Oiii, como estão?
Eu estou muito bem, obrigada por perguntarem...^_~
Antes de vocês lerem meu "super texto" eu tenho algumas coisas a dizer (imagina se eu não ia dar a minha incomodadinha básica...) bem, primeiro: eu gostaria de pedir perdão, segundo: desculpas e terceiro dizer que eu realmente sinto muito ter demorado tanto assim com este capítulo, não estava nos meus planos, mas se eu dizer que estava sem tempo, porque estou estudando em dois turnos e um dia da semana até mesmo três estou perdoada? (vale tudo para passar no vestibular... ~_~) Não se preocupem! Apesar da minha falta de tempo e o relógio estar ultimamente contra mim, não abandonarei nenhum fic, pelo contrário continuarei com todos, afinal, agora que eu terminei meu conto de Sakura Card Captors é um a menos para eu pensar e escrever...^_^
Mais uma coisa! Neste capítulo meu texto esta "um pouco" diferente, digo isso principalmente quanto aos diálogos, fiz essa "pequena" mudança depois de umas observações que eu misturava texto narrativo com o dramático, e como eu não tenho a mínima intenção que este texto seja interpretado o mudei definitivamente. Desculpe pelo transtorno, eu não consigo fazer nada direito mesmo ~_~. Aos poucos mudarei os capítulos anteriores, que são poucos, contudo não precisam se preocupar o conteúdo será o mesmo.
Ah! E é claro! Inuyasha não me pertence, todos os direitos estão reservados para Rumiko Takahashi. Já pedi de dia das crianças para o meu pai, mas ele disse que eu estou muito velha para isso, portanto nada de presentes ~_~. Quem sabe dia das bruxas? ORO! Esqueçam! O_o
Amantes Capítulo 4Vestida de branco a mulher tão amada sorria para ele, estavam ambos saindo da igreja para juntarem-se aos demais na pomposa festa que a família dele havia os oferecido. Este sem dúvida alguma era um dos dias mais lindos que ele guardava em sua mente : o dia de seu casamento. O marco que uniria para sempre a sua existência a da bela moça de olhos castanhos que desde pequeno sempre o enfeitiçara. Finalmente, ele a fazia dele definitivamente.
E agora como ousavam dizer que aquela mulher defronte dele não era a sua esposa? Isso era completamente ilógico. Seus traços eram suaves, a face serena, o corpo...Ah! As curvas que o enlouqueciam, que o faziam perder o bom senso, enfim era ela! Estava tão perdido sem a sua querida que não pôde evitar o imenso contentamento quando a viu. Precisou tocá-la, senti-la sua para que tivesse a certeza que não era uma miragem ou um delírio insano. E para a sua felicidade não era.
A figura a feminina o beijou com sofreguidão, o que aliás não era comum em sua retraída senhora, normalmente ela é mais recatada, mas também tem seus dias de "descontrole" este provavelmente era um deles. A saudade deveria ter a afetado tanto quanto a ele.
A única coisa que não conseguia assimilar era porquê a recepcionista tinha dito tais palavras e ainda por cima equivocadas. Não pôde evitar pensar que ela era tão tonta quanto o seu amigo para cometer tal disparate. Além disso, ninguém se deixaria beijar por um estranho. E ele com certeza saberia reconhecer aquela que mais amava na vida.
Em pleno sinal de desconforto e nervosismo, ele leva sua mão as madeixas prateadas, tirando algumas mexas teimosas da fronte que insistiam em encobertar seus olhos. Tentava agora organizar a confusão que havia se formado nos seus pensamentos. Parecia-lhe que tinha feito uma regressão, ou algo parecido, recordou de momentos deles juntos desde a infância, quando se conheceram, até a espetacular noite que passaram juntos antes dela ir para junto da irmã doente. Engano ou não, Sango tinha deixado-o mais do que atordoado com a hipótese daquela à sua frente não ser sua amada.
Sorriu. Era impossível que aquela bela mulher não fosse a sua, fez questão de ressaltar o sua, desde o dia em que a viu pela primeira vez num dos magníficos jardins de sua casa soube que passaria com aquele ser todos os anos que tivesse para viver, se assim ela quisesse, é claro. Ainda não fazia um ano que havia se cassado, todavia para ele era como se tivesse estado com ela toda a sua vida, não conseguia imaginar um dia sem ela, não conseguia imaginar mais o que faria sem ela, não conseguia imaginar o que faria de sua vida sem ela. Afinal, para ele não restava dúvidas que o tempo que passarão juntos não será algo fungas. Para ele, estavam fadados a viverem juntos para sempre.
Rapidamente, dissipou as "nuvens" que cobriam seu bom senso com leves movimentos de sua cabeça para os lados. Kikyou estava de volta, não importava se a velha morreu, ou não. Sua esposa e o seu filho finalmente haviam regressado para ele. Era isso o que realmente contava.
A necessidade de apaziguar o que sentiu durante a separação temporária deles, fez com que se decidisse em procurar amor novamente naquele ser amado. Não sentia a mínima vergonha por não estarem solitários, nunca a tivera, e na verdade estavam sozinhos para ele que ignorava totalmente a presença da recepcionista ali.
Com um sorriso no canto dos lábios e olhos de predador foi a caminho de sua vítima. Inuyasha lhe revelaria o quanto estava ditoso pelo seu retorno.
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O olhar daquele homem causava-lhe arrepios por todo o corpo. Parecia-lhe que ele tentava invadir sua mente, invadir todo o seu ser na tentativa de constatar se era ela a Kikyou que ele tanto amava. Naquele momento sentiu inveja da suposta esposa dele, afinal qual mulher não desejaria ter um marido tão extremamente apaixonado? Certamente era o que toda população feminina procurava. Contudo, para a garota isso era praticamente impossível, já que, ultimamente, o que tinha de melhor na "safra" masculina ou já estava comprometido, ou era homossexual, infelizmente.
Estranhou-lhe que ela tivesse este tipo de devaneio agora.
A situação era difícil, provavelmente ele no mínimo ficaria desconcertado: primeiro por descobrir a verdade e segundo pela vergonha que sentiria ao saber que beijou uma pessoa que ele sequer conhecia. Com certeza, ele ficaria mais do que sem graça. Agora, e ela? Não deveria ter permitido que uma pessoa que não conhecia lhe beijasse tão...apaixonadamente. Porém, aquele sentimento arrebatador que transcendia os poros dele e contagiava-a era quase que sufocante tornando-o algo difícil de não corresponder. O beijo daquele homem era definitivamente algo que aliena, que lhe tirava todo o seu senso crítico, enfim, a deixava nas nuvens. Mesmo provocando tais sensações, a carícia da bela criatura à sua frente era tão impossível de descrever pela quantidade de sentimentos presentes nele que a deixava sem fala. Sentiu-se feliz por um momento somente pela impressão de ser tão imprescindível e importante para alguém, em seus sonhos era como se fosse a Eurídice e ele o seu Orfeu...Não! A história deles é muito triste! Romeu e Julieta? Pior...eles se matam.
"Que bobagem!" gritou para si mesma, tentando deixar de lado essas "besteiras".
