Cap. 3–A decisão
Uma hora depois, Athena estava reunida no salão com os doze cavaleiros de ouro (ela tinha finalmente ressuscitado Aioros), o jovem monge e Ishtar, que como Deusa que era, ajudava a irmã em todos os assuntos do Santuário.
- Cavaleiros – exclamou Athena –nem só de Guerras Sagradas é feito o nosso dever. Soube há instantes que um grupo de guerreiros desconhecidos massacrou uma pobre aldeia na Ásia. Lamento interromper o vosso descanso, mas por vezes temos de atender a causas menos gloriosas, às causas dos inocentes que jurámos proteger. Um burburinho ouviu-se na mesa de reuniões.
-Finalmente algo onde afiar as garras – disse Saga em voz baixa. -Cala essa boca, Saga - atalhou Shaka, nervoso- isto é muito sério, não é uma diversão!
Kamus afirmou calmamente: - Saga está certo! Estamos a ficar enferrujados! Mu deu razão a Shaka. - Não devemos ser tão egoístas...trata-se de defender uma causa justa! -Sim, Mu – continuou Aioria – nós não lutamos por prazer nem por glória...mas para impedir que coisas hediondas como esta continuem a acontecer.
-Parem de discutir! – interrompeu Ishtar – não está em causa se ajudamos ou não! É óbvio que acabaremos com essa mortandade agora mesmo! A questão é... quem é o nosso inimigo? Shaka , agora mais calmo, afirmou num murmúrio: -Só podem ser os Guerreiros dos 8 medos. Segundo o Budismo, existem oito medos que atrapalham a evolução do Homem e que causam diversas calamidades. Devem ter-se libertado de alguma forma. -Vínculo, Cólera, Ignorância, Inveja, Orgulho, Misericórdia, Visões erradas, e, finalmente o medo triplo: Dúvidas, Desilusões e Karma. – enumerou Saori. -Mas, se não estou em erro... -completou Ishtar ,com o belo rosto pensativo – esses não são os oito medos combatidos pela Deusa Tibetana Tara? -Isso mesmo! – exclamou Mu.
O Monge assentiu. -O nosso templo é precisamente dedicado à Grande Tara, que salva das calamidades. -Foi esse o motivo- sibilou Shaka – ódio...vingança.
- Esses malfeitores não passam de um aperitivo para Cavaleiros de Ouro como nós!- resmungou Miro – Não contem comigo, não me rebaixarei a tanto.
-Ninguém te convidou! – gritou Shaka, furioso. - Irei sozinho! Athena acalmou os ânimos: -Vocês já deveriam ter aprendido a não subestimar o inimigo ! É necessária a maior prudência. Eu proponho que Saga , Shura e Kamus acompanhem Shaka. - Não! – disse o Virginiano quase num grito .- Quero ir sozinho Não irei a lugar nenhum com esses três renegados! Ishtar e Saori levantaram-se de um pulo ao ouvir isto. de um pulo. O olhar que a Deusa do Amor lançou a Shaka foi tão magoado que ele se arrependeu logo de ter falado demais.
Saori estava muito desapontada:
-logo tu, Shaka, que pregas a compaixão, não consegues perdoar um acto a que os teus amigos foram obrigados no cumprimento do dever? -Perdão, Athena.. – respondeu Shaka humildemente. – É que eu preferia mesmo ir sozinho. Os «três renegados» estavam encolhidos na cadeira, e com um ar tão triste que Shaka teve dó. De resto, Ishtar, ataviada num simples vestido verde preso ao ombro com uma pregadeira de ouro, e os cabelos loiros soltos emoldurando o rosto, estava tão encantadora que seria difícil negar qualquer pedido seu. Ela apoiou as mãos nos ombros largos do marido, que lhas beijou, ainda ferido pelo comentário de Shaka. -Shaka – suplicou numa voz doce – a última coisa que desejo é ver o meu esposo envolvido em mais batalhas, mas sinto que ele morre aqui fechado. Por favor, dá-lhe uma oportunidade de se redimir! E as pessoas na vila devem precisar de ajuda... -Seja, seja! –concordou o Santo de Virgem , já vencido – podem vir, vocês os três....-e encarou os companheiros- mas a cabeça desses malditos...é minha! - A vingança é um direito que assiste o Homem... - resmungou Miro entredentes.
