Capítulo 10
Confissões
Hermione pensava sobre tudo o que a professora Serena tinha lhe dito. O beijo fora como sonhara! As sensações que tivera...Simplesmente esquecera o mundo ao redor. Mas, e ele? O que sentira? O que sentia por ela? Estava dividida. Sabia que precisavam conversar, estava apenas adiando o inevitável...Desde a noite do beijo o evitava. Sabia, porém, que se quisessem manter ao menos a amizade, aquela conversa teria que acontecer. Tinha que ser sincera: estava com muito medo, estava apavorada. E se ele dissesse que fora um impulso? Que fora algo do momento? Que a oportunidade apareceu e ele aproveitou?
Por Merlim! Estava numa encruzilhada! Bom, estava na hora de provar que era realmente corajosa. Enfrentaria Harry, e se por acaso ele dissesse que não a amava, esconderia seus sentimentos num cantinho do seu coração e o esqueceria lá. Jamais o deixaria saber que partira seu coração. Ele não tinha culpa de não a amar. Mataria esse amor, nem que levasse a vida inteira. Estaria sempre perto dele, como sua melhor amiga, não seria suficiente, mas teria que bastar. Estava na hora se arriscar. Podia se queimar ou ...quem sabe, finalmente ser completa.
Rony! – Ela chamou o amigo que estava sentado na sala comunal da casa, totalmente relaxado, com cara de sonhador.
Que é Mione?- Ele nem se virou para olha-la.
Preciso de um favor!- Disse torcendo as mãos, muito nervosa.
Fala!
Tenho que conversar com Harry...- Hesitou.
E o que eu tenho com isto? Você nunca precisou de mim para falar com ele! – De repente ele a encarou surpreso, desconfiando do que se tratava.– Que tipo de conversa é essa?
Séria! Muito séria. Precisamos resolver alguns assuntos particulares...- Ela estava constrangida.- Está na hora de pôr as cartas na mesa, Rony.
Finalmente! – Ele olhou irônico para ela. – Como foi o beijo? – Ela ficou escarlate na mesma hora. – Aha! Pelo jeito você gostou...
Rony Weasly, como você sabe disto?
Você achou que ele não me contaria? Eu sou o melhor amigo de Harry, Mione! E, você deveria ter me contado! Afinal, também sou seu melhor amigo, ou não?
Claro que é! – Disse impaciente.- Só não sabia o que dizer...O que ele falou? Disse se gostou?– Ela estava curiosa.
Não te interessa, mocinha! – Rony adorava torturar a amiga. – Você não vai conversar com ele? Descubra você mesma!
As vezes tenho vontade de te jogar para um hipogrifo! Ou te transfigurar em uma porta! Você pode ser realmente detestável, quando quer!
Menos quando você precisa de mim, não é? – Ele sorriu matreiro. – Para que você precisa de mim afinal?
Bom, quero que lhe um recado: diga para Harry que eu o estou esperando no carvalho, perto do lago.
Quando?
Estou indo para lá! Ficarei esperando por ele...- Ela começou a se afastar, mas voltou-se insegura. – Ron, você acha...- Ela parou constrangida.- Será que tenho chance?
Mione, do que você tem tanto medo? O beijo não foi bom?
Não foi bom...Foi maravilhoso!- Seus olhos brilharam e Rony notou a expressão de prazer da amiga. – Muito melhor do que em meus sonhos...
Deve ter sido um beijo realmente bom, pela sua cara...
E, se ele não me amar? O que farei? – Ela sentou-se angustiada. – Ele pode ter me beijado porque surgiu a oportunidade...Hormônios...sei lá!
Hermione...
Até hoje sobrevivi com a esperança; pequena é lógico, mas havia esperança.- Ela olhou suplicante para Rony. – Se até isto me for tirado, o que farei?
Você vai ter de arriscar...- Sua língua coçava de vontade de contar a sua amiga que ela não iria se decepcionar, mas prometera segredo. Promessas! Nunca mais haveria de querer fazer outras....- Estarei aqui, sempre que precisar! Você sabe disto, não sabe?
Hermione, tudo que foi dito entre eu e Harry, foi com o pedido de segredo. Então, não posso ajuda-la! Você também me pediu segredo, esqueceu? – Ela ficou escarlate. - Enfrente o que tiver que enfrentar. Você pode, é a garota mais corajosa que conheço.- Ele beijou-lhe as faces com carinho. – Vá agora!