Ela não tinha jeito! Por que estava pensando essas coisas? Nunca fora de se apaixonar tão facilmente por alguém, e também nunca acreditou em amor à primeira vista. Esforçou-se então por imaginar que ele tinha uma esposa em algum lugar, e sem perceber seus olhos pousaram no grosso anel de ouro, lhe lembrando os olhos dele, em seu dedo anular da mão esquerda, este anel mais conhecido como aliança símbolo do compromisso e de...o que mesmo?? Fidelidade!!
"Idiota!Mil vezes idiota!" repreendia a si mesma.
Suas pupilas cobriram seus olhos a relaxando momentaneamente. Suspirou, tentando mandar esse tipo de pensamento para longe de sua mente. No entanto, quando os abriu novamente, viu duas piscinas douradas separadas por poucos centímetros dela.
No início assustou-se um pouco, mas uma frase inevitavelmente veio a sua cabeça: "Sabe aquela estória de que todo mundo de perto é bonito?"
Para este homem era mentira.
Para Kagome, ele fica irresistivelmente lindo.
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Um silêncio aterrador estava presente naquele ambiente, porém, só havia uma pessoa realmente incomodada: Sango. Enquanto Kagome e Inuyasha estavam "perdidos" um no outro ela estava ali: parada. Quando havia saído para resolver alguns assuntos na empresa deixou a amiga sozinha na recepção. Se ela tivesse chegado um pouco antes, ou melhor, se não tivesse deixado-a sozinha este mal entendido teria sido evitado.
Não se sentir culpada por tudo aquilo que estava acontecendo era quase impossível, pois a responsabilidade da amiga estar na empresa era exclusiva dela. Isso poderia ter sido evitado se ela não tivesse deixado a moça de cabelos castanhos sozinha, mas quando ela iria imaginar que o insano do vice-presidente- sim, porque confundir a própria esposa com outra já poderia ser diagnosticado como loucura no caso dele- a agarraria? Nem o mais poderoso dos adivinhos preveria isto.
E para piorar a situação ela estava sendo completamente ignorada por ambos. O homem de cabelos prateados não deu a mínima importância quando ela chamou a garota pelo nome. Inuyasha claramente viajava por outro mundo, procurando por outros domínios e aparentemente Kagome o seguia nesta tão tenebrosa missão.
Ela estava sozinha no mundo real, e atônita pela garota não fazer nada, não dizer nada a ele. Percebeu, então, que competia a ela trazê-los de volta a Terra.
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Inuyasha foi até Kagome, enquanto ela brevemente fechou os olhos. Esperou que eles se abrissem para encontrar a beleza daqueles olhos castanhos, olhos que quase sempre não expressavam o que se passava dentro dela realmente, porém naquele dia esbanjavam sentimento. Pensou que seria impossível sentir-se mais feliz, contudo descobriu que estava errado quando lhe tomou nos braços em um abraço caloroso e apertado. Estar com ela, com sua família, era a única coisa que o fazia sentir-se vivo desde que foi obrigado a trabalhar na empresa.
A garota, por sua vez espantou-se e embora relutasse envolveu-o também. Todavia, foi tomada pela culpa quando ele começou a murmurar juras de amor aliadas a lindas palavras, mas todas dirigidas à senhora dele.
Inuyasha sorriu esplendorosamente quando sentiu que braços suaves envolverem suas costas. Outro argumento que mais reforçava a tese dele de que a garota naquela sala havia enganado-se: uma desconhecida não permitiria tamanha intimidade novamente. Então, munidos de grande carinho os olhos dourados encontraram-se com as belas orbes castanhas dela. Suavemente levou sua mão direita a face dela e disse-lhe:
- Minha querida Kikyou, diga a telefonista do Miroku que ela esta enganada! –sorrindo docemente.
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"Telefonista do Miroku?" pensou Sango indignada. "Parece que agora cansaram de me ignorar, e pelo o que pude perceber alguém não esqueceu das minhas palavras...aparentemente não sou um excremento como me fizeram crer..."
Estranhamente ninguém se lembrava que ela não era mais uma telefonista. E o pior: quando ela havia trocado de nome? Pelo que lhe dizia respeito seu nome era Sango, e por acaso estava tendo uma relação recém encaminhada com o diretor geral mais galinha que Tókio já teve notícia, mas isso iria mudar...Ou ela mudaria seu nome para She-ra. Bem...Convenhamos, nenhum homem merece um sacrifício destes, mas ao ser rotulada assim, teve vontade de brigar com aqueles dois. Inuyasha merecia a verdade em sua cara e Kagome bem que merecia apanhar por estar se deixando levar por ele. Aqueles dois iriam pagar por deixar uma mulher brava.
- Kagome! Diga-lhe logo que não é a esposa dele! – quando atraiu a atenção de ambos, levou o dedo indicador ao lado de sua fronte - Lembra-te? Teu nome és Kagome Higurashi, e não Kikyou! – Sango agora sorria satisfeita com a expressão pasma do vice-presidente.
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A reação de Inuyasha não poderia ter sido outra: indignação. Ela falava as mesmas loucuras que anteriormente. Sem dúvida alguma ela era uma demente! Sim, só poderia ser! Primeiro, por dizer estas atrocidades, segundo, por estar com o Miroku...
- Que absurdo é este que ousa profanar sua mentecapta! – desvencilhou-se de Kagome e estava travando uma guerra de olhares com a garota de seu amigo. – É lógico que ela é a minha mulher! Quem se deixaria beijar e depois abraçar por uma pessoa que nunca viu na vida? – disse triunfante.
- Primeiro: parabéns por ter usado a palavra no significado correto, senhor. Vejo que tens seguido as recomendações de alguém a risca. Segundo: porque és a Kagome! Na situação em que ela esta qualquer demonstração de carinho faz com que comova-se e retribua. Terceiro e último, com todo o respeito se ama tanto a sua mulher, SENHOR vice-presidente, deveria ter obrigação de reconhecê-la - disse-lhe.
- Sinceramente percebo que tu e aquela besta do Miroku merecem-se! E por sinal, já tem as mesmas respostas, cuidado! Estão passando muito tempo juntos. Daqui a algum tempo pode estar inventando doenças também para conseguir o que quer.-disse sarcasticamente.
- Vocês dois! Poderiam parar? Eu estou aqui. Imagine o que não falariam se eu não estivesse presente – disse Kagome em uma tentativa de acabar com aquela cena estúpida. A garota estava surpresa com a mudança de comportamento daquele homem, como alguém poderia ser tão inconstante? Num minuto era calmo e atencioso, no outro era nervoso e não se importava com a sua presença.
- Eu nunca diria nada contra ti, minha querida- disse Inuyasha.
Como resposta obteve um sorriso sem graça de Kagome, e um sorriso debochado da ex-telefonista.
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Aspectos que poderiam ser considerados marcantes no homem que praticamente desfilava pelos corredores de um dos andares do prédio: o azul incomum de seus olhos e o cabelo sempre, como já lhe era característico, preso no alto da nuca.