Uma hora depois, Athena estava reunida no salão com os doze cavaleiros de ouro (ela tinha finalmente ressuscitado Aioros), o jovem monge e Ishtar, que como Deusa que era, ajudava a irmã em todos os assuntos do Santuário.
- Cavaleiros – exclamou Athena –nem só de Guerras Sagradas é feito o nosso dever. Soube há instantes que um grupo de guerreiros desconhecidos massacrou uma pobre aldeia na Ásia. Lamento interromper o vosso descanso, mas por vezes temos de atender a causas menos gloriosas, às causas dos inocentes que jurámos proteger. Um burburinho ouviu-se na mesa de reuniões.
-Finalmente algo onde afiar as garras – disse Saga em voz baixa. -Cala essa boca, Saga - atalhou Shaka, nervoso- isto é muito sério, não é uma diversão!
Kamus afirmou calmamente: - Saga está certo! Estamos a ficar enferrujados! Mu deu razão a Shaka. - Não devemos ser tão egoístas...trata-se de defender uma causa justa! -Sim, Mu – continuou Aioria – nós não lutamos por prazer nem por glória...mas para impedir que coisas hediondas como esta continuem a acontecer.
-Parem de discutir! – interrompeu Ishtar – não está em causa se ajudamos ou não! É óbvio que acabaremos com essa mortandade agora mesmo! A questão é... quem é o nosso inimigo? Shaka , agora mais calmo, afirmou num murmúrio: -Só podem ser os Guerreiros dos 8 medos. Segundo o Budismo, existem oito medos que atrapalham a evolução do Homem e que causam diversas calamidades. Devem ter-se libertado de alguma forma. -Vínculo, Cólera, Ignorância, Inveja, Orgulho, Misericórdia, Visões erradas, e, finalmente o medo triplo: Dúvidas, Desilusões e Karma. – enumerou Saori. -Mas, se não estou em erro... -completou Ishtar ,com o belo rosto pensativo – esses não são os oito medos combatidos pela Deusa Tibetana Tara? -Isso mesmo! – exclamou Mu.
O Monge assentiu. -O nosso templo é precisamente dedicado à Grande Tara, que salva das calamidades. -Foi esse o motivo- sibilou Shaka – ódio...vingança.
- Esses malfeitores não passam de um aperitivo para Cavaleiros de Ouro como nós!- resmungou Miro – Não contem comigo, não me rebaixarei a tanto.
-Ninguém te convidou! – gritou Shaka, furioso. - Irei sozinho! Athena acalmou os ânimos: -Vocês já deveriam ter aprendido a não subestimar o inimigo ! É necessária a maior prudência. Eu proponho que Saga , Shura e Kamus acompanhem Shaka. - Não! – disse o Virginiano quase num grito .- Quero ir sozinho Não irei a lugar nenhum com esses três renegados! Ishtar e Saori levantaram-se de um pulo ao ouvir isto. de um pulo. O olhar que a Deusa do Amor lançou a Shaka foi tão magoado que ele se arrependeu logo de ter falado demais.
Saori estava muito desapontada:
-logo tu, Shaka, que pregas a compaixão, não consegues perdoar um acto a que os teus amigos foram obrigados no cumprimento do dever? -Perdão, Athena.. – respondeu Shaka humildemente. – É que eu preferia mesmo ir sozinho. Os «três renegados» estavam encolhidos na cadeira, e com um ar tão triste que Shaka teve dó. De resto, Ishtar, ataviada num simples vestido verde preso ao ombro com uma pregadeira de ouro, e os cabelos loiros soltos emoldurando o rosto, estava tão encantadora que seria difícil negar qualquer pedido seu. Ela apoiou as mãos nos ombros largos do marido, que lhas beijou, ainda ferido pelo comentário de Shaka. -Shaka – suplicou numa voz doce – a última coisa que desejo é ver o meu esposo envolvido em mais batalhas, mas sinto que ele morre aqui fechado. Por favor, dá-lhe uma oportunidade de se redimir! E as pessoas na vila devem precisar de ajuda... -Seja, seja! –concordou o Santo de Virgem , já vencido – podem vir, vocês os três....-e encarou os companheiros- mas a cabeça desses malditos...é minha! - A vingança é um direito que assiste o Homem... - resmungou Miro entredentes.
