
- Ora seu...!!!! Eu tou bem assim!!!
- Você deve usar aqueles sutiãs especiais, né? Com enchimento? – zombou.
- Não! E, mesmo que eu usasse, não seria da sua conta!
- Feh! Então você usa mesmo...
- Não me enche!
- Aposto que você compra do mais caro só pra poder impressionar os garotos à sua volta...
- Eu não me importo com o que pensam de mim!!
-... Pois não é o que tá parecendo.
Kagome respirou fundo. Calma, garota, calma...
- Ok. Me fala. Você não gosta de mim, não é?
-... Você me irrita.
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Sesshoumaru estava começando a se irritar. O que aquela maldita mensagem o gravador podia lhe dizer onde estava sua Rin??
Escreveu-a em um papel, e pregou-a em seu mural de compromissos. Agora, pelo menos, podia vê-la toda vez que se sentisse cansado e com dor de cabeça.
"A garota está sozinha. Ache-a antes que seja tarde demais... Quer uma pista? Chiclete de menta!!"
Mas que diabos aquilo significava??
Chiclete de menta...
Ok, tinha que começar a raciocinar mais intensamente. O que aquilo tinha a ver com Rin?
Tinha que começar por partes. Chiclete, menta. O chiclete você mastigava, acabava o gosto e você jogava fora. A menta é uma planta.
Isso não estava ajudando, nem seu cérebro. Como podia pensar em coisas tão absurdas??
Miroku entrou no escritório do youkai, meio receoso com o que lhe poderia acontecer. Quando o humor de Sesshoumaru não estava muito legal, era melhor nem chegar perto. Apenas Rin conseguia acalmá-lo.
- O que quer agora??
- Chiclete de menta... Não é?
- O quê?
- A pista... Chiclete de menta.
Sesshoumaru levantou-se bruscamente, deixando a cadeira cair.
- Você sabe alguma coisa sobre isso??
- Er... Não.
Os olhos do youkais avermelharam-se de raiva.
- Então o que veio fazer aqui, imbecil???
- Só perguntar se era isso mesmo... Mas já estou saindo, viu?
Em poucos segundos, o silêncio era absoluto ali na sala de novo. Só a respiração de Sesshoumaru chegava-lhe aos ouvidos agora.
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Yo, minna! Essa foi rápida! Finalmente vou conseguir agradecer decentemente às pessoas q me mandaram reviews!
Jenny-Ci: naum c preocupe por estar com pressa, soh d vc comentar jah tah otimo!!
Taiji Ya Sango-chan: continue lendo entaum! XD
Sakura (Kgome): qntos anos seu irmaum tem? XP a minha tem 9... brigada pelo elogio!!
Bianca Himura: Q bom q tah gostando!! continue lendo por mim, ok? XD