Havia ido à sala da vice-presidência, mas para a sua surpresa estava vazia. Será que agora, além de ser um inútil Inuyasha não servia nem para figura decorativa? Se isso acontecesse, ele não poderia mais nem ser definido como uma figura de linguagem: algo que só serve para enfeite, mas é completamente desnecessário.
Andava pelos corredores vazios, afinal, era hora do almoço, com um sorriso nos lábios. Azar era o do vice-presidente que não estava onde deveria estar. Kikyou havia telefonado e deixado um recado com ele. Tinha a absoluta certeza que o homem de cabelos prateados não se importaria de receber esta notícia mais tarde, ele tinha outros planos para este momento: convidaria Sango para dar uma volta, para almoçar ou quem sabe fazer outra coisa...
"Depois ainda dizem que eu não presto...e eu não faço a menor idéia do porquê..." pensava sorrindo.
Ao descer até o vigésimo andar, encontrou uma pequena reuniãozinha muito interessante lá. Estavam tão entretidos na discussão que não notaram a sua presença. Tanto que chegou exatamente quando o amigo o elogiava...Após ouvir as palavras dele, resolveu surpreender a todos.
- Inuyasha! Eu estava procurando-o. – disse Miroku chegando na recepção, recebendo um grande sorriso de Sango e um olhar fulminante do amigo. – Pelo que andei escutando, percebi que um dos meus lemas esta sendo seguido: "Falem bem, ou falem mal, mas falem de mim." –disse com o olhar fixo em Inuyasha.
- Pretensioso. - disse ele cruzando os braços.
O jovem de olhos azuis escuros vestindo uma camisa pólo também azul escura e calça preta aproxima-se de Sango. Esta trajava uma blusa de gola alta, de tom róseo calça e casaco brancos. Com uma breve piscadela de olho esquerdo, e um breve beijo cumprimentou-a.
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Incomodado, era assim que o homem de cabelos prateados sentia-se. O devasso do diretor não tinha o mínimo discernimento em um local de trabalho, ele não deveria beijar a subordinada neste ambiente respeitável, muito menos em um local onde qualquer um poderia chegar.
- Com licença, mas eu e a minha mulher estamos aqui! – disse o irmão de Sesshoumaru incomodado com a aquela cena.
- É um idiota mesmo – sussurrou a jovem abraçada ao diretor de modo que somente ele ouvisse.
- Hahahahaha- um olhar fulminante cai sobre ele.- Desculpe! Mas, eu ouvi direito? Kikyou retornou? Isto é impossível! Apenas se ela voasse para cá na velocidade da luz...Pensando bem, ainda sim seria difícil – ele estava com um sorriso entre os lábios – Acabei de falar com tua mulher no telefone, por isso mesmo eu o estava procurando. – à vontade que teve ao ver o semblante do amigo foi a de ir até a sua casa e busca uma câmera fotográfica, ele precisava ver a expressão estupefata que estava – Mas o que eu estava dizendo...A tua amada Kikyou ligou e como não estavas na tua sala ela deu-me o recado, é o seguinte Temme: a irmã dela precisará ser operada, então o tempo que ela ficará fora será maior.
Os olhos dourados pousaram em Kagome. Estavam tomados pela vergonha e embriagados de arrependimento. Como ele não soube diferenciar uma estranha, do amor de sua vida? Como? Isso era algo inconcebível, jamais poderia ter acontecido. E se esta cena chegasse aos ouvidos daquela que desposou? Certamente abalaria o casamento dos dois, ela nunca aceitaria este "mal entendido". Todavia, o que insistia em povoar seus pensamentos era a idéia de que a tinha achado mais bonita, mais simples, menos maquiada, enfim mais encantadora. Ele com certeza era portador de idiotia. Sim, realmente qualquer um concordaria, ainda mais depois deste acontecimento.
Entretanto, se aquela garota não era ela e também não fazia parte da empresa quem era?...Afinal, se ele tinha uma vantagem sobre o irmão era que conhecia todos os funcionários, do mais humilde até o mais importante deles, e sua memória não lhe faltasse nunca a tinha visto ali.
A garota não soube o que pensar quando viu aqueles verdadeiros "pingos de ouro" tristemente a olhando refletindo opróbrio extremo. A verdadeira culpada da situação ter chegado ao ponto que estava era única e exclusivamente ela. Se o tivesse empurrado no primeiro instante, se não tivesse correspondido aquele beijo embriagante, se não tivesse permanecido calada, se não tivesse o abraçado, enfim, se tivesse colocado um ponto final logo que a confusão iniciara sem dúvida alguma, ninguém sairia tão machucado da situação em que estavam envolvido, quanto ele.
Fora uma egoísta por querer aproveitar aquilo que ninguém nunca mostrou realmente por ela. Aquele amor tão devoto, tão incondicional, tão inquestionável perante a mulher que ele casara-se era lindo e raro. Muito raro. E como ser humano que era, possuía também o pior de todos os sentimentos: a cobiça pela felicidade alheia.
- O que fazes aqui, senhorita? – espantou-se com a pergunta feita por ele sem encará-la.
- Eu? Bem...Minha amiga Sango não tinha falado de mim para o senhor? – disse também sem encará-lo.
- Não, a nova conquista do meu grande amigo não me disse nada. – disse alfinetando o casal presente.
- Esqueceste, meu caro? Fui eu quem te falaste sobre isso. Ela é a amiga da minha querida que eu comentei, aquela que queria a vaga de secretária. – disse Miroku.
- Entendo...O problema é que veio antes, senhorita.- permanecia sem a olhar nos olhos, era humilhante demais para ele -A entrevista nem mesmo foi marcada ainda, será daqui uma semana. – mentiu.
- Que feio cachorrinho! Não deverias mentir assim!- disse o jovem de escuros olhos azuis, abraçado a Sango - Seria daqui a dois dias, mas não há nada que impeça de fazeres antes com ela, não é? – desvencilhando-se da garota e dirigindo-se a Kagome – Acho que não fomos devidamente apresentados ainda, linda senhorita. – pegou a mão da bela mulher e a beijou em suas "costas" - Prazer paixão!
- Paixão? – disse Higurashi – Teu nome és paixão? Desculpe, eu não entendi. E bem...Meu nome é Kagome Higurashi, prazer em conhecê-lo. – todos ali presentes espantaram-se com lerdeza de pensamento da jovem.
- Estás perdoada, paixão- falou Miroku ainda segurando a mão dela- Eu gostaria de fazer uma pergunta para ti, posso? – ela fez que sim a cabeça, enquanto Sango e Inuyasha apenas balançavam a cabeça negativamente- Lamentavelmente, eu tenho uma doença rara progressiva, que passa de geração para geração em minha família e infelizmente não tem cura.- vendo a angustia presente na face da jovem continuou- E acho que não terei tempo para continuar procurando...
- E o que eu posso fazer por ti? – interrompeu-lhe tamanha era sua preocupação.
- Tenhas um filho meu! – ele disse com um estranho brilho nos olhos e um sorriso no canto dos lábios.