Ela olhou pela última vez para o amigo. Saiu pela porta cabisbaixa. Rony não fora muito encorajador: "Enfrente o que tiver que enfrentar". Estas palavras ecoavam em seu cérebro. Pelo jeito precisaria de muita coragem! Teria que enfrentar Harry. Por fim, concluiu, Rony tinha razão: ela teria que arriscar. "Você é a garota mais corajosa que conheço". Definitivamente estava longe de se sentir corajosa, mas agora era tarde. Dirigiu-se para o carvalho e sentou-se sob a sua copa. Ficou admirando os reflexos do sol na superfície do lago. Cada minuto de espera, roubava um pedacinho de seu coração...
Será que Hermione dissera algo sobre seus sentimentos para a professora? Harry, sinceramente, não conseguia mais ver a professora de poções como uma megera. Ela lhe falava com sinceridade, quase com doçura...Talvez, preparando-o para ter suas ilusões despedaçadas.
Ele não tinha nenhuma dúvida sobre o que sentia pela amiga: a amava! Todas as questões que o perturbavam havia meses, desapareceram. O beijo tornara tudo claro! A última coisa que queria era magoar Hermione, nem que para isto tivesse que ser ele o magoado.
"Mas você já a magoou..." Respondeu uma vozinha incômoda no fundo de sua mente. Vira dor nos olhos da garota quando se apressou a negar que estavam namorando. "Tapado!" Como pudera dizer aquilo? Tudo bem, estava nervoso...Mas, se não estavam namorando, o que mais poderiam estar fazendo? "Tapado ao quadrado!" Porém, ela não se manifestou. Porque não disse nada? Porque ficou quieta? Afinal, o que ela queria que ele dissesse?
Com estes pensamentos dançando em sua cabeça, entrou vacilante na torre da Grifinória, depois de dizer uma senha tresloucada para a mulher gorda. A sala estava vazia, pelo menos ele achou que tivesse...
Tenho um recado para você....- Disse Rony, levantando a cabeça ruiva de uma poltrona com ar de mistério.
Um recado? De quem?
Você parece preocupado...O que aconteceu?
Tanta coisa, Rony. Tive uma conversa com a professora Serena. – Harry largou-se no sofá com ar cansado.
Com a Megera?! – Rony parecia surpreso.- Ela gosta de conversar, não?
Ela...talvez, não seja uma megera.- Lembrou-se de Snape e sorriu. – Hoje eu vi algo incrível! Snape sorriu!
Tá brincando! O seboso nunca mostra os dentes, que dirá sorrir...
Ele sorriu, Rony. Para a professora Serena! – Harry baixou a voz pensativamente. –Ele parecia suave...
Suave? Snape? Você tá delirando, amigão...Mas, me conta, como foi a conversa com ela?
Difícil...Ela perguntou sobre meus sentimentos por Hermione. Pediu que eu pensasse se tinha certeza...para não magoa-la, entende?
E...? Você tem certeza, Harry? – Rony agora estava sério. Não deixaria a amiga sofrer, se pudesse evitar. –Não mudou de idéia?
Jamais! Nunca tive tanta certeza de algo na vida. Eu a amo! Incondicionalmente...- Ele sorriu tristonho. – Só que, no momento, acho que ela me odeia.
Como assim?
Bem....Harry contou tudo que se passou desde o beijo para o amigo. Rony assobiou baixinho.
Cara, você é mais atrapalhado do que eu... – Rony sorriu.
Será que dá para consertar?
Harry, tudo tem conserto!
Como foi com a Cho?
Como assim? como foi o quê?
Como você disse que gostava dela? Ficou nervoso?
Bem, nós estávamos sozinhos...Nos beijamos e não houve necessidade de palavras, não naquele momento. Nós sabíamos! Simplesmente sabíamos que nos gostávamos.
Gostaria que fosse tão simples comigo e Hermione...Sabe, mesmo que se ela não gostar de mim do que jeito que espero, quero que continuemos amigo...Terei que ter cuidado ao falar...
Harry, só tem um jeito: fale para ela tudo o que me disse.
Sabe , a professora Serena me deu o mesmo conselho! – Ficou pensativo por um instante. - De quem era o recado, Rony? – Harry lembrou de repente. – Você disse que tinha um recado para mim...
De Hermione...- Sorriu ai ver o amigo saltar da poltrona, em estado de completo alerta. – O recado é de Hermione!