Se alguma intenção ele tinha de continuar com aquela cena; ela foi por água abaixo quando levou dois socos sincronizados das jovens presentes. Para uma delas significava que ele jamais iria mudar, sempre continuaria sendo o mesmo homem metido a conquistador. E para a outra significava que ele era o pervertido, depravado que a amiga falará. Este como todos os outros, Sango não conseguiria mudá-lo de jeito nenhum. Era uma missão impossível.
O vice-presidente, por sua vez literalmente estava chorando de tanto rir do amigo. Mesmo estando ainda em uma situação mais do que embaraçosa, ele tinha que admitir que somente Miroku o faria rir numa hora dessas. Foi em direção do homem estatelado a uns poucos metros ao seu lado e ofereceu-lhe a mão para que ele o ajudasse a levantar, o homem de olhos azuis aceitando deu-lhe a mão, quando estava de pé novamente agradeceu-o.
Inuyasha, repentinamente esqueceu da graça que estava achando do jovem de cabelos presos quando a senhorita Higurashi, falava com aparentemente a ex do amigo. Por alguns momentos passou em sua cabeça a idéia de impedi-la, porém não o fez. Ficou estático, vendo-a ir a direção ao elevador. A chance desta louca situação em que a tinha colocado de ser explicada estava indo embora. E o pior, ficaria com dor na consciência: pelo que recordava, ela precisava muito deste emprego, contudo, era pura ingenuidade se a contratasse pensando que não haveria algo "pesado" no ambiente de trabalho. Este último argumento de sua razão fez com que ele permanecesse fixo no lugar onde estava, como se tivesse criado raízes.
Mas...o vice-presidente odiava veemente quando havia um "mas" nas coisas, normalmente para ele sempre vinha algo desagradável após esta palavra. E desta vez não fora diferente. Qual seria o ser mais metido, mais repugnante, mais detestável que não deixaria que as coisas terminassem assim? Miroku, é claro. Se arrependimento matasse, ele já estaria enterrado por ter dó dele e ajudá-lo a levantar-se. Maldito seja ele! Pensou que deveria era ter dado uns bons chutes nele enquanto este ainda estava caído.
Alheio às pragas que o amigo lhe jogava o diretor com um porte ereto, altivo e elegante foi até a garota que já havia apertado o botão do elevador. Colocou uma de suas mãos sobre um dos ombros da garota, fazendo com que ela se assustasse com o contato.
E inexplicavelmente ela desejou que fosse Inuyasha que tivesse atrás dela.
No entanto, ao virar-se encontrou um Miroku mais do que sorridente para ela, não pôde evitar uma certa decepção. Aquele homem, realmente atirava para tudo o que era lado e o que caísse em sua rede era lucro.
- Não pode ir ainda, senhorita Kagome. Não fizeste a entrevista. – disse estendendo o braço para que ela o acompanhasse.
- Mas...Sinceramente, senhor...Não acho que tenha condições de eu ficar trabalhando aqui, após esta infeliz confusão. – disse-lhe de cabeça baixa.
- Não te preocupes com isso. Se há um culpado nesta estória toda este alguém é o Inuyasha. – não foi necessário falar muito alto para que este ouvisse, afinal o elevador não ficava muito longe da mesa circular da recepção em que estavam em torno- Se ele não idolatrasse tanto a Kikyou isso não teria acontecido.
- Não fale o nome da minha mulher, seu idiota! – gritou Inuyasha.
- Inuyasha, parece-me que tu não estas fazendo a cartilha que eu te dei, estás? Nela há um número de sinônimos considerável...Este menino não tem jeito mesmo – Disse balançando a cabeça.
- Olha como fala comigo! – bradou.
- Estou olhando, estou olhando, mas não vejo nada Temme. – o jovem de cabelos prateados partiria para cima dele se não fosse Sango segurar-lhe dizendo que não valia a pena- Mudando de assunto, querida, eu posso fazer a entrevista para ti, aí tu ficas trabalhando comigo, o que achas?
- Bem...Não é uma má idéia, senhor...
- Por favor, me chame de paixão. – disse sorrindo.
Naquele exato momento o elevador abre, com vários empregados retomando seus postos após a hora do almoço. O que não aconteceu, porque todos pararam para a ver a ceninha e os atores principais no meio da recepção.
- Vejam meus amigos! Nosso querido e "imprescindível" vice-presidente recusa-se a dar uma oportunidade de trabalho a esta jovem desamparada.- disse Miroku fazendo cara de vítima.
Murmúrios gerais puderam ser ouvidos, todos contra o severo vice-comandante da companhia. O jovem de cabelos amarrados, havia conseguido o que queria: os trabalhadores japoneses estavam contra Inuyasha.
Tomado pela raiva, o homem de olhos dourados vai até Kagome e a puxa pelo braço e dizendo-lhe que ele não permitiria que o tarado, degenerado a fizesse mais uma de suas "vítimas".
Ato que obteve de Miroku foi uma gargalhada dizendo que estava com ciúmes.
Ciúmes? Ele? Era impossível. Aquela moça não tinha nem a metade da classe de Kikyou, e o principal: não estava esperando um filho dele. Algumas pessoas poderiam perguntar o porquê dele pensar algo deste tipo agora, se há alguns minutos atrás estava a beijando. Simples: ele não queria ver novamente a imagem de sua esposa nela. E para isso precisava depreciá-la em sua mente.
- Isso mesmo! Vá com tudo garanhão insaciável! – disse Miroku rindo, enquanto eles esperavam o elevador para irem até a sala de Inuyasha. – Obrigados senhores, pelo apoio, graças a vocês esta linda mulher irá trabalhar conosco. Agora, voltem a suas funções, por favor.
- Miroku quantas vezes eu já te disse que eu te odeio hoje? – disse com os olhos dourados em chamas.
- Hoje? Nenhuma. Mas eu não canso de perguntar como não casas de falar a mesma coisa todos os dias. – Que fique bem claro que eu também te amo.
- Eu não o suporto! Eu não sei como tu e as tuas mulheres estão vivos até hoje contigo tendo uma língua destas!
- Hahahaha. Lembre-se meu caro amigo. Será a última vez que irei repetir isso: "o verdadeiro amigo te esfaqueia pela frente". – disse rindo.
- Verdade, o que me torna imune a qualquer coisa que um inimigo queira me fazer. – disse sarcástico, neste momento o elevador finalmente chegou- Uma sugestão, deveria parar de se meter um pouco na minha vida e cuidar um pouco da tua que parece que anda um "pouco" fora dos eixos. – dizendo isso, pediu a Kagome que esta o acompanhasse dentro do elevador.
Não precisava ser muito inteligente para saber do que ele estava falando: Sango. Afinal eles tinham brigado por causa das costumeiras frases de apresentação dele. Como ele dizia aquilo para todas, ela deveria estar mais do que acostumada e feliz que ela fora à única a não escutar este tipo de coisa.
Miroku bem que tentou convencê-la de que isto não mais aconteceria, mas foi em vão. Ela disse-lhe que não estava disposta a sempre presenciar este tipo de cena vindo dele e praticamente o expulsando dali dizendo-lhe que tinha muito trabalho a fazer. Resignado, e com o olhar mais triste que ela vira, chamou o elevador através do botão e subiu até o andar que abrigava sua sala.
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Finalmente havia anoitecido. A abóbada celeste estava completamente escura, apenas via-se as estrelas graciosas e a lua cheia aparentemente mais "inchada" se fizeram imponentemente presentes no céu. Despontava uma noite perfeita para aqueles que se sentiam-se incompletos, porém detinham o seu complemento.
Naquele horário, normalmente não haveria ninguém mais na empresa. No entanto, uma pessoa ainda se fazia presente no prédio: a secretária particular do presidente: Rin.
Desde o dia em que fora rejeitada pelo seu chefe seus sonhos desmoronaram. Nunca fora tratada daquela forma em toda a sua vida. E do que adiantava pensar estas coisas se não tinha orgulho próprio? Não importava o tipo de coisa que ele fizesse, ela agüentaria...por causa daqueles belos olhos que certamente longe, não suportaria ficar sem apreciar e também, porque precisava muito do trabalho. Afinal, era uma pessoa sozinha no mundo, desprovida até mesmo de casa própria.
Vestida com uma calça social preta, e uma blusa laranja de mangas compridas com pequenas flores em tom de preto em sua parte ventral, estava a garota parada na grandiosa janela ao fundo da sala da presidência. E os cabelos? Presos em um coque bem firme. Nunca mais desfilou com as longas madeixas soltas. Isso a lembrava algo que ela queria esquecer, ou melhor, que ela não merecia lembrar.
No entanto, nada adiantava prender os cabelos, andar com roupas mais conservadoras, mais "carregada" de maquiagem se tudo naquela sala lembrava o sentimento penoso da desonra de dois dias atrás. Após aquele dia fatídico em que suas fantasias foram enterradas não trocara palavra alguma com ele a não ser que necessário fosse, é óbvio.
Ela estava sofrendo, isso era mais do que evidente.
O mesmo não poderia ser afirmado em relação ao senhor presidente. Afinal, ele continuava como sempre fora: inexpressivo, esnobe, pernóstico, pedante, e...maravilhoso. Espantou-se com o último adjetivo. Ele não deveria estar ali, mas era impossível não pensar em Sesshoumaru com dualidade. Ele era a própria. No mesmo tempo em que era um ser humano desprezível tinha algo no fundo de seu ser, mas bem no ínfimo mesmo, algo que a intrigava. Ele parecia ter uma grande tristeza o que acabava tornando-o mais interessante, misteriosa e apaixonadamente atraente aos seus olhos. Ao meditar sobre isso, não pôde deixar de pensar que ela realmente era uma tola e que merecia estar passando por isso.
Enquanto esperava por ele que tinha ido resolver algumas coisas em sua casa, mas tinha dado ordens expressas para que dali ela não saísse seus olhos foram até as estrelas, em uma tentativa de consolo e na busca de respostas. Era surpreendente em como a humanidade não evoluirá quase nada em relação á Pré-história...qualquer um diria que estava louca por ter este tipo de idéia, todavia a verdade era esta para ela: o céu sempre fora um "objeto" de desejo dos homens, e sempre que algo inexplicável para eles acontecia na terra, eles buscavam a explicação aonde? No céu...E o que ela estava fazendo agora não era a mesma coisa só que por motivos diferentes? Sem dúvida era.
Uma mão, sem aviso pousa em seu ombro pegando-a de sobressalto. Estava tão profundamente absorta em suas divagações que acabou gritando.
Ela sabia perfeitamente a quem aquela mão pertencia, e estar tão próxima a ele e sozinha, isso indubitavelmente era mais assustador do que qualquer coisa para ela.
- Agora tens medo de min, minha cara Rin?- disse-lhe Sesshoumaru quando ela virou-se de frente para ele. – Não te preocupes não farei nada do que estás pensando. –disse-lhe sem demonstrar emoção alguma.
Como alguém poderia ser assim tão...Pretensioso e irritante? Ela não havia pensado nada. Bem...pensar tinha pensado, mas será que ele era provido de telepatia? Não, certamente a sua face temerosa deve ter revelado tais "informações".
A visão que teve dele ficará gravada em sua mente para sempre: desde que começou a trabalhar nunca o vira vestido com outro tipo de roupa que não seja formal, mas naquela hora vestia somente uma calça jeans simples e um blusão bege. Mesmo depois de ter pensado tudo aquilo dele, lá estava ela novamente "babando" por ele. Balançou a cabeça para os lados para espantar o beijo que ele dera nela há dias atrás, realmente ela não tinha jeito.
- Como tive que passar em casa para resolver algumas coisas e pegar uns papéis, aproveitei para trocar de roupa e colocar algo mais confortável. Afinal, ficaremos aqui umas boas horas. - disse observando a garota boquiaberta com sua presença.
- Sim, senhor é verdade. – concordou Rin- Passaremos um tempo considerável analisando os balanços das nossas filiais, e após isso terminaremos a exposição que fará na reunião geral da próxima quinzena. – disse indo sentar-se em frente a grande mesa no centro do recinto.
Após o término da analise dos números espantosamente altos, pôde ser constatado que a cada dia que passava a riqueza dos donos da Jikon Tama aumentava, graças, é claro, ao seu grande presidente que apesar de jovem tinha uma grande visão para os negócios, sem dúvida alguma era um dos melhores empreendedores do Japão.
O clima entre eles por parte de Sesshoumaru era agradável, embora alguma parte de seu ser ainda se recordasse muito bem das sensações que a bela figura a sua frente o fez sentir, ele não se importava com isso, ignorando esta parte de si mesmo consideravelmente. Aliás esse peso na consciência não deveria estar acontecendo. Jamais aconteceu com nenhuma de suas mulheres antes, mesmo que houvessem sido dele por apenas uma noite, porque ele assim o quis...este sentimento de culpa nunca o atacara antes. Era só o que lhe faltava, além de ter um irmão burro, virar um "destruidor de corações" com culpa. Isso era trágico, muito trágico.
Para a alegria da garota estavam terminando o trabalho aquela noite, a exposição de Sesshoumaru na reunião estava praticamente pronta, e depois desta noite ela não precisaria ficar até tarde com ele novamente, realidade que a aliviava.
Mais alguns minutos, e estavam recolhendo os papéis sobre a mesa e os colocando dentro de uma pasta que ele levaria para casa para continuar estudando.
A jovem levanta os braços espreguiçando-se, ficar todo aquele tempo sentada não tinha sido fácil, mesmo que a cadeira fosse a mais confortável possível. Ao baixar-los lentamente, ela puxa a manga da blusa para que pudesse ver que horas eram. Assustou-se, já era uma hora e meia da manhã. Ônibus não há mais àquela hora e se continuasse assim, provavelmente ela gastaria tudo o que ganha nas horas extras em táxis.
Suspirou resignada, abriu sua bolsa que estava na cadeira ao lado em que estava sentada e colocou em seu colo, abrindo-a pegou o seu celular e decidiu que chamaria o taxista de sempre para levar-lhe até o seu apartamento.