De...Hermione?! O que ela disse? Por que não falou logo? Há dias que ela me evita...
Ela espera por você, no carvalho perto do lago. – Recitou de maneira monótona.
Para quê? – Ele estava nervoso. A hora da verdade finalmente chegara.
Para QUÊ? Para arrancar seu...pescoço! – Disse depois de uma breve hesitação. – Ora, Harry, para conversar! Ela achou que lá teriam a privacidade necessária.
Harry ficou parado olhando para o amigo. Seus pés estavam grudados no chão. Rony ergueu uma sobrancelha em muda interrogação.
Estou com medo!- Ele tornou a sentar. – E, se ela disser que não me ama? Que gosta de mim só como amigo?
Aí você saberá! – "Que dois patetas! Bem feito, se não tivessem me arrancado a promessa de segredo, não estariam sofrendo." Até que era divertido ver os dois tão nervosos. Não podia negar que, uma vez que tinha conhecimento que nenhum dos dois sofreria, estava se divertindo muito com a confusão.
Ela...Não deixou escapar nada?
Harry, o que você está esperando? Eu não tenho respostas para você! Só Hermione tem! E ela já o está esperando...
O que? Ela já está lá?
Não foi o que eu disse? – Ele sorriu ao ver o amigo se dirigir para a porta. – Boa sorte! Estarei aqui se precisar... – Viu os olhos verdes cheio de expectativas e sorriu. Ele não precisaria de sorte, mas, realmente, descobriu que gostava de tortura-los!
Harry praticamente correu para fora da escola, mas assim que avistou a figura de Hermione sentada sob o carvalho, abraçada a seus joelhos e fitando o lago, seus passos se tornaram vacilantes. Sentia uma agonia imensa. Parou por um instante aventando a possibilidade de não ir ao encontro da garota. A idéia era tentadora, mas lembrou-se do que dissera para a professora: "um sentimento tão grande não pode ser unilateral...". Ignorou, propositadamente, a resposta que recebera. Não podia imaginar como seria sua vida se não pudesse ter o amor da amiga. Aliás, a coisa que mais queria era não chama-la de amiga, mas sim de namorada. Decidido a enfrentar o que tinha pela frente, caminhou para o lago.
Ela, tão perdida em seus próprios conflitos, não percebeu sua aproximação. Pôde então admira-la completamente. Os cabelos castanhos e fartos sacudiam-se com a brisa leve que soprava, dando um ar etéreo a garota. Percebeu, claramente, que ela também estava nervosa. Resolveu fazer-se perceber.
Hermione... – Chamou delicadamente. Ela virou o rosto para encara-lo e deu um sorriso débil.
Precisamos conversar Harry...
Eu sei, por isso estou aqui! – Ela fez um movimento com a cabeça para que ele sentasse ao seu lado. – Você não prefere caminhar? – Achava que movimentar-se ajudaria a livrar-se da adrenalina.
Pode ser...- Ele estendeu a mão e a ajudou a levantar-se. Olharam-se nos olhos por alguns segundos. Ambos tentando descobrir o que ia dentro do outro. Nunca tinham sentindo-se tão constrangidos um com o outro antes.
Harry...
Mione...
Sorriram ao falarem juntos. Trocaram um olhar cúmplice, sentindo um pouco do constrangimento desaparecer. Bem, somente um pouco, realmente bem pouco. Em comum acordo começaram a caminhar lentamente.
Você primeiro, Mione. – Ele sorriu maroto. – Afinal, foi você que marcou este encontro.
Eu sei! – Ele ficou zangada com ele, por força-la a começar aquela conversa tão temida.
Vamos por partes: sobre o que você quer conversar?
Sobre nós e... sobre Lupin. – Ela arriscou um olhar tímido para ele.
LUPIN?! Porque iremos conversar sobre ele? – Agora, estava realmente confuso.- Você gosta dele? – Desconfiou.
Claro, ele é um grande amigo...
Ah, bom!- Ele deixou escapar seu alívio.
O que você pensou? – Ela o olhou surpresa. Ele corou. – Você não...você pensou... que eu...?
Nada disso! – Seu tom de voz, e de pele, não foram convincentes. – Sobre que você quer falar sobre ele?
Primeiro temos que resolver nossos problemas...- Neste ponto sua voz falhou. Ela pigarreou e continuou. – Depois, poderemos tentar resolver os dele...- "Se eu sobreviver..."