Sesshoumaru apenas observava a mulher a sua frente. Ela era esforçada e dedicada, uma ótima ajudante. Se ela não estivesse ali, com certeza, ele não teria conseguido terminar o trabalho sozinho. Decidiu que lhe ofereceria carona, em sinal de agradecimento, até mesmo porque ele poderia ter muitos defeitos, mas ser mal agradecido não era um deles.
- Como irá para casa, Rin? – disse cruzando os braços e fechando os olhos.
- Eu? Pretendo chamar um táxi, o que eu chamo sempre que é preciso. O taxista já é até amigo meu. – disse sorrindo.
- Hoje não vais precisar. – e quando atraiu a atenção dela para si continuou – Eu te levo para casa.
- O QUÊ? – falou em um tom mais alto do que planejara – Não serás necessário senhor, não precisa incomodar-se. – completamente sem jeito desejando que ele desistisse daquela idéia.
- Eu insisto, prometo que não a levarei para um motel, ou até mesmo para minha casa e também não vou instigá-la para que me convide para subir. Será um agradecimento por ter me ajudado muito esta noite. – disse levantando-se da cadeira em que estava sentado.
- Não precisa agradecer, senhor. Apenas fiz o meu trabalho. Portanto, não há necessidade de tamanha gentileza.
- Pare de se fazer de difícil, garota. Eu já te disse que não tentarei fazer nada. – foi até ela e segurou seu braço – E vamos logo antes que eu mude de idéia.
- Mas...Sim, senhor, obrigada. – disse resignada.
Trancaram tudo o que devia ser fechado, acionaram os devidos alarmes e ambos foram até o subterrâneo da empresa, no qual ficava o estacionamento, passando por uma imensidão de lugares vazios até chegaram a bela Ferrari preta dele.
Rin apenas rezava para que ele cumprisse com o que havia dito e não tentasse fazer nada, porque a idéia de que pudesse sucumbir aos seus desejos novamente não lhe agradava nenhum pouco.
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Vegetativo, era esta palavra que caracterizava o estado de Inuyasha naquele momento.
Estava estirado no enorme e confortável sofá de três lugares da sala de sua cobertura. Apesar da diversidade de eletro-eletrônicos ali presente, apesar da geladeira da cozinha estar literalmente explodindo de tanta comida, ele apenas queria ficar "jogado as traças" lamentando-se da vida e de seu azar por aquela maldita velha ter levado sua mulher para perto dela.
Cansou de fitar o teto, ele estava naquela mesma posição um tempo considerável. Decidiu levantar e ir até a adega que havia do outro lado da sala perto de um som do último tipo. Ele começaria a "encher a cara", somente por não ter o que fazer e isto lhe parecia uma ótima idéia.
Pegou um dos copos de cristal que estavam pendurados de modo que sua boca ficasse caída para baixo em um dos suportes do "bar particular" que ele possuía e imediatamente lembrou da mulher, Kikyou tinha um medo terrível que estes copos quebrassem, cada um tinha saído uma fortuna.
Pegou uma das "belezas de cristais" e colocou sobre o objeto todo de madeira envernizada, seu próximo passo foi procurar um dos caros uísques que ele detinha. Observou qual deles era o mais velho de todos, pois queria algo forte que fizesse com que ele não acordasse tão cedo amanhã, quanto mais rápido o tempo passasse melhor seria para ele.
Estava pronto para colocar o líquido no copo quando a campainha de seu apartamento toca. Largou a garrafa ao lado do copo e se dirigiu até a porta imaginando quem poderia ser, já que não recebia muitas visitas.
Abriu a porta, e sem nenhuma surpresa viu quem era: Miroku.
- O que quer aqui, não tens o que fazer em casa? – disse Inuyasha.
- Boa noite para ti também, como estás meu amigo? – retrucou Miroku.
- Não muito diferente de umas horas isto és elementar. – respondeu-lhe.
- Eu também estou bem Inuyasha, obrigado por perguntar. Oh! Não precisava me convidar para entrar, que gentileza a tua!- disse sorrindo e adentrando na casa passando por um Inuyasha inerte ao lado da porta.
- Claro, a próxima vez lembre-me de não te convidar – disse sarcástico.
- Pode deixar, mas o que estavas fazendo? Espera! Deixa-me ver se adivinho- fechou os olhos e colocou as mãos do lado de sua cabeça – Estavas jogado no sofá, se auto-lamentando e amaldiçoando a coitada da Kaede que esta muito mal no hospital. Acertei? – disse sorrindo.
Inuyasha não respondeu.
- Nossa! Como eu sou bom nisso! Quando eu me aposentar, talvez abra uma barraquinha de adivinhações.
- Isso mesmo, faça isso. Mas a concorrência com templos será enorme.
- Eu tenho meus artifícios. – e sorriu marotamente- Não se preocupe.
- O que vieste fazer aqui, afinal?
- Companhia. Tinha certeza que estavas sozinho e como eu também estava...
- Pelo jeito não conseguiste fazeres as pazes com aquela mulherzinha desagradável.
- Mais uma vez eu agradeço por me convidar para sentar, Inuyasha – disse sentando-se no sofá em que anteriormente o mesmo estava deitado – E não, eu não consegui me reconciliar com ela – disse sério.
- Bem feito.
- Eu sabia que tu ias dizer que sentia muito. Agradeço a tua solidariedade para comigo, nunca irei esquecer-me dela.
- Claro, claro. Antes que eu me esqueça. Aceita um copo de uísque?
- Não, obrigado. Eu não vim para a tua casa para me "entupir" de bebida.
- Bem, não vais dizer que eu não ofereci depois... – pegando o copo de uísque e sentado na poltrona que ficava ao lado do enorme sofá.
- Pode deixar. Inuyasha...Planejas fazer alguma coisa esta noite? – perguntou-lhe Miroku.
- Não, por quê?
- É que hoje à noite é a inauguração de uma casa de diversão nova.
- Eu não vou contigo a um novo prostíbulo! – gritou.
- Não era disso que eu estava falando! Vai abrir uma nova boate, discoteca, sei lá o nome que estas coisas tem agora. Vamos a inauguração? – disse com os olhinhos brilhando.
- Não! Eu não tenho a mínima vontade de sair de casa.
Aquilo já era demais! Como alguém poderia ser tão infantil e simplesmente deixar de viver só pela ausência da esposa? Algo que raramente acontecia, aconteceu: Miroku estava bravo. Normalmente ele dizia as verdades para as pessoas de forma irônica e sarcástica, mas Inuyasha já estava merecendo ouvir uns gritos de alguém há muito tempo.
- Olha aqui Inuyasha...Eu estou cansado desta tua forma de agir! Se auto-lamentando, se depreciando, dizendo que não tem sorte na vida....Isso tudo é surreal! Como isso pode ser verdade? Acha que tens mais azar na vida do que alguém que nasce sem um braço, sem uma perna, ou até mesmo com algum problema sério?- e o fulmina com o olhar- Fica jogado em um sofá bebendo somente porque a esposa não esta em casa...É ridículo! – começa a andar de um lado para o outro na frente dele sem parar de gritar- Tu não fazes nada de produtivo na vida, apenas fica suspirando por uma mulher! Acorde! O mundo não é feito para as pessoas que são assim! A devoção, o amor que tens por ela é sem dúvida alguma bonito, mas é exagerado, pegajoso e anormal! Chegaste até mesmo a confundir alguém com ela, simplesmente por serem parecidas...
- Cale a boca! Eu não quero escutar mais nada – disse ele.
- Que atitude mais infantil, meu caro. Escute bem, apenas estou falando isso porque sou teu amigo, aliás teu único amigo. Pode não parecer às vezes, mas eu me importo muito contigo, nos conhecemos desde a infância e nossas famílias também se conhecem de longa data...- Miroku já não gritava mais sim, falava como se conversasse com uma criança – Agora, se não for lá dentro buscar um casaco para nós dois sairmos eu juro que eu mesmo te interno!
Diante de tudo o que Miroku havia falado, ele não ousou contrariar. Afinal, era difícil para não dizer impossível rebater o que ele tinha dito: nada mais que a verdade. A mais pura verdade.
Deixou-o sozinho na sala e foi até o quarto colocar uma jaqueta de couro preta que com a camisa vermelha e calça também preta que ele estava lhe deixava mais do que bem vestido.
Ao chegar novamente no cômodo, ganhou um sorriso do amigo. Este pegou as chaves do próprio carro, e disse a que Inuyasha não precisa ir com o dele também. Iriam juntos, como no tempo em que jovem de olhos dourados era solteiro.
Ao passarem pela porta do apartamento dele, ele sentiu-se bem. Trancou a porta e agradeceu de modo que só ele pudesse ouvir o amigo por ter ido lá naquela noite.
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O local era soberbamente grande. Tinha luzes das mais variadas cores e muitos seguranças espalhados pela sua entrada. Estacionaram o carro a umas quatro quadras, tamanho era o movimento.
Através de passos largos e precisos chegaram a entrada do estabelecimento e imediatamente equiparam-se com uma multidão: havia uma fila enorme de pessoas tentando entrar no primeiro dia daquele local. A badalação do lugar era mais do que evidente.
O homem de olhos azuis, sabia que este era o primeiro dia da boate, contudo nunca passou pela sua cabeça que ela estaria tão saturada de pessoas somente na entrada. E o pior : pelo o que as feições do amigo estavam lhe mostrando, apenas em ver as cores e as pessoas expressando uma alegria que ele não tinha, certamente iria querer ir embora assim que conseguisse. Então, habilmente ele segurou o pulso de Inuyasha como se segurasse uma coleira e o levou até a fila.
A única coisa que passava pela cabeça do jovem de cabelos prateados era que pela quantidade de criaturas que se faziam ali presentes ele não agüentaria esperar. Principalmente por ver o ânimo contagiante que aqueles, em sua maioria adolescentes, tinham. Na verdade ele não era muito mais velho do que aqueles seres que não tinham o que fazer em casa, todavia não pôde evitar sentir-se um verossímil ancião por estar tendo aquele tipo de atitude.
Passou-se meia hora desde que haviam ali chegado e finalmente pareciam que iam conseguir entrar. A cada pessoa que desistia de esperar e ia para outro lugar, a cada pessoa que adentrava no recinto, mandavam o sono que já estava querendo apossar-se deles para longe. Logo, estariam dentro do mais novo ponto de encontro de Tókio e sono era algo que eles não poderiam ter de forma alguma.
Miroku estava tomado de pensamentos obscenos. Tramava mil e uma articulações para conseguir mais vítimas para visitarem seu quarto. Agora que estava teoricamente solteiro novamente não iria titubear em nada, estava livre para fazer o que bem entendia e com quem ele quisesse, não teria que dar satisfações a Sango, por exemplo, se ela tivesse tentado ligar para a casa dele e ele não estivesse lá. Surpreendeu-se por pensar na moça de cabelos castanhos compridos naquele momento, ela tinha estragado todos os planos que ele tinha arquitetado durante aquele tempo de espera. "Droga!" Pensou. Ela tinha terminado com ele sem motivos, e não o contrário! Sem dúvida alguma ela era uma "estraga prazer" mesmo. Ao ouvir um suspiro logo atrás dele, recordou-se que o amigo havia vindo com ele, ou melhor, ele o tinha praticamente obrigado a sair de casa. Naquele momento teve a certeza que era um mostro tarado. Enquanto Inuyasha estava desanimado e sem dúvida desolado pelo mal entendido que tinha acontecido horas mais cedo, ele estava pensando em mulheres e praticamente o obrigando a voltar a pé para casa.
Porém, quando começa a regressar da Lua repentinamente um perfume que não lhe era estranho da mulher à sua frente fez com que ele tivesse a impressão de o conhecer...Pensando bem, contando com o seu ótimo olfato e que este embriagante cheiro parecia muito familiar a ele resolveu abordar a elegante figura feminina para tirar a prova e acabar com a dúvida que se fez presente em sua cabeça.
- Com licença senhorita, mas não nos conhecemos? – cutuca levemente o ombro da mulher.
- Acho que não. Seu galinha "vestido" de cavalheiro. – disse a enfurecida voz.
- Sango? O que fazes aqui? – disse surpreso.
- Sinceramente não te interessa, e também isso é um local público...Vais me proibir de vir aqui?
- Não! Não é isso...é que...- sorriu sinceramente- Foi bom te ver de novo.
Em frente a Sango havia outra garota totalmente a margem do que estava se passando logo atrás dela naquele exato momento. Sua mente estava completamente envolvida em mostrar-lhe todos os problemas que estavam acontecendo com ela ultimamente, além das várias complicações em sua vida pessoal, seu rendimento na faculdade começara a cair, fato que nunca ocorrera, o namorado tinha a trocado por outra logo depois da morte de sua mãe, e agora onde ela estava? Em um lugar indicado e apropriado para "caçadores". A roupa que estava era minúcia, com a finalidade de lhe dar um visual de "pantera": bota de cano alto preta, calça também preta com uma blusa justa azul de magas compridas, gola alta e justa em seu corpo, e embora o tecido fosse espesso torneava sua cintura perfeitamente. Contornos fortes negros adornavam seus olhos castanhos acompanhado de um batom amarronzado exaltando lindamente os lábios da jovem. O cabelo estava solto e esvoaçaste. Pelo olhar dos homens que passavam por ela...Estava chamando a atenção como queria.
Uma discussão que estava pronta a acontecer a faz virar para trás e ver o que estava acontecendo.
- Senhorita Kagome? Estás belíssima! Que prazer revê-la!- disse Miroku ignorando completamente Sango e a deixando "roxa" de ciúmes..
Ao proferir estas palavras ele atraiu a atenção de Inuyasha. E mesmo que não quisesse, seus olhos pousaram sobre aquela mulher, e como se ela estivesse em uma vitrina a analisou precisamente, embora não desejasse admitir, teve que concordar com o amigo, ela estava mesmo lindíssima.