Nós temos "problemas"? – Ele enfatizou a palavra. Se ela achasse que o beijo tinha sido um problema, era melhor desistir.
Não problemas, mas temos uma situação em suspenso!- Ela olhou zangada para ele. – Você não vai facilitar a conversa?
Como assim?
Harry, nós nos beijamos! – Ela parou de andar e o encarou. Não era assim que imaginara a conversa, mas ele a exasperou.
Eu sei...- Ele falou com ternura, mas ela não percebeu seu ar sonhador.
Você está agindo como se nada tivesse acontecido! – Ele agora notou um tom dolorido na voz dela. Sentiu-se culpado. – Não teve importância para você? É isso que quer demonstrar? – Disse, sentindo-se despedaçar.
Não! Não pense assim, por favor! – Harry segurou as mãos dela com força. – Eu...eu gostei muito do nosso beijo! – Pronto, dissera.
Eu também gostei...- Ela desviou o olhar embaraçada. – Mas, que ambos gostamos do beijo ficou óbvio!
Mione, o beijo foi especial!
Eu sei que foi...Só quero saber como ficamos a partir de agora...Somos amigos!
Como assim, como ficamos?
Harry, eu gostei do beijo...Para ser sincera com você, como acho que devemos, eu gostei muito! Só que não podemos ficar nos beijando...
Por que não? – Ele se aproximou e tomou-lhe os lábios num beijo suave. Depois de alguns segundos a soltou. – Já que estamos sendo sinceros...Eu não quero ser seu amigo.
Não? – Ela ainda estava com a mente enevoada pelo beijo.
Não, quero mudar de cargo! Quero ser seu namorado!
Harry! – Ela sorriu surpresa. – Só porque gostou do beijo?
Não, eu realmente gosto de você. Muito, para continuar sendo sincero. Pensei em você durante as férias, todo o tempo. Estava bem confuso!
Eu também! Quase não fui para a toca, eu já sabia que gostava de você há muito tempo!
Você sempre foi a mais inteligente dos três! Percebeu primeiro...- Acariciou o rosto dela com suavidade. – No começo eu não reconheci os sentimentos que me invadiam, mas não conseguia mais vê-la como uma amiga.
Espero há tempos ouvir isto...- Hermione disse deliciada com a confissão dele.
Comecei a vê-la como uma mulher, linda por sinal. – Neste ponto ela corou violentamente. – Estava morto de ciúmes!
Ciúmes?
Sim, quando fui grosso com você na casa do Rony...Eu os vi se abraçando, e fiquei com muita raiva!- A lembrança ainda o inflamava, não conseguia suportar imagina-la os braços de outro.
Naquele dia, contei a Rony o que sentia por você! – Ela esclareceu amuada. – Melhor dizendo, ele arrancou a informação! Eu via como ele estava estranho e tive certeza que era algo que iria magoar você. Então, ele me contou que você gostava de Cho, já havia algum tempo. Eu desabei na frente dele e ele arrancou minha confissão!
Ele contou a você que eu gostava de Cho?!
sim, foi aí que eu perdi minhas esperanças. Afinal, Cho é uma garota lindíssima, e eu... sou tão comum! Acreditei que se você gostava de garotas como ela, eu nunca teria chance!
Hermione, Cho foi uma paixonite de moleque! Rony não podia ter lhe dito isto! – Ia matar Rony quando o visse.
Ele estava transtornado.- Ela o encarou com seriedade.- Você percebe que ele achava que estava te traindo? Estava sofrendo muito com esta idéia. Vivia um dilema: apaixonado pelo amor de seu melhor amigo!
Sim, percebi quando ele me contou, que eles estavam namorando, estava muito nervoso. Por que vocês estavam abraçados?
Ele estava me consolando. Nós dois achávamos que você ainda gostava de Cho.
Quase morri de ciúmes!
Eu e Rony?!
Ora, sempre pareceu que ele gostava de você! Todo aquele ressentimento com o Vítor!
Ele também é assim com a Gina! Rony é ciumento de todos que o cercam, ainda não percebeu?
E Vítor? – Ele não queria falar do rapaz, mas a pergunta saiu antes que pudesse se controlar.
Eu...tentei me aproximar de outras pessoa. Queria muito esquecer você! – Ela o olhou com suavidade. – Achava que como você sempre me viu como uma amiga, nada mudaria. Não adiantava ficar esperando você me ver de outra maneira. E Vítor parecia gostar de mim de verdade. Tentei retribuir, mas não deu certo!
Ainda bem...- Ele sussurrou. – Vamos tentar? Vamos namorar, Hermione? – perguntou com ansiedade.
E se pusermos nossa amizade a perder, Harry? – Ela estava dividida, não conseguia acreditar que ele gostava realmente dela.
Eu não consigo mais ser apenas um amigo para você! De que tem tanto medo? – Ele pegou as mãos dela exasperado.
De perder você definitivamente! – Seus olhos ficaram marechados de lágrimas. – Eu não suportaria!
Escute, eu tenho certeza de meus sentimentos por você. Eu a amo! – Ele disse categórico. – Não posso ver o futuro, não tenho este Dom. E nem você, que eu saiba! Não posso prometer que será eterno, mas sei que o que eu sinto é muito forte e intenso, não é algo passageiro.
Você tem certeza?
Por que você duvida de mim? – Ele exasperou-se.
Você sempre foi como um sonho para mim. Perto, mas fora do meu alcance. E agora...- Ela sorriu debilmente. – Você está aqui! Dizendo tudo o que eu sempre sonhei ouvir.
Você realmente me ama? – Ele perguntou com firmeza.
Sim, eu o amo muito! – Ele a puxou para si e deu-lhe um beijo apaixonado. – E, sim, eu acredito que você me ame.
Ah, Mione! Tudo vai dar certo!
Eu sei, eu sei! – Ela tomou a iniciativa e beijou-lhe com paixão. Sentiu-se trêmula e fraca. O toque dele a fazia derreter, queimava sua pele. O beijo se tornou cada vez mais profundo. Quando se separaram estavam ofegantes e corados. – Você beija maravilhosamente bem.
Por que é você quem estou beijando!
Eles se abraçaram e ficaram um longo tempo trocando carícias. Sentiam que tudo daria certo, pois pela primeira vez estavam no lugar certo: um nos braços do outro. Como devia ser. Harry lembrou-se que ela queria tratar de outro assunto.
Você disse que queria falar sobre Lupin, quando resolvêssemos os nossos "problemas". – Ele disse a última palavra num tom maroto.- Acho que resolvemos...
Sim, tem algo que descobri! – Ela parecia ansiosa e excitada novamente.
O que foi?
Quando conversei com a professora Serena, ela falou sobre um grande amor de seu passado, que a havia magoado muito.
Sei, o que isto tem com nossa conversa?
Harry, como pode ser tão obtuso?
Como assim?
Lupin foi o grande amor da vida dela. – Harry abriu a boca surpreso. – E, acredito, ela é o grande amor da vida dele.
Hermione...- Ele parecia indeciso. – Você acha que devemos nos meter nesta história? Não fomos muito hábeis com nossos sentimentos, será que devemos interferir nos dos outros?
Você não vai querer virar sensato agora, vai? – Ela sorriu brejeira. – Eu sou a sensata aqui, esqueceu?
Tudo bem, o que faremos?
Descobriremos um jeito de ajuda-los...- Sorriu maliciosa.- Agora, poderia me beijar novamente?
Harry não se fez de rogado. Beijou avidamente os lábios de sua ex-amiga Hermione Granger, agora sua namorada. O futuro parecia distante, algo para se preocupar depois. Tinha certeza que estariam juntos por muitos anos, sentia que seria para sempre. A certeza da longevidade de seu relacionamento, vinha de seu coração. Não aproveitara as aulas de adivinhação, mas tinha certeza de um longo e promissor futuro junto da garota que amava. Sem segredos, com certeza!
FIM
N/A: Peço desculpas pela demora nas atualizações. Foi um período meio turbulento...Agradeço a todos que me enviaram mensagens elogiando, criticando ou cobrando agilidade na fic. Não vou nomear ninguém, poderia esquecer de alguém e seria injusto. Agradeceria que todos que lessem a fic postassem comentários, ajudaria bastante para as próximas que me propuser a escrever. Esta foi a minha primeira, portanto deve Ter muitas falhas...De qualquer modo, obrigada a todos que a leram!
Antes que esqueça, e vocês me cobrem, já estou trabalhando uma short fic sobre Remo e Serena, não poderia deixar no ar a história deles, não é mesmo? O título será: "Segredos: Remo e Serena". Minha intenção é desenvolver várias histórias a partir desta, ok? Que só serão publicadas quando estiverem completas, por medida de precaução.