As orbes castanhas dela também tentaram evitar o contato com o dourado. E primordialmente conseguiram, graças à conversa que manteve com o ex da sua amiga. Aliás, esta deveria estar inevitavelmente com ciúmes, mas ela conversaria com Sango depois, esta bendita interação apaziguava a vergonha intensa que ainda sentia, fazendo com que ela não conseguisse encarar o vice-presidente.
No entanto, por um breve momento houve um encontro de olhares, o que fez com que houvesse um encontro de recordações recentes. Ambos repreendiam-se mentalmente por tal acontecimento, um por ser casado e agora saber que ela definitivamente não era sua amada senhora e a outra simplesmente por ele ser um homem comprometido.
- Não é possível! – Inuyasha e Kagome disseram juntos. Este era o tipo de pensamento que deveria se manter bem escondido, e não deixar que ele "escapasse" em voz alta.
CONTINUA....
Ai...eu espero que este capítulo tenha ficado no mínimo razoável...Eu tava com uma cisma dele (principalmente com a primeira cena, portanto se ela estiver "meio" confusa é normal, pensem que o texto é meu...), perdi as contas de quantas vezes mexi nele, e o pior cada vez que eu mexia o capítulo aumentava...~_~. Isso pode ser ruim, afinal, nem sempre qualidade significa quantidade...Mas fazer o quê? Deixem a opinião de vocês para esta pobre e desolada autora que vos fala...(dramática....)
Outra coisa, talvez o fic esteja ficando monótono com apenas um núcleo de personagens, mas logo aparecerão mais...tenham paciência...
Agora finalmente os agradecimentos! (eu nem preciso dizer que ninguém precisa ler as minhas notas, não é?)
Primeiro, gostaria de agradecer a Rae, Chibi Lua, e a minha querida irmãzinha Diana que são as pessoas que mais me agüentam com os meus textos e sempre me dão suas opiniões e é claro me ajudam na revisão! (isso é uma outra coisa que eu ia falar, provavelmente este capítulo tem erros de português, não sou ninguém especializada em gramática, mas estou estudando para melhorá-lo ^_^)
Kisamadesu! Nem posso descrever a satisfação que foi "conhece-la"! Eu agradeço muito o "grande escritora", mas acho que eu tenho que percorrer muito chão ainda para me tornar uma . Fico muito feliz que o meu fic tenha te animado, e espero que goste deste capítulo! ^_^ Ah! E espero ler capítulos novos da tua fic logo, moça! _ Obrigada pela idéia de usar o "Temme" também! Eu achei muito fofo e não ia deixar de usar! ^_^
Isa: Acho que existem pouquíssimas pessoas que não concordariam com a Kagome em relação ao Sesshoumaru! Se eu não tivesse o meu galinho já...Oro! O_o Espero que goste deste capítulo!
Sangozinha: Obrigada pelo review que deixaste-me! Fico feliz que tenha gostado de fic até aquele capítulo. Estou ansiosa para saber a tua opinião! ^_~
Kagome-chan 4ever : Nossa amiga! Quanto tempo não nos falamos, hein? Eu estou com saudade! Espero que esteja tudo bem contigo! Ah! E é lógico que eu faço questão de saber a tua opinião sobre este capítulo! ^_^
Hime Hayashi: No fim a curiosidade foi mais forte, hã? Hahahaha. Brincadeira! Fico muito feliz que tenha lido este fic, sabes que a tua opinião é muito importante para mim! ^_^
KayJuli : Desculpe pela demora com o capítulo...Talvez eu não tenha atendido as expectativas..mas fazer o quê? Bem, quanto ao futuro da Kikyou não posso revelar nada se ela esta ou não traindo o Inuyasha, digamos que isso apenas será descoberto com o tempo! ^_~ Espero que tenha gostado deste capítulo!
Andréa Meiouh : Fico feliz que esteja gostando deste fic. Realmente só o Inu mesmo para se confundir desta maneira...^_^ Eu sou muito má com ele...E sim! A Kagome é uma garota de sorte, ficará mais certa disto nos próximos capítulos! ^_~ Espero que tenha gostado deste capítulo!
Sayo Amakusa : Bem, eu estou tentando criar um Sesshoumaru diferente. Na minha cabeça eu já tenho as atitudes e a personalidade mais do que definidas, mas creio que ele ficou com algumas características do anime sim (portanto não é só coincidência ^_^). Ah! E quanto à "quentchura" do fic, desde o começo a minha proposta era fazer capítulos quentes, mas se eu consigo ou não apenas vocês podem dizer, e quanto ao ambiente de trabalho, a explicação é a seguinte: o prédio da empresa é enorme, e no último andar apenas ficam as salas do Sesshoumaru, Inuyasha e Miroku, cargos mais importantes. Por isso, não tem muitas pessoas andando pelos corredores e tal...Acho que é isso...Espero saber a tua opinião sobre este capítulo! ^_~
Juli-chan: A última parte ainda vai dar muito o que pensar! ^_^ Esses dois vão sofrer muito na minha mão! Hahahahha (risada malévola) . Espero a tua opinião! ^_^
Ana Paula: A Rin...esta é outra coitada...Nem a vida, nem eu estamos sendo muito justas com ela...Mas esperemos que ela tenha um final feliz, não? ^_~ Obrigada pelo review, e espero a tua opinião sobre este capítulo!
Ana *Hakube : Bem, sem coragem de ser safado? Sesshoumaru esta gritando aqui que isso é mentira! Que ele faz o que quiser com as mulheres...~_~ Na minha modesta opinião, talvez ele goste dela...Vamos ver o que isso vai dar ainda! Quero saber a tua opinião sobre este capítulo, hein? ^_~
Miaka! Faz tempo que não nos falamos, e sinto dizer que eu sou a culpada ( ocupada no caso) da história. Depois do vestibular (e se eu passar, é claro) isso vai mudar. Passarei a ter mais tempo e então nos falaremos como antes. Não se preocupe que eu sempre darei um jeito de ler os teus fics (e deixar review). Obrigada pelo review que me deixaste! Espero que tenha gostado do capítulo! ^_~
Cherry: Obrigada pela tua opinião e a ajuda que me deste neste capítulo! Embora eu tenha mudado uma quantidade de coisas considerável nele (eu não tenho jeito mesmo ~_~) Agradeço o que fizeste por mim! ^_^
Renata: Obrigada pelo e-mail que me mandou com a tua opinião sobre a fic. Isso sempre anima bastante! Espero receber o teu comentário sobre ele! ^_^
Júlia: Bem, no fim não te mandei o e-mail dizendo que eu ia postar o capítulo. Desculpe ~_~. Espero saber a tua opinião em relação a este capítulo! ^_^
Ah! E também um agradecimento para Kagome Higurashi, que sempre me perguntava deste capítulo! Esta aqui! Espero que goste!
Nossa! Acho que agradeci a todos...perdão se eu esqueci alguém...~_~ Cérebro quando é usado demais...
Quem quiser falar comigo mande um e-mail para dai_rs@hotmail.com ou podem me encontrar no icq, no yahoo ou no msn. (não mandem mais e-mails para o meu endereço no bol que eu não o uso mais)
Até o próximo capítulo!
Beijos a todos!
DAI
